quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Avenida do Cruzeiro - idos de 1920.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Avenida do Cruzeiro

Uma das mais belas fotos que fazem parte do meu acervo, é a da Avenida do Cruzeiro, que era localizada no interior do Parque Municipal “João Pessoa”, obtida nos idos de 1920. Essa alameda iniciava-se no final da Avenida dos Biris, ao lado do campo de futebol do Sport Club Itapirense, até alcançar o seu ponto mais elevado, onde estava o Cruzeiro, símbolo da fé do povo de nossa terra.
Esse verdadeiro marco histórico-religioso, foi implantado em 1902 – na passagem do século – pelo então prefeito (1902 a 1905) Jacintho Franklin Alvarenga da Cunha. Aquele símbolo da cristandade, mais tarde foi transferido para outro local, descaracterizando toda a beleza desse monumento ali erigido.
Atualmente há apenas vestígios do que foi o Cruzeiro do Parque, hoje cercado por muretas de muito mau gosto entre um arvoredo descuidado, que impede qualquer visão panorâmica ao seu redor.
A parte central da Avenida do Cruzeiro, era dotada de um piso artisticamente decorado, formando arabescos de grande efeito visual.
Nota-se do lado esquerdo da foto, entre as árvores que ladeavam essa avenida, um Ford “bigode”, que transportava visitantes.

Farmácia da Fé - por volta de 1923.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha 

Interior da Farmácia da Fé, uma das mais antigas de Itapira, por volta de 1923.
Nesta foto, vê-se atrás da máquina registradora, um dos fundadores daquele estabelecimento: Saturnino França.
Nota-se ainda, as prateleiras impecáveis e repletas de medicamentos farmacêuticos; os vasos com plantas ornamentais e o gradil de madeira torneada, que separava o cliente do interior da farmácia.
Na foto original do meu acervo, aparecem também dois pedestais ladeando a caixa registradora, encimados por duas esferas de vidro transparente, cujo conteúdo era água colorida: uma de cor vermelha e a outra verde, oferecendo um bonito visual àqueles que lá compareciam.
Naquela época, existiam em Itapira apenas três farmácias: a Farmácia da Fé, situada numa esquina da Rua da Estação (José Bonifácio) num prédio onde hoje funciona a Casa Radiluz; a Farmácia N.S. da Penha, pertencente a Alfredo Bueno, localizada no Largo da Matriz, e, a Farmácia Passarella, situada do lado esquerdo da José Bonifácio, quase na esquina da Campos Salles, que pertencia ao casal de farmacêuticos, Ricardo Passarella e d. Durvalina Freyre Passarella (ela também era farmacêutica).
Essas farmácias eram dotadas de um laboratório, a fim de “seguir à risca” os receituários médicos, que, naquela época, continham as fórmulas dos medicamentos receitados. Hoje esses remédios já vêm prontos dos laboratórios, com as bulas e as respectivas dosagens para cada doença diagnosticada pelos médicos.
E o preço dos remédios continua subindo “pela hora da morte”, muito embora existam os tais genéricos para substituí-los...

Indústrias Reunidas Francisco Vieira - Fábrica de móveis.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Na foto acima, mais um setor das Indústrias Reunidas Francisco Vieira: a fábrica de móveis.
Além dessa, ainda existiam em Itapira, nos idos de 1920, mais três desse ramo, porém, mais modestas e que se dedicavam, exclusivamente, à fabricação de cadeiras, produzindo, naquela época, um total de 20 dúzias por mês.
Essas fabriquetas pertenciam aos senhores Attílio Briante, Antônio Brunietti e Jordão Ferran.
O nosso município, no início do século passado, possuía um respeitável número de estabelecimentos fabris, podendo se destacar as Indústrias Reunidas Francisco Vieira (cujo assunto já abordamos em edições passadas), e a Fábrica de Chapéus Sarkis & Quirolli, fundada em 1922, com um capital inicial de rs45:000.000 (quarenta e cinco contos de réis), por Ângelo Quirolli – conforme documento pesquisado.
Mais tarde, essa indústria recebeu como sócio, Sarkis João, elevando-se então o capital da firma para rs100:000.000 (cem contos de réis).

Outras Indústrias

Fábrica de cerveja, soda, licores e bebidas espumantes, de Adelelmo Boretti & Cia, fundada em 1894, situada na Ladeira do Cubatão, nº3.
Fábrica de cerveja Victória, cujo proprietário era Luiz Fiordomo – situada à Rua José Bonifácio.
Fábrica de massas alimentícias de Clodomiro Boretti.
Indústria de aguardente e açúcar de Henrique Worne & Cia, situada a 3 quilômetros da cidade.
Torrefação de café, moinho e máquina para beneficiar arroz – de Domingos Miranda.
Moinho São Luiz, de Américo Cavenagne, fundado em 1918, por Luiz Antônio Siqueira, posteriormente vendido a Américo Cavenagne.
Fábrica de Mosaicos de Victório Coppos fundada em janeiro de 1923, com um capital inicial de rs30:000.000 (trinta contos de réis).
Em 1917, funcionavam em nosso município 5 (cinco) olarias: a de Victório Monezzi; Aleixo Butti; Paschoal Guerra; Augusto Nicolai & Filho e Francisco Capputo.
Por último, destacamos a Fábrica de carroças, troles e charretes, pertencente a Luiz Barreta & Filho, situada em prédio próprio à Rua Rui Barbosa. Nessa fábrica trabalhavam 9 pessoas.
Enfim, esse era o parque industrial de Itapira no início do século passado.

Indústrias reunidas Cel. Francisco Vieira - Oficina mecânica.

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Plínio Magalhães da Cunha

Indústrias Reunidas Cel. Francisco Vieira.
Na foto acima eis a oficina mecânica, ocasião em que os seus técnicos davam assistência ao Ford “bigode” de propriedade de Chico Vieira, que está ao lado do seu “possante”.
Naquela época não existia elevador para erguer os carros dos clientes, o que era feito no “muque” para assentá-los aos cavaletes, onde os mecânicos verificavam os defeitos apresentados.
Em 1920, de acordo com a estatística, existiam em Itapira apenas 7 automóveis, cujos proprietários eram:Cel. Francisco Vieira – Ford; João Baptista Pereira da Silva (Joãozinho Bento) – Ford; Joaquim de Assis Vieira – Buick; Américo Augusto Pereira da Silva – Buick; o médico Norberto da Fonseca – Ford; a senhorita Celita Vieira Magalhães – Aucland e a senhora Malvina Rocha – Ford.
Naquele tempo não existia semáforo e nem mão-de-direção; mas uma coisa havia de sobra: a poeira vermelha levantada do leito carroçável das ruas de terra “batida”. Ah! Também as roucas buzinas que anunciavam a novidade, quando a dona de casa saia à janela, deixando até queimar o feijão no fogo, a fim de ver, admirada, não a banda... mas o automóvel passar!
Era o progresso chegando... era o automóvel que iria transformar aos poucos a vida do homem do futuro, do homem moderno. Hoje é considerado um dos meios de transporte mais atuante. Com ele vieram os escapamentos poluidores do ar que respiramos, juntamente com o som dos motores “envenenados” que fazem trepidar, não só as ruas, mas também nossas moradias.
Enfim, o que seria do homem sem o automóvel, pois, os trens foram sumindo dos trilhos e o transporte – de passageiros e cargas – é feito em maior número através das estradas de rodagem, por sinal, muito mais caro. A poluição continua aumentando cada vez mais. A camada de ozônio assusta a humanidade do planeta.
É o preço do progresso!

Indústrias Reunidas Francisco Vieira - Serraria e carpintaria.

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Plínio Magalhães da Cunha

Indústrias Reunidas Francisco Vieira

Foram as indústrias mais notáveis da Itapira antiga. Fundadas em 1914 pelo Cel. Francisco Vieira, com um capital inicial de rs.100:000$000 (cem contos de réis). As fábricas e depósitos ocupavam vasta área situada às margens do Ribeirão da Penha, tais como: uma grande serraria e carpintaria; fábrica de móveis; olaria, que fabricava tijolos, mosaicos e telhas; ferraria com oficina mecânica; fábrica de manteiga e outra de gelo.
Anexos às indústrias, existiam um amplo depósito de material para construção e um outro de lenha picada, que era comercializada na cidade através de carroças.
Somente para se ter uma idéia, uma avaliação da produção da serraria, no ano de 1921 foram serrados 2100 metros cúbicos da madeira. Em 1922 este número subiu para 2300 metros cúbicos.
Os demais produtos produzidos nas Indústrias Reunidas Francisco Vieira, eram consumidos, na sua maior parte, no município, como também eram comercializados em diversas cidades da região, inclusive em municípios do Estado de São Paulo e no sul de Minas Gerais.
Devido à excelente aceitação da produção, as vendas em 1922 excederam à importância de rs.300:000$000 (trezentos contos de réis)
Nas indústria reunidas – naquela época – trabalhavam 56 0peráros, todos do sexo masculino, além de 2 menores.
Os salários variavam de acordo com o setor em que exerciam suas atividades: os serradores e carpinteiros recebiam rs. 3.500 a rs. 8.000 diários por 8  horas de serviço; os mecânicos, rs. 5.000 a 10.000.
Toda maquinaria usada era movida por dois motores elétricos, de 20 cavalos de força cada um.
O escritório estava situado no centro da cidade, junto à Praça da Matriz (Bernardino de Campos), e nele trabalhavam o gerente e o guarda-livros. No local das indústrias também existia um outro escritório, onde ficava o subgerente.
Na foto, aparece o interior da serraria, o Cel. Francisco Vieira (o mais baixo), e o seu amigo e parente João Batista Pereira da Silva (Joãozinho Bento).

Santa Casa de Misericórdia de Itapira - nos idos de 1922.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Santa Casa de Misericórdia de Itapira, nos idos de 1922.
Na belíssima foto acima, de meu acervo, nota-se o prédio principal, assobradado, ligado às demais dependências por três corredores iluminados durante o dia pela luz solar, através de vitrais coloridos. No pavimento térreo situavam-se a sala de exames clínicos, a farmácia, sala de cirurgia, sala para consultas e um laboratório.
No pavimento superior localizavam-se a capela, sala da diretoria e a de reunião dos mesários. Atrás desse prédio central, ligados por um terraço coberto, existiam ainda mais dois pavilhões, que abrigavam duas enfermarias destinadas aos pacientes, com capacidade para 16 leitos em cada uma delas.
As dependências sanitárias estavam instaladas nos fundos do conjunto, onde também existiam dois quartos reservados, além de uma saleta para curativos de emergência.
O serviço interno da Santa Casa era executado por dois enfermeiros e por três irmãs de caridade.
O corpo clínico era constituído por todos os médicos da cidade, que prestavam gratuitamente os seus serviços profissionais, revezando-se todos os meses – “o médico do mês”, através de uma escala pré-organizada.
Naquela época, em Itapira, existiam apenas dois hospitais: a Santa Casa e o Hospital de Isolamento (mais modesto).
A Santa Casa já prestava relevantes serviços ao município, como bem se pode observar pela leitura de uma estatística, quando atendia um número considerável de necessitados. De 14 de novembro de 1908 a 22 de junho de 1922, por ali passaram cerca de 3.018 enfermos.
A sua manutenção era feita graças aos donativos particulares – os benfeitores – e com auxílio de uma subvenção estadual, da ordem de rs.6:000.000 (seis contos de réis) por ano.
Interessante notar que, na Santa Casa em 1922, foram internados 276 pacientes, sendo: 152 do sexo masculino e 124 do feminino; 115 solteiros, 98 casados e 63 viúvos; 191 brancos, 58 negros e 27 mulatos; 238 brasileiros, 18 italianos, 10 espanhóis, 8 portugueses, 1 grego e 1 sírio. As moléstias mais freqüentes durante aquele ano foram: Ancilostomíase – 32, Gripe –14, Paludismo – 12, Pneumonia – 12, Febre Tifóide – 9, Sífilis – 8, Tétano – 7, Esclerose Cardio – Vascular – 7 e Desinteria Amébica – 6.
Eis aqui um pequeno histórico da nossa Santa Casa de anos atrás.

Outubro de 1959 - Almoço na Usina Nossa Senhora Aparecida.

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Plínio Magalhães da Cunha

Convidadas presentes ao almoço oferecido na Usina N. S. Aparecida, pelo casal Carmen Ruete de Oliveira e Virgolino de Oliveira, quando da visita do presidente da Coopersucar –  Cezar Napoleon Ayrault, em outubro de 1959.  Da esquerda para a direita, sentadas: Dalila Simões Galdi;  Maria (Sizi) Vieira Cintra; a esposa do homenageado, Cezar Napoleon; a anfitriã –  Carmen Ruete de Oliveira e Rosalina da Rocha Vieira. Em pé, na mesma ordem: Wilma Amâncio de Camargo Mituzaki; (?); Amélia Viviani Rocha; Ivete Vieira Job; Lygia de Toledo Serra; (?); Benedita Leme Ramos de Oliveira; Elza Amâncio de Camargo; Maria Avancini Serra; (?) e Lorita Galdi.

Fábrica de Massas Alimentícias de Clodomiro Boretti & Cia.

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Plínio Magalhães da Cunha

Vista interna da Fábrica de Massas Alimentícias de Clodomiro Boretti & Cia. Foi fundada por volta de 1917, por Clodomiro Boretti, com um capital inicial de R4.000$000 (quatro contos de réis). Estava situada à Rua Rui Barbosa, num prédio adequado, cujos cômodos eram ladrilhados com mosaicos.
Todo o mecanismo para fabricação de massas era movido por energia elétrica e dava serviço diário a dois empregados. A produção mensal girava em torno de 80 a 100 sacos de macarrão. Naquela época ainda existia em Itapira outra fábrica do gênero, porém mais modesta. Seu proprietário era Matheus Schiratto, cuja produção mensal estimava em 70 sacos do produto alimentício.

Agosto de 1941 - Ginásio do Estado - Alunas.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Foto das participantes (equipe feminina) do Ginásio do Estado, no Primeiro campeonato Intercolegial de Educação Física, em Santos, quando as alunas desfilaram garbosamente no Estádio Municipal daquela cidade praiana.
Esse evento aconteceu entre os dias 12 a 17 de agosto de 1941, tendo à frente do grupo a professora de Educação Física Beatriz Nogueira, seguida pelas conterrâneas: na primeira fila, da esquerda para a direita – Odete Ricciluca; Avani Pinolla; Maria Aparecida Pires de Andrade (levando a flâmula do nosso Ginásio) ; Wanda Passarella e Irene Finazi. Logo atrás, da Irene, na fileira lateral: Maria José (Zezé) Fonseca; (?); Maria Aparecida (Cidinha) Moraes e (?).
Dentre as jovens citadas, podemos ainda distinguir na foto, no meio do grupo: Maria Nídia Paschoal; Maria Heloísa Moraes e Mei Pegorari. As demais participantes poderão ser reconhecidas pelo leitor.

Agosto de 1941 - Ginásio do Estado - Alunos.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Primeiro Campeonato Intercolegial de Educação Física do nosso Ginásio do Estado, quando os alunos – primeira turma daquele estabelecimento de ensino – desfilavam garbosamente no Estádio Municipal, em Santos. Esse campeonato, naquela cidade praiana, aconteceu de 12 a 17 de agosto de 1941, há 68 anos. À frente do “batalhão”, vê-se o saudoso professor Adriano Tedesco, e a seguir, os nossos representantes, todos marchando com entusiasmo e numa cadência impecável, aplaudidos pelo público que afluiu àquele estádio. Pela ordem, da direita para a esquerda: Hélio Pegorari; Paulo Bianchi; Wilson Mancini; Acílio de Souza Faria e José Gimenes (Zéico) Soares. Na fileira lateral, atrás do Hélio Pegorari: José de Lima; Simão Dias Bueno e Wagner Raffi. Os demais alunos estão encobertos na foto, tornando-se difícil sua identificação.

1964 - Jubileu de Prata do Ginásio do Estado.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 Foto de um grupo de ex-alunos do nosso querido e sempre lembrado Ginásio do Estado. Em 1964, comemorou-se o Jubileu de Prata daquele modelar estabelecimento de ensino de Itapira. Naquele evento aconteceu uma alegre festa de congraçamento, quando os presentes puderam matar a saudade e relembrar os bons tempos de estudantes...dos bailinhos aos sábados na sede do CEI (Centro Estudantino Itapirense), abrilhantados pela orquestra do Tocha; dos passeios no Parque; da célebre Avenida dos Birís, forrada de flores amarelas dos birizeiros; do Cruzeiro; do trenzinho da mogiana cortando o horizonte com seu apito estridente; da Praça Bernardino de Campos depois da missa das dez, ou domingo à noite, após o término da sessão cinematográfica do Paratodos; dos jogos de futebol no Estádio Cel. Francisco Vieira, ao lado do Parque; dos bailes nos salões do Clube XV e do Centrão, enfim, quando a juventude se fazia bonita, toda sorridente e repleta de sonhos.
Esse era o nosso tempo!
Nesta foto, eis alguns ex-alunos do Ginásio do Estado, brindando a efeméride de 1964: da esquerda para a direita – Francisco de Souza Ferreira; Rubens (Bube) Pereira; José (Zinho) Serra Neto; Paulo de Almeida Serra e José Roberto (Bebeto) Barros Munhoz. Mais ao fundo, o Albano Pegorari Neto.
O champagne também rolou solto.
Tudo era alegria e recordações!

1964 - Jubileu de Prata do Ginásio do Estado

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Jubileu de Prata do Ginásio do Estado, hoje Escola Estadual “Elvira Santos de Oliveira.
Em 1964 – ano do Jubileu de Prata – em regozijo ao auspicioso evento, houve bonita festa de congraçamento dos ex-alunos daquele modelar estabelecimento de ensino de Itapira.
Na foto, um grupo de participantes daquela efeméride, vendo-se da esquerda para a direta, sentados: Gleuza Guimarães Galdi; Marli Aquino; Gilza de Ulhoa Cintra Pereira; Edna Trani; Ruth Gomes Pereira Job e Maria Terezinha Simões Galdi Serra.
Em pé, na mesma ordem: Amarilis Passarella; Francisco Sidnei Thomaz de Aquino; Paulo de Almeida Serra; Gelda Guimarães Leite Serra; Maria Therezinha Vieira e Silvia Pereira da Silva Camargo.
Mais atrás: Rafael Trani; Anízio Lopes e Luiz Hermínio Simões Galdi.

Ginásio do Estado - Homenagens.

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Plínio Magalhães da Cunha

O nosso querido Ginásio do Estado, hoje Escola Estadual “Elvira Santos de Oliveira”, foi criado por decreto n.º 10.709 de 21 de novembro de 1939, pelo então governador de São Paulo, Adhemar Pereira de Barros, tendo como secretário da Educação o professor Álvaro Figueiredo Guião. Essa escola entrou em funcionamento no ano seguinte, ou seja, em 1940.
No 23º aniversário de criação, em novembro de 1962, daquela que foi a primeira escola secundária de Itapira, o diretor desse estabelecimento de ensino, – professor Pedro Ferreira Cintra – fez inaugurar solenemente, no salão nobre, as fotografias dos nove benfeitores que trabalharam para que o Ginásio do Estado se tornasse uma realidade em Itapira, para que mais tarde fosse instalado a Escola Normal e o curso Colegial (científico e clássico).
Na foto, parte dos presentes à solenidade: no primeiro plano, da direita para a esquerda – as senhoras Maria (Sizi) Vieira Cintra; Carmen Ruete de Oliveira; Josefina Galdi Pereira da Silva; Maria de Lourdes Fonseca Caio e Wilma de Toledo Barros Munhoz. No segundo plano, na mesma ordem: senhoras Dalila Simões Galdi e Lígia de Toledo Serra; Antônio de Lima Horta; Rubens Costa; Benedito Alves Lima; Maria Galdi Terra e Maria Tereza da Silva Prado Godoy.
Os homenageados:
Virgolino de Oliveira – Caetano Munhoz – Francisco Cintra – Adolfo de Araújo Cintra – Dr. Hortêncio Pereira da Silva – Antônio Serra – Governador Adhemar Pereira de Barros -  Interventor Federal Fernando Costa – Secretário da Educação Álvaro Figueiredo.

A Casa dos Dois Leões - 1930.

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Plínio Magalhães da Cunha

Residência do fazendeiro Américo Augusto Pereira da Silva, construída no início do século passado, ou seja, 1930.
Essa residência era uma das mais bonitas de Itapira, e estava localizada na confluência das Ruas Campos Salles e Regente Feijó.
Esse imóvel chamava a atenção por ostentar sobre as duas pilastras que sustentavam o portão de entrada, dois leões esculpidos em mármore, adquiridos por Américo Pereira – como era carinhosamente chamado – em São Paulo, especialmente feito sob encomenda do fazendeiro.
Logo na entrada havia uma escadaria em mármore branco de Carrara – material importado e muito usado naquela época pela classe mais abastada – que dava acesso a um terraço coberto em forma de ele, ostentando nas paredes pinturas de paisagens bucólicas.
Américo Augusto Pereira da Silva fora casado com Alzira Pereira de Oliveira, ambos de tradicionais famílias itapirenses. Era filho de Luiz Manoel Pereira da Silva (nascido em 11 de janeiro de 1834, e falecido em 04 de maio de 1899) e de Guilhermina Rodrigues do Nascimento, residentes na fazenda Bom Retiro, de sua propriedade.
Américo Augusto Pereira da Silva era descendente direto de Manoel Pereira da Silva, um dos fundadores da Penha do Rio do Peixe, hoje a nossa querida Itapira.

Rua Comendador João Cintra - idos de 1915.

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Plínio Magalhães da Cunha

Aspecto da Rua Comendador João Cintra nos idos de 1915.
Esta foto foi obtida da altura do palacete Anastácio, defronte os fundos da residência do médico Dr. Norberto Fonseca, pai do saudoso Luiz Norberto da Fonseca. Do lado esquerdo da rua, na esquina, vê-se o prédio da antiga Farmácia Brasileira, que pertenceu ao médico e farmacêutico Dr. Achilles Galdi. Posteriormente, essa farmácia pertenceu também aos farmacêuticos Guerino Franchi e, mais tarde, a Francisco Galdi, irmão do Dr. Achilles.
Nota-se ainda, o cruzamento das ruas Comendador João Cintra com a Rua da Estação, hoje José Bonifácio, tendo na esquina, do lado esquerdo de quem desce, o sobrado da família João Rossi, e, do lado direito, parte do terreno onde foi construído um prédio de dois andares, ocupado por muitos anos pelo Banco Comercial do Estado de São Paulo, onde hoje é o Itaú.
Nessa época, a comendador João Cintra era inteiramente arborizada, e o seu leito carroçável de terra batida.
No alto da foto, aparece a centenária igreja construída em louvor a São Benedito, em cujo adro era realizada uma das festas religiosas mais tradicionais de Itapira e região.

Campo de Futebol do Sport Club Itapirense - por volta de 1915.

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Plínio Magalhães da Cunha

Campo de futebol do Sport Club Itapirense, por volta de 1915, situado ao lado do Parque Municipal “João Pessoa”, posteriormente, “Juca Mulato”. Essa praça de esportes lotava em dias de jogos, não só as arquibancadas cobertas, como também ao redor do gradil do campo. O gramado era bem cuidado, conservado pelo zelador da época, o Sr. Osório. Do lado direito das arquibancadas – como se fosse um quiosque – nota-se o coreto, onde a nossa querida e quase centenária Banda Lira Itapirense executava seus dobrados em dias festivos. Esse coreto também serviu por muito tempo à Rádio Clube, de onde os nossos locutores esportivos – Gilberto Vasconcellos Pereira, o Herval Peres e outros – irradiavam os acontecimentos ali realizados.
Essa praça esportiva também serviu a partir de 1940, ano em que começou a funcionar o Ginásio do Estado, como local adequado para as aulas de educação física aos alunos daquele primeiro estabelecimento de ensino secundário de Itapira.