quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um Anúncio – 1923

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
Um Anúncio – 1923
Quando pesquisava alguns jornais do ”Cidade de Itapira” no Museu Histórico, referentes ao ano de 1923, qual não foi minha surpresa ao deparar com anúncios de uma Clinica Médico – Cirúrgica, que me deixou bastante curioso, pois eu ainda não era nascido. Esse anúncio traz o nome de dois médicos recém formados em 1922 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, que por serem colegas e muito amigos, resolveram exercer a nobre profissão em Itapira.
Trata-se dos drs. Dante Pazzanese e João Pereira da Cunha (o dr. Cunha), meu saudoso pai.
Após quatro anos de clínica, o dr. Dante Pazzanese deixou nossa terra para instalar outra clínica similar em São Paulo, tendo, inclusive, insistido com o dr. Cunha para trabalharem juntos na Capital Paulista. Esse convite não vingou por razões óbvias, porque o dr. Cunha optou para continuar exercendo a medicina em sua terra natal, sua querida Itapira.
Instalou seu consultório e residência numa casa da rua João de Moraes nº 04 (atualmente 331) onde viveu por toda sua vida com seus familiares, exercendo ali de forma ininterrupta os 50 anos de clínica médica, sempre à disposição de seus amigos, clientes e da Santa Casa de Misericórdia.
O dr. João Pereira da Cunha foi homenageado emprestando o seu nome ao PPA – Central sito á rua Bentico Pereira, e também a uma rua no bairro denominado Penha do Rio do Peixe.

Solenidade Cívica

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Solenidade Cívica
A 19 de novembro de 1975 – DIA DA BANDEIRA – houve solenidade na Praça Bernardino de Campos, no monumento à bandeira, ali erigido pelo Rotary Club local.
Após os hasteamentos das bandeiras do Brasil, de São Paulo e de Itapira, pelo juiz de direito da comarca, dr. Júlio dos Santos, pelo prefeito municipal Alcides de Oliveira e por José Grossi, presidente do Sindicato dos Papeleiros de Itapira, ocupou a tribuna o vereador João Moisés Andare, que em nome da Câmara Municipal, tendo ao seu lado o vereador José Ludovino Andrade, falou sobre o importante evento cívico.
Ainda entre os presentes, nota-se na foto, da esquerda para a direita: vereadores César Bianchi; Manoel (Neco) de Freitas Filho; diretor do Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, Plínio Magalhães da Cunha; tenente Onofre Mangini Marques; vereador José Guilherme da Rocha franco e Antonio Carlos Risola.
Para recordar:
SALVE LINDO PENDÃO DA ESPERANÇA!
SALVE, SÍMBOLO AUGUSTO DA PAZ
TUA NOBRE PRESENÇA, À LEMBRANÇA
A GRANDEZA DAPÁTRIA NOS TRAZ...
Esta é a primeira estrofe do nosso hino à Bandeira, escrito por Olavo Bilac, e música do maestro Francisco Braga.

Uma visita ilustre - 1987

- TEMPOS SAUDOSOS -

Plínio Magalhães de Cunha

 

Uma visita ilustre - 1987
Quando da auspiciosa visita em 1987, da deputada federal e Secretária da Cultura do Estado de São Paulo, Bete Mendes, ao Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, aquela autoridade percorreu com o mais vivo interesse, todos os salões das exposições permanentes do acervo histórico daquele Instituto Cultural de nossa terra.
Na foto em tela, vê-se Bete Mendes questionando o diretor e implantador do Museu, Plínio Magalhães da Cunha, sobre o funcionamento de uma das peças ali exposta, a qual seja, uma antiga impressora manual, de procedência alemã, com mais de cem anos de existência.
Mais ao fundo, nota-se um antigo aparelho de raio-x, o primeiro a ser usado em Itapira, e que pertenceu ao saudoso dentista itapirense, dr. Donizette Moraes.
Durante quase nove anos, Bete Mendes interrompeu a sua vitoriosa carreira artística para se dedicar à política. Por duas vezes foi eleita deputada federal e também ocupou o alto cargo de Secretária da Cultura do Estado de São Paulo, quando aquela importante pasta cultural experimentou um desenvolvimento formidável durante sua gestão.
Atualmente Bete Mendes voltou às suas atividades artísticas, participando de novelas da TV Globo.

Nossa Velha Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Nossa Velha Itapira
Aspecto da Rua Comendador João Cintra nos idos de 1915. Esta foto foi obtida da altura do antigo palacete do sr. Domingos Anastácio, defronte aos fundos da residência do médico dr. Norberto da Fonseca, avô do nosso amigo Luiz Antônio da Fonseca, o popular Toy da Rádio Clube. Do lado esquerdo dessa rua histórica, bem na esquina da Rua da Estação, hoje José Bonifácio, vê-se o prédio da Farmácia Ítalo-Brasileira, posteriormente Farmácia Brasileira, que pertenceu ao médico e farmacêutico dr. Aquiles Galdi, de saudosa memória. Essa farmácia, mais tarde também pertenceu aos farmacêuticos Guerino Franchi e por ultimo a Francisco Galdi, irmão do dr. Achiles. Nota-se logo abaixo, no cruzamento das ruas Comendador João Cintra com José Bonifácio, bem na esquina do lado esquerdo de quem desce, o antigo sobradão de dois andares que pertenceu ao comerciante João Baptista Rossi, e na esquina fronteiriça, um outro terreno apenas murado, que mais tarde deu lugar ao prédio de dois andares, ocupado por muitos anos pelo Banco Comercial do Estado de São Paulo, que após também ser demolido, lá funciona atualmente a agência do Itaú.
Bem no alto dessa foto, aparece ao longe a centenária igreja construída em louvor a São Benedito, em cujo adro até hoje é realizada uma festa religiosa e folclórica mais tradicional de Itapira e região, a qual seja, a famosa “Festa do treze” que continua acolhendo um numeroso público durante os treze primeiros dias do mês de maio.

A Velha e Pacata Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

A Velha e Pacata Itapira
Vista geral da Praça de Esportes nos idos de 1920, existente ao lado do Parque Municipal João Pessoa, hoje Juca Mulato. Em primeiro plano aparecem a quadra de tênis e quatro disputantes daquele esporte, sendo que, os dois à esquerda da foto, foram identificados como sendo o advogado dr. Mário da Fonseca, e, mais ao fundo, de chapéu, o seu irmão, o médico dr. Norberto da Fonseca, pai do saudoso Luiz Norberto da Fonseca, ex-diretor da Rádio Clube local.
Mais à esquerda, em pé de terno e chapéu, o empresário, esportista e habilidoso político itapirense, Coronel Francisco Vieira.
Em segundo plano, eis o campo de futebol do Sport Clube Itapirense, com a arquibancada coberta destinada ao público que lotava aquela dependência, principalmente aos domingos e dias festivos, a fim de assistir às competições futebolísticas.
Bem ao fundo do campo de futebol, cercado por altos muros, vê-se o prédio da Cadeia, construído em 1909, onde funciona atualmente a Casa da Cultura João Torrecillas Filho. Na parte térrea desse prédio estavam localizados a carceragem, o alojamento dos soldados e as celas. Na parte superior, funcionava o Fórum de Itapira, com o seu amplo salão de júri.

IEESO Comanda o Desfile

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

IEESO Comanda o Desfile
Fanfarra do Instituto de Educação Elvira Santos de Oliveira em 1960, desfilando no dia 24 de outubro, quando Itapira completava 140 anos de fundação.   
Na foto – obtida da rua José Bonifácio e começo da Praça Bernardino de Campos – vê-se os garbosos componentes marchando sob a cadência dos seus instrumentos, quando cada um dos jovens ginasianos executava o som característico do surdo, da caixa, de repique do bombo, dos estridentes clarins, dos pífaros, da corneta que puxava os dobrados, da tuba, etc... era uma alegria contagiante.
Dentre alguns participantes dessa fanfarra muito bem ensaiada, conseguimos identificar apenas alguns ex-alunos, como José Roberto Menezes (Betô); Anibal Victor dos Santos (Nibinha); Edson de Freitas; Fernando Tonini; Natálio Bianchesi; Chico Frassetto e Edson Brasil Boretti.
Os demais integrantes poderão ser reconhecidos pelo caro leitor, ou mesmo pelo próprio ex-aluno.