segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A Velha Praça de Esportes

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

A Velha Praça de Esportes
Vista geral da praça do Sport Club Itapirense obtida nos idos de 1920, do alto do Cruzeiro do Parque Municipal “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”. Nessa foto pode-se notar a quadra de tênis – na qual identificamos três cidadãos do lado esquerdo: dr. Mário da Fonseca e o dr. Norberto da Fonseca (de chapéu). Mais atrás, o influente político e esportista de nossa terra, Cel. Francisco Vieira, que também foi prefeito por doze anos consecutivos (de 1911 a 1923), além de ter sido o primeiro deputado estadual itapirense (de 1935 a 1937). Em segundo plano vê-se o famoso campo de futebol do Sport Club Itapirense, com sua arquibancada coberta e inteiramente confeccionada em madeira de lei. Esse campo também serviu durante muitos anos, como local para as aulas da cadeira de Educação Física ministradas aos alunos do recém criado Ginásio do Estado de Itapira, desde 1940 até 1952. Lá no fundo da foto aparece o vetusto prédio que alojou por muito tempo a Cadeia Pública e o Fórum, que apesar de ser uma construção centenária (1909 a 2016) ainda permanece preservado. Nesse prédio funciona atualmente a Casa da Cultura “João Torrecillas Filho”, cujo nome foi dado numa justa homenagem a um cidadão itapirense, considerado o maior memorialista e historiógrafo de seu tempo, que durante quase meio século veiculou nas páginas do jornal “Cidade de Itapira”, a sua famosa coluna domingueira, intitulada “NO TEMPO DA VOVÓZINHA”, até hoje relembrada com saudades pela população de nossa terra.
Infelizmente, esse prédio que aparece isolado lá no fundo é o que restou dessa foto. A quadra de tênis e o velho campo de futebol foram simplesmente arrasados em épocas passadas por máquinas, políticos e engenheiros de plantão. O terreno foi loteado e vendido a particulares para a construção de residências. Ainda bem que uma grande parcela da população de Itapira resolveu “gritar” para que as administrações atuais e futuras preservem o que ainda resta do nosso patrimônio histórico, mesmo porque há legislação específica para que isso ocorra. Finalizando, lembro que o grande mal da maioria dos mandatários é querer impingir ao povo a miopia de seus pontos de vista.

domingo, 18 de setembro de 2016

Dia da Árvore e Formatura

TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Dia da Árvore e Formatura
Hoje estamos publicando em nossa coluna do Tribuna de Itapira, uma foto bastante sugestiva e oportuna pertencente ao acervo do amigo dr. Dalmir Pegorari, mostrando professores e alunos do nosso querido Ginásio do Estado, hoje Escola Estadual Elvira Santos de Oliveira, todos irmanados para procederem ao plantio de uma árvore no dia 21 de setembro de 1956, durante a comemoração do DIA DA ÁRVORE e também FORMATURA da turma.
Realmente essa data festiva deve sempre ser lembrada e mesmo exaltada com carinho pela humanidade, pois trata-se de uma homenagem à NATUREZA e ao SABER.
Presentes no acontecimento: em pé da esquerda para a direita: Professora Ignês Moraes Legaspe; Diretora Maria Aparecida Ferraz; Professor José Silveira de Souza; Professora Elza Leme Machado; Professor William Saens; Professor Pe. Euphrosino Tomazzi; Professor Benjamin Quintino da Silva; Professor Irineu Ceratti; Professor Sóstenes Vasconcelos; Professor Paulo Nery; Professor Sillas Bravo Nogueira; Professor Antonio de Lima Horta; Professor Walter Narchi; alunos Dalmir José Pegorari; Paulo Afonso Leme Machado; menina Maria Eliana Silveira.
Agachados, na mesma ordem: alunos Hélio de Freitas; José Henrique Millan; Carlos Stefanini; José Antonio Aparecido de Oliveira e João Barizon.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Inauguração do Parque Municipal – 23/12/1902

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Inauguração do Parque Municipal – 23/12/1902
Quando foi intendente (hoje prefeito) Jacintho Franklin Alvarenga da Cunha, meu avô do lado paterno, terceiro prefeito de Itapira de 1902 a 1905, a nossa cidade experimentou naquela época um progresso fantástico. Durante a sua gestão, Franklin da Cunha apoiado por um grupo de políticos influentes, inclusive por Alfredo de Azevedo, seu particular amigo (e irmão do famoso engenheiro Ramos de Azevedo, cuja estátua se acha localizada em São Paulo, na Avenida Paulista, defronte ao Trianon e do Parque Avenida), conseguiu trazer inúmeros benefícios e melhoramentos para o nosso município. Durante sua profícua administração instalou na cidade as primeiras guias e sarjetas, mandou construir a represa na Ponte Nova para ali funcionar o Usina Hidroelétrica de Itapira. No último ano de sua gestão, inaugurou a 14 de maio de 1905, a iluminação pública das ruas da cidade, cujo evento foi bastante festejado. Determinou a construção do Parque Municipal, cuja inauguração se deu a 23 de dezembro de 1902 (foto acima), um dos pontos turísticos mais apreciados da região, dos itapirenses e de todos aqueles que visitam Itapira.
Interessante notar ainda que, o ano da inauguração estava inscrito em plantas ornamentais num canteiro central, e logo acima uma placa com os dizeres: “a guarda deste jardim está afeta ao público”. Mandou abrir a Avenida dos Birís, e implantou no alto da colina o Cruzeiro – na passagem do século, em 1902, representando o símbolo da fé.
Fez realizar em Itapira a 03 de maio de 1903, a primeira Festa da Árvore (a primeira do Estado de São Paulo foi na cidade de Araras e a segunda em Pirassununga).
Para essa festividade trouxe a Itapira o poeta Coelho Neto (que assinou a ata do evento), plantando ao lado do grupo escolar Dr. Júlio de Mesquita uma árvore símbolo – o pau Brasil.
O prefeito Franklin da Cunha plantou dentro do Parque Municipal aquela espécime centenária, (grevillea robustas) que está como uma sentinela avançada no início da Avenida dos Birís, ao lado do Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, um instituto cultural de nossa terra, implantado pelo seu neto Plínio Magalhães da Cunha, e ali inaugurado em 21 de abril de 1974.

Comemoração da Semana da Pátria no Museu - 1984

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Comemoração da Semana da Pátria no Museu - 1984
O Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” – em 1984 comemorou festivamente a Semana da Pátria e a magna data nacional, o 7 de setembro.
Na oportunidade, como acontecia todos os anos, era montada no salão nobre daquele órgão – quando ainda estadual – uma exposição temporária alusiva ao evento, ocasião em que era visitada por estudantes e pelo público em geral.
Essas exposições eram também apresentadas nas principais datas históricas, quando os alunos dos estabelecimentos de ensino compareciam acompanhados de seus professores, em visitas programadas entre o museu e a escola.
O motivo primordial dessas exposições era a de permitir a visualização do fato histórico em três dimensões, encerrando, assim, um poder didático sem rival. Isso acontece porque os museus são instrumentos insubstituíveis no campo histórico, tanto para o trabalho didático e educativo, como também à divulgação do passado, preservando os elementos – fatos, peças e documentos – que irão facultar ao instituto a sua função cívica e cultural, de aviventador da memória nacional.
Nas fotos acima, dois aspectos do Museu Histórico e Pedagógico, que tem como patrono o benemérito itapirense Comendador Virgolino de Oliveira.
Na primeira, vê-se uma exposição temporária de peças, documentos e uma panóplia com as treze bandeiras históricas que tremularam em solo de nossa pátria. A outra foto – em continuação do salão nobre – a sala em homenagem aos prefeitos que administraram Itapira desde 1892 até o último, além de documentos importantes sobre nossa terra.
De certa feita, conversando com um velho amigo e colega da Secretaria de Estado da Cultura, nos anos 70, o poeta e escritor Paulo Bomfin, membro da Academia Paulista e Brasileira de Letras, perguntei-lhe: como você definiria de uma forma bem sucinta um museu?
Ele então, sem pestanejar disse-me: “MUSEU É A MEMÓRIA DE UM POVO... NELE O PASSADO É ETERNO”.
Em poucas palavras disse tudo!

Praça Bernardino de Campos

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Plínio Magalhães da Cunha 

Praça Bernardino de Campos
Essa praça também conhecida como Praça da Matriz ou Largo da Matriz, era considerada como um dos pontos mais aprazíveis da nossa Itapira antiga, logicamente depois do saudoso Parque “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”. Esses logradouros eram considerados como sendo os “cartões de visitas” de nossa cidade, não só pela beleza, como também pelo trato acurado que recebiam das administrações municipais. Eram dois pontos turísticos de nossa terra e orgulho dos itapirenses que não cansavam de mostrá-los aos visitantes, como também onde passavam algumas horas de lazer em companhia de familiares e amigos. Na foto, vê-se a velha Praça da Matriz nos idos de 1940, mostrando em todo seu esplendor o tradicional prédio do Clube XV de Novembro. Nota-se que não existia o edifício “Wanderley Zázera”, o que deixava aquela área mais arejada em razão de uma lei municipal que proibia as construções de edifícios com mais de dois andares. Nota-se ainda que as calçadas e os canteiros eram bem cuidados. Os postes de iluminação entrelaçados com alamandas floridas alegrando todo o ambiente.
Nesse local – sempre aos domingos após a missa das 10:00 horas na Igreja Matriz – as jovens da nossa terra davam o ar de sua graça volteando o jardim, alegres e comunicativas. Eram momentos felizes que o tempo deixou para trás.
Na foto já amarelada pelo tempo, tento decifrar os pensamentos dessas jovens, talvez algumas delas já desaparecidas, deixando apenas saudades.
De vez em quando vou àquela praça, quando revejo alguns amigos e companheiros dos anos 40, da época em que o Cine Paratodos exibia os famosos seriados de “faroeste”; do Tarzan o rei da selva, e tantos outros do agrado da garotada e também dos adultos.
Repentinamente volto à realidade e me vejo pensativo olhando a nossa praça. Sinto um vazio!
Sinto que no passado estão nossas raízes, mas no presente tudo pertence aos nossos olhos.

O Coreto da Praça

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
O Coreto da Praça
Lateral da Praça Bernardino de Campos por volta de 1920, ostentando em primeiro plano o artístico coreto da praça, local que serviu por muitos anos de palco para a apresentação da nossa querida e centenária Banda Lyra Itapirense, que ali realizava aos domingos e feriados suas retretas, compostas de um excelente repertório que embevecia à população de nossa terra. Era uma festa nas noites de verão ouvir a nossa Lyra executar suas partituras muito bem ensaiadas pelos mestres Alfredinho Ceragioli ao trombone, ao bombardino e também ao sax-harmonia; o regente Paulo de Castro; os pistonistas Flamínio Simões e Benício de Campos Brito; o inigualável maestro Antonio Rodrigues Gomes (Niquinho), que também foi um mestre no saxofone; Celestino Corrêa no bombardino; Alberto Lang, Rodolfo Tolentino e José Lang em suas clarinetas, e tantos outros que deixaram saudades, tais como: o Luiz Paranhos, ao trombone; Manoel Cabral e José Borges (Bepim) caixas; Augusto Borges com seu legítimo par de pratos turcos; Rudgero Long ao bombo, além de outros de saudosa memória que seguiram as pegadas dos exímios fundadores da nossa Lyra.
Mas, infelizmente tudo isso é passado, inclusive o nosso histórico coreto da Praça da Matriz – que acabou sendo “arrancado” do seu pedestal de glória e relegado ao ostracismo!
É triste!
É por isso que acredito: tanto o passado como o futuro são apenas perspectivas de quem os observa ou imagina do presente.
É o ciclo da vida.

Muita Alegria e Lembranças

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Plínio Magalhães da Cunha

Muita Alegria e Lembranças
Corria o ano de 1964. O nosso querido Ginásio do Estado completava 25 anos de fundação. Uma plêiade de ex-alunos e professores reuniu-se festivamente para comemorar o auspicioso evento. Como segue: da esquerda para a direita – Prof. Sostenes Vasconcellos; Herval Peres Braga; João Barizon; Luís Zorzetto; Abel Viera Job; Eliel Ramos de Oliveira; Sillas Bravo Nogueira; Maria de Lourdes Levatti Piva; Maria Eneida Avancini Nicolau; Marlene de Oliveira Franco; Linei Cestaro da Silva; Maria José Pegorari de Freitas; Terezinha Galdi Serra; Tito Bianchi; Aluízio Nicolau; Anísio Peres Braga; Antônio de Lima Horta; Gui Guimarães.
Agachados: Prof. Benjamim Quintino da Silva; Prof. Aníbal Anderaus; Maria Valeriana Salvador Leme; Profa. Maria Aparecida Pires da Andrade; Maria Terezinha Spécie; Diva Stevanatto; Eida Guerra Braga e Ivanira Fracarolli.

Praça Bernardino de Campos

TEMPOS SAUDOSOS
Plínio Magalhães da Cunha

 
Praça Bernardino de Campos
Vista parcial da velha Praça da Matriz de N.S. d Penha em 1917, focalizando os canteiros bem cuidados, os passeios públicos conservados e a via carroçável, muito embora ainda com seu leito de terra batida, apresentava um ótimo aspecto visual.
Os paralelepípedos somente foram assentados na gestão do prefeito Cel. Francisco Vieira (1911 a 1923), e o asfaltamento veio bem mais tarde, em 1962, na gestão do prefeito Palmiro Raymonti (1962 e 1963).
Nota-se ainda na foto dois casarões e um sobrado. O primeiro foi residência do advogado e jornalista dr. Mário da Fonseca, onde mais tarde também residiu o médico dr. Diaulas de Souza Leite.
O segundo casarão foi construído pelo fazendeiro Major José David Pereira da Silva, pai de dona Ainda Pereira de Camargo, que ali também residiu por muitos anos. Lembro-me perfeitamente que, defronte essa residência existia um banco de madeira torneada, onde dona Aida reunia-se aos domingos à noite com seus familiares e amigos, para apreciarem o movimento da praça e as retretas da Banda Lira Itapirense. Dentre as freqüentadoras assíduas do local, lembro-me de minha avó dona Francisca Pereira da Cunha e também de minha primeira professora no Grupo Escolar “dr. Júlio Mesquita”, dona Sebastiana Pereira da Silva Job.
A terceira construção é o sobrado onde residiu o cel. Francisco Vieira, que apesar da ação funesta do tempo, ainda lá permanece de pé como se fosse uma sentinela avançada daquela praça central de Itapira, praça que me traz muitas recordações desde os tempos de menino. São lembranças que me fazem concluir que, não é a vida que passa, somos nós que passamos por ela como viajantes apressados rumo ao destino desconhecido.

A velha gare da Mogiana

TEMPOS SAUDOSOS
Plínio Magalhães da Cunha

A velha gare da Mogiana
Lembro-me perfeitamente da Estação da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, e dos trens que por ali transitavam diariamente, provocando um alarido característico, principalmente ao cruzarem algumas ruas da cidade. Lembro-me da chegada e partida da “Maria Fumaça” puxando seus pesados vagões.
Para a garotada daquele tempo, também me incluo, era uma alegria contagiante, e, ao mesmo tempo, uma das distrações assistir à chegada dos comboios na estação da cidade.
Recordo-me ainda que, ao ouvir às 14 horas, dentro do horário, o estridente apito acionado pelo maquinista anunciando que o trem estava chegando nas adjacências do pontilhão do largo São Benedito, provindo de Mogi Mirim – com destino a Barão Ataliba Nogueira, Eleutério e Sapucaí de Minas – e a garotada apressando os passos rumo à estação a fim de assistir ao desembarque dos passageiros, dentre eles, alguns conhecidos ou parentes.
Após o desembarque, cessava o corre-corre na plataforma. Aqueles que iriam continuar a viagem permaneciam na expectativa aguardando o momento aprazado.
Após a partida do comboio, cessava completamente o borborinho na estação.
Muitas vezes eu ali permanecia observando o manuseio do telegrafo pelo exímio telegrafista Abel Barbanti, enviando através daquele aparelho de comunicação, as mensagens pelo Código Morse.
Naquele tempo os telefones de Itapira ainda eram acionados através de manivelas para chamar a telefonista, que ao atender o sinal, solicitava o número do aparelho desejado para completar a ligação. As chamadas interurbanas eram uma verdadeira odisséia para se conseguir!
Realmente tudo era difícil, mas assim mesmo relembro com emoção e saudade os dias felizes de minha infância, correndo para ver o trem passar... e hoje, continuo correndo no labirinto da vida, lembrando daqueles tempos que não voltam jamais!

A velha Estação da Mogiana com vagões defronte ao pátio. Ao fundo vê-se uma vista parcial de Itapira nos idos de 1920.

Museu – 100.000 visitantes

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Museu – 100.000 visitantes
Em 31 de julho de 1980, o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” – há menos de oito anos de funcionamento – comemorou festivamente a importante marca de 100.000 visitantes. Esse feito espelha muito bem como a semente lançada germinou e frutificou, mostrando o quanto representa para Itapira a existência daquele instituto cultural em nossa terra, pois o museu é realmente o único instrumento que dispomos para a preservação de bens culturais. É o único instrumento que permite, ao mesmo tempo, o ensino com a visualização do fato, peças e documentos. Somente o museu constitui instrumento adequado a um trabalho dessa natureza, além de servir também para o trabalho didático e educativo junto às escolas. Cada município brasileiro reúne no seu documentário da vida social, econômica, administrativa e política locais, um manancial de elementos que vai alimentar os estudos históricos das fontes primárias, necessárias à identificação exata de nossas raízes.
Para encerrar, deixo aqui um belíssimo e oportuno pensamento de meu dileto amigo – o poeta Paulo Bomfim – quando definiu que: “O Museu é a memória de um povo... nele o passado é eterno”.

Na sala dos prefeitos, o diretor do Museu Plínio Magalhães da Cunha, quando falava aos presentes sobre a importância daquele auspicioso evento, vendo-se da direita para a esquerda: Maria Carmelita La Farina da Cunha – técnica de museus; a benemérita Carmen Ruete de Oliveira, esposa do Comendador Virgolino de Oliveira – Patrono do Museu, que prestigiou aquele acontecimento histórico; o assessor de imprensa da Câmara Municipal, José Antonio Pires de Souza (Tuia); e o vereador César Bianchi.

Momento em que a visitante Elizabeth Francisco Menezes assinava o livro de visitas no dia 31 de outubro de 1980, completando a marca de 100.000 visitantes ao Museu, na presença da funcionária Maria Carmelita La Farina da Cunha.

O diretor do Museu Plínio Magalhães da Cunha quando cumprimentava a visitante de número 100.000, Elizabeth Francisco Menezes.

Ministro da Justiça Visitou o Museu

- TEMPOS SUADOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Ministro da Justiça Visitou o Museu
Em 29 de junho de 1989, o Ministro da Justiça Oscar Dias Corrêa visitou o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”.
Na oportunidade, fazia-se acompanhar do desembargador Raphael Orícchio, que naquela visita também representou o Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Nereu César de Moraes; do juiz de direito de nossa Comarca, Pedro Aurélio Pires Maríngolo e do Vice-Prefeito de Itapira, Comendador Wlademir Siqueira.
Na ocasião, as autoridades foram recepcionadas pelo diretor do Museu Histórico, Plínio Magalhães da Cunha, que os acompanhou por todos os salões de exposição daquele Instituto Cultural de nossa cidade, mostrando o rico acervo histórico ali existente. (vide fotos da visita).

O Ministro da Justiça Corrêa Dias; o juiz de direito da comarca, Pedro Maríngolo; desembargador Raphael Orícchio e o vice-prefeito de Itapira, Wlademir Siqueira, quando eram recebidos pelo diretor do Museu Plínio Cunha.


Os ilustres visitantes quando percorriam os salões de exposição do acervo do Museu.

Ministro Corrêa Dias deixou no livro de visitas a seguinte mensagem: “Registro com emoção, o amor da nobre gente de Itapira à sua história. Esse culto ao passado garante-lhe o futuro, honrando o presente. Em 29 de junho de 1989. Oscar Corrêa – Ministro da Justiça”.

Relembrando a Epopéia Paulista de 1932

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Plínio Magalhães da Cunha

Relembrando a Epopéia Paulista de 1932
Quando da inauguração da Avenida Jacareí no dia 9 de julho de 1974, na gestão do prefeito Alcides de Oliveira, o popular Alemão, esteve presente como convidado especial, o seu colega – Prefeito Nunes – da cidade de Jacareí, que se fazia acompanhar de uma comitiva composta de ex-combatentes da Revolução Constitucionalista daquele município.
Após a inauguração da via pública, os visitantes compareceram às solenidades programadas no Morro do Graví – palco de uma das batalhas mais acirradas dos soldados paulistas contra o exército ditatorial de Vargas – precisamente no local onde está erigido o monumento em homenagem àqueles que derramaram o seu sangue para que o Brasil voltasse a ter a sua Constituição.
Terminada a visita ao Graví, todos os presentes se dirigiram ao Mausoléu do Soldado Constitucionalista no cemitério da Saudade, onde foi depositada uma coroa de flores sob o toque de silêncio.
Após cumprirem as solenidades cívicas, as autoridades e visitantes compareceram ao Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” ocasião em que foram recepcionados pelo diretor e implantador daquele órgão, Plínio Magalhães da Cunha e funcionários, que os acompanharam pelos salões de exposição, fazendo uma pausa demorada defronte ao copioso acervo de uma das exposições que fazia alusão a efeméride da Revolução Paulista de 1932.
Antes de deixar o Museu, o prefeito Nunes, após assinar o livro de “visitantes ilustres”, usou a palavra no Salão Nobre, defronte ao retrato do patrono do Museu, “Comendador Virgolino de Oliveira” para agradecer as homenagens prestadas ao povo de Jacareí, e, a seguir, teceu elogios à organização do acervo museológico exposto ao público visitante naquele importante Instituto Cultural – “que guarda, preserva e difunde a história de Itapira e de sua gente laboriosa”, finalizou.

- RUA ITAPIRA -
A guisa de informação, Itapira também foi homenageada em Seção Solene na Câmara Municipal de Jacareí, que aprovou por unanimidade a denominação de RUA ITAPIRA a uma das vias públicas daquele município.
Na ocasião, em nome do prefeito Alcides de Oliveira, que descerrou a placa denominativa, discursou o advogado Ariovaldo Risolla, que agradeceu as homenagens prestadas a nossa querida Itapira.

Combatentes Constitucionalistas no museu, ladeando uma das funcionárias, a museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha.

No Salão Nobre do Museu, ocasião em que o prefeito Antonio Nunes de Moraes Junior deixava as impressões de sua visita a Itapira, gravada pelos funcionários Maria Carmelita Cunha e Plínio Cunha.

         

Importante doação à Santa Casa - 1957

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Importante doação à Santa Casa - 1957
O Comendador Virgolino de Oliveira foi doador do importante Pavilhão de Assistência à Criança Pobre e Enferma da Santa Casa de Itapira, num gesto filantrópico, que contou com o patrocínio do Lions Clube.
Na ocasião da edificação das obras – de grande alcance social – aquele ilustre benemérito de nossa terra, compareceu ao local para verificar o andamento dos trabalhos que ali estavam sendo executados, em companhia de membros do Lions e de alguns convidados.
Na foto acima, da direita para a esquerda, vê-se: David Moro; Arlindo Paschoalin; Oscar Pires; Domingos Caio; Luiz Hermínio Simões Galdi; José de Souza; Hugo Coimbra; Francisco Rosário; José Serra; Virgolino de Oliveira; Marcello Avancini; Hélio Sebastião Amâncio de Camargo; Antônio Serra; Paulo de Almeida Serra e trabalhadores que executavam os serviços para a construção do prédio.
O Pavilhão foi inaugurado solenemente a 24 de setembro de 1957.

Inauguração da Biblioteca Municipal

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha
Inauguração da Biblioteca Municipal
Solenidade inaugural da Biblioteca Municipal “Mário da Fonseca Filho”, realizada a 24 de outubro da 1956, justamente quando Itapira completava 136 anos de existência. Esse importante evento aconteceu no prédio hoje ocupado pela Câmara Municipal, à Rua João de Moraes.
Na oportunidade se faziam presentes, além do prefeito Caetano Munhoz, um grande número de convidados, dentre eles identificamos na foto acima, da esquerda para a direita: Neiva Boretti Fuirini; René Boretti; Jupira Fonseca de  Souza (irmã do homenageado); Romeu Fiordomo; vereador Atílio Stefenon; Ítala Boretti Fonseca (esposa do homenageado); Wilma de Toledo Barros Munhoz; Mário Norberto da Fonseca (Marito, filho do homenageado); Pedro Ferreira Cintra; Maria Angélica Xavier Ferreira Cintra e o jornalista Luiz Ziliotto, de terno escuro, fundador do jornal Folha de Itapira em 1952.
A guisa de curiosidade, o garoto logo à frente da foto, é o itapirense Paulo Andrade, atual empresário bem sucedido, diretor-presidente da Lowell.

Ecos de Uma Visita Importante

 - TEMPOS SAUDOSOS - 
Plínio Magalhães da Cunha

Ecos de Uma Visita Importante 
             A Praça Dr. Bernardino de Campos toda engalanada em 1921, para receber a auspiciosa visita do Dr. Washington Luiz Pereira de Souza, 11º Presidente Republicano e também governador de São Paulo de 1º de maio de 1920 a 1º de maio de 1924. O ilustre visitante foi recebido calorosamente pelo prefeito da época, Coronel Francisco Vieira (o primeiro deputado estadual por Itapira – 1936 a 1937 no governo de Armando de Salles Oliveira), e pela população local, inclusive, saudado pela banda de música, discursos e pelo magnífico coral dos alunos do Grupo Escolar Dr. Júlio Mesquita, do qual fazia parte a professora Maria Suzana Pereira da Silva (esposa do nosso dileto e saudoso amigo Nelson Pereira da Silva), cuja voz sobressaiu do grupo dos cantores mirins.
Durante sua estada, o governador Washington Luiz percorreu a cidade, ficando encantado com os pontos turísticos de Itapira, principalmente com o Parque Municipal e o Cruzeiro, locais aprazíveis de onde se descortinava uma vista privilegiada pela natureza, que o levou a cognominar nossa terra de “Itapira, A Linda”, palavras que ficaram gravadas nos corações dos itapirenses, até hoje relembradas e cantadas em prosa e verso. Na foto, ainda vemos o coreto à esquerda, todos os postes de iluminação decorados com folhagens entrelaçadas, muitas bandeirolas paulista e brasileira, e o obelisco construído em madeira, onde se lê na parte superior: “SALVE WASHIGTON LUIZ”. Ao fundo, a antiga residência do Coronel Joaquim Inácio da Alvarenga Cunha (posteriormente do casal Dr. Névio Bicudo e Maria Amélia da Cunha Bicudo, pais da saudosa dona Dedé Bicudo Cruz), onde hoje está o HSBC. Na calçada, à direita, um outro prédio tendo no seu frontispício a inscrição: “MANSÃO CLUBE PENHA”.
OBS: Alguns dos detalhes citados, foram vistos através do computador. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O Futebol de Itapira em 1908

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O futebol de Itapira em 1908
Esta foto é uma verdadeira relíquia, pois retrata o esquadrão do Sport Club como era em 1908, isto é, há 100 anos.
Interessante notar que, todos os craques daquela época trajavam uniformes impecáveis, inclusive usando camisa de gola fechada (tipo colarinho) e gravata. As chuteiras eram as chamadas botinas, parecidas com os sapatões de hoje.
O Sport Club Itapirense tinha até o luxo de possuir dois uniformes: o primeiro, camisa preta e gravata, com o calção branco e meias pretas.
O segundo uniforme era camisa branca, gravata, calção branco e meias pretas.
Conseguimos identificar apenas alguns jogadores do clube: sentados, o segundo da primeira fila, da esquerda para a direita, é João Batista Cintra, o conhecido Joanico Cintra – um verdadeiro craque do passado – pai da professora Terezinha Pupo Cintra; o quarto, na mesma ordem, de uniforme branco, com um pé sobre a bola, é meu tio Aristides Vieira de Magalhães; logo atrás de Aristides, outro tio, Mário Vieira de Magalhães, e atrás do Mário, está Francisco Vieira (cel. Chico Vieira) que empresta o seu nome ao Estádio Municipal, tendo, ao seu lado esquerdo, de bigode (mas que ainda não tinha cavanhaque) o advogado Mário da Fonseca – tio avô do Toy e do Betuska Fonseca.
NOTA: Infelizmente não consegui identificar outros jogadores, inclusive o cidadão de chapéu côco, terno escuro e colete, apoiado elegantemente em sua bengala.

Tiro de Guerra – 282

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha 

Tiro de Guerra – 282
A foto mostra uma apresentação dos reservistas itapirenses e mogimirianos na Praça Bernardino de Campos, no dia 24 de outubro de 1917, quando Itapira completava 95 anos de fundação.
Após desfilarem garbosamente em regozijo à magna data de nossa terra, posaram para a posteridade portando fuzis e as imprescindíveis “caixas de repiques”, responsáveis pela cadência do pelotão durante o desfile.
Ao lado do grupo vê-se a partir da direita para a esquerda: uma pessoa não identificada; a seguir o prefeito de Itapira (de 1911 a 1923) Cel. Francisco Vieira, político influente daquela época. Foi o primeiro deputado estadual eleito de Itapira de 1934 a 1937. Chico Vieira, como até hoje é carinhosamente chamado, era irmão de outro político importante que está ao seu lado na foto, o senador Euclides Vieira, que também foi prefeito de Campinas e foi casado com uma sobrinha neta de Rui Barbosa – o “Águia de Haia”. A seguir, entre dois oficiais do exército, a senhora Maria Aparecida Vieira Bueno, filha de Chico Vieira, que foi casada com o sr. Dorival Bueno – tio do ex-deputado federal e também ex-prefeito de Mogi-Mirim, o engenheiro Carlos Nelson Bueno. Ainda nessa foto vê-se o casarão do Cel. José de Souza Ferreira, e a parte superior do coreto, onde a nossa centenária Banda Lira Itapirense executava os famosos dobrados em suas retretas dominicais.
Nota-se também que, o piso da Praça Bernardino de Campos ainda era de “terra batida”.

Relembrando

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
Relembrando
Foto de um grupo de alunas da quarta série do Ginásio do Estado de Itapira, nos idos de 1948, vestindo seus impecáveis uniformes azul e branco. Nesta foto o Ginásio ainda funcionava no prédio que atualmente aloja a Prefeitura municipal, ali permanecendo até 1952, ano em que ficou pronto o novo edifício situado à praça Mogi Mirim.
Essas garotas foram retratadas alegres e felizes como se pode verificar em seus semblantes, deixando suas imagens gravadas para a posteridade ao lado da professora de Geografia, dona Graciette Ribi.
São elas a partir da esquerda para a direita: Maria Yolanda Lopes, Maria Clara Serra, Mirian Cruz, Edna Passarella, Yonne Cavenaghi, Neusa Pereira e Yvone Lang. Agachadas e na mesma ordem: Maria Terezinha Avancini, Terezinha Cavenaghi, Diva Clemente, Terezinha Pupo Cintra e Maria Aparecida Barretto. (Esta foto pertence ao acervo de minha irmã – Maria Lúcia da Cunha Fraga Costa)

Cônego Henrique – Cidadão Emérito

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Cônego Henrique – Cidadão Emérito
Na Sessão Solene da Câmara Municipal de Itapira, realizada em 1979 no salão de festa do Centro Comércio e Indústria – presidida pelo vereador José Ludovino Andrade – foi outorgado o honroso e merecido título de CIDADÃO EMÉRITO ao Cônego Henrique de Moraes Mattos, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade Itapirense.
Padre Henrique, como era carinhosamente chamado pela população local, era um sacerdote íntegro, inteligente, prestativo e muito estimado em nossa cidade, pois sabia muito bem cativar seus paroquianos, orientando-os quando necessário dentro dos ensinamentos cristãos.
Nasceu em 3 de maio de 1905 na cidade de Piracicaba, filho do casal Alcebíades Monteiro de Mattos e de dona Benvinda de Moraes Mattos.
Em 03 de dezembro de 1934, com 29 anos de idade, foi designado Pároco da igreja Matriz de N. S. Penha, onde permaneceu até 1982, quando faleceu, deixando uma imensa lacuna no seio da população.
Padre Henrique foi o grande responsável pela construção da nova Igreja Matriz de N. S. da Penha, que ocupou o lugar da anterior que se achava muito desgastada pela ação do tempo, cuja demolição teve início em 1955. A nova Matriz só ficou pronta em 1967 – doze anos após o início das obras, tendo sempre à frente o estimado sarcedote.
Padre Henrique também foi um assíduo colaborador do jornal “Cidade de Itapira”, sendo seus escritos muito apreciados pelos leitores, porque versavam sobre assuntos de grande alcance social. Todos os artigos eram assinados com o pseudônimo – Euzebius Ignotus.
No que se refere à parte histórica de Itapira, dirimia com muita propriedade as dúvidas sobre as datas e acontecimentos importantes, desde os primórdios da velha Penha do Rio do Peixe.
Poucos itapirenses sabem que Padre Henrique deixou também por escrito um interessante trabalho, no qual catalogou 52 capelas existentes no município, quase todas erigidas na zona rural (fazendas) descrevendo minuciosamente o local de cada uma delas, destacando o nome de santo padroeiro, o estado de conservação e as mais bonitas.
É realmente um trabalho digno de ser mostrado através de uma publicação “ipsis litiris”, para fazer parte integrante do Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, onde já existe um rico acervo da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha.

          Momento em que o homenageado agradecia às autoridades e ao povo de Itapira a láurea que lhe fora outorgada.

            A nave da matriz expõe a placa de bronze.

             Lápide do túmulo na cripta da igreja.

Escola particular - 1942

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Plínio Magalhães da Cunha
Escola Particitar - 1942
Alunos da Escola Particular Nossa Senhora da Penha – preparatório para o ginásio nos idos de 1942, dirigida pela emérita professora Diva Magalhães Raymonti, mestre que soube dar o melhor de si em prol do ensino em nossa cidade. Também lecionou por mais de três décadas no Grupo Escolar “Dr. Júlio Mesquita”.

Na foto, dona Diva, como era carinhosamente chamada, ladeada pelas alunas do curso preparatório. Na primeira fila, da esquerda para a direita: Yolanda Roque, Diva Clemente, Leila Ferreira Alves, Renée Azevedo, Therezinha Pupo Cintra, Eunice Ferraz de Campos, Diva Queluz e Gilda Ulhoa Cintra Pereira.
Na segunda fila, da esquerda para a direita: Terezinha Bonatelli Pinto, Ordália Stolf, Conceição Lorene Guinezi, Sophia Sarkis, Ruth Crosgnac, Maria Aparecida dos Reis, Ruth Gomes Pereira, Hilda Westin Cerqueira Leite, Gilza de Ulhoa Cintra Pereira e uma aluna que não conseguimos identificar.

Outro grupo de alunos ladeando dona Diva, disposto na seguinte ordem, a partir da esquerda para a direita: SENTADOS – José Carlos Serra; Gilberto (Leto) Pereira Job; José Rocha Clemente; Fausto Finasi e Mariowaldo Avancini. EM PÉ, na mesma ordem (segunda fila): José Guerreiro; José Trani; Ulises Monezzi; Sebastião Breda; João Batista Risolla; José B. Alvarenga; José Ferreira Alves; Wilson Ricciluca; Weimar M. Moraes; Leone Torres; Firmino Gonçalves (Formiga); Paulo Almeida Serra; Paulo Fernandes: ?; Ranzatto e Marthos Fernandes. Na terceira fila: ?; Francisco (Anquinho) Siqueira; J. Avancini; Hortêncio Breda; Benedito Soares; Antônio Soares; Quinú; José Miguel Bittar e Euclides Avancini.

Escolas Particulares

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Plínio Magalhães da Cunha

 
Escolas Particulares
Itapira sempre contou com enumeras escolas particulares, algumas delas, antes mesmo de nossa cidade ser dotada do centenário e querido Grupo escolar “dr. Júlio Mesquita”.
Dentre as mais antigas – as que me recordo – a do professor Miguel Cardim, da professora dona Bena de Souza Ferreira, da professora dona Maria Luiza Vieira, das professoras dona Diva Magalhães Raymonti, dona Iracema Costa Martinez (dona Zita), dona Clarice Aguiar, e tantas outras que também prestaram relevantes serviços a Itapira na importante área educacional.
A foto acima mostra uma classe mista da professora dona Clarice Aguiar, que aparece bem ao centro, contornada por uma plêiade de alunos posando para a posteridade.
Foi-me impossível identificar todos, mas para facilitar nossos leitores, irei numerar alguns que foram reconhecidos: na primeira fila (sentados no chão) 3 – Paulo Guerra; 7 – Décio Queluz. Na segunda fila: 1 – Maria Terezinha Avancini; 2 – Suzana Rodrigues da Silva; 5 – Madalena Rodrigues da Silva e a professora dona Clarice Aguiar. Na terceira fila: 4 – José Walfredo Riboldi; 6 – Benedito Passarella e 7 – Jair Amaral. Na quarta fila (em pé): 5 – Maria de Lourdes Rocha Oliveira; 6 – Maria Ondina Marella; 7 – Maria Clara Serra.
Nota: Soube que nesta foto também estão os alunos: Dolly Modonezzi; Claudete Avancini e Ayrton Rogatto – que não foram identificados. Quanto aos demais poderão ser reconhecidos pelos leitores.

Itapira Reverencia São Benedito

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Plínio Magalhães da Cunha

Itapira Reverencia São Benedito
Logo no início do mês de maio começa a tradicional e sempre esperada festa em louvor ao Santo Padroeiro – SÃO BENEDITO, popularmente conhecida em Itapira e região, como a “Festa do 13”.
Essa comemoração religiosa e folclórica acontece também em quase todas cidades brasileiras, mudando apenas o calendário, e muitas vezes, o santo padroeiro.como por exemplo, citamos: festa de São Sebastião em Lindóia (no mês de janeiro); festa de N. Sra. do Rosário em Serra Negra (no mês de outubro); festa de N. Sra. do Belém em Itatiba (mês de setembro), e assim por diante. Mas as dedicadas a N. Sra. do Rosário e a São Benedito, constituem uma denominação comum na maioria das cidades brasileiras.
Na parte folclórica, Itapira também apresenta a famosa Congada (veja fotos obtidas em 1961), cujos componentes levam os mais variados instrumentos que emitem sons característicos, fazendo um belo conjunto harmonioso, dando ênfase ao aspecto guerreiro, representando as lutas entre mouros e cristãos, como também teatralizam as lutas entre um Rei Congo e uma Rainha Ginga.
Em todas essas configurações os congadeiros mostram através de bailados de espadas e bastões, entremeados de diálogos e coros, seqüências que recebem o nome de “Embaixada”.
Em geral, as festas de caráter religioso, subordinadas a um calendário rígido – como a de Itapira – traduzem uma motivação interna que leva o nosso grupo de dança a se apresentar reverenciando o Santo Padroeiro, o qual seja – São Benedito, cuja efígie está estampada na bandeira.



As fotos mostram a apresentação da Congada de Itapira na tradicional festa em louvor a São Benedito, no dia 13 de maio de 1961. Nessas fotos, vê-se os congadeiros portando seus instrumentos: bumbo, pandeiro, adufo, caixeta, caixa, rabeca, sanfona e violão.
Nota-se ainda as crianças que também desempenham papel de transcendental importância na transmissão do folguedo.

Escola Particular de dona Zita

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Plínio Magalhães de Cunha

Escola Particular de dona Zita
Quem não se lembra (os mais velhos, é claro, pois a foto é de 1935), da Escola Particular de dona Zita – professora Iracema Costa Martinez – ali na Rua João de Moraes, numa antiga casa que deu lugar à residência do Sr. José Serra.
Dona Zita, como era carinhosamente chamada, fora casada com o estimado PM, o soldado Sr. Félix Martinez.
Era quituteira de mão cheia, sendo famosos seus bolos e doces. Também confeccionava aqueles cartuchos em cartolina e papel crepom, muito enfeitados e coloridos, trazendo em seu bojo os famosos docinhos caseiros, que faziam a alegria da criançada da época, ou então, leiloados nas festas beneficentes da Matriz de N.S. da Penha, servindo de leiloeiro o saudoso Sr. Raul Arruda (pai do também saudoso dr. Murilo Arruda).
Suas balas de ovos eram sensacionais, sem rival!
Como professora, dona Zita era paciente, mas enérgica, mantendo numa sala de sua residência a sua escola, freqüentada por centenas de alunos ali matriculados no ensino primário (do 1º ao 4º ano).
A foto em tela me foi fornecida pelo saudoso professor Dib Jauhar, retratada por volta de 1937. Mostra uma das classes – durante o recreio – no quintal da casa de dona Zita, onde se vê todos os alunos comportados e de braços cruzados posando para o fotógrafo da época.
Muitos alunos, infelizmente, não conseguimos identificar.
Começando pela primeira fila, em pé, da esquerda para a direita: o Manoel Marques (Zito do Bar); Sebastião; Luchetti; José Carlos da Cunha Rocha; a professora dona Zita; Cruz; o Flávio Barretta; Aristides e mais dois alunos não identificados.
Na segunda fila (fila do meio), na mesma ordem e sentados no banco: José Ferreira Alves; Luís; Vilma; Divina; Maria de Lurdes (viúva do professor Ivalte Fernandes); Anésia; Fausto: Dib Jauhar; Piva e Barreta.
Na terceira fila (sentados no chão) – Mauro; Mercedes; Elza; Abigail; Ivone Simões (de óculos); José Boretti e mais um menino não identificado.

Museu Histórico Com. Virgolino de Oliveira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Museu Histórico Com. Virgolino de Oliveira

Breve Histórico
Criado por decreto estadual nº15, de 02 publicado no DOE de 03 de fevereiro de 1972, foi inaugurado o Museu Histórico e Pedagógico em 24 de outubro do mesmo ano, em regozijo à data do aniversário da cidade; graças ao empenho do prefeito Hélio Pegorari.
Implantado pelo museólogo e seu primeiro diretor Plínio Magalhães da Cunha, coadjuvado pela técnica de museus, Maria Carmelita La Farina da Cunha, ambos funcionários designados pelo Governo do Estado para iniciarem a difícil tarefa, o que foi feito numa casa locada pela Prefeitura Municipal, situada na confluência das ruas João de Moraes e XV de novembro, ao lado de prédio ocupado pela Câmara Municipal.
Naquela casa, o museu foi tomando corpo, recebendo as peças doadas pela população itapirense, que soube muito bem valorizar e aplaudir a formação daquele importante Instituto Cultural de nossa terra.

Novo Prédio
No dia 21 de abril de 1974, feriado nacional, com a presença de um numeroso público, de autoridades constituídas e de familiares do patrono daquele órgão, o Prefeito Alcides de Oliveira procedeu à solenidade de entrega do novo prédio do Museu Histórico, localizado bem no centro do Parque Juca Mulato, onde funcionou por muito tempo, o Serviço de Abastecimento de Água do Município, que após receber uma reforma substancial, alojou o importante órgão cultural de Itapira, onde atualmente continua cumprindo condignamente suas finalidades precípuas.
A partir de 18 de abril de 2001, por decreto governamental, toda a rede de Museus Históricos e Pedagógicos do interior do Estado de São Paulo – constituída de 56 museus – foi municipalizada, inclusive o de Itapira.

Descerramento da fita inaugural do novo prédio do Museu, feito por dona Carmen Ruete de Oliveira, esposa do patrono “Comendador Virgolino de Oliveira”, pelo Secretário da Cultura do Estado Pedro de Magalhães Padilha, que também representou o governador Laudo Natel, vendo-se mais atrás, o vice presidente da Assembléia Legislativa, deputado Mantelli Netto; Desembargador Márcio Martins Ferreira, Prefeito Alcides de Oliveira e o presidente da Câmara de Itapira, vereador Antônio Celidonio Ruete.