sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Peça Histórica do Banco do Brasil.

-TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Peça Histórica do Banco do Brasil.
Em 11 de março de 1992, o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, recebeu como doação da Agência do Banco do Brasil local, uma interessante e engenhosa peça histórica, que pertenceu àquela autarquia desde 12 de março de 1942 – data de sua instalação em Itapira.
Trata-se de uma Prensa Copiadora de Balancetes Diários, pesando cerca de 200 quilos, a qual foi desativada para dar lugar a um novo sistema mais ágil e moderno.
A entrega dessa peça à diretora do Museu Histórico, Maria Carmelita La Farina da Cunha, foi feita pelo gerente geral da agência, o itapirense Ângelo João Bonfá, que naquele ato se fazia acompanhar dos funcionários Hélio Citrângulo, Valdir Zani, Idalo Olivo Paschoal e do ex-gerente da agência, Vitório Visnardi.
Na ocasião, a diretora fez um agradecimento, dizendo que: “esta peça histórica irá fazer parte integrante do museu, que guarda, preserva e difunde o seu valioso acervo”. Ainda naquela oportunidade congratulou-se com as comemorações dos 50 anos da Agência do Banco do Brasil em nossa cidade.


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Entrega de pão e leite em Itapira, no início do século XX

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Entrega do pão e leite em Itapira
Em nossa cidade, no início do século XX, a entrega do pão e do leite para a clientela era feita de maneira bem rústica, isto é, através de carrocinhas puxadas por tração animal.
Naquela época nossa cidade contava com onze padarias, sendo que três situavam-se na cidade, e oito nos arrabaldes. As mais conhecidas e que possuíam maior freguesia eram; Padaria Minerva, Padaria das Famílias e a Padaria Toscana. Essa última funcionava num casarão situado na praça da Igreja Matriz, onde hoje está um edifício de dois andares, ocupado pelo Cartório de Títulos. A Padaria Minerva localizava-se na esquina da confluência das ruas Rui Barbosa e XV de novembro, e pertencia à tradicional família Peres.
A massa do pão d’água era sovada manualmente, isto é, no “muque” dos padeiros, e os fornos à lenha eram construídos com tijolos e barro, de onde os pães saiam quentinhos para serem entregues em domicílio através das famosas carrocinhas (vide fotos), ou então vendidos nos balcões das padarias juntamente com o pão doce, roscas, broinhas, biscoitos de polvilho e outras guloseimas que alegravam a criançada.
Interessante notar que, cada pãozinho de 50gr. era vendido a Rs. 100 (cem réis) ou 1 tostão, e a clientela achava um abuso!
Quanto à venda de leite “in natura” não havia nenhum estabelecimento para esse mister. Provinha das chácaras, sítios e fazendas e a distribuição à clientela era feita, na grande maioria, em garrafas brancas e obturadas com “rolhas” de papelão branco. Alguns “leiteiros” também transportavam o produto em garrafas de cores variadas e arrolhadas com palha de milho. Outros, ainda faziam a entrega do leite a granel, isto é, através de grandes latões de alumínio, tendo na base uma torneirinha (foto).
Além desses tipos de transporte, alguns “leiteiros” ainda faziam a distribuição em garrafas acondicionadas em “picuás”, presos no dorso do animal (como na foto obtida ao lado da Igreja Matriz).
Naquela época também não existia em Itapira o leite pasteurizado, por esse motivo era aconselhado pelo Instituto de Higiene, que o produto fosse bem fervido antes de ser consumido.