segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Alfaiataria Portuguesa - Rua José Bonifácio.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Alfaiataria Portuguesa, que estava situada à Rua José Bonifácio (antiga Rua da Estação), por volta de 1920.
Em pé, defronte sua mesa de trabalho, está o proprietário do estabelecimento, onde aplicava sua arte e habilidade para cortar o tecido, a fim de confeccionar com esmero os ternos e outros vestuários da época.
Sentados às máquinas de costura, vê-se dois auxiliares. Aquele que aparece em primeiro plano da foto, é o conhecido e saudoso profissional da tesoura, o itapirense Izaltino Pereira, o Tininho, como era carinhosamente chamado. Esse alfaiate também manteve, mais tarde, por muitos anos, sua própria alfaiataria, no mesmo prédio onde era sua residência, ao lado da casa de calçados “Diva”, na Rua José Bonifácio.
Nessa época, existiam em Itapira outros profissionais do ramo, dentre eles, citamos o historiador e músico João Torrecillas Filho, que hoje empresta o seu nome à Casa de Cultura; Benedito Amâncio de Camargo, o saudoso Lico Amâncio, proprietário da Lider da Praça; o alfaiate Gino Brunialti, com sua alfaiataria onde hoje funciona a loja Secolin & Sartorelli – pertencente aos exímios alfaiates, craques na tesoura, o Sartorelli e Secolin.
Hoje, esse ramo de comércio está quase que praticamente extinto, pois as roupas em geral são confeccionadas em fábricas, a fim de serem comercializadas ao público, o que é uma pena.

Salão de Barbeiro do sr. Almintare Gilberti.

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Plínio Magalhães da Cunha

Salão de barbeiro pertencente ao sr. Almintare Gilberti, instalado na antiga rua da Estação, hoje José Bonifácio, por volta de 1920. Esse salão era um dos melhores e mais bem montados da cidade.
As duas cadeiras eram estofadas em couro, a fim de oferecer um melhor visual e conforto à sua exigente clientela.
Nessa época existiam apenas dois salões no centro da cidade; o da foto em tela e outro do sr. Amadeu Bucci.
O leitor poderá notar à frente, ao lado de uma das cadeiras, o proprietário do salão, Almintare Gilberti, e, mais atrás, o seu auxiliar.
Os armários que guarneciam o ambiente eram impecáveis e luxuosos, adornados de espelhos de cristal com acabamentos em mármore, inclusive o da pia, cuja torneira era niquelada.
Nas prateleiras dos armários, estavam bem visíveis aos clientes, vidros de loções, sabonetes, perfumes e outros artigos inerentes ao ramo de barbearia.
Nota-se ainda, chamando a atenção por causa do seu tamanho, uma lâmpada incandescente, e, ao seu lado, um lampião a querosene preso ao teto por correntes, pronto para ser usado na falta de energia elétrica.
Nota: à guisa de curiosidade, informamos que, a luz elétrica pública em Itapira foi inaugurada em 14 de maio de 1905, com muita festa, precisamente às 18:30 horas, contando com a presença das autoridades locais, de convidados especiais e do público que também prestigiou o evento.

Casa de Calçados do sr. Agnello Della Mura.

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Plínio Magalhães da Cunha

Casa de calçados do Sr. Agnello Della Mura, situada à Rua José Bonifácio por volta de 1920.
Na foto, o proprietário daquele estabelecimento comercial e sua esposa, dona Angela  Anastácio Della Mura. Nota-se ainda os armários bem cuidados, contendo os mostruários dos calçados.
Na parede, vê-se um relógio cujo mostrador apresenta os números das horas em algarismo romano. Para iluminar o ambiente, presa ao teto por um fio pendente, nota-se uma lâmpada incandescente, que naquela época era de um tamanho avantajado.
À esquerda, uma entrada para a oficina de consertos e confecções de calçados.
O casal Agnello Della Mura era avós do nosso amigo e conceituado advogado Nelson de Queluz, filho dos saudosos itapirenses Francisco Octaviano de Queluz e de dona Argentina Della Mura Queluz.

Mercado Municipal

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Plínio Magalhães da Cunha

Mercado Municipal construído no início do século passado, na confluência das ruas Bento da Rocha e Campos Sales.
Esse próprio municipal funcionou de forma acanhada, apesar dos reclamos da população itapirense, que ali , aos domingos, fazia compras para suprir suas residências. O local também servia de ponto de encontro para sitiantes, comerciantes e moradores da cidade, como se pode observar pela foto obtida em 1920, vendo-se a Rua Bento da Rocha tomada pelo público.
Hoje, o prédio possui dois andares, sofreu modificações, e continua servindo a população no mesmo local.

Inauguração do Parque Municipal - 23 de dezembro de 1902.

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Plínio Magalhães da Cunha

Inauguração do Parque Municipal – 23/12/1902

Quando foi intendente (hoje prefeito) Jacintho Franklin Alvarenga da Cunha, terceiro prefeito de Itapira de 1902 a 1905, a nossa cidade experimentou naquela época um progresso fantástico. Durante a sua gestão, Franklin da Cunha apoiado por um grupo de políticos influentes, inclusive por Alfredo de Azevedo, seu particular amigo (e irmão do famoso engenheiro Ramos de Azevedo, cuja estátua se acha localizada em São Paulo, na Avenida Paulista, defronte ao Trianon e do Parque Avenida), conseguiu trazer inúmeros benefícios e melhoramentos para o nosso município. Durante sua profícua administração instalou na cidade as primeiras guias e sarjetas, mandou construir a represa na Ponte Nova para ali funcionar o Usina Hidroelétrica de Itapira. No último ano de sua gestão, inaugurou a 14 de maio de 1905, a iluminação pública das ruas da cidade, cujo evento foi bastante festejado. Determinou a construção do Parque Municipal, cuja inauguração se deu a 23 de dezembro de 1902 (foto acima), um dos pontos turísticos mais apreciados da região, dos itapirenses e de todos aqueles que visitam Itapira.
Interessante notar ainda que, o ano da inauguração estava inscrito em plantas ornamentais num canteiro central, e logo acima uma placa com os dizeres: “a guarda deste jardim está afeta ao público”. Mandou abrir a Avenida dos Birís, e implantou no alto da colina o Cruzeiro – na passagem do século, em 1902, representando o símbolo da fé.
Fez realizar em Itapira a 03 de maio de 1903, a primeira Festa da Árvore (a primeira do Estado de São Paulo foi na cidade de Araras e a segunda em Pirassununga).
Para essa festividade trouxe a Itapira o poeta Coelho Neto (que assinou a ata do evento), plantando ao lado do grupo escolar Dr. Júlio de Mesquita uma árvore símbolo – o pau Brasil.
O prefeito Franklin da Cunha plantou dentro do Parque Municipal aquela espécime centenária, (grevillea robustas) que está como uma sentinela avançada no início da Avenida dos Birís, ao lado do Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, um instituto cultural de nossa terra, implantado pelo seu neto – Plínio Magalhães da Cunha, inaugurado em 21 de abril de 1974.

Cine Paratodos.

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Plínio Magalhães da Cunha

Cine Paratodos com sua platéia literalmente tomada pelo público, a fim de assistir ao filme “A Marca do Zorro”, exibido a 25 de março de 1927 – há 79 anos – pela então empresa cinematográfica Pereira & Cia. Essa empresa passou mais tarde a pertencer a Lopes & Moraes.
Na parte lateral da platéia, do lado direito, pode-se notar anúncios de outros filmes que seriam exibidos em outras oportunidades.
Atrás, bem no alto, nota-se a cabina de projeção e a arquibancada, que na época era chamada de “poleiro”, local em que as entradas eram bem mais baratas. Logo abaixo do “poleiro”, situavam-se os reservados para as autoridades e à imprensa.
Nessa foto conseguimos identificar dois meninos: do lado esquerdo de quem olha para a platéia, numa das cadeiras da frente, de boné e terno branco, o saudoso Luiz Norberto da Fonseca (ex-proprietário do prédio em que hoje funciona a farmácia 24 hora)
Do lado direito, vestindo uma roupa de marinheiro, de boné escuro, o garoto Carlos Eduardo Magalhães de Ornellas, o querido professor Carlito Ornellas, também de saudosa memória. Na terceira fileira, do lado esquerdo, bem no centro, usando um chapéu preto, o conhecido e estimado estafeta do correio local, Benedito Vieira, chamado carinhosamente de Dito Carteiro.
Bons tempos aqueles, quando o cinema era uma boa opção de divertimento e de lazer mas, atualmente, com o surgimento da TV, do vídeo e da Internet já está fora de moda, o que é uma pena.

Bairro do Cubatão - idos de 1920.

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Plínio Magalães da Cunha

Bairro do Cubatão nos idos de 1902, retratado da Avenida dos Biris, no Parque Municipal, no ano de sua inauguração.
Nessa foto, pode-se contar o pequeno número de casas ali construídas, além do caminho para alcançar o alto do Morro Macumbê. Mais ao fundo, divisamos um ramo da Cordilheira da Mantiqueira – notando-se o Pelado, em Monte Sião; o morro da Forquilha, logo na entrada de Jacutinga, ambas cidades pertencentes ao sul do Estado de Minas Gerais.
Mais abaixo, na foto, aparece um dos meandros do Ribeirão da Penha, que atualmente ainda abastece com suas águas a nossa Itapira, desde sua fundação em 1820.
Interessante ainda notar um caminho a partir do pequeno núcleo de casas, que era percorrido pelos pedestres que se dirigiam à cidade, ou, vice-versa, atravessando a famosa pinguela que unia as duas margens do ribeirão. Essa pinguela também servia de trampolim àqueles que arriscavam mergulhar de uma altura aproximada de 4 metros, principalmente durante as cheias, para praticar uma natação perigosa.
Nessa época o Ribeirão da Penha era muito piscoso, alegrando os pescadores que conseguiam fisgar o dourado, curimbatá, piracanjuba, chapara, bagre, mandi e outras espécies atualmente desaparecidas de suas águas poluídas, o que é uma pena.

Bilhete nº38.661 - Banco do Brasil

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Plínio Magalhães da Cunha

Foto de funcionários da agência local do Banco do Brasil, focalizando os premiados com o bilhete de loteria de Natal. A extração foi feita no dia 23 de dezembro de 1969, a trinta e seta anos atrás, premiando o bilhete número 38.661 (Leão).
As três séries desse bilhete saíram para Itapira, o que motivou grande divulgação através dos principais jornais de São Paulo, inclusive revistas – “O Cruzeiro”, “Manchete”, e como não poderia deixar de ser, pelos jornais regionais e locais.
Cada série ficou assim dividida entre os ganhadores: a série A, coube totalmente ao itapirense Renê Eugênio, que abiscoitou a vultosa importância de NCr$2.500.000.000,00 (dois bilhões e quinhentos milhões de cruzeiros novos). A série B, coube a José Arthur Miranda, e ao Lambais, que receberam NCr$1.500.000.000,00 e Ncr$1.000.000.000,00 respectivamente.
A série C, foi distribuída aos funcionários do Banco do Brasil, foto acima vendo-se da esquerda para a direita: Aldo Piva Filho; José Bernardi Sobrinho; Olívio Stevanato; Renê Eugênio (muito embora não fosse funcionário do banco, foi o ganhador de uma das séries do bilhete); Guilherme Anacleto de Ulhôa Pereira; Nelson Casale de Arruda; Nelson Atala; Carlos Bueno de Oliveira (atrás do Atala); Antônio Carlos Icassati; Waldemar Schimidt (ganhador da maior parte do bilhete); Célio de Freitas; Antônio Rezende (Teléco); Sérgio Wolf; Rancey Rendondano e Hélio Rubens de Camargo Pacheco. Cada série do bilhete custou Ncr$276,00, segundo dados fornecidos por um dos sortudos, o nosso amigo Aldo Piva Filho.

Escola Particular de dona Zita - foto de 1935

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Plínio Magalhães da Cunha

Quem não se lembra (os mais velhos, é claro, pois a foto é de 1935), da Escola Particular de dona Zita – professora Iracema Costa Martinez – ali na Rua João de Moraes, numa antiga casa, que deu lugar à residência do Sr. José Serra.
Dona Zita, como era carinhosamente chamada, fora casada com o estimado PM, o soldado Sr. Félix.
Era quituteira de mão cheia, sendo famosos seus bolos e doces. Também confeccionava aqueles cartuchos, em cartolina e papel crepom, muito enfeitados e coloridos, trazendo em seu bojo os famosos docinhos caseiros, que faziam a alegria da criançada da época, ou então, leiloados nas festas beneficentes da Matriz de N.S. da Penha, servindo de leiloeiro o saudoso Raul Arruda (pai do dr. Murilo Arruda).
Suas balas de ovos eram sensacionais, sem rival.
Como professora, dona Zita era paciente, mas enérgica, mantendo numa sala de sua residência uma escola, freqüentada por centenas de alunos ali matriculados no ensino primário (do 1º ao 4º ano).
A foto em tela nos foi fornecida pelo saudoso professor Dib Jauhar, retratada por volta de 1937. Mostra uma das classes – durante o recreio – no quintal da casa de dona Zita, onde se vê todos os alunos comportados e de braços cruzados, posando para o fotógrafo da época.
Muitos alunos, infelizmente, não conseguimos identificar.
Começando pela primeira fila, em pé, da esquerda para a direita: o Manoel Marques (Zito do Bar); Sebastião; Luchetti; José Carlos da Cunha Rocha; a professora dona Zita; Cruz; o Flávio Barretta; Aristides e mais dois alunos não identificados.
Na segunda fila (fila do meio), na mesma ordem e sentados no banco: José Ferreira Alves; Luís; Vilma; Divina; Maria de Lurdes (viúva do professor Ivalte Fernandes); Anésia; Fausto: Dib Jauhar; Piva e Barreta.
Na terceira fila (sentados no chão) – Mauro; Mercedes; Elza; Abigail; Ivone Simões (de óculos); Zé Boretti e mais um menino não identificado.
Era o tempo de outras escolas particulares, como a de dona Diva Magalhães Raymonti, de dona Luiza Vieira; dona Clarice Aguiar; de dona Bena e de tantas outras educadoras pioneiras do ensino particular em Itapira, às quais rendemos nossas carinhosas e justas homenagens

Hotel Sartini

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Plínio Magalhães da Cunha

Na foto acima, o prédio onde estava instalado em 1920, um dos primeiros hotéis de Itapira, o conhecido Hotel Sartini. À frente de um grupo de clientes, vê-se o seu proprietário, o hoteleiro Adagamus Sartini, homem inteligente, culto e respeitado, que possuía um grande círculo de amizade, não só em nossa cidade, mas também na região. Sartini falava fluentemente diversas línguas, dentre elas o italiano, francês, inglês e espanhol, haja visto que, na parede do refeitório, bem destacado, lia-se: “Aqui falamos todas as línguas”.
Ao lado do prédio, vê-se um automóvel Ford “bigode”, com o motorista e a direção do lado direito. Este carro era bem cuidado e trazia escrito em seu parabrisa “HOTEL SARTINI”. Era usado pelos seus inúmeros clientes – na maioria viajantes – que chegavam a Itapira através do trem da mogiana, desembarcando na Estação da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, ali no Largo da Estação, de onde eram transportados para se hospedar naquele hotel.
Esse prédio foi construído no início do século passado, e serviu muitos anos de residência do fazendeiro Bento Ignácio de Oliveira Cunha, primeiro Intendente (Prefeito) de Itapira em 1892.
O casarão da rua Francisco Glicério, depois de alojar também o Hotel Sartini, foi totalmente demolido, dando lugar a um estacionamento para automóveis.

Alunas do Ginásio do Estado - por volta de 1947.

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Plínio Magalhães da Cunha

Na foto, um grupo de alunas da quarta série do Ginásio do Estado, nos idos de 1947.
Essas garotas, alegres e felizes como se pode ver no semblante da cada uma delas, hoje são senhoras estimadas e respeitadas no seio da sociedade itapirense, recordando com saudade os bons tempos de ginasianas, quando tudo era encantamento.
A todas elas, o respeitoso abraço deste colunista do TRIBUNA, que também participou da primeira escola de ensino secundário de Itapira, o nosso relembrado Ginásio do Estado, ainda hoje cantado em prosa e verso.
São elas: em pé, da esquerda para a direita – Gilza Ulhoa Cintra Pereira; Ana Aurora Pereira da Silva; Sílvia Pereira da Silva; Nara Rovaris e Diva Queluz.
À frente, sentadas e na mesma ordem: Antonieta Menuzo; Ruth Crosghac e Rute Pereira Ferreira Job.

Alunos do Ginásio do Estado

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Plínio Magalhães da Cunha

Bons tempos aqueles quando a juventude itapirense freqüentava o nosso sempre querido e lembrado Ginásio do Estado, instalado inicialmente em 1940 no prédio onde hoje funciona a Prefeitura Municipal. Ali, comparecíamos ciosos de nossos deveres e obrigações, em busca do saber, para que, num futuro ditoso, enfrentássemos com maior facilidade, outra escola importante, a escola da vida.
Lembro-me  como se fosse hoje do primeiro dia de aula. Tudo era novidade! tudo era uma alegria contagiante, sadia e responsável
Na foto, eis um grupo de ginasianos durante um intervalo das aulas posando para o fotografo, com os uniformes bem cuidados: túnica e calça de brim caqui; cinturão em couro com fivela dourada; camisa branca; gravata, meias e sapatos preto.
A alegria era contagiante!
Na primeira fila – da esquerda para a direita: Francisco de Souza Ferreira; José Guerreiro e Ruy Crosngac. Na segunda fila: Ivan Galvão de França; Luiz Hermínio Simões Galdi e Walter Franco Bueno. Mais atrás, na terceira fila: Aluisio Telles Franco; Paulo de Almeida Serra; Flávio Barretta e Francisco Sidney Thomaz de Aquino.

31 de março de 1933 - Festa de Aniversário

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Plínio Magalhães da Cunha

Na festa do aniversário natalício do garoto José Carlos da Cunha Rocha, acontecida a 31 de março de 1933, após o “parabéns a você” cantado pelos presentes, no corte do tradicional bolo regado com limonada, refresco de groselha, refrigerantes e outras guloseimas, os convidados “tiraram retrato” no quintal da casa do anfitrião para a posteridade. Na foto (Santiago), não faltou nem a Tica, uma cadelinha de estimação do anfitrião, que também fez a sua pose.
Da esquerda para a direita, eis a petizada: Plínio Magalhães da Cunha; José Serra Neto (Zinho); Ipê Artur Ferreira Alves; José Carlos (o aniversariante); Artur Pereira; Antônio de Almeida Serra e Ainee Pereira.
Sentadas, quatro garotas, das quais, infelizmente, só pude identificar minha irmã – Leda Magalhães da Cunha – a segunda da esquerda para a direita.
Bons tempos!

Alunas de Diva Magalhães Raymonti

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Plínio Magalhães da Cunha

Alunas da Escola Particular Nossa Senhora da Penha – preparatório para o ginásio – dirigida pela emérita professora Diva Magalhães Raymonti, mestre que soube dar o melhor de si em prol do ensino em nossa cidade. Também lecionou por mais de três décadas no Grupo Escolar “Dr. Júlio Mesquita”. Na foto, dona Diva, como era carinhosamente chamada, ladeada pelas alunas do curso preparatório.
Na primeira fila, da esquerda para a direita: Yolanda Roque, Diva Clemente, Leila Ferreira Alves, Renée Azevedo, Therezinha Pupo Cintra, Eunice Ferraz de Campos, Diva Queluz e Gilda Ulhoa Cintra Pereira.
Na segunda fila, da esquerda para a direita: Terezinha Bonatelli Pinto, Ordália Stolf, Conceição Lorene Guinezi, Sophia Sarkis, Ruth Crosgnac, Maria Aparecida dos Reis, Ruth Gomes Pereira, Hilda Westin Cerqueira Leite, Gilza de Ulhoa Cintra Pereira e uma aluna que não conseguimos identificar.

Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A

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Plínio Magalhães da Cunha

Momento histórico em que o padre George Pedro Gepsen, concedia bênçãos ao moderno maquinário adquirido em 1974 – diretamente do Japão – pela Modelar Indústria Itapirense, a Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A. Esse importante conjunto, de grande capacidade de produção, foi instalado no local em 1976, o que veio proporcionar um grande impulso àquela empresa, passando também a produzir o papelão ondulado, destinado à confecção de caixas e outros artigos.
Na foto, da direita para a esquerda vê-se: Prefeito Alcides de Oliveira; Padre Pedro Gepsen; o Presidente da Câmara, Antônio Carlos Martins; o dinâmico empresário, diretor Presidente da Penha, Funabashi Yoshio; Presidente do Conselho, Kiichi Funabashi; diretor Comercial, Seiji Shiquematsu e os acionistas, Harutaka Shiquematsu e Kiyoshi Funabashi.
Após a cerimônia inaugural, foi oferecido às autoridades e convidados especiais, um almoço no Restaurante Itapira Bar.

Herma do Coronel Francisco Vieira - 13 de agosto de 1947.

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Plínio Magalhães da Cunha

Inauguração bastante concorrida da herma do Coronel Francisco Vieira, acontecida em 13 de agosto de 1947 (dia de seu aniversário natalício), na então belíssima e ampla Praça Bernardino de Campos. Na placa inaugural lê-se: “CHICO VIEIRA – HOMENAGEM E GRATIDÃO DE SUA ITAPIRA – 13/08/1947”.
Chico Vieira administrou Itapira por quase 20 anos. Foi o primeiro itapirense a ser eleito deputado estadual (1935 a 37) pelo Partido Constitucionalista , quando ocupava o Governo de São Paulo o eminente Armando de Salles Oliveira. Era pai de Francisco Vieira Filho (Titico Vieira), que também ocupou uma cadeira na Assembléia Legislativa de São Paulo. Chico Vieira era irmão de outro itapirense importante, o engenheiro Euclides Vieira – senador mais votado da República, foi prefeito de Campinas e que fora casado com uma sobrinha-neta de Rui Barbosa, o “Águia de Haia”.

1964 - Jubileu de prata do Ginásio do estado - ex-alunos

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Plínio Magalhães da Cunha

          Em 1964, foi festivamente comemorado o Jubileu de Prata do primeiro estabelecimento de ensino secundário em Itapira, o nosso querido e sempre lembrado Ginásio do Estado. Nesta foto, aparece apenas um grupo de alunos e professores que compareceu ao evento.
         À frente dos participantes, vê-se o saudoso professor emérito Pedro Ferreira Cintra, também diretor daquele estabelecimento. Na primeira fila, sentados da esquerda para a direita: professor Aníbal Anderaus (História Natural) e sua esposa; Ines Colferai; Cícero Vieira; Orlando Dini; José Serra Neto (Zinho); Rubens Pereira (Bube). Em pé, na mesma ordem: Idalo Olivo Paschoal; José Gimenes Soares (Zéico); Gilberto de Oliveira Barreto; Aparecida Rossi; professor Clemente II Pinho (Português); Célia Pereira da Silva; Ginete Piva; Maria Heloísa Lopes Moraes; Wilma Amâncio de Camargo; Maria Alaide Trani; Gelda Guimarães Leite; professor Luís Contier (Francês); professor Benevenuto Figueiredo Torres (Latim) e  Waldomiro Vieira de Ulhoa Canto (Mirinho).

1921 - Praça Dr. Bernardino de Campos.

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Plínio Magalhães da Cunha

             A Praça Dr. Bernardino de Campos toda engalanada em 1921, para receber a auspiciosa visita do Dr. Washington Luiz Pereira de Souza, 11º Presidente Republicano e também governador de São Paulo de 1º de maio de 1920 a 1º de maio de 1924. O ilustre visitante foi recebido calorosamente pelo prefeito da época, Coronel Francisco Vieira (o primeiro deputado estadual por Itapira – 1936 a 1937 no governo de Armando de Salles Oliveira), e pela população local, inclusive, saudado pela banda de música, discursos e pelo magnífico coral dos alunos do Grupo Escolar Dr. Júlio Mesquita, do qual fazia parte a professora Maria Suzana Pereira da Silva (esposa do nosso dileto e saudoso amigo Nelson Pereira da Silva), cuja voz sobressaiu do grupo dos cantores mirins.
Durante sua estada, o governador Washington Luiz percorreu a cidade, ficando encantado com os pontos turísticos de Itapira, principalmente com o Parque Municipal e o Cruzeiro, locais aprazíveis de onde se descortinava uma vista privilegiada pela natureza, que o levou a cognominar nossa terra de “Itapira, A Linda”, palavras que ficaram gravadas nos corações dos itapirenses, até hoje relembradas e cantadas em prosa e verso. Na foto, ainda vemos o coreto à esquerda, todos os postes de iluminação decorados com folhagens entrelaçadas, muitas bandeirolas paulista e brasileira, e o obelisco construído em madeira, onde se lê na parte superior: “SALVE WASHIGTON LUIZ”. Ao fundo, a antiga residência do Coronel Joaquim Inácio da Alvarenga Cunha (posteriormente do casal Dr. Névio Bicudo e Maria Amélia da Cunha Bicudo, pais da saudosa dona Dedé Bicudo Cruz), onde hoje está o HSBC. Na calçada, à direita, um outro prédio tendo no seu frontispício a inscrição: “MANSÃO CLUBE PENHA”.
OBS: Alguns dos detalhes citados, foram vistos através do computador.

Matriz Nossa Senhora da Penha.

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Plínio Magalhães da Cunha

Vista parcial do interior da Matriz Nossa Senhora da Penha, vendo-se o altar mor encimado pelo emblema do Divino Espírito Santo e, logo abaixo, a imagem verdadeira e histórica de Nossa Senhora da Penha, padroeira de Itapira. Essa imagem trazida de Portugal por um dos fundadores de nossa terra – João Gonçalves de Moraes – foi  roubada por algum herege ou comerciante de antigüidades, o que foi muito triste para a população católica. Ela media dois palmos e cinco dedos de altura, ostentando em sua cabeça uma coroa trabalhada em prata. Mais abaixo, aparece a imagem de Cristo Crucificado. Esse altar mor era realmente uma relíquia, uma obra de arte. À esquerda do templo aparece o púlpito onde o celebrante da missa, pregava o Evangelho de Cristo. Nota-se a riqueza artística dessa peça histórica, encimada por figuras de anjos, esculpidas em mármore de Carrara. Sua cúpula era trabalhada com franjas douradas.
Do lado direito, vê-se o portal de entrada para a Capela do Santíssimo. O piso desse templo era todo de mosaicos decorados, e os lustres de cristal da Bohemia.
Na parede, nota-se apenas duas peças reportando a Via Sacra.
Tudo isso foi demolido em 1955, para dar lugar a uma igreja mais ampla.
Tive a oportunidade de constatar pessoalmente, em Campinas, no Museu de Arte Sacra da Cúria, algumas dessas peças históricas doadas pela Paróquia de Itapira, peças essas que marcaram profundamente a vida católica do nosso povo, tais como: o Púlpito, a Pia Batismal (onde milhares de itapirenses receberam o sacramento do batismo), além da belíssima imagem de Nossa Senhora das Dores, com seu manto azul, e a da Ressurreição de Cristo.
Toda essa beleza só nos deixa saudade, uma profunda recordação da nossa querida Itapira, de um passado distante, dos tempos de nossos pais, dos nossos avós.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha.

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Plínio Magalhães da Cunha


Vista parcial da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha – Padroeira de Itapira – situada na Praça da Matriz ou Bernardino de Campos, construída no início do século XIX e, demolida em 1955, para dar lugar ao novo templo.
Nessa época, o adro da igreja ostentava um jardim muito bem cuidado, florido; os bancos  de granito traziam os nomes dos doadores; os postes de iluminação eram artisticamente trabalhados e entrelaçados pelas alamandras com suas flores amarelas.
Esse jardim estendia-se até alcançar a frete do Clube XV de Novembro.
Volteando todo o local, existia uma passarela, onde, aos domingos após a missa das 10:00Hs, ou então, à noite, depois do término da sessão cinematográfica do Cine Paratodos, as moças circulavam alegres e descontraídas, enquanto que os rapazes faziam o trajeto em sentido contrário – mas fora da calçada – trocando olhares com as garotas.
Isso tudo acontecia infalivelmente sempre aos domingos. A mocidade itapirense esperava ansiosa o próximo passeio na praça, aguardando esperançosa para rever sua namorada ou namorado.
Alegrando todo o ambiente, não faltava a nossa querida Banda Lira Itapirense executando seus dobrados, suas partituras bem ensaiadas, no belíssimo coreto (foto do coreto já publicada na edição passada nesta coluna).
Era realmente um tempo ditoso, repleto de sonhos e esperanças de uma juventude sadia e alegre.

Lateral da Praça Bernardino de Campos - 1920

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Plínio Magalhães da Cunha

Lateral da Praça Bernardino de Campos por volta de 1920, ostentando em primeiro plano o coreto, onde a quase centenária Banda Lyra Itapirense realizava suas retretas. Esse verdadeiro “monumento” também servia, não só para as manifestações políticas, mas também para outros eventos importantes acontecidos na cidade. Ao fundo, parte do casarão do Coronel José de Souza Ferreira, um dos destacados políticos de nossa terra. Lá, o Cel. Souza Ferreira também mantinha sua tradicional Casa Bancária que levava o seu nome.

Parte baixa da Praça Bernardino de Campos - 1917

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Plínio magalhães da Cunha

            Parte baixa da Praça Bernardino de Campos nos idos de 1917, focalizada da torre da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha. Nela, aparece o antigo casarão da residência do Coronel Joaquim Inácio Alvarenga da Cunha, posteriormente, de seu genro, o médico dr. Névio Bicudo, e, ainda mais tarde, residência de Ariovaldo Pereira da Cruz.
Após a demolição daquele casarão, estilo colonial, no local foi construído o prédio onde atualmente funciona o Banco HSBC. Na outra esquina fronteiriça, a residência do advogado e promotor de justiça dr. Raul Fonseca  e, posteriormente, do prefeito Antônio Caio. Essa casa hoje dá lugar ao prédio ocupado pela Loja Cybelar.
A casa menor, na outra esquina era ocupada pela Padaria Toscana. Ali foi construído o edifício de 2 andares.
Essa praça era muito bem cuidada, podendo-se notar o bom gosto através das árvores bem podadas, dos arbustos e dos canteiros que a ornamentavam.
Também aparece o coreto da nossa Banda Lyra Itapirense, embelezando todo o conjunto.

Praça de Esportes - 1920 - ao lado do Parque Municipal João Pessoa.

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Plínio Magalhães da Cunha

Vista geral da Praça de Esportes nos idos de 1920, existente ao lado do Parque Municipal João Pessoa, hoje Juca Mulato. Em primeiro plano aparecem a quadra de tênis e quatro disputantes daquele esporte, sendo que, os dois à esquerda da foto, foram identificados como sendo o advogado dr. Mário da Fonseca, e, mais ao fundo, de chapéu, o seu irmão, o médico dr. Norberto da Fonseca, pai do saudoso Luiz Norberto da Fonseca, ex-diretor da Rádio Clube local.
Mais à esquerda, de terno e chapéu, o empresário, esportista e habilidoso político itapirense, Coronel Francisco Vieira.
Em segundo plano, eis o campo de futebol do Sport Clube Itapirense, com a arquibancada coberta destinada ao público que lotava aquela dependência, principalmente aos domingos e dias festivos, a fim de assistir às competições futebolísticas.
Bem ao fundo do campo de futebol, cercado por altos muros, vê-se o prédio da Cadeia, construído em 1909, onde funciona atualmente a Casa da Cultura João Torrecillas Filho. Na parte térrea desse prédio estavam localizados a carceragem, o alojamento dos soldados e as celas. Na parte superior, funcionava o Fórum de Itapira, com o seu amplo salão de júri.

1920 - STAND do Tiro de Guerra 393.

-TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

A pedido do nosso leitor Aldo Piva, estamos veiculando no Jornal Tribuna deste Domingo, uma foto de 1920 do STAND do Tiro de Guerra 393, que estava localizado à margem esquerda da Avenida, que atualmente leva o nome do saudoso Comendador Virgolino de Oliveira. Nesse STAND, os integrantes daquela Linha de Tiro praticavam o chamado “tiro ao alvo”.
Defronte àquela construção, estava estacionado um Ford “bigode” conversível, tendo à direção o Coronel Francisco Vieira, de tradicional família itapirense, que além de empresário, foi prefeito de Itapira por quase 25 anos, como também o primeiro Deputado Estadual de nossa terra a ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa de São Paulo, nos idos de 1935 a 1937.

Parque Municipal "João Pessoa".

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Vista do Parque Municipal “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”, obtida do alto do Cruzeiro – símbolo de fé – erigido no século passado, vendo-se o segundo cidadão à esquerda da foto, de chapéu e guarda chuva, o terceiro intendente (hoje prefeito) de nossa cidade, Jacintho Franklin Alvarenga da Cunha – meu avô – (1902 a 1905).
Durante os quatro anos de sua profícua gestão, foram inaugurados o Parque Municipal, o Cruzeiro e a luz elétrica conforme documentos existentes no Museu Histórico e Pedagógico “ Com. Virgolino de Oliveira”.
Pode-se ver, ainda delineados, os canteiros bem cuidados, o traçado da  Avenida dos Biris, algumas casas do Cubatão, a caixa d’água construída em setembro de 1897, o majestoso prédio do Grupo Escolar “Dr. Júlio de Mesquita”, parte do prédio da Cadeia e algumas casas existentes na rua Ribeiro da Barros, defronte àquele belíssimo logradouro público, outrora conhecido como o “Cartão de Visita” de Itapira.