quarta-feira, 11 de setembro de 2013

1948 – Ginásio do Estado

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

1948 – Ginásio do Estado.
Alunas que cursaram a 4ª série ginasial em 1948, quando aquela escola ainda funcionava no prédio hoje ocupado pela Prefeitura Municipal, à rua João de Moraes.
Na foto, todas sorridentes posaram para a posteridade, vendo-se ao centro o estimado professor de Latim – José Paulino da Costa Neto.
Na primeira fila, da esquerda para a direita: Maria Aparecida Barretto – Maria Terezinha Pupo Cintra – Terezinha Cavenaghi – Ivone Cavenaghi – Diva Clemente – Maria Clara Serra e Maria Terezinha Avancini.
Na segunda fila, em pé e na mesma ordem: Neuza Pereira – Silvia Aguiar – Anny de Castro – Maria Yolanda Lopes – Edna Passarella – Maria Helena Trani Plumari – Terezinha Oliveira e Silva – Áurea Siqueira – Maria Lúcia da Cunha – Carolina Calil – Mirian Cruz e Ivone Lang.


Indústrias Reunidas Francisco Vieira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
Indústrias Reunidas Francisco Vieira
                Foram as mais notáveis de Itapira antiga, fundadas em 1914 pelo Cel. Francisco Vieira, com um capital inicial de Rs.100.000$00 ( cem contos de réis). As fábricas e depósitos ocupavam vasta área situada às margens do Ribeirão da Penha, tais como: uma grande serraria e carpintaria (foto); fábrica de móveis; uma olaria para fabricação de tijolos, mosaicos e telhas; uma ferraria com oficina mecânica; uma fábrica de manteiga e outra de gelo. Anexos às indústrias existiam ainda um amplo depósito de materiais para construção, e um outro de lenha picada, cujos produtos eram comercializados na cidade, sendo transportados através de carroças.  Somente para se ter uma idéia, a produção da serraria no ano de 1921 girou em torno de 2.100 metros cúbicos de madeira serrada. Em 1922, essa produção subiu para 2.300 metros cúbicos. Os produtos das Indústrias Reunidas Francisco Vieira eram consumidos não só em Itapira, mas também nos municípios da região e do sul de Minas Gerais. Devido a excelente aceitação pelo comércio, as vendas em 1922 excederam à importância de Rs300:000$000 (trezentos contos de réis), uma renda bastante expressiva para aquela época. Nessa indústria trabalhavam 56 operários, cujos salários variavam de acordo com o setor em que exerciam suas atividades, como por exemplo: os oleiros e carpinteiros recebiam Rs3.500 a Rs8.000 diários por 8 horas de serviço; os mecânicos – de Rs5.000 a Rs10.000 pelo mesmo número de horas. Toda a maquinaria das indústrias era movida por dois motores elétricos, de 20 Hp cada um. O escritório estava situado no centro da cidade, na praça da Matriz (Praça Bernardino de Campos), onde permaneciam o gerente e o guarda-livros. Na foto da serraria, vê-se no seu interior o proprietário Cel. Francisco Vieira e o fazendeiro João Batista Pereira da Silva (o mais alto), conhecido como Joãozinho Bento, que construiu sua residência na esquina das ruas Regente Feijó e Comendador João Cintra, onde residem atualmente familiares do saudoso médico dr. José Alberto de Mello Sartori.

Matriz Nossa Senhora da Penha

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Vista parcial do antigo interior da Matriz Nossa Senhora da Penha, vendo-se o altar mor encimado pelo emblema do Divino Espírito Santo e, logo abaixo, a imagem verdadeira e histórica de Nossa Senhora da Penha, padroeira de Itapira. Essa imagem trazida de Portugal por um dos fundadores de nossa terra – João Gonçalves de Moraes – foi furtada por algum herege ou comerciante de antigüidades, o que foi muito pesaroso para a população católica. Ela media dois palmos e cinco dedos de altura, ostentando em sua cabeça uma coroa trabalhada em prata. Mais abaixo aparece a imagem de Cristo Crucificado. Esse altar mor era realmente uma relíquia, uma obra de arte. À esquerda do templo aparece o púlpito, onde o celebrante da missa pregava o Evangelho de Cristo. Nota-se a riqueza artística dessa peça histórica, encimada por figuras de anjos, esculpidas em mármore de Carrara. Sua cúpula era trabalhada com franjas douradas.
Do lado direito, vê-se o portal de entrada para a Capela do Santíssimo. O piso desse templo era todo de mosaicos decorados, e os lustres de cristal da Bohemia.
Na parede, nota-se apenas duas peças reportando a Via Sacra.
Tudo isso foi demolido em 1955, para dar lugar a uma igreja mais ampla.
Tive a oportunidade de constatar pessoalmente, em Campinas, no Museu de Arte Sacra da Cúria, algumas dessas peças históricas doadas pela Paróquia de Itapira, peças que marcaram profundamente a vida católica do nosso povo, tais como: o Púlpito, a Pia Batismal (onde milhares de itapirenses receberam o sacramento do batismo), além da belíssima imagem de Nossa Senhora das Dores, com seu manto azul, e a da Ressurreição de Cristo.
Toda essa beleza só nos deixa saudade, uma profunda recordação da nossa querida Itapira, de um passado distante, dos tempos de nossos pais, dos nossos avós.