sexta-feira, 29 de outubro de 2010

1894 - Rótulos de bebidas fabricadas em Itapira.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Uma das indústrias mais antigas de nossa cidade, foi fundada em 1894, há 116 anos!
Essa empresa, pertencia ao seu fundador, Adelelmo Boretti – membro do principal tronco da família Boretti de Itapira – e destinava-se à fabricação exclusiva de cerveja. Mais tarde, o seu proprietário deu origem à Indústria Adelelmo Boretti & Cia., e, ao mesmo tempo, alargou as atividades da empresa, passando também a produzir outras bebidas, com ou sem álcool, dentre elas destacamos o Rhum Extra; Amargo Felsina; Vinho Quinado; Vermout; Fernet; Cognhac; Licor de Cacau; Licor Garibalde; as famosas Laranjinhas especiais, alegria da petizada da época; Palestra e a Água de Soda.
Esse estabelecimento fabril de nossa terra, ocupava um prédio próprio, muito bem instalado, obedecendo todos os requisitos necessários para um bom funcionamento. Estava situado na Ladeira do Cubatão, nº3 – à margem esquerda do Ribeirão da Penha.
Interessante destacar que, na Adelelmo Boretti & Cia. trabalhavam, além do Proprietário, mais três pessoas. A produção mensal das bebidas girava em torno de 100 dúzias.


Mais dois rótulos de produtos da fábrica de Adelelmo Boretti & Cia, ambos coloridos: VERMOUTH e LICOR DE CACAU.
É interessante ressaltar, não só a beleza desses rótulos, como também a confecção perfeita para uma época (cem anos atrás), quando a técnica de impressão tipográfica era quase que empírica e artesanal.



 
Mais dois exemplares de rótulos de bebidas da empresa de Adelelmo Boretti & Cia. Essa indústria, uma das mais antigas de Itapira, fundada em 1894 por Adelelmo Boretti, há 116 anos, fabricava diversas qualidades de bebidas, algumas delas chegaram a ser famosas e de grande aceitação pelos entendidos, não só de Itapira, mas também nas diversas cidades da região.

Rótulos de bebidas fabricadas em Itapira, por Adelelmo Boretti & Cia. – empresa fundada em 1894 – mostramos mais três exemplares : LARANJINHA ESPECIAL; PALESTRA E LICOR GARIBALDI, também todos coloridos.


Mais dois exemplares de rótulos da Fábrica de Bebidas de Adelelmo Boretti & Cia, BEBIDAS ESPUMANTES e ÁGUA DE SODA.

Pavilhão de Assistência à Criança Pobre e Enferma da Santa Casa de itapira.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O Comendador Virgolino de Oliveira, foi doador do importante  Pavilhão de Assistência à Criança Pobre e Enferma da Santa Casa de Itapira, num gesto filantrópico, que contou com o patrocínio do Lions Clube.
Na ocasião da edificação das obras – de grande alcance social – aquele ilustre benemérito de nossa terra, compareceu ao local para verificar o andamento dos trabalhos que ali estavam sendo executados, em companhia de membros do Lions e de alguns convidados.
Na foto acima, da direita para a esquerda, vê-se: David Moro; Arlindo Paschoalin; Oscar Pires; Domingos Caio; Luiz Hermínio Simões Galdi; José de Souza; Hugo Coimbra; Francisco Rosário; José Serra; Virgolino de Oliveira; Marcello Avancini; Hélio Sebastião Amâncio de Camargo; Antônio Serra; Paulo de Almeida Serra e trabalhadores que executavam os serviços para a construção do prédio.
O Pavilhão foi inaugurado solenemente a 24 de setembro de 1957.

24 de setembro de 1957 - Pedra Fundamental do Pavilhão.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

A 24 de setembro de 1957, aconteceu, solenemente, a cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental para a construção do Pavilhão de Assistência à Criança Pobre e Enferma, na Santa Casa de Misericórdia, uma importante doação do Comendador Virgolino de Oliveira à sua terra natal, sob o patrocínio do Lions Clube de Itapira.
Naquele evento, se fizeram presentes as autoridades civis e eclesiásticas, membros do Lions Clube e convidados, vendo-se à frente o casal homenageado – Carmen Ruete de Oliveira e Virgolino de Oliveira.
Dentre os que ali compareceram, destacamos na foto acima, da direita para a esquerda, Benedito Amâncio de Camargo; José Salviato de Menezes; irmãs da Santa Casa: Madre Santa Margarida; Madre Madalena da Cruz; Madre Margarida Maria (Provincial das irmãs do Brasil); Prefeito Caetano Munhoz; José de Souza – Presidente do Lions Clube local; Aníbal Cremasco; José Serra Neto; Luiz Hermínio Simões Galdi; nossa querida Madre Odila; Madre Maria dos Anjos; padre coadjutor, Gustavo Mantovani; Francisco Antônio Vieira Meirelles e José Serra.

1920 - Vista parcial de Itapira.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Vista parcial de Itapira obtida da torre da igreja matriz de Nossa Senhora da Penha, por volta de 1920.
Nessa foto, distingue-se perfeitamente, da esquerda para a direita, alguns trechos da rua Regente Feijó – cruzando com a Campos Salles – até alcançar a João de Moraes; mais acima, o final da XV de Novembro, ainda com poucas moradias; à direita, nota-se a subida da Francisco de Paula Moreira Barbosa, até encontrar o espigão, onde hoje funciona o posto de gasolina Charrôio.
No primeiro plano, vê-se parte do telhado da igreja matriz; a residência – ainda em construção – de João Batista Pereira (Joãozinho Bento); a parte lateral da residência de Américo Augusto Pereira da Silva, que ostentava os dois leões esculpidos sobre as pilastras do portão da entrada principal, com a escadaria em mármore de Carrara, encimada por um terraço em forma de ele; a residência de Bento Inácio de Oliveira Cunha, primeiro intendente (prefeito) da Itapira (em 1892), casa que, posteriormente, serviu para alojar o Centro Telefônico – no tempo das telefonistas e dos enormes telefones de parede, com suas manivelas. Hoje ali funciona uma casa comercial, a Agrocentro.
Se o leitor ainda observar outros pontos nessa foto, irá reconhecer algumas casas situadas à rua Campos Salles, dentre elas, a do casal João Batista Cintra (Joanico Cintra) e dona Rita Pupo Cintra. Logo abaixo, a do casal professor Silvano Andrade e dona Lydia Cintra de Andrade, hoje residência do casal dr. Ariovaldo Risolla e dona Mariazinha Fracarolle Risolla.
Além desses pontos, outros poderão ser identificados pelo leitor mais arguto.
Para que uma cidade seja boa, ela precisa ser boa para o morador, e, logicamente, ele também precisa conhecê-la.

Idos de 1958 - Ginásio do Estado, aula de História Natural.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Grupo de alunos do Ginásio do Estado, nos idos de 1958, quando assistiam a uma aula prática de história natural, ministrada pela professora Wilma de Toledo Barros Munhoz, no laboratório daquele tradicional estabelecimento de ensino de nossa cidade.
Na foto, nota-se os jovens estudantes compenetrados nos ensinamentos da saudosa mestra, vendo-se, da esquerda para direita: Geraldo José Gatolini; Adolfo Carvalho; Benedito Gomes da Costa; Luís Carlos Torres; Francisco Galli; professora Wilma Barros Munhoz; Manoel Carlos Boretti Ornellas; Antônio Bento J. Pereira; Tetê Finazzi; (?); José Carlos Avancini e Nelson Pereira da Silva; (?).
A identificação dos jovens ginasianos, somente nos foi possível graças ao auxílio do prezado amigo e também ginasiano na época, dr. João Carlos de Oliveira, um dos grandes incentivadores para que se realizem reuniões de congraçamentos dos ex-alunos do nosso querido Ginásio do Estado.

Parque Municipal "João Pessoa" hoje "Juca Mulato" nos idos de 1920.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Centro do Parque Municipal “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”, nos idos de 1920.
Na foto acima, nota-se o poético Coreto, onde a Banda Lyra Itapirense executava, aos domingos e feriados, os seus dobrados bem ensaiados; vê-se, ainda, um Ford “bigode”, tendo ao lado seu proprietário, Coronel Francisco Vieira; em pé, próximo ao Coreto, está o médico itapirense dr. Joaquim Vieira Filho, irmão do prefeito Chico Vieira. Mais ao fundo, ainda aparece parte da caixa d’água, e um jardim suspenso cujos canteiros floridos com espécimes de plantas de cores variadas, recebiam um trato especial dos exímios e zelosos jardineiros – o João e o Afonso. Esse jardim foi todo destruído, para dar lugar a uma pista de patinação, e, posteriormente, a uma lanchonete. Tudo isso também foi desativado!
Resta ainda de pé, uma pequena construção, aquela que traz em seu frontispício – a data da inauguração da caixa d’água: 07 de setembro de 1897, há 113 anos.
Essa pequena construção histórica, por milagre, ainda permanece intacta como uma sentinela avançada daquele logradouro público de Itapira, logradouro que, num passado bem distante serviu de inspiração a escritores e poetas, dentre eles o famoso Menotti del Pícchia, criador do poema “Juca Mulato”.
As ilações ficam por conta dos nossos leitores.

Idos de 1942 - Alunos do Ginásio do Estado.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Bons tempos quando a juventude de nossa terra freqüentava o Ginásio do Estado, o primeiro estabelecimento de ensino secundário de Itapira.
Aquela casa de ensino – criada por decreto nº 10.709, de 21 de novembro de 1939, da lavra do governador do Estado de São Paulo, Adhemar Pereira de Barros – funcionava provisoriamente no prédio onde hoje é ocupado pela Prefeitura Municipal, à Rua João de Moraes, nº490.
Na foto acima, um grupo de jovens estudantes nos idos de 1942, todos uniformizados com suas túnicas e calças de brim caqui com botões dourados; cinturões em couro preto com fivelas douradas; camisas brancas; gravatas, meias e sapatos pretos.
Eis os jovens daquela época, da direita para a esquerda: agachados, na primeira fila – Dib Jahuar; Edil Ferraz de Campos; Fernando Serra e Antônio Corrêa.
Na segunda fila, na mesma ordem, também agachados: Murillo Arruda; Francisco Octávio Milano; Oscar Chiarelli e Harley Marella.
Em pé: Nelson Valério; Urias Cavenaghi; Aylton Brandão e João Batista Cintra Pereira (Ico).

Comitiva de itapira visita o Governador Orestes Quércia - 1988.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plinio Magalhães da Cunha

Comitiva da Itapira em visita ao Governador de Estado, Orestes Quércia, em 1988, no Palácio dos Bandeirantes, na Capital paulista.
Naquela oportunidade estavam presentes, da esquerda para a direita, os vereadores José Guilherme da Rocha Franco; Glauco Aylton Ceragioli (também Presidente do PMDB local); Governador Orestes Quércia; vereador José Casimiro Rodrigues e o ex-vereador Antônio Carlos Sette. Na segunda fila, na mesma ordem: o professor Carlão; vereador Noé Massari e o diretor do Museu Histórico Plínio M. Cunha, que registrou o acontecimento.
Na ocasião, foram apresentadas algumas reivindicações de grande importância para nossa cidade, as quais receberam total apoio governamental.

Vista panorâmica da cidade de itapira em 1920.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Vista panorâmica da cidade de Itapira em 1920, obtida defronte ao prédio da Santa Casa.
Nesta foto, inédita, vemos como referência, da esquerda para a direita, a igreja matriz de N. S. da Penha, a torre da igreja presbiteriana, o prédio do Grupo Escolar dr. Júlio Mesquita, o arvoredo do Parque Municipal e a  cadeia.
Pode-se localizar ainda, perfeitamente, as ruas Rui Barbosa e Alfredo Pujol.
No primeiro plano está o portão de entrada para a Santa Casa.
Outros pontos da cidade – inclusive prédios – poderão ser identificados pelo leitor.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha, demolida em 1955, para dar lugar à atual, cuja construção somente foi concluída em 1967.
Essa foto, da segunda igreja matriz de Itapira, é de 1920, vendo-se os canteiros da praça Bernardino de Campos bem cuidados, com um arruamento perfeito, muito embora fosse ainda de terra batida. Ao fundo, as obras para a construção da residência do casal João Batista Pereira (Joãozinho Bento) e Francisca da Rocha Pereira, que atualmente pertence à família do saudoso médico dr. José de Mello Sartori, na confluência das ruas Regente Feijó e comendador João Cintra.
Quando escrevi acima, segunda igreja, é porque nesse mesmo local também foi construída a primeira matriz em louvor à Santa Padroeira, em estilo colonial, possuindo duas torres, sendo que, uma delas, a da esquerda, ostentava um sino de bronze, e, na outra, curiosamente, um sino de madeira, talvez para que o campanário não ficasse vazio, ou provavelmente, por falta de verba, segundo comentários dos moradores da época. “Vox populi vox Dei”.

Pelos anos de 1920 - Entrega de leite em Itapira.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

             O calendário girava pelos anos 20, depois da primeira grande guerra e da misteriosa gripe espanhola. Em Itapira, a distribuição de leite transcorria naquele processo empírico, manual e caseiro, como em todo o Brasil. Nenhum estabelecimento ousava comercializar o leite, nem distribuí-lo. A tarefa se concentrava nas carrocinhas românticas, rodas de ferro, que ainda por cima executavam o murmúrio rítmico  das engrenagens ressequidas. O leite vinha, portanto, em garrafas de cores variadas, arrolhadas com palha de milho. Latões abastecidos tinham uma torneirinha adaptada, no terminal da carroça, para facilitar o serviço do entregador. A cada parada, a torneirinha era aberta, ficando a rua de chão batido com os respingos da sobra. Na foto de hoje, uma dessas carrocinhas estacionada em frente ao prédio do Coronel Francisco Vieira mostrando o gradil daquela residência. À esquerda, mais ao fundo, a mansão do Capitão Adolpho de Araújo Cintra, que ainda lá permanece como sentinela avançada do início da Rua Regente Feijó. E, do lado direito, as obras para a construção da casa do fazendeiro João Baptista Pereira, hoje residência da família do saudoso  médico José Alberto de Mello Sartori, ali na confluência com a Comendador João Cintra.

Alunos do Ginásio do Estado e a carteirinha do Centro Estudantino Itapirense.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha 


Bons tempos aqueles quando a juventude itapirense freqüentava o nosso sempre querido e lembrado Ginásio do Estado, instalado inicialmente em 1940 no prédio onde hoje funciona a Prefeitura Municipal. Ali, comparecíamos ciosos de nossos deveres e obrigações, em busca do saber, para que, num futuro ditoso, enfrentássemos com maior facilidade, outra escola importante, a escola da vida.
Lembro-me  como se fosse hoje do primeiro dia de aula. Tudo era novidade! tudo era uma alegria contagiante, sadia e responsável
Na foto, eis um grupo de ginasianos durante um intervalo das aulas posando para o fotografo, com os uniformes bem cuidados: túnica e calça de brim caqui; cinturão em couro com fivela dourada; camisa branca; gravata, meias e sapatos preto.
A alegria era contagiante!
Na primeira fila – da esquerda para a direita: Francisco de Souza Ferreira; José Guerreiro e Ruy Crosngac. Na segunda fila: Ivan Galvão de França; Luiz Hermínio Simões Galdi e Walter Franco Bueno. Mais atrás, na terceira fila: Aluisio Telles Franco; Paulo de Almeida Serra; Flávio Barretta e Francisco Sidney Thomaz de Aquino.
No destaque da foto, eis a carteirinha de sócio nº76 do Centro Estudantino Itapirense (CEI) do nosso Ginásio do Estado (que eu guardo com muito carinho), com as assinaturas do aluno – Plínio Magalhães da Cunha – do primeiro presidente do CEI – Jácomo Vitório Coppos e do professor de francês do ginásio e um dos fundadores do CEI, Bettarello, aposto sobre minha fotografia, quando eu tinha apenas 13 anos de idade (ano de 1940).
A sede social era na parte superior da antiga Agencia Chevrolet, no início da Rua Comendador João Cintra.
Nessa época, ali eram realizados jogos e diversões (ping-pong, dominó, xadrez), como também palestras, saraus e exposições.
Aos sábados, eram realizados os bailes com a participação da já famosa orquestra do Tocha.

Aula inaugural no Ginásio do Estado - 15 de fevereiro de 1944.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Aula inaugural no Ginásio do Estado em 15 de fevereiro de 1944, no prédio (mostrado na edição deste trissemanário no domingo passado), que hoje é ocupado pela sede da Prefeitura Municipal. Esse importante evento para nossa terra, aconteceu, solenemente, no andar superior daquele imóvel, precisamente na sala onde também já funcionou a Câmara Municipal. O ato inaugural foi prestigiado pelo então juiz de direito da comarca, dr. Áureo de Cerqueira Leite, contando com as presenças de autoridades locais, de professores do recém criado ginásio, de religiosas e convidados especiais.
Na foto em tela, vê-se entre os presentes, da direita para a esquerda: dr. Belmiro de Oliveira; Benedito Alves de Lima; o benemérito itapirense Virgolino de Oliveira; professora Wilma de Toledo Barros (ciências naturais); o delegado de polícia dr. Walli; professora Maria Victória Lanzi Lyra (música); cel. Francisco Cintra e, logo atrás, a bibliotecária Zelma de Oliveira Machado; o prefeito Caetano Munhoz, um dos baluartes para que Itapira conseguisse o primeiro estabelecimento de ensino secundário; o juiz de direito, dr. Áureo de Cerqueira Leite (usando a tribuna); professor Péricles Galvão (diretor); professores Ramiro de Almeida Catulé (português); Saturnino Gonzales (desenho); Adriano Tedesco (educação física) e Hermínio de Aquino (matemática).
Essa efemérides foi realmente um importante acontecimento histórico em nossa cidade, quando a união de esforços da população itapirense, aliada ao trabalho dos políticos da época, viram seus ideais coroados de êxitos, nascendo assim, o nosso tão sonhado e sempre querido Ginásio do Estado, por onde já passaram nesses 68 anos de vida, milhares de jovens itapirenses em busca do saber, de mais uma etapa da vida escolar.

1940 - 1952 - Onde o Ginásio do Estado funcionou.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Prédio ocupado pelo Ginásio do Estado de nossa cidade à rua João de Moraes,490 – onde está a Prefeitura Municipal. Aquele estabelecimento de ensino – o primeiro curso secundário de Itapira, ali funcionou de 1940 a 1952.
Esse ginásio foi criado por decreto nº 10.709, de 21 de novembro de 1939, mas somente funcionou a partir de 16 de fevereiro de 1940, sob a direção do professor Péricles Galvão, e, logo mais tarde, assumiu o cargo o professor Jerônimo Terra.
O primeiro corpo docente era constituído pelos professores: Ítalo Bettarello (francês); Hermínio de Aquino (matemática); Hilton Federici (geografia); Maria Victória Lanzi Lyra (música); Benevenuto Figueiredo Torres (latim); Adriano Tedesco (educação física); Beatriz de Azevedo Nogueira (educação física); Saturnino Gonzaga (desenho); Ramiro de Almeida Catulé (português); Maria Ferrante (história do Brasil e da civilização); Aníbal Anderáus (história natural).
O primeiro quadro de funcionários: Pedro Ferreira Cintra (secretário); Zelma de Oliveira Machado (bibliotecária); Clóvis de Oliveira Bueno (escriturário); Américo Fernandes da Costa (porteiro); Lindolfo de Oliveira Franco (inspetor de alunos); Maria Galdi (inspetora de alunas); Antônio Abraão; Elpídio Prete; Arlindo Solha Peres e Sebastiana Rocha Pupo (serventes).
A partir de 1952, o Ginásio do Estado deixou de funcionar no antigo prédio da Rua João de Moraes, passando para outro  - próprio estadual – construído  para abrigá-lo condignamente, onde está até hoje.
Por volta de 4 de setembro de 1952, foi dado o nome de Elvira Santos de Oliveira ao Colégio Estadual e Escola Normal, numa homenagem póstuma à primeira esposa do benemérito itapirense, Virgolino de Oliveira.
Mais tarde, a 6 de maio de 1958, passou a denominar-se Instituto de Educação e Escola Normal “Elvira Santos de Oliveira” – IEEESO.
Quantas gerações já passaram por aquele modelar estabelecimento de ensino de nossa terra, hoje caminhando para os 68 anos de existência!

Primeiro Matadouro Municipal.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Primeiro Matadouro Municipal de nossa cidade, construído à margem esquerda do Ribeirão da Penha, precisamente na área hoje ocupada pela Estação Rodoviária.
Esse prédio foi inaugurado em 15 de março de 1918, e demolido em 1978, após 60 anos de existência.
Sua instalação obedeceu o mesmo critério do matadouro de Piracicaba, tido como um dos melhores do interior, principalmente, quanto às exigências de Serviço Sanitário da época.
Possuía uma estrutura muito bem acabada, composta de um amplo pavilhão central, dotado de duas enormes salas, sendo uma para o abate de bovinos, e a outra para suínos.
Ali, diariamente, eram abatidas cerca de nove reses.
A renda do matadouro girava em torno de 700 mil réis mensais, e, a despesa, que era afeta à Câmara Municipal, era de aproximadamente duzentos mil réis no mesmo período.
A foto acima, mostra duas faces do prédio. À frente, estacionado, eis um Ford “bigode”, tendo à direção seu proprietário, o prefeito Chico Vieira. Ao lado do motorista, está seu irmão, o médico Joaquim (Quinzote) Vieira Filho. Ambos vistoriavam os serviços ali executados, desde a higiene do local, como também o abate das reses.

Anos 60 - Fanfarra do Instituto de Educação Elvira Santos de Oliveira.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Fanfarra do Instituto de Educação Elvira Santos de Oliveira, nos anos 60, desfilando no dia 7 de setembro – Dia da Pátria.
Na foto – obtida da rua José Bonifácio  e começo da Praça Bernardino de Campos – vê-se os garbosos componentes, marchando sob a cadência dos seus instrumentos, quando cada um dos jovens ginasianos executava o som característico do surdo; da caixa de repique; do bumbo; dos estridentes clarins; dos pífaros; da corneta que puxava os dobrados, a tuba, etc...
Dentre alguns participantes da fanfarra, conseguimos identificar apenas alguns ex-alunos, como José Roberto Menezes (Betô); Amibal Victor  dos Santos (Nibinha); Edson de Freitas; Fernando Tonini; Natálio Bianchesi; Chico Frassetto e Edson Brasil Boretti.
Os demais integrantes poderão ser reconhecidos pelo caro leitor, ou mesmo pelo próprio ex-aluno.

1987 - Bete Mendes visita o Museu.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Quando da auspiciosa visita em 1987, da deputada federal e Secretária da Cultura do Estado de São Paulo, Bete Mendes, ao Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, aquela autoridade percorreu com o mais vivo interesse, todos os salões das exposições permanentes do acervo histórico daquele Instituto Cultural de nossa terra.
Na foto em tela, vê-se Bete Mendes questionando o diretor e implantador do Museu, Plínio Magalhães da Cunha, sobre o funcionamento de uma das peças ali exposta, a qual seja, uma antiga impressora manual, de procedência alemã, com mais de cem anos de existência.
Mais ao fundo, nota-se um antigo aparelho de raio-x, o primeiro a ser usado em Itapira, e que pertenceu ao saudoso dentista Donizette Moraes.

1987 - Bete Mendes visita o Museu.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Quando da visita em 1987 da Secretária Estadual da Cultura, Bete Mendes, ao Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, após ser homenageada pela Congada de Itapira, defronte àquele instituto cultural, todos os presentes adentraram àquele órgão para recepcioná-la.
Na oportunidade foi anfitrionada pelo diretor e implantador do Museu em nossa terra, Plínio Magalhães da Cunha, pelas autoridades locais e de um numeroso público que ali compareceu para prestigiar o evento.
Muito embora o prédio daquele instituto estivesse passando por uma reforma substancial, Bete Mendes percorreu todas as dependências, ficando bastante impressionada pelas exposições do acervo histórico e pela ordem ali reinante.
Na foto acima, vê-se da direita para a esquerda: o casal Bete Facci Ruete e Francisco Ruete; os vereadores José Casimiro Rodrigues e José Francisco Martins; a secretária Bete Mendes; o assessor da secretária, Rui de Mello Rodrigues e Plínio Magalhães da Cunha.
A última participação de Bete na TV foi em Páginas da Vida, no papel da freira Natércia. Já está escalonada para fazer a nova Dona Benta no Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Durante quase nove anos, Bete interrompeu a carreira artística para se dedicar à carreira política. Foi duas vezes Deputada Federal e Secretária da Cultura do Estado de São Paulo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

1987 - Bete Mendes e a Congada.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Visita oficial ao Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, em março de 1987,da Secretária Bete Mendes, da Secretaria Estadual da Cultura, pois, nessa época, o Museu ainda não havia sido municipalizado, e pertencia à rede de museus do governo do Estado.
Quando da chegada da ilustre visitante àquele Instituto Cultural de Itapira, foi recebida pelas autoridades locais, contando, ainda, com presença do público e da tradicional Congada itapirense, que na oportunidade homenageou Bete Mendes. Foi uma recepção carinhosa defronte àquele órgão, quando a nossa Congada procedeu evoluções acompanhadas de cânticos ao som dos instrumentos característicos dos congadeiros.
Essa apresentação emocionou a Secretária Bete Mendes, ocasião em que agradeceu a homenagem carinhosa a ela prestada, elogiando o desempenho da nossa Congada.
Bete Mendes sempre atuou no meio artístico, principalmente em muitas novelas conhecidas do público brasileiro.
Atualmente ela interpreta na Globo, a divertida e bem humorada irmã Natércia, em “Páginas da Vida”. Como essa novela está praticamente chegando nos últimos capítulos, Bete Mendes já se prepara para outro trabalho artístico, quando estará gravando o Sítio do Pica-pau amarelo, de Monteiro Lobato, que, certamente, também será atração da petizada.

Equipe bi-campeã Estadual no ano de 1970 - IEESO.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Na foto  acima, alunos do emérito professor José de Oliveira Barretto Sobrinho, da cadeira de Educação Física do IEESO, com a equipe bi-campeã Estadual no Campeonato Colegial de Esportes, no ano de 1970.
Eis os “cobras” que disputaram o campeonato: da direita para a esquerda – o professor Barretto e seus discípulos: José Ferreira Alves; José Alberto Breda; Luis Antônio Simionato; Fernando Fernandes; Mauro Rubens Rosário; Cláudio José Nascimento Pinto e Hélio Pegorari Júnior.

Carnaval dos anos 50.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Carnaval dos anos 50

Continuando as lembranças dos carnavais do passado, retroagindo ao ano de 1952, àqueles acontecidos nos salões dos clubes de nossa cidade, quando os bailes eram sempre concorridos e animados.
Os foliões se divertiam a valer, tanto nos bailes realizados à noite, como também durante o dia, ocasião em que a petizada lotava os salões e mandavam o seu recado.
Esta foto, de 57 anos atrás, mostra um “flash” de uma noite carnavalesca no Clube XV de Novembro, na qual conseguimos identificar algumas pessoas, partindo da esquerda para a direita da “roda” de casais formada no centro do salão: Lázaro Pereira da Silva e Genny Pereira da Silva; Antônio Caio e Lourdes Fonseca Caio; Antônio Serra e Lygia de Almeida Serra; Natanael Ferreira Nobre e Elenir Boretti Nobre; João Manoel Galdi e Ana Finhane; Olavo Job e Olga Orlandi Job; Nancy Pereira da Silva Berzague. Mais atrás está o casal Bento Lupércio Pereira da Silva (Bentão) e Odete Moraes Pereira da Silva.
Dentre os inúmeros foliões, o leitor poderá identificar outros participantes daquele baile.
(Foto pertencente ao acervo do nosso amigo Bento Pereira da Silva Neto).

Anos 60 - Reinado de Momo.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O reinado de Momo está chegando!
O Carnaval ainda é uma das festas populares mais concorridas, desde os desfiles de rua, até os bailes nos clubes. Realmente é uma festa que só o brasileiro sabe fazer, com aquela alegria contagiante, repleta de surpresas, tudo sob a cadência do samba.
Retrocedendo no tempo para os anos 60, relembrando com saudade, os bailes dos clubes, no tempo em que o lança-perfume jorrava em profusão das mãos dos foliões, como também o confete e a serpentina faziam parte integrante das brincadeiras das festividades momísticas.
As marchinhas carnavalescas eram compostas com muito bom gosto pelos seus autores, cujos temas ou letras o tempo não conseguiu apagar. Até hoje as orquestras executam um repertório do passado, como: A Jardineira, Máscara Negra, Colombina, O Pierrô Apaixonado, O Pirata da Perna de Pau, e tantas outras que marcaram os carnavais passados.
Na foto acima, eis um “flash” de um grupo de foliões no ano de 1960: no centro, em primeiro plano, da esquerda para a direita, as senhoras Lígia Toledo Serra; Elenir Boretti Nobre; Lorita Amaral Galdi. Atrás estão: David Moro e dona Josefina Galdi Pereira da Silva. Agachados: Antônio Serra e Natanael Ferreira Nobre.

Estádio Municipal "Cel Chico Vieira" - idos de 1930.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Vista parcial da praça de esportes – Estádio Municipal “Cel. Chico Vieira” – que se achava localizada ao lado do Parque, nos idos de 1930.
Ao fundo, as arquibancadas cobertas, tendo ao lado o rústico coreto, onde a Banda Lira Itapirense executava seus dobrados, a fim de alegrar as tardes esportivas, quando o público se fazia presente para prestigiar o nosso futebol. Ali  desfilaram muitos craques itapirenses, dentre eles, o mais famoso: Capitão Hideraldo Luiz Bellini, campeão mundial da Copa de 1958.
Essa praça de esportes era uma das mais bonitas da região, além de ser muito bem cuidada.

Avenida dos Birís - por volta de 1923.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Mais uma foto da nossa saudosa Avenida dos Biris – no parque João Pessoa, hoje Juca Mulato – por volta de 1923. Essa foto, agora está focalizando a avenida no sentido inverso daquela veiculada no domingo passado, ou seja, vista através da Rua Campos Salles, na altura do Grupo Escolar dr. Júlio Mesquita.
O leitor pode observar os birizeiros bem mais frondosos; a cerca viva constituída de bambuzinho chinês que contornava toda a barroca para evitar a erosão pluvial; o leito carroçável ainda de “terra batida”; o gramado bem cuidado; bancos para os visitantes apreciarem a paisagem bucólica vista do local, de onde se descortinam no horizonte, além das montanhas azuis, os morros da Forquilha e o Pelado, ambos no estado de Minas Gerais, como também outros menos conhecidos, nos municípios de Lindóia e Serra Negra. Os postes de iluminação eram ainda de madeira.
Realmente, a Avenida dos Biris apresentava-se ao visitante como se fosse um amplo belvedere, de onde podia ser apreciado belíssimo espetáculo da natureza.
Naquele tempo, era proibida a passagem de veículos, o que garantia aos visitantes não serem molestados durante o passeio pelo local.

Avenida dos Birís - 1920.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Avenida dos Biris (1920)
Pode-se afirmar que, em épocas passadas, a preocupação maior dos visitantes que freqüentavam Itapira, era ver o Parque Municipal – o mais belo ponto turístico de nossa cidade (foto de meu acervo).
Era um passeio agradável caminhar pela Avenida dos Biris e subir até o Cruzeiro, a fim de apreciar a beleza do panorama, como também apreciar as formas artísticas dos canteiros bem gramados e floridos, que realmente excediam a expectativa dos visitantes.
Por força da natureza, aquele logradouro público está assentado no ponto mais elevado da cidade, a mais de 120 metros acima do vale, numa enorme depressão que fica a seus pés, tornando-se deslumbrante a visão que descortina daquele local.
A Avenida dos Biris acompanha o topo do vale em forma semicírculo, onde observa-se um espetáculo inesquecível, principalmente ao entardecer, na hora do por-do-sol.
A natureza quis deixar no parque uma prova das revoluções acontecidas em eras remotas, que alteraram profundamente a face geológica do planeta. Que revoluções terríveis foram necessárias para cavar o profundo vale, desbastando a larga chanfradura ali existente.
Observa-se também no horizonte os mais pitorescos aspectos: ao longe, as montanhas azuis da serraria mineira; o Morro da Forquilha, o Pelado e outros menos conhecidos. Para poetizar tudo isso, o observador também se encanta com o Ribeirão da Penha, que corre no fundo do vale, formando meandros numa sinuosidade geométrica.
Foi desse ponto, encantado com a beleza do espetáculo ali reinante, que levou o Presidente Washington Luiz Pereira de Souza – quando visitou Itapira em 1921 – a proferir a célebre frase: “ITAPIRA, A LINDA”, palavras que até hoje ecoam no horizonte e nos corações dos itapirenses.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Avenida do Cruzeiro - idos de 1920.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Avenida do Cruzeiro

Uma das mais belas fotos que fazem parte do meu acervo, é a da Avenida do Cruzeiro, que era localizada no interior do Parque Municipal “João Pessoa”, obtida nos idos de 1920. Essa alameda iniciava-se no final da Avenida dos Biris, ao lado do campo de futebol do Sport Club Itapirense, até alcançar o seu ponto mais elevado, onde estava o Cruzeiro, símbolo da fé do povo de nossa terra.
Esse verdadeiro marco histórico-religioso, foi implantado em 1902 – na passagem do século – pelo então prefeito (1902 a 1905) Jacintho Franklin Alvarenga da Cunha. Aquele símbolo da cristandade, mais tarde foi transferido para outro local, descaracterizando toda a beleza desse monumento ali erigido.
Atualmente há apenas vestígios do que foi o Cruzeiro do Parque, hoje cercado por muretas de muito mau gosto entre um arvoredo descuidado, que impede qualquer visão panorâmica ao seu redor.
A parte central da Avenida do Cruzeiro, era dotada de um piso artisticamente decorado, formando arabescos de grande efeito visual.
Nota-se do lado esquerdo da foto, entre as árvores que ladeavam essa avenida, um Ford “bigode”, que transportava visitantes.

Farmácia da Fé - por volta de 1923.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha 

Interior da Farmácia da Fé, uma das mais antigas de Itapira, por volta de 1923.
Nesta foto, vê-se atrás da máquina registradora, um dos fundadores daquele estabelecimento: Saturnino França.
Nota-se ainda, as prateleiras impecáveis e repletas de medicamentos farmacêuticos; os vasos com plantas ornamentais e o gradil de madeira torneada, que separava o cliente do interior da farmácia.
Na foto original do meu acervo, aparecem também dois pedestais ladeando a caixa registradora, encimados por duas esferas de vidro transparente, cujo conteúdo era água colorida: uma de cor vermelha e a outra verde, oferecendo um bonito visual àqueles que lá compareciam.
Naquela época, existiam em Itapira apenas três farmácias: a Farmácia da Fé, situada numa esquina da Rua da Estação (José Bonifácio) num prédio onde hoje funciona a Casa Radiluz; a Farmácia N.S. da Penha, pertencente a Alfredo Bueno, localizada no Largo da Matriz, e, a Farmácia Passarella, situada do lado esquerdo da José Bonifácio, quase na esquina da Campos Salles, que pertencia ao casal de farmacêuticos, Ricardo Passarella e d. Durvalina Freyre Passarella (ela também era farmacêutica).
Essas farmácias eram dotadas de um laboratório, a fim de “seguir à risca” os receituários médicos, que, naquela época, continham as fórmulas dos medicamentos receitados. Hoje esses remédios já vêm prontos dos laboratórios, com as bulas e as respectivas dosagens para cada doença diagnosticada pelos médicos.
E o preço dos remédios continua subindo “pela hora da morte”, muito embora existam os tais genéricos para substituí-los...

Indústrias Reunidas Francisco Vieira - Fábrica de móveis.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Na foto acima, mais um setor das Indústrias Reunidas Francisco Vieira: a fábrica de móveis.
Além dessa, ainda existiam em Itapira, nos idos de 1920, mais três desse ramo, porém, mais modestas e que se dedicavam, exclusivamente, à fabricação de cadeiras, produzindo, naquela época, um total de 20 dúzias por mês.
Essas fabriquetas pertenciam aos senhores Attílio Briante, Antônio Brunietti e Jordão Ferran.
O nosso município, no início do século passado, possuía um respeitável número de estabelecimentos fabris, podendo se destacar as Indústrias Reunidas Francisco Vieira (cujo assunto já abordamos em edições passadas), e a Fábrica de Chapéus Sarkis & Quirolli, fundada em 1922, com um capital inicial de rs45:000.000 (quarenta e cinco contos de réis), por Ângelo Quirolli – conforme documento pesquisado.
Mais tarde, essa indústria recebeu como sócio, Sarkis João, elevando-se então o capital da firma para rs100:000.000 (cem contos de réis).

Outras Indústrias

Fábrica de cerveja, soda, licores e bebidas espumantes, de Adelelmo Boretti & Cia, fundada em 1894, situada na Ladeira do Cubatão, nº3.
Fábrica de cerveja Victória, cujo proprietário era Luiz Fiordomo – situada à Rua José Bonifácio.
Fábrica de massas alimentícias de Clodomiro Boretti.
Indústria de aguardente e açúcar de Henrique Worne & Cia, situada a 3 quilômetros da cidade.
Torrefação de café, moinho e máquina para beneficiar arroz – de Domingos Miranda.
Moinho São Luiz, de Américo Cavenagne, fundado em 1918, por Luiz Antônio Siqueira, posteriormente vendido a Américo Cavenagne.
Fábrica de Mosaicos de Victório Coppos fundada em janeiro de 1923, com um capital inicial de rs30:000.000 (trinta contos de réis).
Em 1917, funcionavam em nosso município 5 (cinco) olarias: a de Victório Monezzi; Aleixo Butti; Paschoal Guerra; Augusto Nicolai & Filho e Francisco Capputo.
Por último, destacamos a Fábrica de carroças, troles e charretes, pertencente a Luiz Barreta & Filho, situada em prédio próprio à Rua Rui Barbosa. Nessa fábrica trabalhavam 9 pessoas.
Enfim, esse era o parque industrial de Itapira no início do século passado.

Indústrias reunidas Cel. Francisco Vieira - Oficina mecânica.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Indústrias Reunidas Cel. Francisco Vieira.
Na foto acima eis a oficina mecânica, ocasião em que os seus técnicos davam assistência ao Ford “bigode” de propriedade de Chico Vieira, que está ao lado do seu “possante”.
Naquela época não existia elevador para erguer os carros dos clientes, o que era feito no “muque” para assentá-los aos cavaletes, onde os mecânicos verificavam os defeitos apresentados.
Em 1920, de acordo com a estatística, existiam em Itapira apenas 7 automóveis, cujos proprietários eram:Cel. Francisco Vieira – Ford; João Baptista Pereira da Silva (Joãozinho Bento) – Ford; Joaquim de Assis Vieira – Buick; Américo Augusto Pereira da Silva – Buick; o médico Norberto da Fonseca – Ford; a senhorita Celita Vieira Magalhães – Aucland e a senhora Malvina Rocha – Ford.
Naquele tempo não existia semáforo e nem mão-de-direção; mas uma coisa havia de sobra: a poeira vermelha levantada do leito carroçável das ruas de terra “batida”. Ah! Também as roucas buzinas que anunciavam a novidade, quando a dona de casa saia à janela, deixando até queimar o feijão no fogo, a fim de ver, admirada, não a banda... mas o automóvel passar!
Era o progresso chegando... era o automóvel que iria transformar aos poucos a vida do homem do futuro, do homem moderno. Hoje é considerado um dos meios de transporte mais atuante. Com ele vieram os escapamentos poluidores do ar que respiramos, juntamente com o som dos motores “envenenados” que fazem trepidar, não só as ruas, mas também nossas moradias.
Enfim, o que seria do homem sem o automóvel, pois, os trens foram sumindo dos trilhos e o transporte – de passageiros e cargas – é feito em maior número através das estradas de rodagem, por sinal, muito mais caro. A poluição continua aumentando cada vez mais. A camada de ozônio assusta a humanidade do planeta.
É o preço do progresso!