terça-feira, 6 de dezembro de 2016

1948 – Ginásio do Estado.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

1948 – Ginásio do Estado.
Alunas que cursaram a 4ª série ginasial em 1948, quando aquela escola ainda funcionava no prédio hoje ocupado pela Prefeitura Municipal, à rua João de Moraes.
Na foto, todas sorridentes posaram para a posteridade, vendo-se ao centro o estimado professor de Latim – José Paulino da Costa Neto.
Na primeira fila, da esquerda para a direita: Maria Aparecida Barretto – Maria Terezinha Pupo Cintra – Terezinha Cavenaghi – Ivone Cavenaghi – Diva Clemente – Maria Clara Serra e Maria Terezinha Avancini.
Na segunda fila, em pé e na mesma ordem: Neuza Pereira – Silvia Aguiar – Anny de Castro – Maria Yolanda Lopes – Edna Passarella – Maria Helena Trani Plumari – Terezinha Oliveira e Silva – Áurea Siqueira – Maria Lúcia da Cunha – Carolina Calil – Mirian Cruz e Ivone Lang. (acervo – Maria Lúcia da Cunha Fraga Costa).

Santa Casa em 1920

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Santa Casa em 1920
A foto acima mostra o prédio central da Santa Casa de Misericórdia de Itapira, obtida da Praça Cel José de Souza Ferreira.
Essa praça era toda arborizada e ajardinada com esmêro, antes da construção do Fórum, órgão do Poder Judiciário, que muitos anos ocupou a parte superior da antiga Cadeia, construída em 1909, e que hoje dá lugar à Casa da Cultura “João Torrecillas Filho”, ao lado do Parque Municipal.
Nota-se à frente do portão de entrada daquele nosocômio, um Ford “bigode” conversível de propriedade do prefeito Cel Francisco Vieira, que administrou nosso município de 1911 a 1923, por treze anos consecutivos, período em que Itapira experimentou um progresso formidável em relação com outras cidades da região.
Interessante ressaltar que, o Corpo Clínico da Santa Casa era constituído por todos os médicos da cidade que prestavam gratuitamente os seus serviços profissionais, revezando-se todos os meses, conforme ainda poderá ser visto através das escalas publicadas nos jornais da época, sob o título “MÉDICO DO MÊS”. Lembro-me muito bem desse tempo, porque o meu saudoso pai, dr. João Pereira da Cunha, o dr Cunha, que clinicou em Itapira por mais de 50 anos, também fez parte dessa escala juntamente com seus colegas de profissão, quando os resultados eram de grande valia para a população do município, principalmente a mais carente.
Os serviços internos do hospital eram feitos por dois enfermeiros, três irmãs de caridade e pelo corpo clínico dentro da “escala do mês”.

Vista Panorâmica do Parque - 1902

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Vista Panorâmica do Parque - 1902
Vista do Parque Municipal “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”, obtida do alto do Cruzeiro – símbolo de fé – erigido no século passado em 1902, vendo-se o segundo cidadão da esquerda para a direita da foto, de chapéu e guarda chuva, o terceiro intendente (hoje prefeito) de nossa cidade, Jacintho Franklin Alvarenga da Cunha (1902 a 1905).
Durante os quatro anos de sua profícua gestão, foram inaugurados o Parque Municipal, e o Cruzeiro em 1902, a luz elétrica pública em 14 de maio de 1905, conforme documentos existentes no Museu Histórico e Pedagógico “Com. Virgolino de Oliveira”.
Vê-se ainda delineados, os canteiros bem cuidados, o traçado da Avenida dos Biris, algumas casas do Cubatão, a caixa d’água construída em setembro de 1897, o majestoso prédio do Grupo Escolar “Dr. Júlio de Mesquita”, parte do prédio da Cadeia e algumas casas existentes na rua Ribeiro de Barros, defronte àquele belíssimo logradouro público, outrora conhecido como o “Cartão de Visita” de Itapira.

O Preço do Progresso...

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O Preço do Progresso...
Hoje estamos publicando um dos setores das Indústrias Reunidas Cel. Francisco Vieira. Na foto acima eis a oficina mecânica, ocasião em que os seus técnicos davam assistência ao Ford “bigode” de propriedade de Chico Vieira, que está ao lado do seu “possante”.
Naquela época não existia elevador para erguer os carros dos clientes, o que era feito no “muque” para assentá-los aos cavaletes, onde os mecânicos verificavam os defeitos apresentados.
Em 1920, de acordo com a estatística, existiam em Itapira apenas 7 automóveis, cujos proprietários eram: Cel. Francisco Vieira – Ford; João Baptista Pereira da Silva (Joãozinho Bento) – Ford; Joaquim de Assis Vieira – Buick; Américo Augusto Pereira da Silva – Buick; o médico Norberto da Fonseca – Ford; a senhorita Celita Vieira Magalhães da Cunha – Aucland e a senhora Malvina Rocha – Ford.
Naquele tempo não existia semáforo e nem mão-de-direção; mas uma coisa havia de sobra: a poeira vermelha levantada do leito carroçável das ruas de terra “batida”. Ah! Também as roucas buzinas que anunciavam a novidade, quando a dona de casa saia à janela, deixando até queimar o feijão no fogo, a fim de ver, admirada, não a banda... mas o automóvel passar!
Era o progresso chegando... era o automóvel que iria transformar aos poucos a vida do homem do futuro, do homem moderno. Hoje é considerado um dos meios de transporte mais atuante. Com ele vieram os escapamentos poluidores do ar que respiramos, juntamente com o som dos motores “envenenados” que fazem trepidar, não só as ruas, mas também nossas moradias.
Enfim, o que seria do homem sem o automóvel, pois, os trens foram sumindo dos trilhos e o transporte – de passageiros e cargas – é feito em maior número através das estradas de rodagem, por sinal, muito mais caro. A poluição continua aumentando cada vez mais. A camada de ozônio assusta a humanidade do planeta.
É o preço do progresso!