sábado, 8 de junho de 2013

A Caixa d’água do Parque

- TEMPOS SAUDOSO -
Plínio Magalhães da Cunha


A Caixa d’água do Parque
Até hoje funciona como reservatório de água localizado no centro do parque “Juca Mulato”, ao lado do prédio do Museu Histórico “Comendador Virgolino de Oliveira”. A data de sua construção ainda pode ser vista no seu frontispício: setembro de 1897.
Essa caixa distribuía diariamente à cidade perto de 1.500.000 litros de água, com capacidade para abastecer cerca de 900 prédios.
A água ali capitada, provinha de quatro mananciais: o de Águas Claras, do Arrozal, da Mata (na fazenda Santa Adélia) e dos Macucos.
A beleza desse reservatório estava na sua parte superior, isto é, a que cobria toda a extensão com cimento armado para suportar o peso de um jardim – conhecido naquela época como “Jardim Suspenso” – onde ostentava uma enorme quantidade de plantas ornamentais, cultivadas com esmero pelos jardineiros João e Afonso. Lembro-me muito bem deles e desse jardim.
As plantas ali cultivadas também serviam para a ornamentação de todos os canteiros do parque, que após serem replantadas, apresentavam um agradável visual muito admirado pelos visitantes daquele logradouro.

Na foto em tela, vê-se ainda a saudosa “Avenida dos Birís”, cujas árvores na primavera ficavam revestidas de flores amarelas. Suas pétalas quando sopradas pelo vento, cobriam toda a extensão de seu leito, de onde descortinava no horizonte o azul da velha Mantiqueira.

I Exposição de Artes Plásticas de Itapira - 1973

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

I Exposição de Artes Plásticas de Itapira.
Às 20:00 horas do glorioso dia 7 de setembro de 1973, nos salões do Centro Comércio e Indústria, aconteceu solenemente a inauguração da primeira Exposição de Artes Plásticas de Itapira, sob os auspícios do Conselho Municipal de Turismo, órgão dirigido pelo vereador Sebastião (Dinho) Pompeu.
Nessa ocasião foram revelados inúmeros artistas itapirenses, que com muito brilhantismo souberam despertar a arte e a cultura de nossa terra.

Esse importante evento cultural alcançou naquela noite de gala um verdadeiro sucesso, prestigiado por um numeroso público que aplaudiu com entusiasmo o acontecimento, não só pelo excelente trabalho de seus organizadores, como também porque revelou uma plêiade de artistas de nossa terra.

              Abertura da 1ª Exposição de Artes Plásticas de Itapira. Com muita pompa, com direito a fita inaugural e um coquetel de arrancar elogios dos presentes, os artistas anônimos de Itapira contribuíram mostrando uma explosão de cores e toques de mãos artísticas que se revelaram na noite do Grito. Na foto, o prefeito Alcides de Oliveira e Elenir Boretti Ferreira Nobre descerrando a fita. Vemos ainda Melita Cunha; Plínio Magalhães da Cunha diretor do Museu Histórico “Com. Virgolino de Oliveira” e Cecília Camargo.

Da esquerda para a direita: Sebastião (Dinho) Pompeu; Elenir Boretti Ferreira Nobre; Maria José (Dedé) Bicudo Cruz; Zaira de Almeida Peres e Peres; Melitinha La Farina da Cunha; prefeito Alcides de Oliveira; Divanira Salles Rocha; Dinah Salles Rocha; Flávio Silveira de Camargo; Fábio Vergueiro; Luiz Guardia Neto (Mogi Mirim) e Hélio Gardinalli.

Intervenção em Prédios Públicos

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha
Intervenção em Prédios Públicos
Hoje iniciamos esta coluna parabenizando o prefeito de nossa terra, José Natalino Paganini, que houve por bem, através do decreto nº 64, de 18 de abril deste ano, proibir qualquer intervenção em Prédios Públicos no Município, sem antes passar pelo crivo de uma comissão constituída pelos responsáveis das áreas de Cultura e Turismo, a de Planejamento e Administração da Prefeitura Municipal.
Essa medida saneadora é bastante salutar e de grande importância para o Município, porque visa a preservação – do que ainda resta – de alguns prédios públicos considerados históricos, os quais sejam: Paço Municipal “Capitão Adolfo de Araújo Cintra; Casa da Cultura “João Torrecillas Filho”; Edifício Pastor “João Orcini” – (antiga Estação da velha Cia. Mogiana) e a “Passarela” que liga a Rua Fleming à Avenida Rio Branco, construção que há pouco tempo deu margem a polêmicas entre populares.
O importante é que o decreto já está em vigor combatendo a ação nefasta dos pseudos renovadores, progressistas e reformadores de plantão – por sinal, de muito mau gosto – que a serviço de um falso pressuposto de renovação estética, mutilam e destroem o patrimônio histórico de uma cidade, esquecendo-se de que, um povo sem memória não existe, nada representa em ralação ao seu passado de lutas e de trabalho.

Na foto vemos o prédio que foi ocupado como residência, Casa de Saúde, onde também funcionou o primeiro Ginásio do Estado de Itapira – de 1940 a 1952 – e que atualmente aloja o Paço Municipal.