- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da
Cunha
O Preço do
Progresso...
Hoje estamos
publicando um dos setores das Indústrias Reunidas Cel. Francisco Vieira. Na
foto acima eis a oficina mecânica, ocasião em que os seus técnicos davam
assistência ao Ford “bigode” de propriedade de Chico Vieira, que está ao lado
do seu “possante”.
Naquela época
não existia elevador para erguer os carros dos clientes, o que era feito no
“muque” para assentá-los aos cavaletes, onde os mecânicos verificavam os
defeitos apresentados.
Em 1920, de
acordo com a estatística, existiam em Itapira apenas 7 automóveis, cujos
proprietários eram: Cel. Francisco Vieira – Ford; João Baptista Pereira da
Silva (Joãozinho Bento) – Ford; Joaquim de Assis Vieira – Buick; Américo
Augusto Pereira da Silva – Buick; o médico Norberto da Fonseca – Ford; a
senhorita Celita Vieira Magalhães da Cunha – Aucland e a senhora Malvina Rocha
– Ford.
Naquele tempo
não existia semáforo e nem mão-de-direção; mas uma coisa havia de sobra: a
poeira vermelha levantada do leito carroçável das ruas de terra “batida”. Ah!
Também as roucas buzinas que anunciavam a novidade, quando a dona de casa saia
à janela, deixando até queimar o feijão no fogo, a fim de ver, admirada, não a
banda... mas o automóvel passar!
Era o
progresso chegando... era o automóvel que iria transformar aos poucos a vida do
homem do futuro, do homem moderno. Hoje é considerado um dos meios de
transporte mais atuante. Com ele vieram os escapamentos poluidores do ar que
respiramos, juntamente com o som dos motores “envenenados” que fazem trepidar,
não só as ruas, mas também nossas moradias.
Enfim, o que
seria do homem sem o automóvel, pois, os trens foram sumindo dos trilhos e o
transporte – de passageiros e cargas – é feito em maior número através das
estradas de rodagem, por sinal, muito mais caro. A poluição continua aumentando
cada vez mais. A camada de ozônio assusta a humanidade do planeta.
É o preço do
progresso!
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