sábado, 25 de outubro de 2014

Escola Particular de dona Zita

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães de Cunha

Escola Particular de dona Zita
Quem não se lembra (os mais velhos, é claro, pois a foto é de 1935), da Escola Particular de dona Zita – professora Iracema Costa Martinez – ali na Rua João de Moraes, numa antiga casa que deu lugar à residência do Sr. José Serra.
Dona Zita, como era carinhosamente chamada, fora casada com o estimado PM, o soldado Sr. Félix Martinez.
Era quituteira de mão cheia, sendo famosos seus bolos e doces. Também confeccionava aqueles cartuchos em cartolina e papel crepom, muito enfeitados e coloridos, trazendo em seu bojo os famosos docinhos caseiros, que faziam a alegria da criançada da época, ou então, leiloados nas festas beneficentes da Matriz de N.S. da Penha, servindo de leiloeiro o saudoso Sr. Raul Arruda (pai do sempre lembrado dr. Murilo Arruda).
Suas balas de ovos eram sensacionais, sem rival!
Como professora, dona Zita era paciente, mas enérgica, mantendo numa sala de sua residência a sua escola, freqüentada por centenas de alunos ali matriculados no ensino primário (do 1º ao 4º ano).
A foto em tela me foi fornecida pelo saudoso professor Dib Jauhar, retratada por volta de 1937. Mostra uma das classes – durante o recreio – no quintal da casa de dona Zita, onde se vê todos os alunos comportados e de braços cruzados posando para o fotógrafo da época.
Muitos alunos, infelizmente, não conseguimos identificar.
Começando pela primeira fila, em pé, da esquerda para a direita: o Manoel Marques (Zito do Bar); Sebastião; Luchetti; José Carlos da Cunha Rocha; a professora dona Zita; Cruz; o Flávio Barretta; Aristides e mais dois alunos não identificados.
Na segunda fila (fila do meio), na mesma ordem e sentados no banco: José Ferreira Alves; Luís; Vilma; Divina; Maria de Lurdes (viúva do professor Ivalte Fernandes); Anésia; Fausto: Dib Jauhar; Piva e Barreta.
Na terceira fila (sentados no chão) – Mauro; Mercedes; Elza; Abigail; Ivone Simões (de óculos); José Boretti e mais um menino não identificado.
Era o tempo de outras escolas particulares, como a de dona Diva Magalhães Raymonti, de dona Luiza Vieira; dona Clarice Aguiar; de dona Bena de Souza Ferreira e de tantas outras educadoras pioneiras do ensino particular em Itapira, às quais rendemos nossas e justas homenagens.

Museu Histórico na Loteria Federal

 -TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Museu Histórico na Loteria Federal
Quando Itapira iria completar a 24 de outubro de 1976, 156 anos de existência, o então diretor do Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, Plínio Magalhães da Cunha, entrou em contato com a direção da Caixa Econômica Federal, sugerindo-lhe que se fizesse uma homenagem à nossa cidade que aniversariava, através de uma extração da Loteria Federal, mostrando a todo o Brasil que Itapira sempre soube cultuar a memória de seu povo e suas tradições.
- Por que através do Museu?
- Porque esse Instituto Cultural de nossa terra, representa um instrumento insubstituível no campo histórico, tanto para o trabalho didático, educativo, a divulgação tridimensional do passado, como a preservação dos elementos – fatos, peças e documentos – que facultam àquela Casa, a sua função cívica e cultural, de aviventador da memória nacional.
É realmente o único instrumento que dispomos para a preservação desse manancial de bens culturais.
Diante do exposto, a alta direção da Caixa Econômica Federal, houve por bem acatar nossa sugestão, conforme foto e impressão da fração do bilhete em tela.
Vale ainda ressaltar que, a matriz do referido bilhete com a numeração (00000) encontra-se arquivada no Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”.

Campeonato Intercolegial – 1950

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Campeonato Intercolegial – 1950
A foto em tela obtida no dia 1º de setembro de 1950 mostra os alunos do Colégio e Escola Normal “Elvira Santos de Oliveira”de Itapira, que participaram brilhantemente de uma demonstração de ginástica Coletiva, num excelente conjunto de 3.000 estudantes provindos de diversas cidades do interior paulista.
Esse importante evento esportivo, acontecido naquele ano, teve como palco o Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo. A caravana de Itapira foi chefiada pelos professores de educação física do nosso colégio, Mauro Teixeira e Maria Aparecida Pires Nogueira. Antes da partida para a capital, foram fotografados em forma de pirâmide no Cruzeiro do Parque Municipal, tendo como suporte aquele marco histórico do nosso município ali implantado em 1902, na passagem do século, representando o “símbolo da fé” do povo de nossa terra.
Eis os representantes itapirenses – de cima para baixo e da esquerda para direita: Décio Queluz, Anízio Braga, Gilberto Monezzi, Evelina Martellini Jacob, Gui Guimarães, Walter Souza, Luiz Carlos Alvarenga (Ratinho), Lia Boretti Almeida, Ilze Riboldi Guerreiro, Valeriana Leme, Escolástica Salgado Bruzasco, Walter Ricciluca, Anísio Lopes, Ronalde Monezzi, Ricardo Passarella Filho, Torrezan, Avancini, Nicolau, Claudete Avancini, Ilze Vicentini, Coradi, Paulo Guerra, Alvarino Lopes Pinheiro, Zorzetto, (?), Abel Job Filho, Rosa Torrezan, Wilma Boretti Jacomini, Loudinha Ramos de Oliveira, Aluízio Nicolau, José de Oliveira Barretto, Joarez de Moura, João Torrecillas Neto, Diógenes e Luis Francisco (Iquinho).

PS: - Esta foto pertence ao acervo do estimado amigo prof. José de Oliveira Barretto, incentivador do esporte de Itapira e região, onde desempenha um trabalho de grande alcance dentro de sua área de atuação.

Escolas Particulares

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Escolas Particulares
Itapira sempre contou com enumeras escolas particulares, algumas delas, antes mesmo de nossa cidade ser dotada do centenário e querido Grupo escolar “dr. Júlio Mesquita”.
Dentre as mais antigas – as que me recordo – a do professor Miguel Cardim, da professora dona Bena de Souza Ferreira, da professora dona Maria Luiza Vieira, das professoras dona Diva Magalhães Raymonti, dona Iracema Costa Martinez (dona Zita), dona Clarice Aguiar, e tantas outras que também prestaram relevantes serviços a Itapira na importante área educacional.
A foto acima mostra uma classe mista da professora dona Clarice Aguiar, que aparece bem ao centro, contornada por uma plêiade de alunos posando para a posteridade.
Foi-me impossível identificar todos, mas para facilitar nossos leitores, irei numerar alguns que foram reconhecidos: na primeira fila (sentados no chão) 3 – Paulo Guerra; 7 – Décio Queluz. Na segunda fila: 1 – Maria Terezinha Avancini; 2 – Suzana Rodrigues da Silva; 5 – Madalena Rodrigues da Silva e a professora dona Clarice Aguiar. Na terceira fila: 4 – José Walfredo Riboldi; 6 – Benedito Passarella e 7 – Jair Amaral. Na quarta fila (em pé): 5 – Maria de Lourdes Rocha Oliveira; 6 – Maria Ondina Marella; 7 – Maria Clara Serra.

Nota: Soube que nesta foto também estão os alunos: Dolly Modonezzi; Claudete Avancini e Ayrton Rogatto – que não foram identificados. Quanto aos demais poderão ser reconhecidos pelos leitores.

A velha gare da Mogiana

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

A velha gare da Mogiana
Lembro-me perfeitamente da Estação da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, e dos trens que por ali transitavam diariamente, provocando um alarido característico, principalmente ao cruzarem algumas ruas da cidade. Lembro-me da chegada e partida da “Maria Fumaça” puxando seus pesados vagões.
Para a garotada daquele tempo, também me incluo, era uma alegria contagiante, e, ao mesmo tempo, uma das distrações assistir à chegada dos comboios na estação da cidade.
Recordo-me ainda que, ao ouvir às 14 horas, dentro do horário, o estridente apito acionado pelo maquinista anunciando que o trem estava chegando nas adjacências do pontilhão do largo São Benedito, provindo de Mogi Mirim – com destino a Barão Ataliba Nogueira, Eleutério e Sapucaí de Minas – e a garotada apressando os passos rumo à estação a fim de assistir ao desembarque dos passageiros, dentre eles, alguns conhecidos ou parentes.
Após o desembarque, cessava o corre-corre na plataforma. Aqueles que iriam continuar a viagem permaneciam na expectativa aguardando o momento aprazado.
Após a partida do comboio, cessava completamente o borborinho na estação.
Muitas vezes eu ali permanecia observando o manuseio do telegrafo pelo exímio telegrafista Abel Barbanti, enviando através daquele aparelho de comunicação, as mensagens pelo Código Morse.
Naquele tempo os telefones de Itapira ainda eram acionados através de manivelas para chamar a telefonista, que ao atender o sinal, solicitava o número do aparelho desejado para completar a ligação. As chamadas interurbanas eram uma verdadeira odisséia para se conseguir!
Realmente tudo era difícil, mas assim mesmo relembro com emoção e saudade os dias felizes de minha infância, correndo para ver o trem passar... e hoje, continuo correndo no labirinto da vida, lembrando daqueles tempos que não voltam jamais!

A velha Estação da Mogiana com vagões defronte ao pátio. Ao fundo vê-se uma vista parcial de Itapira nos idos de 1920.