sábado, 24 de setembro de 2011

Praça Bernardino de Campos nos idos de 1940

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Praça Bernardino de Campos
Essa praça também conhecida como Praça da Matriz ou Largo da Matriz, era considerada como um dos pontos mais aprazíveis da nossa Itapira antiga, logicamente depois do saudoso Parque “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”. Esses logradouros eram considerados como sendo os “cartões de visitas” de nossa cidade, não só pela beleza, como também pelo trato acurado que recebiam das administrações municipais. Eram dois pontos turísticos de nossa terra e orgulho dos itapirenses que não cansavam de mostrá-los aos visitantes, como também onde passavam algumas horas de lazer em companhia de familiares e amigos. Na foto, vê-se a velha Praça da Matriz nos idos de 1940, mostrando em todo seu esplendor o tradicional prédio do Clube XV de Novembro. Nota-se que não existia o edifício “Wanderley Zázera”, o que deixava aquela área mais arejada em razão de uma lei municipal que proibia as construções de edifícios com mais de dois andares. Nota-se ainda que as calçadas e os canteiros eram bem cuidados. Os postes de iluminação entrelaçados com alamandas floridas alegrando todo o ambiente.
Nesse local – sempre aos domingos após a missa das 10:00 horas na Igreja Matriz – as jovens da nossa terra davam o ar de sua graça volteando o jardim, alegres e comunicativas. Eram momentos felizes que o tempo deixou para trás.
Na foto já amarelada pelo tempo, tento decifrar os pensamentos dessas jovens, talvez algumas delas já desaparecidas, deixando apenas saudades.
De vez em quando vou àquela praça, quando revejo alguns amigos e companheiros dos anos 40, da época em que o Cine Paratodos exibia os famosos seriados de “faroeste”; do Tarzan o rei da selva, e tantos outros do agrado da garotada e também dos adultos.
Repentinamente volto à realidade e me vejo pensativo olhando a nossa praça. Sinto um vazio!
Sinto que no passado estão nossas raízes, mas no presente tudo pertence aos nossos olhos.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Praça Bernardino de Campos por volta de 1920

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O Coreto da Praça
Lateral da Praça Bernardino de Campos por volta de 1920, ostentando em primeiro plano o artístico coreto da praça, local que serviu por muitos anos de palco para a apresentação da nossa querida e centenária Banda Lyra Itapirense, que ali realizava aos domingos e feriados suas retretas, compostas de um excelente repertório que embevecia à população de nossa terra. Era uma festa nas noites de verão ouvir a nossa Lyra executar suas partituras muito bem ensaiadas pelos mestres Alfredinho Ceragioli ao trombone, ao bombardino e também ao sax-harmonia; o regente Paulo de Castro; os pistonistas Flamínio Simões e Benício de Campos Brito; o inigualável maestro Antonio Rodrigues Gomes (Niquinho), que também foi um mestre no saxofone; Celestino Corrêa no bombardino; Alberto Lang, Rodolfo Tolentino e José Lang em suas clarinetas, e tantos outros que deixaram saudades, tais como: o Luiz Paranhos, ao trombone; Manoel Cabral e José Borges (Bepim) caixas; Augusto Borges com seu legítimo par de pratos turcos; Rudgero Long ao bombo, além de outros de saudosa memória que seguiram as pegadas dos exímios fundadores da nossa Lyra.
Mas, infelizmente tudo isso é passado, inclusive o nosso histórico coreto da Praça da Matriz – que acabou sendo “arrancado” do seu pedestal de glória e relegado ao ostracismo!
É triste!
É por isso que acredito: tanto o passado como o futuro são apenas perspectivas de quem os observa ou imagina do presente.
É o ciclo da vida.


sábado, 10 de setembro de 2011

Praça Bernardino de Campos nos idos de 1917

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Praça Bernardino de Campos
Parte baixa da Praça Bernardino de Campos nos idos de 1917, focalizada da antiga torre da Igreja Matriz de N. S. da Penha. Nessa foto aparece o velho casarão construído no inicio do século XIX, pelo Coronel Joaquim Ignácio de Alvarenga Cunha, onde também residiu por muitos anos o seu genro, o médico dr. Névio Bicudo, que ali sempre manteve o seu consultório. Nessa residência também morou uma de suas filhas, d. Maria José da Cunha Bicudo Cruz, que fora casada com o sr. Ariovaldo Pereira da Cruz.
Após a demolição desse histórico casarão em estilo colonial – o que foi muito lastimado naquela época pelos conservadores da memória da cidade – foi construído um prédio hoje ocupado por uma agência bancária do HSBC.
Na outra esquina fronteiriça, vê-se outro casarão também em estilo colonial, que pertenceu ao renomado promotor de justiça, dr. Raul Octavio da Fonseca. Nessa residência também morou por muitos anos a família do saudoso prefeito Antonio Caio (1952 a 1955 e de 1960 a 1962). Essa antiga construção também foi demolida para dar lugar ao prédio onde hoje funciona a Loja Cybelar.
A casa menor, na outra esquina da praça, foi ocupada pela Padaria Toscana (1917). Após a sua demolição, ali também foi construído um edifício de dois andares, onde atualmente funciona um Cartório.
Essa praça era muito bem cuidada, podendo-se notar na foto, o bom gosto através das árvores bem podadas, dos arbustos e dos canteiros cuidados com esmêro. Nota-se também o saudoso coreto da nossa querida e centenária Banda Lyra Itapirense embelezando todo o conjunto.
É uma pena que tudo isso seja passado. Muitas vezes procuro explicar aquilo que não tem explicação...

domingo, 4 de setembro de 2011

Praça Bernardino de Campos em 1917

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Praça Bernardino de Campos
Vista parcial da velha Praça da Matriz de N.S. d Penha em 1917, focalizando os canteiros bem cuidados, os passeios públicos conservados e a via carroçável, muito embora ainda com seu leito de terra batida, apresentava um ótimo aspecto visual.
Os paralelepípedos somente foram assentados na gestão do prefeito Cel. Francisco Vieira (1911 a 1923), e o asfaltamento veio bem mais tarde, em 1962, na gestão do prefeito Palmiro Raymonti (1962 e 1963).
Nota-se ainda na foto dois casarões e um sobrado. O primeiro foi residência do advogado e jornalista dr. Mário da Fonseca, onde mais tarde também residiu o médico dr. Diaulas de Souza Leite.
O segundo casarão foi construído pelo fazendeiro Major José David Pereira da Silva, pai de dona Aida, que ali também residiu por muitos anos. Lembro-me perfeitamente que, defronte essa residência existia um banco de madeira torneada, onde dona Aida reunia-se aos domingos à noite com seus familiares e amigos, para apreciarem o movimento da praça e as retretas da Banda Lira Itapirense. Dentre as freqüentadoras assíduas do local, lembro-me de minha avó dona Francisca Pereira da Cunha e também de minha primeira professora no Grupo Escolar “dr. Júlio Mesquita”, dona Sebastiana Pereira da Silva Job.
A terceira construção é o sobrado onde residiu o cel. Francisco Vieira, que apesar da ação funesta do tempo, ainda lá permanece de pé como se fosse uma sentinela avançada daquela praça central de Itapira, praça que me traz muitas recordações desde os tempos de menino. São lembranças que me fazem concluir que, não é a vida que passa, somos nós que passamos por ela como viajantes apressados rumo ao destino desconhecido.