quinta-feira, 4 de abril de 2013

Caravana de Itapira ao Centro Cultural da Fundação Bradesco - 1982


- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

               Visita de uma caravana de Itapira ao Centro Cultural da Fundação Bradesco, em São Paulo – Osasco, em 30 de março de 1982. Da esquerda para a direita: Wlade Siqueira, Dimas Salles Rocha, Numan Sabbag, Benedito Leite de Moraes, Paulo Nogueira, Antero Mixtro, Heraldo Peres, Hermes Osório, Secretária do Amador Aguiar, Ariovaldo Maniezo, Iverso Valverde, Geraldo Toledo de Oliveira (Ito Teté), Plínio Magalhães da Cunha, Cláudio Silvestrin, Albano Pegorari, Carlos de Freitas, José Marcatti, Dirlando ( Gerente da Agência Bradesco de Itapira ), José Carlos Serra, João Moisés e Funabashi Yoshio.
              Após visitarem todas as instalações do Centro Cultural, inclusive uma moderna e bem montada oficina gráfica, os visitantes foram recepcionados com um almoço oferecido pela diretoria do Bradesco, tendo à frente o seu presidente Amador Aguiar.

Santa Casa de Misericórdia - 1922


- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Santa Casa de Misericórdia - 1922
Na belíssima foto acima de meu acervo, nota-se o prédio principal, assobradado, ligado às demais dependências por três corredores iluminados durante o dia pela luz solar, através de vitrais coloridos. No pavimento térreo situavam-se a sala de exames clínicos, a farmácia, sala de cirurgia, sala para consultas e um laboratório.
No pavimento superior localizavam-se a capela, sala da diretoria e a de reunião dos mesários. Atrás desse prédio central, ligados por um terraço coberto, existiam ainda mais dois pavilhões, que abrigavam duas enfermarias destinadas aos pacientes, com capacidade para 16 leitos em cada uma delas.
As dependências sanitárias estavam instaladas nos fundos do conjunto, onde também existiam dois quartos reservados, além de uma saleta para curativos de emergência.
O serviço interno da Santa Casa era executado por dois enfermeiros e por três irmãs de caridade.
O corpo clínico era constituído por todos os médicos da cidade, que prestavam gratuitamente os seus serviços profissionais, revezando-se todos os meses – “o médico do mês”, através de uma escala pré-organizada.
Naquela época em Itapira existiam apenas dois hospitais: a Santa Casa e o Hospital de Isolamento (mais modesto).
A Santa Casa já prestava relevantes serviços ao município, como bem se pode observar pela leitura de uma estatística, quando atendia um número considerável de necessitados. De 14 de novembro de 1908 a 22 de junho de 1922, por ali passaram cerca de 3.018 enfermos.
A sua manutenção era feita graças aos donativos particulares – os benfeitores – e com auxílio de uma subvenção estadual da ordem de rs.6:000.000 (seis contos de réis) por ano.
Interessante notar que, na Santa Casa em 1922 foram internados 276 pacientes, sendo: 152 do sexo masculino e 124 do feminino; 115 solteiros, 98 casados e 63 viúvos; 191 brancos, 58 negros e 27 mulatos; 238 brasileiros, 18 italianos, 10 espanhóis, 8 portugueses, 1 grego e 1 sírio. As moléstias mais freqüentes durante aquele ano foram: Ancilostomíase – 32, Gripe –14, Paludismo – 12, Pneumonia – 12, Febre Tifóide – 9, Sífilis – 8, Tétano – 7, Esclerose Cardio – Vascular – 7 e Desinteria Amébica – 6.
Eis aqui um pequeno histórico da nossa Santa Casa de 91 anos atrás.

Cinema em Itapira - 1927


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Plínio Magalhães da Cunha

 
Cinema em Itapira - 1927
A foto mostra o Cine Paratodos com sua platéia literalmente tomada pelo público, a fim de assistir ao filme “A Marca do Zorro”, exibido a 25 de março de 1927 pela então empresa cinematográfica Pereira & Cia. Essa empresa passou mais tarde a pertencer a Lopes & Moraes.
Na parte lateral da platéia, do lado direito, pode-se notar anúncios de alguns filmes que seriam exibidos em outras oportunidades.
Atrás, bem no alto, nota-se a cabina de projeção e a arquibancada, que na época era chamada de “poleiro”, local em que as entradas eram bem mais baratas. Logo abaixo do “poleiro”, situavam-se os reservados para as autoridades e imprensa.
Nessa foto conseguimos identificar dois meninos: do lado esquerdo de quem olha para a platéia, numa das cadeiras da frente, de boné e terno branco, o saudoso Luiz Norberto da Fonseca ex-proprietário do prédio onde hoje funciona a farmácia 24 horas.
Do lado direito, vestindo uma roupa de marinheiro e de boné escuro, o garoto Carlos Eduardo Magalhães de Ornellas, o querido professor Carlito Ornellas, também de saudosa memória. Na terceira fileira, do lado esquerdo, bem no centro e usando um chapéu preto, o conhecido e estimado estafeta do correio local, Benedito Vieira, chamado carinhosamente de Dito Carteiro.
Bons tempos àqueles quando o cinema era uma boa opção de divertimento e lazer, hoje fora de moda.

A Pinguela do Ribeirão da Penha


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Plínio Magalhães da Cunha

A Pinguela do Ribeirão da Penha
Construída no início do século passado, por volta de 1917, serviu por muitos anos como um importante meio de ligação entre o centro da cidade com o bairro do Cubatão e adjacências.
Essa pequena ponte que unia as duas margens do ribeirão – construída com madeira de lei – servia para sustentar o vai e vem daqueles que necessitavam utilizá-la rumo ao centro da cidade e vice-versa.
Era considerada de grande utilidade, pois, realmente, encurtava bastante o percurso do usuário para chegar rapidamente ao local desejado, principalmente os trabalhadores que se dirigiam às fábricas, ao comércio, ou mesmo aos jovens estudantes em busca do saber nas poucas escolas existentes na época em nosso município.
Os caminhos mais fáceis àqueles que precisavam alcançar a pinguela, provindos do centro da cidade, era através da ladeira São João, onde está até hoje desafiando a ação do tempo o famoso escadão; ou através do final da Rua Conselheiro Dantas, outra “barroqueira”. Podia-se ainda utilizar a ladeira do Cubatão, hoje com o nome de Rua Adelelmo Boretti, em homenagem ao fundador da indústria de bebidas “alcoólicas e espumantes”, ali localizada.

A foto acima mostra em toda sua amplitude, a famosa pinguela, volteada de terrenos bastante íngremes, formando um imenso vale. Pode-se ainda ver o saudoso prefeito Caetano Munhoz dirigindo pessoalmente seus auxiliares na reforma da pequena ponte.
Caetano Munhoz governou Itapira no período de 1938 a 1942, e de 1956 a 1959.
Diariamente era visto percorrendo a pé, ou em seu carro particular, vistoriando e fiscalizando as obras em andamento no município, a fim de evitar transtornos, ou mesmo prejuízos para os cofres públicos.
Com aquela sua lhaneza que lhe era peculiar, atendia com respeito e presteza as legítimas aspirações dos munícipes.
Caetano Munhoz deixou muitas obras importantes em nosso município, dentre elas citamos a criação do nosso querido Ginásio de Estado, o primeiro estabelecimento de ensino secundário oficial de Itapira – no ano de 1939.
Para o êxito dessa preciosa conquista à população estudantil de nossa terra, destacamos com justiça o valioso auxílio e o empenho junto às autoridades estaduais, do benemérito itapirense, o saudoso  Comendador Virgolino de Oliveira, que sempre se fez presente nas justas causas de seu povo e de sua querida Itapira.

Jubileu de Prata - 1964


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Plínio Magalhães da Cunha


Jubileu de Prata - 1964
Em 1964, foi festivamente comemorado o Jubileu de Prata do primeiro estabelecimento de ensino secundário oficial em Itapira, o nosso querido e sempre lembrado Ginásio do Estado. Nesta foto, aparece apenas um grupo de alunos e professores que compareceu ao evento.
À frente dos participantes, vê-se o saudoso professor Pedro Ferreira Cintra, também diretor daquele estabelecimento. Na primeira fila, sentados da esquerda para a direita: professor Aníbal Anderaus (História Natural) e sua esposa; Ines Colferai; Cícero Vieira; Orlando Dini; José Serra Neto (Zinho); Rubens Pereira (Bube). Em pé, na mesma ordem: Idalo Olivo Paschoal; José Gimenes Soares (Zéico); Gilberto de Oliveira Barreto; Aparecida Rossi; professor Clemente II Pinho (Português); Célia Pereira da Silva; Ginete Piva; Maria Heloísa Lopes Moraes; Wilma Amâncio de Camargo; Maria Alaide Trani; Gelda Guimarães Leite; professor Luís Contier (Francês); professor Benevenuto Figueiredo Torres (Latim) e Waldomiro Vieira de Ulhoa Canto (Mirinho).

Campo de Futebol do Sport Club Itapirense - 1915


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Plínio Magalhães da Cunha

Campo de futebol do Sport Club Itapirense, por volta de 1915, situado ao lado do Parque Municipal “João Pessoa”, posteriormente, “Juca Mulato”. Essa praça de esportes lotava em dias de jogos, não só as arquibancadas cobertas, como também ao redor do gradil do campo. O gramado era bem cuidado, conservado pelo zelador da época, o Sr. Osório. Do lado direito das arquibancadas – como se fosse um quiosque – nota-se o coreto, onde a nossa querida e centenária Banda Lira Itapirense executava seus dobrados em dias festivos. Esse coreto também serviu por muito tempo à Rádio Clube, de onde os nossos locutores esportivos – Gilberto Vasconcellos Pereira, o Herval Peres e outros – irradiavam os acontecimentos ali realizados.
Essa praça esportiva também serviu a partir de 1940, ano em que começou a funcionar o Ginásio do Estado de Itapira, como local adequado para as aulas de educação física aos alunos daquele primeiro estabelecimento de ensino secundário oficial de nossa terra.