quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Grupo Escolar "Júlio Mesquita"

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Grupo Escolar “Júlio Mesquita”
Trata-se do primeiro estabelecimento de ensino primário – oficial – de Itapira, cuja pedra fundamental para a construção do prédio aconteceu festivamente a 17 de fevereiro de 1897, na confluência da rua Campos Salles e da Praça Ribeiro de Barros (hoje rua), defronte ao Parque Municipal “João Pessoa” (hoje Juca Mulato). Naquela praça, em 3 de maio de 1903, foi o local escolhido para se realizar a primeira festa da árvore em Itapira – a terceira no estado – na gestão do então prefeito (1902 a 1905) Jacintho Franklin Alvarenga da Cunha (meu avô), que contou com a presença do escritor e poeta Coelho Neto.
Fiz este pequeno intróito, para entrar no assunto desejado, o qual seja, mostrar ao caro leitor, um Boletim de recepção escolar dirigido à aluna Maria José Cunha (minha saudosa tia Dedé), datado de 16 de janeiro de 1911, há quase 100 anos!
Nesse documento consta no verso uma belíssima mensagem composta de 12 itens, assinada pelo 3º diretor da escola, José Pedro da Silveira.

Nota: Este Boletim será doado ao Museu daquele modelar estabelecimento de ensino – Escola Estadual “Júlio Mesquita”, tão bem dirigido pela estimada e competente diretora – professora Maria Giselda Zanchetta de Souza.


Para melhor visualização de detalhes e conteúdo:





quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Papel como Suporte

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plinio  Magalhães da Cunha

O Papel como Suporte
Através de um intercâmbio cultural entre a Secretaria Estadual da Cultura e o Serviço Social do Comércio, o Museu Histórico e Padagógico Comendador Virgolino de Oliveira de nossa cidade, em 16 de novembro de 1980, quando ainda pertencia à rede de museus do Estado, organizou uma interessante exposição sobre a “ARTE E SEUS PROCESSOS, TENDO O PAPEL COMO SUPORTE”. Foi uma exposição temporária que atraiu um numeroso público, mostrando em detalhes aos visitantes a evolução do papel para uso artístico. Mostrou ainda como nasceu a necessidade de se registrar em um suporte, a produção cultural humana. Essa exposição apresentou detalhes curiosos, desde o aparecimento do papiro, do pergaminho, até a introdução do papel na Europa pelos árabes, e, a par disso, expôs as mais variadas técnicas de desenhos com pontas de metal, lápis, carvão, o giz, o pastel, o guache, a aquarela, além da gravura, xilogravura, impressão, e outras técnicas artísticas tendo o PAPEL como suporte. Essa exposição foi muito oportuna, pois serviu para favorecer o acesso do público, principalmente dos estudiosos, às expressões mais legítimas da cultura brasileira.

O presidente da Câmara, vereador José Ludovino Andrade e o prefeito Alcides de Oliveira quando descerravam a fita inaugural. Ainda na foto, a técnica do Museu, Maria Carmelita La Farina da Cunha.

Célia Monfredini, relações públicas do SESC, Antonio Tristão Filho, diretor do SESC, Plínio Magalhães da Cunha – diretor do Museu, a técnica do Museu – Maria Carmelita La Farina da Cunha e Antonio Arroio – orientador social do SESC.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Semana da Pátria

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plinio Magalhães da Cunha


Semana da Pátria
A partir deste domingo de novembro, estamos comemorando festivamente a Proclamação da República (dia 15) e o Dia da Bandeira (dia 19), duas datas importantíssimas da nossa história pátria.
Para homenagear essas efemérides marcantes para o Brasil, relembramos o ano de 1992, como o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” comemorou a Semana da Pátria. Naquela ocasião foram realizadas além das exposições alusivas às datas, palestras em coordenação daquele Instituto Cultural com as escolas locais, quando a técnica do museu, Maria Carmelita La Farina da Cunha, abordou com muita propriedade os temas relacionados aos dois acontecimentos históricos.
A palestrante mostrou na panóplia, as 13 bandeiras históricas do Brasil, descrevendo o significado de cada uma delas, iniciando pela bandeira da Ordem de Cristo, aquela que tremulou na esquadra de Pedro Álvares Cabral em 1500, culminando com a mais bela dentre todas, o símbolo maior de nossa Pátria – a Bandeira do nosso querido Brasil.
A Bandeira Nacional foi instituída pelo decreto nº4 de 19 de novembro de 1889. O projeto coube a Teixeira Mendes e foi defendido ardorosamente pelo Ministro da Guerra – Benjamin Constant, sendo imediatamente aprovado por marechal Teodoro da Fanseca.
A redação desse decreto coube ao ministro da fazenda, ao insigne Rui Barbosa – o “Águia de Haia”.

Tiro de Guerra - 282

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plinio Magalhães da Cunha

Tiro de Guerra – 282
A foto mostra uma apresentação dos reservistas itapirenses e mogimirianos, na Praça Bernardino de Campos, no dia 24 de outubro de 1917, quando Itapira completava 97 anos de fundação.
Após desfilarem garbosamente em regozijo à data magna de nossa terra, posaram para a posteridade, portando fuzis e as imprescindíveis “caixas de repiques”, responsáveis pela cadência do pelotão durante o desfile.
Ao lado do grupo, vê-se a partir da direita para a esquerda: uma pessoa não identificada; a seguir o prefeito de Itapira (de 1911 a 1923) Cel. Francisco Vieira, político influente daquela época. Foi o primeiro deputado estadual eleito de Itapira (de 1934 a 1937). Chico Vieira, como até hoje á carinhosamente chamado, era irmão de outro político importante que está ao seu lado na foto, o senador Euclides Vieira, que também foi prefeito de Campinas e foi casado com uma sobrinha neta de Rui Barbosa – o “Águia de Haia”. A seguir, entre dois oficiais do exército, a senhora Maria Aparecida Vieira Bueno, filha de Chico Vieira, que fora casada com o sr. Dorival Bueno – tio do ex-deputado federal e atual prefeito de Mogi-Mirim, o engenheiro Carlos Nelson Bueno. Ainda nessa foto vê-se o casarão do Cel. José de Souza Ferreira, e a parte superior do coreto, onde a nossa centenária Banda Lira Itapirense executava os famosos dobrados em suas retretas dominicais.
Nota-se também que, o piso da Praça Bernardino de Campos ainda era de “terra batida”.

Soldado Constitucionalista de 1932 - Festividade em 23 de maio de 1975.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plinio Magalhães da Cunha

Festividade defronte ao Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, em coordenação com o Grupo Escolar Dr. Júlio Mesquita, em 23 de maio de 1975, Dia do Soldado Constitucionalista de 1932. Naquele evento, ali compareceram autoridades, professores e um grande número de alunos, relembrando com muito civismo o 23 de maio e a epopéia de 1932, acontecimentos históricos e importantes para o povo paulista.
Na foto, da esquerda para a direita vê-se a professora Lia Boretti de Almeida – diretora do Grupo Escolar, o prefeito Alcides de Oliveira; vereador João Moisés Andare – representando a Câmara Municipal; Plínio Magalhães da Cunha – diretor do Museu Histórico, museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha, coordenadora do evento, e os alunos que compareceram acompanhados das professoras: Clara Martins Santiago de Moraes; Geni Piva Zázera; Aparecida Galli; Helena... e Ruth Carpi Rezende.

Salve Itapira - 190 anos

- TEMPOS SAUDOSO -
Plínio Magalhães da Cunha

Salve Itapira = 190 anos
Hoje, 24 de outubro de 2010, data magna de nossa querida Itapira, comemoramos festivamente e de mãos dadas, mais um aniversário de sua fundação.


Para ilustrar esta singela homenagem, o fazemos através de duas fotos obtidas em 1921, mostrando como era a antiga matriz construída em louvor a NOSSA SENHORA DA PENHA.
Infelizmente esse templo foi demolido em 1955 para dar lugar a uma igreja maior e mais confortável, cujas obras foram concluídas somente em 1967, após 12 anos de trabalhos ininterruptos. Entrando na foto dessa igreja me revejo, meus antepassados rezando. Relembro também do Parque Municipal, do Cruzeiro – símbolo da fé – da Avenida dos Birís forrada de flores amarelas, onde ainda ouço as velhas árvores contar histórias. Vejo ao longe o espigão azul da Mantiqueira; respiro fundo procurando sob o asfalto vestígios dos antepassados.
Tudo isso, é realmente a mais bela definição para a memória genética, que faz desta cidade minha paixão maior.
PARABÉNS ITAPIRA!


O "Tiro de Guerra" - 282

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O “Tiro de Guerra” – 282
Antigamente os jovens quando completavam 18 anos de idade, eram obrigados a servir o exército através do famoso “Tiro de Guerra”, quando aprendiam os exercícios militares, o manejo do fuzil, da baioneta e de outros armamentos próprios das forças armadas.
Como um assunto puxa outro, lembro-me perfeitamente que, em nosso tempo de Ginásio do Estado, ali na rua João de Moraes, onde atualmente funciona a Prefeitura, também fazia parte do currículo escolar a chamada “Instrução Pré Militar”, cujo certificado era fornecido após os exames realizados no final do ano letivo.
O meu certificado de conclusão desse curso, que eu guardo com muito carinho, traz o nº10 – CIP. 2-34, de 27 de novembro de 1943, assinado por mim (aluno), pelo Instrutor prof. Carlos Eduardo Ornellas, pelo diretor do Ginásio, prof. Affonso Ribeiro Persicano, e também assinado pelo chefe da 5ª CR de Ribeirão Preto, Cel. Paulo Mendes de Vasconcellos.

A foto mostra os reservistas itapirenses e mogimirianos, obtida em 1931 na praça Bernardino de Campos, defronte ao antigo casarão onde residiu um dos beneméritos de nossa terra – Comendador João Cintra. Essa residência foi por muito tempo ocupada pela Câmara e Prefeitura, onde hoje está o edifício “Wanderley Zázera”.
Infelizmente será impossível identificar os jovens – principalmente usando quepes – mas somente as pessoas que estão sentadas, a partir da esquerda para a direita: Caio Pereira da Silva, que foi Secretário da Câmara e que também ocupou o cargo de Prefeito (de 1935 a 1938), substituindo o prefeito Anacleto Pereira de Magalhães, que faleceu no cargo em 1934. O pároco da Igreja Matriz de N. S. da Penha, padre Lázaro Sampaio de Mattos (1925 a 1934), um oficial do Tiro de Guerra, e logo a seguir o Prefeito João Ribeiro Pereira da Cruz (1931) que se fazia acompanhar de uma de suas filhas. A seguir o Cel. Francisco Vieira, chefe político local e Prefeito de 1911 a 1923 (por 13 anos). Por coincidência, “Chico Vieira nasceu a 13 de agosto de um ano bissexto e ainda numa sexta-feira, mas teve muita sorte em sua vida”, como disse o nosso saudoso amigo e companheiro de imprensa João Torrecillas Filho, o popular João do Norte, numa de suas inigualáveis narrações sobre Itapira antiga, intituladas – “No Tempo da Vovozinha”, que até hoje são relembradas com saudade. A seguir; Jácomo Nabor Secchi, empresário e irmão do ilustre médico de nossa terra, dr. José Secchi                           

Campeonato Intercolegial - 1950

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Campeonato Intercolegial – 1950
A foto em tela obtida no dia 1º de setembro de 1950 mostra os alunos do Colégio e Escola Normal “Elvira Santos de Oliveira”de Itapira, que participaram brilhantemente de uma demonstração de ginástica Coletiva, num excelente conjunto de 3.000 estudantes provindos de diversas cidades do interior paulista.
Esse importante evento esportivo, acontecido naquele ano, teve como palco o Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo. A caravana de Itapira foi chefiada pelos professores de educação física do nosso colégio, Mauro Teixeira e Maria Aparecida Pires Nogueira. Antes da partida para a capital, foram fotografados em forma de pirâmide no Cruzeiro do Parque Municipal, tendo como suporte aquele marco histórico do nosso município ali implantado em 1902, na passagem do século, representando o “símbolo da fé” do povo de nossa terra.
Eis os representantes itapirenses – de cima para baixo e da esquerda para direita: Décio Queluz, Anízio Braga, Gilberto Monezzi, Evelina Martellini Jacob, Gui Guimarães, Walter Souza, Luiz Carlos Alvarenga (Ratinho), Lia Boretti Almeida, Ilze Riboldi Guerreiro, Valeriana Leme, Escolástica Salgado Bruzasco, Walter Ricciluca, Anísio Lopes, Ronalde Monezzi, Ricardo Passarella Filho, Torrezan, Avancini, Nicolau, Claudete Avancini, Ilze Vicentini, Coradi, Paulo Guerra, Alvarino Lopes Pinheiro, Zorzetto, (?), Abel Job Filho, Rosa Torrezan, Wilma Boretti Jacomini, Loudinha Ramos de Oliveira, Aluízio Nicolau, José de Oliveira Barretto, Joarez de Moura, João Torrecillas Neto, Diógenes e Luis Francisco (Iquinho).
PS: - Esta foto pertence ao acervo do estimado amigo prof. José de Oliveira Barretto, incentivador do esporte de Itapira e região, onde desempenha um trabalho de grande alcance dentro de sua área de atuação.

domingo, 14 de novembro de 2010

Museu Histórico Virgolino de Oliveira - Breve Histórico.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Museu Histórico Virgolino de Oliveira
Breve Histórico
Criado por decreto estadual nº15, de 02 publicado no DOE de 03 de fevereiro de 1972, foi inaugurado o Museu Histórico e Pedagógico em 24 de outubro do mesmo ano, em regozijo à data do aniversário da cidade; graças ao empenho do prefeito Hélio Pegorari.
Implantado pelo museólogo e seu primeiro diretor Plínio Magalhães da Cunha, coadjuvado pela técnica de museus, Maria Carmelita La Farina da Cunha, ambos funcionários designados pelo Governo do Estado para iniciarem a difícil tarefa, o que foi feito numa casa locada pela Prefeitura Municipal, situada na confluência das ruas João de Moraes e XV de novembro, ao lado de prédio ocupado pela Câmara Municipal.
Naquela casa, o museu foi tomando corpo, recebendo as peças doadas pela população itapirense, que soube muito bem valorizar e aplaudir a formação daquele importante Instituto Cultural de nossa terra.
No dia 21 de abril de 1974, feriado nacional, com a presença de um numeroso público, de autoridades constituídas e de familiares do patrono daquele órgão, o Prefeito Alcides de Oliveira procedeu à solenidade de entrega do novo prédio do Museu Histórico, localizado bem no centro do Parque Juca Mulato, onde funcionou por muito tempo, o Serviço de Abastecimento de Água do Município, que após receber uma reforma substancial, alojou o importante órgão cultural de Itapira, onde atualmente continua cumprindo condignamente suas finalidades precípuas.
A partir de 18 de abril de 2001, por decreto governamental, toda a rede de Museus Históricos e Pedagógicos do interior do Estado de São Paulo – constituída de 56 museus – foi municipalizada, inclusive o de Itapira.

Descerramento da fita inaugural do novo prédio do Museu, feito por dona Carmen Ruete de Oliveira, esposa do patrono “Comendador Virgolino de Oliveira”,
pelo Secretário da Cultura do Estado Pedro de Magalhães Padilha, que também representou o governador Laudo Natel, vendo-se mais atrás, o vice presidente da Assembléia Legislativa, deputado Mantelli Netto; Desembargador Márcio Martins Ferreira, Prefeito Alcides de Oliveira e o presidente da Câmara de Itapira, vereador Antônio Celidonio Ruete

Visita auspiciosa - 1947.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Visita auspiciosa – 1947
Recepção na usina N. S. Aparecida em 1947, quando da visita do Secretário Estadual da Educação, deputado Juvenal Lino de Mattos, ao seu particular amigo Comendador Virgolino de Oliveira, líder da política local. Naquele importante evento, estiveram presentes autoridades e convidados especiais de Itapira, prestando justas homenagens ao ilustre visitante, que sempre atendeu com muito carinho as reivindicações que lhe eram solicitadas, todas de grande interesse do nosso povo, quando Itapira experimentou um progresso formidável, tanto no campo educacional, como também nas obras de grande alcance social.
Na foto acima, vê-se da esquerda para a direita: dr. Décio Galdi – Francisco Otaviano Queluz – vereadores Octávio Franklin da Cunha – Marcelo Avancini e Antonio Caio – José Serra – Noé de Oliveira Rocha – dr. Marino da Costa Terrra – vereadores Hildebrando José Rissi e dr. José de Souza Ferreira – o homenageado Juvenal Lino de Mattos – o anfitrião, Comendador Virgolino de Oliveira – vereador Nilo Boretti – Olavo Job – José Pereira Lima – Antonio Rodrigues de Oliveira – (?) – dr. Murillo Arruda – Pedro Ferreira Cintra – jornalista Benedito Martins e os vereadores Wilson Victor dos Santos – Sebastião Bretas e Olívio Cintra de Andrade.

Santa Casa - 1920.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Santa Casa - 1920
A foto acima mostra o prédio central da Santa Casa de Misericórdia de Itapira há 90 anos atrás, obtida da Praça Cel José de Souza Ferreira.
Essa praça era toda arborizada e ajardinada com esmêro, antes da construção do Fórum, órgão do Poder Judiciário, que muitos anos ocupou a parte superior da antiga Cadeia, construída em 1909, e que hoje dá lugar à Casa da Cultura “João Torrecillas Filho”, ao lado do Parque Municipal.
Nota-se à frente do portão de entrada daquele nosocômio, um Ford “bigode” conversível de propriedade do prefeito Cel Francisco Vieira, que administrou nosso município de 1911 a 1923, por treze anos consecutivos, período em que Itapira experimentou um progresso formidável em relação com outras cidades da região.
Interessante ressaltar que, o Corpo Clínico da Santa Casa era constituído por todos os médicos da cidade que prestavam gratuitamente os seus serviços profissionais, revezando-se todos os meses, conforme ainda poderá ser visto através das escalas publicadas nos jornais da época, sob o título “MÉDICO DO MÊS”. Lembro-me muito bem desse tempo, porque o meu saudoso pai, dr. João Pereira da Cunha, o dr Cunha, que clinicou em Itapira por mais de 50 anos, também fez parte dessa escala juntamente com seus colegas de profissão, quando os resultados eram de grande valia para a população do município, principalmente a mais carente.
Os serviços internos do hospital eram feitos por dois enfermeiros, três irmãs de caridade e pelo corpo clínico dentro da “escala do mês”.

Festa das Nações - 1920.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Festa das Nações - 1920
Em tempos idos, acontecia todos os anos no Parque Municipal de Itapira – dentro de um calendário pré-estabelecido pelos organizadores – uma interessante festa de congraçamento entre os habitantes de nossa terra, principalmente àqueles que possuíam profundas raízes vincadas nos mais diversos paises do globo.
Naquele local, adredemente preparado para servir de palco, erguiam-se sugestivas e ornamentadas barracas, cada uma delas mostrando os diferentes costumes de sua gente, de seu país de origem, desde o vestuário até a culinária.
Na verdade era um evento alegre e até mesmo romântico.
Essa festa das nações atraia um numeroso público que ali comparecia a fim de assistir aos “shows” apresentados, saboreando iguarias apetitosas, cujas receitas foram trazidas dos paises de origem, e servidas por jovens vestidas à caráter.
Para ilustrar parte desse evento realizado em 1920, aqui em Itapira, eis uma foto sugestiva da “BARRACA HESPANHOLA”, tendo à frente seus responsáveis, sendo a maioria descendente de famílias da velha Espanha.
À frente da barraca, sentadas: 1 – Astrogilda Peres, 2 – Esmeralda Peres, 3 – Maria Sanches, (?) e Paulina F. de Almeida. Em pé 1 – 2 – 3 não identificadas, 4 – Isabel Sanches, 5 – (?), 6 – Manoel Rocha, 7 – Custodio Peres, 8 – Arlindo Solha Peres, 9 – Norberto Solha Peres, 10 – Uvalsina Peres, 11 – Maria José de Almeida Peres, 12 – Maria Madalena de Almeida e as irmãs – 13 – Ana e 14 – Benedita. Na primeira janela à esquerda (não identificados), e na outra janela a menina Irene Peres.

Esporte Clube Itapirense em 1923

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Esporte Clube Itapirense em 1923
A foto acima, infelizmente está bem desgastada devido à ação do tempo, razão pela qual – apesar das tentativas – não apresenta boa nitidez.
Ela mostra o esquadrão do Esporte Clube Itapirense, que disputou uma partida futebolística no dia 05 de janeiro de 1923, contra um time de estudantes da Faculdade de Medicina, cujo resultado final foi 2X1 favorável aos visitantes.
Os craques que compuseram o Esporte Clube Itapirense: ajoelhados, da esquerda para a direita – Mário Rovaris – Mário Fonseca Filho (Lico) e Renato Pereira.Em pé, na mesma ordem: Barizon – Ferraz – Bepo Marella – Pepino Anastácio – Pedro Fernandes – Santin Breda – Jorge - Melinho e Zilo.
Soubemos que, dentre os craques visitantes estavam os jovens Rayneri Galdi – Décio Galdi e Hélio Sebastião Amâncio de Camargo.

Escolas Particulares

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Escolas Particulares
Itapira sempre contou com enumeras escolas particulares, algumas delas, antes mesmo de ser dotada do centenário e querido Grupo escolar “dr. Júlio Mesquita”.
Dentre as mais antigas – as que me recordo – a do professor Miguel Cardim, da professora dona Bena de Souza Ferreira, da professora dona Maria Luiza Vieira, das professoras dona Diva Magalhães Raymonti, dona Iracema Costa Martinez (dona Zita), dona Clarice Aguiar, e tantas outras que também prestaram relevantes serviços a Itapira na importante área educacional.
A foto acima mostra uma classe mista da professora dona Clarice Aguiar, que aparece bem ao centro, contornada por uma plêiade de alunos posando para a posteridade.
Foi-me impossível identificar todos, mas para facilitar nossos leitores, irei numerar alguns que foram reconhecidos: na primeira fila (sentados no chão) 3 – Paulo Guerra; 7 – Décio Queluz. Na segunda fila: 1 – Maria Terezinha Avancini; 2 – Suzana Rodrigues da Silva; 5 – Madalena Rodrigues da Silva e a professora dona Clarice Aguiar. Na terceira fila: 4 – José Walfredo Riboldi; 6 – Benedito Passarella e 7 – Jair Amaral. Na quarta fila (em pé): 5 – Maria de Lourdes Rocha Oliveira; 6 – Maria Ondina Marella; 7 – Maria Clara Serra.
Nota: Soube que nesta foto também estão os alunos: Dolly Modonezzi; Claudete Avancini e Ayrton Rogatto – que não foram identificados. Quanto aos demais poderão ser reconhecidos pelos leitores.

Em Ritmo de Festa - 1964 - 25 anos do Ginásio do Estado.

- TEMPOS SAUDOOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Em Ritmo de Festa
Um grupo de ex-alunos e professores do nosso Ginásio do Estado em 1964, quando comemorava os 25 anos de criação daquele primeiro estabelecimento de ensino secundário de nossa terra.
Em primeiro plano da foto acima, da esquerda para a direita: Rubens Pereira – Edésio Ramos de Oliveira – José Carlos Serra – José Serra Neto – Luiz Carlos Machado – professor (desenho) Antonio de Lima Horta e Fernando Serra.
Em pé: Walter Riboldi – Géssio Pereira Job – Daniel Parnes – professor (de Português) Clemente II Pinho – diretor Pedro Ferreira Cintra – atrás, Paulo de Almeida Serra – professor (História Natural) Aníbal Anderaus e professor de Latim, Benevenuto Figueiredo Torres.
Nota: a guisa de informação, o Ginásio Estadual de Itapira foi criado através do decreto nº 10.709, de 21 de setembro de 1939, cujo ato foi assinado pelo então Interventor Federal em exercício José de Moura Rezende, referendado pelo Secretário da Educação e Saúde Pública Álvaro de Figueiredo Guião, e também pelo diretor geral daquela pasta, Aluízio Lopes de Oliveira.

1980 - Visita a Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Visita a Itapira
Em 1980, uma comitiva de rotarianos na entrada da cidade, junto do monumento ao Rotary Club, quando recepcionava o governador do distrito 459, Orley Camargo Schimidt e esposa.
Na foto, em primeiro plano, da esquerda para direita: José Casimiro Rodrigues; Funabashi Yoshio; Waldemar Schimidt; José Francisco Pereira Job; Plínio Magalhães da Cunha. Em segundo plano: José Benedito Coloço Neto; Ricardo Baldassin; Antonio Carlos Martins e sua esposa Elvira Salgado Martins; Quinha Schimidt; o casal de visitantes, governador Orley e esposa; Juracy Job e Dácio Amorim.

1948 - Ginásio do Estado.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

1948 – Ginásio do Estado
Alunas que cursaram a 4ª série ginasial em 1948, quando aquela escola ainda funcionava no prédio hoje ocupado pela Prefeitura Municipal, à rua João de Moraes.
Na foto, todas sorridentes posaram para a posteridade, vendo-se ao centro o estimado professor de Latim – José Paulino da Costa Neto.
Na primeira fila, da esquerda para a direita: Maria Aparecida Barretto – Maria Terezinha Pupo Cintra – Terezinha Cavenaghi – Ivone Cavenaghi – Diva Clemente – Maria Clara Serra e Maria Terezinha Avancini.
Na segunda fila, em pé e na mesma ordem: Neuza Pereira – Silvia Aguiar – Anny de Castro – Maria Yolanda Lopes – Edna Passarella – Maria Helena Trani Plumari – Terezinha Oliveira e Silva – Áurea Siqueira – Maria Lúcia da Cunha – Carolina Calil – Mirian Cruz e Ivone Lang.

1940 - Grupo Escolar dr. Júlio Mesquita.

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Plínio Magalhães da Cunha

1940 – Grupo Escolar dr. Júlio Mesquita
Alunas que cursaram o segundo ano “A” feminino, no Grupo Escolar ‘dr. Júlio Mesquita” no ano de 1940, cuja classe era regida pela estimada professora dona Juracy Dias Ferraz, tendo como diretor daquele tradicional estabelecimento de ensino, o saudoso professor Benedito Flores de Azevedo.
Nessa foto, apesar do esforço para conseguir identificá-las, está sendo muito difícil, isso porque naquela época, a média da idade escolar das alunas girava em torno de 7 a 8 anos.
Para facilitar os leitores, passo a divulgar os nomes de todas em ordem alfabética, e pergunto: qual delas é você nessa foto? Adelaide Silva – Ana Luiza Pereira Cunha – Anadir Corazza – Aradi F. Passarela – Benedita M. Consorti – Conceição Ferreira – Cristina A. Brusasco – Diva Clemente – Diva de Oliveira – Desolina Pierosi – Edgarda Rizi – Edna Passarela – Eugenia Felício – Eula Gomes – Eunice de Oliveira – Flora Fineli – Gladys Teixeira – Guiomar Alves de Souza – Idelma Tonini – Isabel de Jesus – Isaltina Rocha – Isolete Salvarani – Josefina Inês Campos – Josefina Sampaio – Leila Ferreira Alves – Lídia Eufrazio – Liza Rodrigues Gomes – Maria Ap. Modonezi – Maria José Boretti – Maria José Giopato – Maria José Tosini – Maria Nazaré Rocha – Maria Rios – Maria Tereza M. Bissoli – Mirandiva Ramonda – Neuza Gonçalves – Nilsa Terezinha Buti – Otilia Soares – Maria Terezinha Lopes – Terezinha Ap. Pugina – Yolanda P. de Moraes – Zulmira Bolvo.

Tradicionais estirpes Itapirenses

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Tradicionais estirpes Itapirenses
Eis um grupo de cidadãos itapirenses que ajudou a construir nosso município desde os tempos remotos.
A foto que ilustra esta matéria foi obtida por volta de 1870 – há 140 anos – vendo-se da esquerda para a direita, em pé: 1 – engenheiro Euclides Vieira, que foi senador da República e também prefeito da cidade de Campinas. Era irmão de outro político itapirense, Cel. Francisco Vieira (não consta da foto), mas é importante ressaltar que, Chico Vieira, como era carinhosamente chamado, foi o primeiro deputado estadual por Itapira de 1934 a 1937, pelo Partido Constitucionalista. Era farmacêutico, proprietário das Indústrias Reunidas Francisco Vieira, foi prefeito de Itapira de 1911 a 1923, grande esportista e um dos fundadores do Sport Club Itapirense. Empresta o seu nome ao Estádio Municipal da cidade. Participou também ativamente da grande causa de São Paulo na Revolução Constitucionalista de 1932. 2 – fazendeiro Virgílio Pereira da Silva; 3 – fazendeiro Bento Pereira da Silva (Bentico Pereira); 4 – fazendeiro João Batista Pereira (Joãozinho Bento) que construiu sua residência na confluência das ruas Regente Feijó e Comendador João Cintra, hoje de propriedade da família do saudoso médico dr. José Alberto de Melo Sartori; 5 – fazendeiro Américo Augusto Pereira, que construiu sua bela residência na confluência das ruas Regente Feijó e Campos Salles.
Sentados e na mesma ordem: 1 – engenheiro Abreu Guimarães; 2 – professor João Nicanor Pereira; 3 – Jacintho Franklin Alvarenga da Cunha (meu avô paterno), era Distribuidor, Contador e Partidor da Comarca de Itapira, conforme ato do Presidente do Estado de São Paulo, Jorge Tibiriçá, de 14 de setembro de 1904. Foi o terceiro prefeito de Itapira, de 1902 a 1905. Construiu o Parque Municipal, inaugurado a 29 de dezembro de 1902. Implantou em Itapira a iluminação pública por energia elétrica (a iluminação das ruas ainda era feita através de lampiões). Essa melhoria foi inaugurada a 14 de maio de 1905. Implantou o Cruzeiro no Parque municipal (Símbolo de fé) inaugurado em 1902 e fez realizar a primeira Festa da Árvore em Itapira, a 3 de maio de 1903, que contou com a auspiciosa presença do poeta campineiro Coelho Neto, que plantou no jardim que existia ao lado do Grupo Escolar “dr. Júlio Mesquita”, um exemplar de Pau Brasil, que mais tarde, infelizmente, foi erradicado por algum “urbanista” de plantão. A guisa de informação, a festa da árvore em Itapira foi a terceira realizada no Estado de São Paulo, pois a primeira foi na cidade de Araras, e a segunda em Pirassununga. 4 – fazendeiro Cel. Joaquim Ignácio de Alvarenga Cunha, avô da saudosa dona Dedé da Cunha Bicudo Pereira da Cruz; 5 – fazendeiro Francisco Manoel Pereira da Silva, pai da emérita professora Maria Suzana Rocha Pereira da Silva, de saudosa memória.
Esses impolutos cidadãos de nossa terra, deixaram seus nomes vincados na história de Itapira.

Museu Histórico na Loteria Federal.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Museu Histórico na Loteria Federal
Quando Itapira iria completar a 24 de outubro de 1976, 156 anos de existência, o então diretor do Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, Plínio Magalhães da Cunha, entrou em contato com a direção da Caixa Econômica Federal, sugerindo-lhe que se fizesse uma homenagem à nossa cidade que aniversariava, através de uma extração da Loteria Federal, mostrando a todo o Brasil que Itapira sempre soube cultuar a memória de seu povo e suas tradições.
- Por que através do Museu?
- Porque esse Instituto Cultural de nossa terra, representa um instrumento insubstituível no campo histórico, tanto para o trabalho didático, educativo, a divulgação tridimensional do passado, como a preservação dos elementos – fatos, peças e documentos – que facultam àquela Casa, a sua função cívica e cultural, de aviventador da memória nacional.
É realmente o único instrumento que dispomos para a preservação desse manancial de bens culturais.
Diante do exposto, a alta direção da Caixa Econômica Federal, houve por bem acatar nossa sugestão, conforme foto e impressão da fração do bilhete em tela.
Vale ainda ressaltar que, a matriz do referido bilhete com a numeração (00000) encontra-se arquivada no Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Almoços de Confraternização.

- TEMPOS SAUDOSO -
Plínio Magalhães da Cunha


Almoços de Confraternização
Como curiosidade estamos mostrando, dois convites dirigidos ao advogado itapirense dr. Júlio Cunha, a fim de participar de almoço de confraternização.
Um deles é provindo da cidade de Amparo, datado de 22 de dezembro de 1912, oferecido “aos ilustres excursionistas itapirenses”.

Este outro almoço foi para homenagear dois amigos de Itapira, senhores Herculano e Dario Anhaia, realizado a 15 de junho de 1913, no BAR ITAPIRENSE. Nos convites nota-se ainda que a escrita, desenho e figura estão impressos em relevo.

Câmara Municipal homenageia General.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Câmara Municipal homenageia General
Foi um preito da Câmara Municipal de Itapira, acontecido em 6 de abril de 1918, há 92 anos, sendo o General Luiz Barbeto a personagem central daquele auspicioso evento.
O convite acima para participar do banquete (foto) foi endereçado ao advogado itapirense dr. Júlio Cunha, conforme consta na parte superior do mesmo.
Na parte interna dessa convocação, consta do lado esquerdo o “MENU” e à direita o “DESSERT”.
Interessante notar que, todas as iguarias e bebidas a serem servidas, estavam grafadas em francês – conforme costume da época.

Na última capa desse convite foram apostas as assinaturas de alguns convidados, logicamente a pedido do dr. Júlio Cunha, para ser guardado como “SOUVENIR” do acontecimento.
As assinaturas: general Luiz Barbeto; Coronel Sebastião P. Alves; dr. Manoel Augusto de Ornellas – juiz de direito que hoje empresta o seu nome ao prédio do Fórum local; o advogado dr. Arlindo da Rocha Campos; Ayres Martins Torres; Márcio Travasso; Jefferson Ferraz; Francisco Chagas e mais duas assinaturas ilegíveis.
PS: Interessante notar a ornamentação do convite.

Nosso futebol amador.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Nosso futebol amador
Como estamos no início da tão esperada Copa do Mundo, não poderíamos deixar de homenagear os nossos esportistas amadores, aqueles que sempre souberam com galhardia e perseverança, defender com amor a camisa que vestiam, trazendo orgulhosamente no peito o ex-libris e as cores de seus clubes preferidos.
Praticavam um futebol como verdadeiros esportistas no sentido lato da palavra, da maneira mais pura e dentro dos padrões do FUTEBOL AMADOR.
Foi através dessa modalidade que nasceram grandes estrelas nacionais e internacionais, que hoje brilham na  constelação do mundo atual.
A eles, portanto, prestamos aqui no TRIBUNA DE ITAPIRA uma justa e oportuna homenagem a todos os FUTEBOLISTAS AMADORES – sem exceção – através dos ex-integrantes do esquadrão da SOCIEDADE ESPORTIVA ITAPIRENSE (foto), que nas tardes domingueiras fazia lotar com um público numeroso o velho e saudoso Estádio Municipal “Chico Vieira”, ao lado do Parque.
Naquela verdadeira festa futebolística sempre se fazia presente para alegrar o espetáculo, a nossa querida e centenária Banda Lira Itapirense, entoando seus dobrados tão conhecidos e apreciados pelo público de nossa terra.
 Foto
 O esquadrão da Sociedade Esportiva Itapirense, defronte às arquibancadas do Estádio Municipal “Chico Vieira”, nos idos de 1950. Em pé, da esquerda para a direita: Jorge Witter (técnico), Bogê, Bellini, Tila, Gilberto Guimarães, Flávio Barretta e Bolacha. Na mesma ordem, agachados: Renatinho, Alfredinho, Dimas,  Bube e Gonçalo.

Abastecimento de água de Itapira.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Abastecimento de água de Itapira
Desde o início do século passado, a cidade de Itapira – logicamente a parte urbana – já contava com água encanada, pois a rede distribuidora domiciliar, nos idos de 1919, provinha de dois reservatórios situados em pontos opostos, porém, ambos muito elevados. Esses reservatórios estavam localizados no Parque Municipal, e o outro na chácara do sr. João Batista Pauleti. (vide fotos)
No reservatório do Parque, a água acumulada para servir a população provinha de quatro mananciais distintos, a saber: o primeiro da fazenda Santa Adélia, que pertencia ao sr. Ernestino Cintra; o segundo pertencia à fazenda Mariópolis, de propriedade do sr. Bento Inácio de Alvarenga Cunha ( primeiro prefeito de Itapira em 1892); o terceiro manancial estava localizado na fazenda São Jerônimo, que pertencia ao sr. Francisco Cintra, e, finalmente, o quarto reservatório na fazenda do Salto.
Esses mananciais estavam em locais bem distantes da cidade, e, além disso, em meio de cafezais, cerrados ou matas, sem nenhuma proteção – a céu aberto – de sorte que, a contaminação era impossível de ser controlada.
Todas essas águas colhidas eram conduzidas por um leito de tijolos, também a céu aberto, para um reservatório maior situado na serra de Águas Claras, no local denominado dona Maria de Barros.
Esse reservatório central recebia diariamente cerca de 1.150.630 litros de água captada, que era transferida através de manilhas de 6 polegadas para o reservatório do Parque Municipal, onde era filtrada de maneira bem empírica, através de  ralos de arame, sem receber nenhum outro tipo de tratamento.
Em janeiro de 1922, foi feito a pedido das autoridades locais, uma análise geral da água de todos os reservatórios existentes em nosso município, cujos resultados não foram nada animadores.
Não vou citar o resultado completo da água de cada reservatório, Isto é, quanto à reação química, residual, acidez, etc, mas apenas o final do resultado de cada um deles. O da fazenda do Salto, “com grau de potabilidade suspeita, contendo excesso de matéria orgânica”; da fazenda São Jerônimo – “água potável, levemente mineralizada”; o de águas Claras – “água colhida de uma torneira da rede de distribuição domiciliar, feita através do Instituto de Higiene da Faculdade de Medicina de São Paulo, constatou-se a existência de “grande poluição com b. colli, organismos indicadores de contaminação com materiais fecais, em média de 4 a 5 mil bactérias por c.c e 100 b. colli também por c.c”.
A água do reservatório do Pauletti, provinha de dois mananciais, ambos situados a três quilômetros da cidade. Nasciam na fazenda do sr. José Adarico, com as denominações de Manancial da Mata e o outro, do Arrozal.
Esses dois mananciais foram adquiridos pela Câmara Municipal.
Só para se ter uma idéia, Itapira possuía no ano de 1919, uma população equivalente a 26.494 habitantes, de acordo com o recenseamento federal realizado em 1920, o que dá uma média de 44,2 habitantes por quilômetro quadrado (o nosso município tem um total de 598,7 quilômetros quadrados). Ora se a população aumentou sensivelmente, comparada com a do ano de 1919, podendo atingir agora 80.000 habitantes no recenseamento a ser realizado em 2010; se o Parque Industrial também experimentou um crescimento formidável, - não está na hora das autoridades constituídas pensarem seriamente na construção de uma represa maior e  melhor equipada a fim de poder atender às reais necessidades do município?

Foto - 1
Reservatório do Pauletti, situado na chácara do sr.João Batista Pauletti, a três quilômetros da cidade. Na foto acima o proprietário ladeado pelas filhas Bruna Pauletti Breda e Yolanda Pauletti Spécie.

Foto - 2 
Reservatório do Parque Municipal, construído em setembro de 1897, com a capacidade para 1 milhão de litros de água.

Fontes de água de Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Fontes de água de Itapira
Uma boa parte da população de Itapira, desde épocas passadas, fazia uso da água de quatro fontes mais conhecidas no município como: a fonte da chácara do sr. Joaquim Pereira, situada num dos pontos mais baixos da cidade, na altura do córrego Lavapés; a fonte da Biquinha, situada ao lado do aterro da Estação da Mogiana, cuja água era límpida e transparente. Todas as tardes viam-se inúmeras pessoas irem buscar com latas a água necessária para o dia seguinte. A Fonte Saúde, nascia no sítio do sr. Marcelino da Costa, cuja água chegou a ser comercializada na cidade, e era transportada numa pipa colocada sobre uma carroça. Sua venda era feita diariamente  por assinatura mensal, e colocada nos vasilhames dos compradores.
Dentre todas essas fontes citadas, a que ficou mais famosa foi da Boa Vista (foto), e sua água era comercializada em garrafões de vidro, com gargalos fechados por rolhas. A venda do produto era feita através de um depósito de propriedade do sr. Alfredo Pierosi.
Esse depósito ficava na Praça Bernardino de Campos, entre o Bar Central e o Cine Paratodos e a fonte estava localizada a dez quilômetros da cidade, numa fazenda chamada Sertãozinho, cujo proprietário era o sr. Jacinto Peruche.
A água da fonte Boa Vista era considerada de excelente qualidade medicamentosa, superior mesmo em relação às de outras fontes existentes no município e na região, pois além de ser “bicarbonatada e magnesiana, possuía um alto grau de radioatividade”.
          A foto em tela, obtida por volta de 1949, mostra os convidados do sr. Alfredo Pierosi para conhecerem a Fonte Boa Vista.
Vemos da esquerda para a direita – o prefeito de Itapira, Comendador Virgolino de Oliveira; o anfitrião, Alfredo Pierosi; o deputado estadual Juvenal Lino de Mattos; os vereadores José de Souza Ferreira e Marcello Avancini; Hélio Audi; Joaquim Bento de Souza Ferreira e Domingos Caio.
Atrás, na mesma ordem: Benedito Alves de Lima; um policial que acompanhou os visitantes; Benedicto (Joca) Leitão; Antonio Serra e um convidado que não conseguimos identificar.

A Pinguela do Ribeirão da Penha.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

A Pinguela do Ribeirão da Penha
Construída no início do século passado, por volta de 1917, serviu por muitos anos como um importante meio de ligação entre o centro da cidade com o bairro do Cubatão e adjacências.
Essa pequena ponte que unia as duas margens do ribeirão – construída com madeira de lei – servia para sustentar o vai e vem daqueles que necessitavam utilizá-la rumo ao centro da cidade e vice-versa.
Era considerada de grande utilidade, pois, realmente, encurtava bastante o percurso do usuário para chegar rapidamente ao local desejado, principalmente os trabalhadores que se dirigiam às fábricas, ao comércio, ou mesmo aos jovens estudantes em busca do saber nas poucas escolas existentes na época em nosso município.
Os caminhos mais fáceis àqueles que precisavam alcançar a pinguela, provindos do centro da cidade, era através da ladeira São João, onde está até hoje desafiando a ação do tempo o famoso escadão; ou através do final da Rua Conselheiro Dantas, outra “barroqueira”. Podia-se ainda utilizar a ladeira do Cubatão, hoje com o nome de Rua Adelelmo Boretti, em homenagem ao fundador da indústria de bebidas “alcoólicas e espumantes”, ali localizada.
A foto acima mostra em toda sua amplitude, a famosa pinguela, volteada de terrenos bastante íngremes, formando um imenso vale. Pode-se ainda ver o saudoso prefeito Caetano Munhoz dirigindo pessoalmente seus auxiliares na reforma da pequena ponte.
Caetano Munhoz governou Itapira no período de 1938 a 1942, e de 1956 a 1959.
Diariamente era visto percorrendo à pé, ou em seu carro particular, vistoriando e fiscalizando as obras em andamento no município, a fim de evitar transtornos, ou mesmo prejuízos para os cofres públicos.
Com aquela sua lhaneza que lhe era peculiar, atendia com respeito e presteza as legítimas aspirações dos munícipes.
Caetano Munhoz deixou muitas obras importantes em nosso município, dentre elas citamos a criação do nosso querido Ginásio de Estado, o primeiro estabelecimento de ensino secundário de Itapira – no ano de 1939.
Para o êxito dessa preciosa conquista à população estudantil de nossa terra, destacamos com justiça o valioso auxílio e o empenho junto às autoridades estaduais, do benemérito itapirense, o saudoso  Comendador Virgolino de Oliveira, que sempre se fez presente nas justas causas de seu povo e de sua querida Itapira.

Praça Bernardino de Campos

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Praça Bernardino de Campos
            Parte baixa da Praça Bernardino de Campos nos idos de 1917, focalizada da torre da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha. Nela, aparece o antigo casarão, residência do Coronel Joaquim Inácio Alvarenga da Cunha, posteriormente, de seu genro, o médico dr. Névio Bicudo, e, ainda mais tarde, residência de Ariovaldo Pereira da Cruz.
Após a demolição daquele casarão, estilo colonial, no local foi construído o prédio onde atualmente funciona o Banco HSBC. Na outra esquina fronteiriça, a residência do advogado e promotor de justiça dr. Raul Fonseca  e, posteriormente, do prefeito Antônio Caio. Essa casa hoje dá lugar ao prédio ocupado pela Loja Cybelar.
            A casa menor, na outra esquina era ocupada pela Padaria Toscana. Ali foi construído um edifício de 2 andares.
Essa praça era muito bem cuidada, podendo-se notar o bom gosto através das árvores bem podadas, dos arbustos e dos canteiros que a ornamentavam.
Também aparece o coreto da nossa Banda Lyra Itapirense, embelezando todo o conjunto.

Lateral da Praça Bernardino de Campos por volta de 1920, ostentando em primeiro plano o coreto, onde a quase centenária Banda Lyra Itapirense realizava suas retretas. Esse verdadeiro “monumento” também servia, não só para as manifestações políticas, mas também para outros eventos importantes acontecidos na cidade. Ao fundo, parte do casarão do Coronel José de Souza Ferreira, um dos destacados políticos de nossa terra. Lá, o Cel. Souza Ferreira também mantinha sua tradicional Casa Bancária que levava o seu nome.

Praça Bernardino de Campos por volta de 1940, vendo-se em todo seu esplendor, o tradicional prédio do Clube XV de Novembro. Nessa época ainda não existia o edifício Wanderley Zázera.
A foto em tela foi obtida num domingo de manhã – após a missa das 10 horas – ocasião em que, costumeiramente, as jovens passeavam alegres, volteando o Largo da Matriz de Nossa Senhora da Penha.
Note-se o jardim florido e bem  tratado, os postes de iluminação entrelaçados por alamandas amarelas (eu vi).