terça-feira, 6 de setembro de 2016

Inauguração do Parque Municipal – 23/12/1902

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Inauguração do Parque Municipal – 23/12/1902
Quando foi intendente (hoje prefeito) Jacintho Franklin Alvarenga da Cunha, meu avô do lado paterno, terceiro prefeito de Itapira de 1902 a 1905, a nossa cidade experimentou naquela época um progresso fantástico. Durante a sua gestão, Franklin da Cunha apoiado por um grupo de políticos influentes, inclusive por Alfredo de Azevedo, seu particular amigo (e irmão do famoso engenheiro Ramos de Azevedo, cuja estátua se acha localizada em São Paulo, na Avenida Paulista, defronte ao Trianon e do Parque Avenida), conseguiu trazer inúmeros benefícios e melhoramentos para o nosso município. Durante sua profícua administração instalou na cidade as primeiras guias e sarjetas, mandou construir a represa na Ponte Nova para ali funcionar o Usina Hidroelétrica de Itapira. No último ano de sua gestão, inaugurou a 14 de maio de 1905, a iluminação pública das ruas da cidade, cujo evento foi bastante festejado. Determinou a construção do Parque Municipal, cuja inauguração se deu a 23 de dezembro de 1902 (foto acima), um dos pontos turísticos mais apreciados da região, dos itapirenses e de todos aqueles que visitam Itapira.
Interessante notar ainda que, o ano da inauguração estava inscrito em plantas ornamentais num canteiro central, e logo acima uma placa com os dizeres: “a guarda deste jardim está afeta ao público”. Mandou abrir a Avenida dos Birís, e implantou no alto da colina o Cruzeiro – na passagem do século, em 1902, representando o símbolo da fé.
Fez realizar em Itapira a 03 de maio de 1903, a primeira Festa da Árvore (a primeira do Estado de São Paulo foi na cidade de Araras e a segunda em Pirassununga).
Para essa festividade trouxe a Itapira o poeta Coelho Neto (que assinou a ata do evento), plantando ao lado do grupo escolar Dr. Júlio de Mesquita uma árvore símbolo – o pau Brasil.
O prefeito Franklin da Cunha plantou dentro do Parque Municipal aquela espécime centenária, (grevillea robustas) que está como uma sentinela avançada no início da Avenida dos Birís, ao lado do Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, um instituto cultural de nossa terra, implantado pelo seu neto Plínio Magalhães da Cunha, e ali inaugurado em 21 de abril de 1974.

Comemoração da Semana da Pátria no Museu - 1984

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Comemoração da Semana da Pátria no Museu - 1984
O Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” – em 1984 comemorou festivamente a Semana da Pátria e a magna data nacional, o 7 de setembro.
Na oportunidade, como acontecia todos os anos, era montada no salão nobre daquele órgão – quando ainda estadual – uma exposição temporária alusiva ao evento, ocasião em que era visitada por estudantes e pelo público em geral.
Essas exposições eram também apresentadas nas principais datas históricas, quando os alunos dos estabelecimentos de ensino compareciam acompanhados de seus professores, em visitas programadas entre o museu e a escola.
O motivo primordial dessas exposições era a de permitir a visualização do fato histórico em três dimensões, encerrando, assim, um poder didático sem rival. Isso acontece porque os museus são instrumentos insubstituíveis no campo histórico, tanto para o trabalho didático e educativo, como também à divulgação do passado, preservando os elementos – fatos, peças e documentos – que irão facultar ao instituto a sua função cívica e cultural, de aviventador da memória nacional.
Nas fotos acima, dois aspectos do Museu Histórico e Pedagógico, que tem como patrono o benemérito itapirense Comendador Virgolino de Oliveira.
Na primeira, vê-se uma exposição temporária de peças, documentos e uma panóplia com as treze bandeiras históricas que tremularam em solo de nossa pátria. A outra foto – em continuação do salão nobre – a sala em homenagem aos prefeitos que administraram Itapira desde 1892 até o último, além de documentos importantes sobre nossa terra.
De certa feita, conversando com um velho amigo e colega da Secretaria de Estado da Cultura, nos anos 70, o poeta e escritor Paulo Bomfin, membro da Academia Paulista e Brasileira de Letras, perguntei-lhe: como você definiria de uma forma bem sucinta um museu?
Ele então, sem pestanejar disse-me: “MUSEU É A MEMÓRIA DE UM POVO... NELE O PASSADO É ETERNO”.
Em poucas palavras disse tudo!

Praça Bernardino de Campos

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha 

Praça Bernardino de Campos
Essa praça também conhecida como Praça da Matriz ou Largo da Matriz, era considerada como um dos pontos mais aprazíveis da nossa Itapira antiga, logicamente depois do saudoso Parque “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”. Esses logradouros eram considerados como sendo os “cartões de visitas” de nossa cidade, não só pela beleza, como também pelo trato acurado que recebiam das administrações municipais. Eram dois pontos turísticos de nossa terra e orgulho dos itapirenses que não cansavam de mostrá-los aos visitantes, como também onde passavam algumas horas de lazer em companhia de familiares e amigos. Na foto, vê-se a velha Praça da Matriz nos idos de 1940, mostrando em todo seu esplendor o tradicional prédio do Clube XV de Novembro. Nota-se que não existia o edifício “Wanderley Zázera”, o que deixava aquela área mais arejada em razão de uma lei municipal que proibia as construções de edifícios com mais de dois andares. Nota-se ainda que as calçadas e os canteiros eram bem cuidados. Os postes de iluminação entrelaçados com alamandas floridas alegrando todo o ambiente.
Nesse local – sempre aos domingos após a missa das 10:00 horas na Igreja Matriz – as jovens da nossa terra davam o ar de sua graça volteando o jardim, alegres e comunicativas. Eram momentos felizes que o tempo deixou para trás.
Na foto já amarelada pelo tempo, tento decifrar os pensamentos dessas jovens, talvez algumas delas já desaparecidas, deixando apenas saudades.
De vez em quando vou àquela praça, quando revejo alguns amigos e companheiros dos anos 40, da época em que o Cine Paratodos exibia os famosos seriados de “faroeste”; do Tarzan o rei da selva, e tantos outros do agrado da garotada e também dos adultos.
Repentinamente volto à realidade e me vejo pensativo olhando a nossa praça. Sinto um vazio!
Sinto que no passado estão nossas raízes, mas no presente tudo pertence aos nossos olhos.

O Coreto da Praça

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
O Coreto da Praça
Lateral da Praça Bernardino de Campos por volta de 1920, ostentando em primeiro plano o artístico coreto da praça, local que serviu por muitos anos de palco para a apresentação da nossa querida e centenária Banda Lyra Itapirense, que ali realizava aos domingos e feriados suas retretas, compostas de um excelente repertório que embevecia à população de nossa terra. Era uma festa nas noites de verão ouvir a nossa Lyra executar suas partituras muito bem ensaiadas pelos mestres Alfredinho Ceragioli ao trombone, ao bombardino e também ao sax-harmonia; o regente Paulo de Castro; os pistonistas Flamínio Simões e Benício de Campos Brito; o inigualável maestro Antonio Rodrigues Gomes (Niquinho), que também foi um mestre no saxofone; Celestino Corrêa no bombardino; Alberto Lang, Rodolfo Tolentino e José Lang em suas clarinetas, e tantos outros que deixaram saudades, tais como: o Luiz Paranhos, ao trombone; Manoel Cabral e José Borges (Bepim) caixas; Augusto Borges com seu legítimo par de pratos turcos; Rudgero Long ao bombo, além de outros de saudosa memória que seguiram as pegadas dos exímios fundadores da nossa Lyra.
Mas, infelizmente tudo isso é passado, inclusive o nosso histórico coreto da Praça da Matriz – que acabou sendo “arrancado” do seu pedestal de glória e relegado ao ostracismo!
É triste!
É por isso que acredito: tanto o passado como o futuro são apenas perspectivas de quem os observa ou imagina do presente.
É o ciclo da vida.

Muita Alegria e Lembranças

- TEMPOS  SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Muita Alegria e Lembranças
Corria o ano de 1964. O nosso querido Ginásio do Estado completava 25 anos de fundação. Uma plêiade de ex-alunos e professores reuniu-se festivamente para comemorar o auspicioso evento. Como segue: da esquerda para a direita – Prof. Sostenes Vasconcellos; Herval Peres Braga; João Barizon; Luís Zorzetto; Abel Viera Job; Eliel Ramos de Oliveira; Sillas Bravo Nogueira; Maria de Lourdes Levatti Piva; Maria Eneida Avancini Nicolau; Marlene de Oliveira Franco; Linei Cestaro da Silva; Maria José Pegorari de Freitas; Terezinha Galdi Serra; Tito Bianchi; Aluízio Nicolau; Anísio Peres Braga; Antônio de Lima Horta; Gui Guimarães.
Agachados: Prof. Benjamim Quintino da Silva; Prof. Aníbal Anderaus; Maria Valeriana Salvador Leme; Profa. Maria Aparecida Pires da Andrade; Maria Terezinha Spécie; Diva Stevanatto; Eida Guerra Braga e Ivanira Fracarolli.

Praça Bernardino de Campos

TEMPOS SAUDOSOS
Plínio Magalhães da Cunha

 
Praça Bernardino de Campos
Vista parcial da velha Praça da Matriz de N.S. d Penha em 1917, focalizando os canteiros bem cuidados, os passeios públicos conservados e a via carroçável, muito embora ainda com seu leito de terra batida, apresentava um ótimo aspecto visual.
Os paralelepípedos somente foram assentados na gestão do prefeito Cel. Francisco Vieira (1911 a 1923), e o asfaltamento veio bem mais tarde, em 1962, na gestão do prefeito Palmiro Raymonti (1962 e 1963).
Nota-se ainda na foto dois casarões e um sobrado. O primeiro foi residência do advogado e jornalista dr. Mário da Fonseca, onde mais tarde também residiu o médico dr. Diaulas de Souza Leite.
O segundo casarão foi construído pelo fazendeiro Major José David Pereira da Silva, pai de dona Ainda Pereira de Camargo, que ali também residiu por muitos anos. Lembro-me perfeitamente que, defronte essa residência existia um banco de madeira torneada, onde dona Aida reunia-se aos domingos à noite com seus familiares e amigos, para apreciarem o movimento da praça e as retretas da Banda Lira Itapirense. Dentre as freqüentadoras assíduas do local, lembro-me de minha avó dona Francisca Pereira da Cunha e também de minha primeira professora no Grupo Escolar “dr. Júlio Mesquita”, dona Sebastiana Pereira da Silva Job.
A terceira construção é o sobrado onde residiu o cel. Francisco Vieira, que apesar da ação funesta do tempo, ainda lá permanece de pé como se fosse uma sentinela avançada daquela praça central de Itapira, praça que me traz muitas recordações desde os tempos de menino. São lembranças que me fazem concluir que, não é a vida que passa, somos nós que passamos por ela como viajantes apressados rumo ao destino desconhecido.

A velha gare da Mogiana

TEMPOS SAUDOSOS
Plínio Magalhães da Cunha

A velha gare da Mogiana
Lembro-me perfeitamente da Estação da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, e dos trens que por ali transitavam diariamente, provocando um alarido característico, principalmente ao cruzarem algumas ruas da cidade. Lembro-me da chegada e partida da “Maria Fumaça” puxando seus pesados vagões.
Para a garotada daquele tempo, também me incluo, era uma alegria contagiante, e, ao mesmo tempo, uma das distrações assistir à chegada dos comboios na estação da cidade.
Recordo-me ainda que, ao ouvir às 14 horas, dentro do horário, o estridente apito acionado pelo maquinista anunciando que o trem estava chegando nas adjacências do pontilhão do largo São Benedito, provindo de Mogi Mirim – com destino a Barão Ataliba Nogueira, Eleutério e Sapucaí de Minas – e a garotada apressando os passos rumo à estação a fim de assistir ao desembarque dos passageiros, dentre eles, alguns conhecidos ou parentes.
Após o desembarque, cessava o corre-corre na plataforma. Aqueles que iriam continuar a viagem permaneciam na expectativa aguardando o momento aprazado.
Após a partida do comboio, cessava completamente o borborinho na estação.
Muitas vezes eu ali permanecia observando o manuseio do telegrafo pelo exímio telegrafista Abel Barbanti, enviando através daquele aparelho de comunicação, as mensagens pelo Código Morse.
Naquele tempo os telefones de Itapira ainda eram acionados através de manivelas para chamar a telefonista, que ao atender o sinal, solicitava o número do aparelho desejado para completar a ligação. As chamadas interurbanas eram uma verdadeira odisséia para se conseguir!
Realmente tudo era difícil, mas assim mesmo relembro com emoção e saudade os dias felizes de minha infância, correndo para ver o trem passar... e hoje, continuo correndo no labirinto da vida, lembrando daqueles tempos que não voltam jamais!

A velha Estação da Mogiana com vagões defronte ao pátio. Ao fundo vê-se uma vista parcial de Itapira nos idos de 1920.

Museu – 100.000 visitantes

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Museu – 100.000 visitantes
Em 31 de julho de 1980, o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” – há menos de oito anos de funcionamento – comemorou festivamente a importante marca de 100.000 visitantes. Esse feito espelha muito bem como a semente lançada germinou e frutificou, mostrando o quanto representa para Itapira a existência daquele instituto cultural em nossa terra, pois o museu é realmente o único instrumento que dispomos para a preservação de bens culturais. É o único instrumento que permite, ao mesmo tempo, o ensino com a visualização do fato, peças e documentos. Somente o museu constitui instrumento adequado a um trabalho dessa natureza, além de servir também para o trabalho didático e educativo junto às escolas. Cada município brasileiro reúne no seu documentário da vida social, econômica, administrativa e política locais, um manancial de elementos que vai alimentar os estudos históricos das fontes primárias, necessárias à identificação exata de nossas raízes.
Para encerrar, deixo aqui um belíssimo e oportuno pensamento de meu dileto amigo – o poeta Paulo Bomfim – quando definiu que: “O Museu é a memória de um povo... nele o passado é eterno”.

Na sala dos prefeitos, o diretor do Museu Plínio Magalhães da Cunha, quando falava aos presentes sobre a importância daquele auspicioso evento, vendo-se da direita para a esquerda: Maria Carmelita La Farina da Cunha – técnica de museus; a benemérita Carmen Ruete de Oliveira, esposa do Comendador Virgolino de Oliveira – Patrono do Museu, que prestigiou aquele acontecimento histórico; o assessor de imprensa da Câmara Municipal, José Antonio Pires de Souza (Tuia); e o vereador César Bianchi.

Momento em que a visitante Elizabeth Francisco Menezes assinava o livro de visitas no dia 31 de outubro de 1980, completando a marca de 100.000 visitantes ao Museu, na presença da funcionária Maria Carmelita La Farina da Cunha.

O diretor do Museu Plínio Magalhães da Cunha quando cumprimentava a visitante de número 100.000, Elizabeth Francisco Menezes.

Ministro da Justiça Visitou o Museu

- TEMPOS SUADOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Ministro da Justiça Visitou o Museu
Em 29 de junho de 1989, o Ministro da Justiça Oscar Dias Corrêa visitou o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”.
Na oportunidade, fazia-se acompanhar do desembargador Raphael Orícchio, que naquela visita também representou o Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Nereu César de Moraes; do juiz de direito de nossa Comarca, Pedro Aurélio Pires Maríngolo e do Vice-Prefeito de Itapira, Comendador Wlademir Siqueira.
Na ocasião, as autoridades foram recepcionadas pelo diretor do Museu Histórico, Plínio Magalhães da Cunha, que os acompanhou por todos os salões de exposição daquele Instituto Cultural de nossa cidade, mostrando o rico acervo histórico ali existente. (vide fotos da visita).

O Ministro da Justiça Corrêa Dias; o juiz de direito da comarca, Pedro Maríngolo; desembargador Raphael Orícchio e o vice-prefeito de Itapira, Wlademir Siqueira, quando eram recebidos pelo diretor do Museu Plínio Cunha.


Os ilustres visitantes quando percorriam os salões de exposição do acervo do Museu.

Ministro Corrêa Dias deixou no livro de visitas a seguinte mensagem: “Registro com emoção, o amor da nobre gente de Itapira à sua história. Esse culto ao passado garante-lhe o futuro, honrando o presente. Em 29 de junho de 1989. Oscar Corrêa – Ministro da Justiça”.

Relembrando a Epopéia Paulista de 1932

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Relembrando a Epopéia Paulista de 1932
Quando da inauguração da Avenida Jacareí no dia 9 de julho de 1974, na gestão do prefeito Alcides de Oliveira, o popular Alemão, esteve presente como convidado especial, o seu colega – Prefeito Nunes – da cidade de Jacareí, que se fazia acompanhar de uma comitiva composta de ex-combatentes da Revolução Constitucionalista daquele município.
Após a inauguração da via pública, os visitantes compareceram às solenidades programadas no Morro do Graví – palco de uma das batalhas mais acirradas dos soldados paulistas contra o exército ditatorial de Vargas – precisamente no local onde está erigido o monumento em homenagem àqueles que derramaram o seu sangue para que o Brasil voltasse a ter a sua Constituição.
Terminada a visita ao Graví, todos os presentes se dirigiram ao Mausoléu do Soldado Constitucionalista no cemitério da Saudade, onde foi depositada uma coroa de flores sob o toque de silêncio.
Após cumprirem as solenidades cívicas, as autoridades e visitantes compareceram ao Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” ocasião em que foram recepcionados pelo diretor e implantador daquele órgão, Plínio Magalhães da Cunha e funcionários, que os acompanharam pelos salões de exposição, fazendo uma pausa demorada defronte ao copioso acervo de uma das exposições que fazia alusão a efeméride da Revolução Paulista de 1932.
Antes de deixar o Museu, o prefeito Nunes, após assinar o livro de “visitantes ilustres”, usou a palavra no Salão Nobre, defronte ao retrato do patrono do Museu, “Comendador Virgolino de Oliveira” para agradecer as homenagens prestadas ao povo de Jacareí, e, a seguir, teceu elogios à organização do acervo museológico exposto ao público visitante naquele importante Instituto Cultural – “que guarda, preserva e difunde a história de Itapira e de sua gente laboriosa”, finalizou.

- RUA ITAPIRA -
A guisa de informação, Itapira também foi homenageada em Seção Solene na Câmara Municipal de Jacareí, que aprovou por unanimidade a denominação de RUA ITAPIRA a uma das vias públicas daquele município.
Na ocasião, em nome do prefeito Alcides de Oliveira, que descerrou a placa denominativa, discursou o advogado Ariovaldo Risolla, que agradeceu as homenagens prestadas a nossa querida Itapira.

Combatentes Constitucionalistas no museu, ladeando uma das funcionárias, a museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha.

No Salão Nobre do Museu, ocasião em que o prefeito Antonio Nunes de Moraes Junior deixava as impressões de sua visita a Itapira, gravada pelos funcionários Maria Carmelita Cunha e Plínio Cunha.

         

Importante doação à Santa Casa - 1957

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Importante doação à Santa Casa - 1957
O Comendador Virgolino de Oliveira foi doador do importante Pavilhão de Assistência à Criança Pobre e Enferma da Santa Casa de Itapira, num gesto filantrópico, que contou com o patrocínio do Lions Clube.
Na ocasião da edificação das obras – de grande alcance social – aquele ilustre benemérito de nossa terra, compareceu ao local para verificar o andamento dos trabalhos que ali estavam sendo executados, em companhia de membros do Lions e de alguns convidados.
Na foto acima, da direita para a esquerda, vê-se: David Moro; Arlindo Paschoalin; Oscar Pires; Domingos Caio; Luiz Hermínio Simões Galdi; José de Souza; Hugo Coimbra; Francisco Rosário; José Serra; Virgolino de Oliveira; Marcello Avancini; Hélio Sebastião Amâncio de Camargo; Antônio Serra; Paulo de Almeida Serra e trabalhadores que executavam os serviços para a construção do prédio.
O Pavilhão foi inaugurado solenemente a 24 de setembro de 1957.

Inauguração da Biblioteca Municipal

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha
Inauguração da Biblioteca Municipal
Solenidade inaugural da Biblioteca Municipal “Mário da Fonseca Filho”, realizada a 24 de outubro da 1956, justamente quando Itapira completava 136 anos de existência. Esse importante evento aconteceu no prédio hoje ocupado pela Câmara Municipal, à Rua João de Moraes.
Na oportunidade se faziam presentes, além do prefeito Caetano Munhoz, um grande número de convidados, dentre eles identificamos na foto acima, da esquerda para a direita: Neiva Boretti Fuirini; René Boretti; Jupira Fonseca de  Souza (irmã do homenageado); Romeu Fiordomo; vereador Atílio Stefenon; Ítala Boretti Fonseca (esposa do homenageado); Wilma de Toledo Barros Munhoz; Mário Norberto da Fonseca (Marito, filho do homenageado); Pedro Ferreira Cintra; Maria Angélica Xavier Ferreira Cintra e o jornalista Luiz Ziliotto, de terno escuro, fundador do jornal Folha de Itapira em 1952.
A guisa de curiosidade, o garoto logo à frente da foto, é o itapirense Paulo Andrade, atual empresário bem sucedido, diretor-presidente da Lowell.

Ecos de Uma Visita Importante

 - TEMPOS SAUDOSOS - 
Plínio Magalhães da Cunha

Ecos de Uma Visita Importante 
             A Praça Dr. Bernardino de Campos toda engalanada em 1921, para receber a auspiciosa visita do Dr. Washington Luiz Pereira de Souza, 11º Presidente Republicano e também governador de São Paulo de 1º de maio de 1920 a 1º de maio de 1924. O ilustre visitante foi recebido calorosamente pelo prefeito da época, Coronel Francisco Vieira (o primeiro deputado estadual por Itapira – 1936 a 1937 no governo de Armando de Salles Oliveira), e pela população local, inclusive, saudado pela banda de música, discursos e pelo magnífico coral dos alunos do Grupo Escolar Dr. Júlio Mesquita, do qual fazia parte a professora Maria Suzana Pereira da Silva (esposa do nosso dileto e saudoso amigo Nelson Pereira da Silva), cuja voz sobressaiu do grupo dos cantores mirins.
Durante sua estada, o governador Washington Luiz percorreu a cidade, ficando encantado com os pontos turísticos de Itapira, principalmente com o Parque Municipal e o Cruzeiro, locais aprazíveis de onde se descortinava uma vista privilegiada pela natureza, que o levou a cognominar nossa terra de “Itapira, A Linda”, palavras que ficaram gravadas nos corações dos itapirenses, até hoje relembradas e cantadas em prosa e verso. Na foto, ainda vemos o coreto à esquerda, todos os postes de iluminação decorados com folhagens entrelaçadas, muitas bandeirolas paulista e brasileira, e o obelisco construído em madeira, onde se lê na parte superior: “SALVE WASHIGTON LUIZ”. Ao fundo, a antiga residência do Coronel Joaquim Inácio da Alvarenga Cunha (posteriormente do casal Dr. Névio Bicudo e Maria Amélia da Cunha Bicudo, pais da saudosa dona Dedé Bicudo Cruz), onde hoje está o HSBC. Na calçada, à direita, um outro prédio tendo no seu frontispício a inscrição: “MANSÃO CLUBE PENHA”.
OBS: Alguns dos detalhes citados, foram vistos através do computador.