domingo, 7 de novembro de 2010

O sofrido Ribeirão da Penha.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O sofrido Ribeirão da Penha
   Na foto acima, uma vista parcial desse verdadeiro herói de nossa terra nos idos de 1920, vendo-se a antiga represa que conseguia a duras penas segurar a fúria da correnteza – principalmente na época das chuvas.
    - O que seria do nosso município, desde os tempos mais remotos, se esse ribeirão não existisse?
    Mas ele continua, firme, embora ostentando seus meandros cansados e ainda judiados por aqueles que arremessam costumeiramente em suas águas, toda espécie de detritos, fazendo de seu leito uma imensa lata de lixo!
     Agora pergunto:
    - E os responsáveis por esse crime ecológico, por essa barbárie, onde estão? Será que não há nada a fazer para coibir tais desmandos?
Uma sugestão: que a autoridade competente determine uma fiscalização mais rígida – multando os infratores, inclusive determinando a lavratura de boletim de ocorrência e também divulgando os nomes dos irresponsáveis ou dos mandantes através da imprensa.

1940 - Ex-alunos do Ginásio.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Foto obtida nos idos de 1940, quando um grupo de ex-alunos do nosso querido e sempre lembrado Ginásio do estado pousava à beira de uma piscina de formato circular, que existia bem no centro do Parque Municipal.
Essa piscina – diga-se de passagem – era a alegria da petizada da época, onde, além de praticar esporte, dava vazão às brincadeiras sadias, sempre orientadas pelos professores do Parquinho Infantil que também lá funcionava.
Na foto em tela, partindo da esquerda para a direita, os jovens ginasianos: sentados – Francisco de Souza Ferreira; Paulo de Almeida Serra; Ruy Crosgnac; Walter Franco Bueno; Tarcísio Germano de Lemos e José Guerreiro. Em pé, na mesma ordem – Aloísio Telles Franco; Rafael Trani; Flávio Barretta; Luiz Hermínio Simões Galdi; Plínio Magalhães da Cunha e Francisco Sidney Tomas de Aquino.

Ex-alunos do Ginásio do Estado.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Ex-alunos do Ginásio do Estado
Conforme prometemos, estamos publicando neste domingo, mais duas fotos de um grupo de estudantes do nosso Ginásio do Estado, que naquela época – nos idos de 1940 – funcionava no prédio onde hoje está alojada a Prefeitura Municipal, à rua João de Moraes.
Nas horas de folga, os jovens ginasianos rumavam para o Parque, buscando ali refrescar um pouco a “cuca”, fazendo uma merecida pausa das aulas de português, inglês, francês, latim, matemática, história geral e do Brasil, geografia, música, trabalhos manuais e educação física.
Eis as fotos:
Foto 1
Dependurados na escada do escorregador existente no Parque: de baixo para cima – Francisco Sidney Tomaz de Aquino; Plínio Magalhães da Cunha (segurando a bolsa); Rafael Trani; José Guerreiro; Aluízio Telles Franco; Flávio Barretta; Walter Franco Bueno; Ruy Crosgnac; Francisco de Souza Ferreira; Tarcísio Germano de Lemos (segurando o boné); Paulo de Almeida Serra e Luiz Hermínio Simões Galdi.
Foto 2
Provas à vista! Vamos estudar...
Da esquerda para a direita, sentados: Francisco de Souza Ferreira; Ruy Crosgnac; Walter Franco Bueno; Luiz Hermínio Simões Galdi e Francisco Sidney Tomaz de Aquino. Atrás, na mesma ordem: Tarcísio Germano de Lemos (de boné mostrando a lição); Plínio Magalhães da Cunha; Aluízio Telles Franco; Rafael Trani; Paulo de Almeida Serra; José Guerreiro e Flávio Barretta.

Ex-alunos do Ginásio do Estado.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Ex Alunos do Ginásio do Estado
Grupo de estudantes do nosso querido Ginásio do Estado nos idos de 1940 – todos eles uniformizados com suas famosas fardas de brim caqui e gravata preta.
Nesta edição, divulgo apenas duas fotos do meu acervo: a que está em posição vertical foi obtida no Parque João Pessoa, hoje “Juca Mulato”; a horizontal, defronte ao prédio do Ginásio (num canteiro onde hoje está o Museu de História Natural).
Foto 1
Em fila indiana: Tarcísio Germano de Lemos, (foi prefeito de Jundiaí); José Guerreiro: Francisco de Souza Ferreira; Ruy Crosgnac; Aluísio Telles Franco; Walter Franco Bueno; Francisco Sidney Tomaz de Aquino; Paulo de Almeida Serra; Plínio Magalhães da Cunha; Luiz Hermínio Simões Galdi; Rafael Trani e Flávio Barretta.
        Foto 2
Em pose para a posteridade – da esquerda para a direita: ajoelhados – José Guerreiro; Tarcísio Germano de Lemos; Ruy Crosgnac; Walter Franco Bueno e Francisco de Souza Ferreira. Em pé na mesma ordem: Plínio Magalhães da Cunha; Francisco Sidney Tomaz de Aquino; Flávio Barretta; Rafael Trani; Sr. Lindolpho Franco (inspetor de alunos); Paulo de Almeida Serra; Aluísio Telles Franco e Luiz Hermínio Simões Galdi.

1961 - Festa de São Benedito - "Festa do 13".

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha



Logo no início do mês de maio começa a tradicional e sempre esperada festa em louvor ao Santo Padroeiro – SÃO BENEDITO, popularmente conhecida em Itapira e região, como a “Festa do 13”.
Essa comemoração religiosa e folclórica acontece também em quase todas cidades brasileiras, mudando apenas o calendário, e muitas vezes, o santo padroeiro.como por exemplo, citamos: festa de São Sebastião em Lindóia (no mês de janeiro); festa de N. Sra. do Rosário em Serra Negra (no mês de outubro); festa de N. Sra. do Belém em Itatiba (mês de setembro), e assim por diante. Mas as dedicadas a N. Sra. do Rosário e a São Benedito, constituem uma denominação comum na maioria das cidades brasileiras.
Na parte folclórica, Itapira também apresenta a famosa Congada, cujos componentes levam os mais variados instrumentos que emitem sons característicos, fazendo um belo conjunto harmonioso, dando ênfase ao aspecto guerreiro, representando as lutas entre mouros e cristãos, como também teatralizam as lutas entre um Rei Congo e uma Rainha Ginga.
Em todas essas configurações os congadeiros mostram através de bailados de espadas e bastões, entremeados de diálogos e coros, seqüências que recebem o nome de “Embaixada”.
Em geral, as festas de caráter religioso, subordinadas a um calendário rígido – como a de Itapira – traduzem uma motivação interna que leva o nosso grupo de dança a se apresentar reverenciando o Santo Padroeiro, o qual seja – São Benedito, cuja efígie está estampada na bandeira.
As fotos mostram a apresentação da Congada de Itapira na tradicional festa em louvor a São Benedito, no dia 13 de maio de 1961. Nessas fotos, vê-se os congadeiros portando seus instrumentos: bumbo, pandeiro, adufo, caixeta, caixa, rabeca, sanfona e violão.
Nota-se ainda as crianças que também desempenham papel de transcendental importância na transmissão do folguedo.

1972 - Inauguração do Museu Histórico e Pedagógico "Comendador Virgolino de Oliveira"

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Eis um “flash” da inauguração do Museu Histórico e Pedagógico “Com. Virgolino de Oliveira” de nossa cidade, obtido a 24 de outubro de 1972, quando Itapira comemorava 152 anos de fundação.
Esse acontecimento histórico foi realizado numa casa locada pelo então prefeito Hélio Pegorari, situada na confluência das ruas João de Moraes e XV de novembro, onde atualmente funciona parte da Câmara Municipal.
Na foto acima, vê-se da esquerda para a direita: prefeito Hélio Pegorari; o professor Vinício Stein Campos – diretor geral da Rede de Museus do Estado, da Secretaria da Cultura (discursando); o presidente da Câmara Municipal, vereador Antônio Celidonio Ruete e sua esposa Maria de Lourdes Porto Ruete e, logo atrás, na mesma ordem, o reporte da Rádio Clube de Itapira, o jovem Paulo Andrade, hoje vereador recentemente eleito para o Legislativo itapirense, e o diretor e implantador do Museu Histórico, Plínio Magalhães da Cunha.
O Museu aí permaneceu por quase dois anos, quando a 21 de abril de 1974, teve todo o seu acervo transferido para um prédio próprio situado no Parque Municipal “Juca Mulato”, totalmente reformado pelo prefeito Alcides de Oliveira, onde funciona até hoje.

Pegorari e Guerra

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Foto de membros da tradicional família itapirense – PEGORARI e GUERRA, obtida nos idos de 1940, vendo-se da esquerda para a direita: Marcello Guerra (residente na Itália); o estimado casal Albano Pegorari e sua esposa Maria Guerra Pegorari; Maria José Pegorari de Freitas; Yvone Pegorari Vieira; Mary Silva Pegorari; a veneranda Narcisa Pegorari (Nona); Clotilde Pegorari Pauletti; Lucy Zanovello Pegorari e Luiz Pegorari Neto.
Agachados, na mesma ordem: o ex-prefeito de Itapira – de 1969 a 1973 – Hélio Pegorari, abraçando a garotinha Lúcia Helena Pegorari Job e Albano Pegorari Filho.
Albano Pegorari foi o idealizador e fundador das Indústrias Pegorari, um complexo fabril que teve início em 1929, ocupando hoje um lugar de destaque, não só em nossa terra, mas também no Brasil e no exterior.
Hoje, as Indústrias Pegorari são administradas por seus descendentes, que com muita tenacidade, com esforço e dedicação, dão continuidade à obra de seu saudoso idealizador, Albano Pegorari.

Praça Bernardino de Campos - idos de 1950.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Vista parcial da Praça Bernardino de Campos nos idos de 1950, vendo-se ao fundo, da esquerda para a direita, os prédios do Bar Central (onde hoje funciona o Correio), do Cine Paratodos (local em que atualmente está instalada uma farmácia) e o Centro Comércio Indústria (o Centrão).
Nota-se ainda na foto, um ônibus ali estacionado no local de onde partiam algumas linhas com destino às cidades do Sul de Minas Gerais, ou então para Lindóia, Serra Negra e Bragança.
Quanto à linha que levava os passageiros para Mogi-Mirim, Campinas e São Paulo, partiam do Bar do Odilon de Castro, cujo prédio não aparece na foto.
Tudo isso acontecia, porque naquela época Itapira ainda não contava com uma Rodoviária, razão pela qual, os passageiros embarcavam ou desembarcavam nos pontos citados na praça, servindo-se das instalações dos saudosos Bar Central ou do Bar do Odilon, fazendo ali uma pausa antes do reinício da viagem.

Comitiva de ex-combatentes da Revolução Contitucionalista em 9 de julho de 1974.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Quando da inauguração da Avenida Jacareí no dia 9 de julho de 1974, na gestão do prefeito Alcides de Oliveira, o popular Alemão, esteve presente como convidado especial, o seu colega – Prefeito Nunes – da cidade de Jacareí, que se fazia acompanhar de uma comitiva composta de ex-combatentes da Revolução Constitucionalista daquele município.
Após a inauguração da via pública, os visitantes compareceram às solenidades programadas no Morro do Graví – palco de uma das batalhas mais acirradas dos soldados paulistas contra o exército ditatorial de Vargas – precisamente no local onde está erigido o monumento em homenagem àqueles que derramaram o seu sangue para que o Brasil voltasse a ter a sua Constituição.
Terminada a visita ao Graví, todos os presentes se dirigiram ao Mausoléu do Soldado Constitucionalista no cemitério da Saudade, onde foi depositada uma coroa de flores sob o toque de silêncio.
Após cumprirem as solenidades cívicas, as autoridades e visitantes compareceram ao Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” ocasião em que foram recepcionados pelo diretor e implantador daquele órgão, Plínio Magalhães da Cunha e funcionários, que os acompanharam pelos salões de exposição, fazendo uma pausa demorada defronte ao copioso acervo de uma das exposições que fazia alusão a efeméride da Revolução Paulista de 1932.
Antes de deixar o Museu, o prefeito Nunes, após assinar o livro de “visitantes ilustres”, usou a palavra no Salão Nobre, defronte ao retrato do patrono do Museu, “Comendador Virgolino de Oliveira”para agradecer as homenagens prestadas ao povo de Jacareí, e, a seguir, teceu elogios à organização do acervo museológico exposto ao público visitante naquele importante Instituto Cultural – “que guarda, preserva e difunde a história de Itapira e de sua gente laboriosa”, finalizou.
- RUA  ITAPIRA -
A guisa de informação, Itapira também foi homenageada em Seção Solene na Câmara Municipal de Jacareí, que aprovou por unanimidade a denominação de RUA ITAPIRA a uma das vias públicas daquele município.
Na ocasião, em nome do prefeito Alcides de Oliveira, que descerrou a placa denominativa, discursou o advogado Ariovaldo Risolla, que agradeceu as homenagens prestadas a nossa querida Itapira.

LEGENDAS DAS FOTOS:

1-     Combatentes Constitucionalistas no Museu, ladeando uma das funcionárias, a museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha.

2-     No Salão Nobre do Museu, ocasião em que o prefeito Nunes deixava as impressões de sua visita a Itapira, gravada pelos funcionários Maria Carmelita Cunha e Plínio Cunha.

Bairro do Cubatão nos idos de 1902.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Bairro do Cubatão nos idos de 1902, retratado da Avenida dos Biris, no Parque Municipal, no ano de sua inauguração.
Nessa foto, pode-se contar o pequeno número de casas ali construídas, além do caminho para alcançar o alto do Morro Macumbê. Mais ao fundo, divisamos um ramo da Cordilheira da Mantiqueira – notando-se o Pelado, em Monte Sião; o morro da Forquilha, logo na entrada de Jacutinga, ambas cidades pertencentes ao sul do Estado de Minas Gerais.
Mais abaixo, na foto, aparece um dos meandros do Ribeirão da Penha, que atualmente ainda abastece com suas águas a nossa Itapira, desde sua fundação em 1820.
Interessante ainda notar um caminho a partir do pequeno núcleo de casas, que era percorrido pelos pedestres que se dirigiam à cidade, ou, vice-versa, atravessando a famosa pinguela que unia as duas margens do ribeirão. Essa pinguela também servia de trampolim àqueles que arriscavam mergulhar de uma altura aproximada de 4 metros, principalmente durante as cheias, para praticar uma natação perigosa.
Nessa época o Ribeirão da Penha era muito piscoso, alegrando os pescadores que conseguiam fisgar o dourado, curimbatá, piracanjuba, chapara, bagre, mandi e outras espécies atualmente desaparecidas de suas águas poluídas, o que é uma pena.

Bairro do Cubatão em 2008, visto do mesmo ângulo da foto acima
As ilações ficam por conta do leitor.

1917 - Vista pacial de Itapira.

-TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha



Vista parcial de Itapira obtida no ano de 1917 pelo conhecido fotógrafo da época, Bartholomeo Serracino.
Neste panorama de nossa cidade, nota-se a partir da esquerda para a direita: a Matriz de Nossa Senhora da Penha, na Praça Bernardino de Campos (Largo da Matriz), encimada por duas torres; mais à direita, a torre da Igreja Presbiteriana (na Rua Campos Salles); o prédio do Grupo Escolar “dr. Júlio Mesquita”; a torre da caixa d’água no Parque Municipal com seu belo arvoredo. Logo mais à direita, lá no alto da Rui Barbosa – inteiramente arborizada – vê-se a cadeia, hoje Casa de Cultura “João Torrecillas Filho”.
Quanto às casas, o leitor poderá identificar as mais conhecidas.
Na Rua João de Moraes, por exemplo, identifiquei a casa em que nasci, considerada a mais antiga dessa rua, pois foi construída em 1886, onde hoje funciona um laboratório.
Este panorama de Itapira foi conseguido do pátio da Santa Casa

Antiga Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Vista parcial do antigo interior da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha, onde se nota a beleza daquele templo. Era uma verdadeira relíquia, cuja beleza nos traz muitas lembranças de um passado bem distante, desde os tempos dos nossos avós.
          Infelizmente, tudo isso foi demolido em 1955, para dar lugar à nova Matriz.

Antiga Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Vista parcial do antigo interior da Matriz Nossa Senhora da Penha, vendo-se o altar mor encimado pelo emblema do Divino Espírito Santo e, logo abaixo, a imagem verdadeira e histórica de Nossa Senhora da Penha, padroeira de Itapira. Essa imagem trazida de Portugal por um dos fundadores de nossa terra – João Gonçalves de Moraes – foi  roubada por algum herege ou comerciante de antigüidades, o que foi muito triste para a população católica. Ela media dois palmos e cinco dedos de altura, ostentando em sua cabeça uma coroa trabalhada em prata. Mais abaixo aparece a imagem de Cristo Crucificado. Esse altar mor era realmente uma relíquia, uma obra de arte. À esquerda do templo aparece o púlpito, onde o celebrante da missa pregava o Evangelho de Cristo. Nota-se a riqueza artística dessa peça histórica, encimada por figuras de anjos, esculpidas em mármore de Carrara. Sua cúpula era trabalhada com franjas douradas.
Do lado direito, vê-se o portal de entrada para a Capela do Santíssimo. O piso desse templo era todo de mosaicos decorados, e os lustres de cristal da Bohemia.
Na parede, nota-se apenas duas peças reportando a Via Sacra.
Tudo isso foi demolido em 1955, para dar lugar a uma igreja mais ampla.
Tive a oportunidade de constatar pessoalmente, em Campinas, no Museu de Arte Sacra da Cúria, algumas dessas peças históricas doadas pela Paróquia de Itapira, peças que marcaram profundamente a vida católica do nosso povo, tais como: o Púlpito, a Pia Batismal (onde milhares de itapirenses receberam o sacramento do batismo), além da belíssima imagem de Nossa Senhora das Dores, com seu manto azul, e a da Ressurreição de Cristo.
Toda essa beleza só nos deixa saudade, uma profunda recordação da nossa querida Itapira, de um passado distante, dos tempos de nossos pais, dos nossos avós.

Fábrica de Chapéus Sarkis & Quiriolli

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Fábrica de Chapéus Sarkis & Quiriolli
Foi fundada pelo sr. Ângelo Quiriolli, em junho de 1922, com um capital inicial de rs.45:000$000 (Quarenta e cinco contos de réis). A sua montagem foi lenta, mas muito cuidadosa, sendo escolhida a maquinaria mais moderna daquela época, destinada à fabricação de chapéus.
Eram 18 máquinas ao todo, inclusive as necessárias para o tratamento do pêlo utilizado para a confecção do produto.
Nessa indústria nascente trabalhavam 20 operários, dirigidos pelo próprio Quiriolli que era auxiliado por três contra-mestres contratados na cidade de São Paulo.
A produção inicial girava em torno de quatro dúzias diárias de chapéus.
Interessante dizer que, toda a maquinaria funcionava interligada por correias e acionada por uma máquina a vapor, cuja potência era estimada em 8 cavalos de força (HP).
Em fevereiro de 1923, desejando ampliar e aperfeiçoar sua indústria, Quiriolli recebeu como sócio o sr. Sarkis João, elevando, assim, o capital inicial da indústria para rs.100:000$000 (cem contos de réis).
Com essa sociedade, a fábrica entrou em franco progresso. Foram adquiridas novas máquinas – acionadas por um motor elétrico de 24 cavalos – o que fez elevar a produção diária para dezesseis dúzias de chapéus de fino pêlo e castor, este último era material importado.
O número de operários também aumentou para 40, dos quais 23 eram do sexo masculino e 17 feminino.
Provisoriamente essa fábrica funcionava num prédio alugado, situado logo no início da rua José Bonifácio.
Mais tarde, os proprietários Quiriolli e Sarkis iniciaram a construção de um prédio próprio, numa área doada pela Câmara Municipal.
O projeto de construção do novo prédio foi orçado em rs.100:000$000 (cem contos de réis).
Nessa nova instalação da fábrica, aumentou o número de operários, e, logicamente, também a produção de chapéus.
Mais tarde, com a retirada de Quiriolli da sociedade, a indústria passou a ser apenas de Sarkis João.
Com a mudança da razão social, a Fábrica de Chapéus Sarkis experimentou um desenvolvimento formidável – ficando conhecida em todo o Brasil e no exterior através de seus famosos produtos de primeira linha.

          Seção de fulas ou máquinas usadas para o feitio da armação (copa ou cone) dos chapéus de lã ou de pêlos.

          Setor para a fabricação de caixas de papelão, com a estampa do logotipo da indústria, para acondicionar os chapéus prontos e destinados à comercialização.


1975 - Solenidade - DIA DA BANDEIRA.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Em 19 de novembro de 1975 – DIA DA BANDEIRA – houve solenidade na Praça Bernardino de Campos, no monumento à bandeira, ali erigido pelo Rotary Club local.
Após os hasteamentos das bandeiras do Brasil, de São Paulo e de Itapira, pelo juiz de direito da comarca, dr. Júlio dos Santos, pelo prefeito municipal Alcides de Oliveira e por José Grossi, presidente do Sindicato dos Papeleiros de Itapira, ocupou a tribuna o vereador João Moisés Andare, que em nome da Câmara Municipal, tendo ao seu lado o vereador José Ludovino Andrade, falou sobre o importante evento cívico.
Ainda entre os presentes, nota-se na foto, da esquerda para a direita: vereadores César Bianchi; Manoel (Neco) de Freitas Filho; diretor do Museu Histórico Plínio Magalhães da Cunha; tenente Onofre Mangini Marques; vereador José Guilherme da Rocha Franco e Antonio Carlos Risola.

23 de maio de 1975 - Festividade defronte ao Museu.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Festividade defronte ao Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, em coordenação com o Grupo Escolar Dr. Júlio Mesquita, em 23 de maio de 1975, Dia do Soldado Constitucionalista de 1932. Naquele evento, ali compareceram autoridades, professores e um grande número de alunos, relembrando com muito civismo o 23 de maio e a epopéia de 1932, acontecimentos históricos e importantes para o povo paulista.
Na foto, da esquerda para a direita vê-se a professora Lia Boretti de Almeida – diretora do Grupo Escolar, o prefeito Alcides de Oliveira; vereador João Moisés Andare – representando a Câmara Municipal; Plínio Magalhães da Cunha – diretor do Museu Histórico, museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha, coordenadora do evento, e os alunos que compareceram acompanhados das professoras: Clara Martins Santiago de Moraes; Geni Piva Zázera; Aparecida Galli; Helena... e Ruth Carpi Rezende.

MOBRAL no Museu em março de 1974.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Visita ao Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” em março de 1974, dos alunos do MOBRAL de Itapira acompanhados de seus respectivos professores.
Essa visita, coordenada pela museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha, excepcionalmente, aconteceu à noite, porque os alunos trabalhavam durante o dia, ficando, assim, impossibilitados de comparecerem àquele Instituto durante o seu expediente normal.
Foi realmente uma visita muito proveitosa, ocasião em que os estudantes percorreram todas seções daquele órgão, recebendo explicações detalhadas das peças expostas, demonstrando o mais vivo interesse em conhece-las.
Como curiosidade, pode-se ver ainda na foto, o belíssimo relógio que pertenceu à primeira Câmara Municipal de Itapira, que ainda funcionava perfeitamente, marcando naquela noite 20:10horas. Suas badaladas eram tão fortes, que podiam ser ouvidas não somente no museu, mas também nas adjacências do prédio.
O encarregado para dar assistência técnica àquela verdadeira relíquia – sem nenhum ônus – era o exímio relojoeiro, muito conhecido em nossa cidade, José Ramonda.

Festividade no Museu - 23 de maio de 1975 - Grupo Escolar "dr. Júlio Mesquita".

-TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Festividade defronte ao Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, em coordenação com o Grupo Escolar “Dr. Júlio Mesquita”, em 23 de maio de 1975, dia do Soldado Constitucionalista de 1932.
Naquele evento, ali compareceram autoridades, professores e alunos, relembrando o 23 de maio e a epopéia de 1932, acontecimentos históricos e importantes para o povo paulista.
Na foto, notamos as presenças – da esquerda para a direita (em semicírculo): professora Lia Boretti de Almeida – diretora do Grupo Escolar; prefeito Alcides de Oliveira; vereador João Moisés Andare – representando a Câmara Municipal; Plínio Magalhães da Cunha – diretor do Museu Histórico; Maria Carmelita La Farina da Cunha – museóloga e coordenadora do evento; professoras – Clara Martins Santiago Moraes; Geni Piva Zázera; Aparecida Galli; Helena ... e Ruth Carpi Rezende.

Museu - Semana da Pátria comemorada em 1984.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


O Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” – em 1984 – comemorando festivamente a Semana da Pátria e a magna data nacional, o 7 de setembro.
Na oportunidade, como acontecia todos os anos, era montada no salão nobre daquele órgão – quando ainda estadual – uma exposição temporária alusiva ao evento, ocasião em que era visitada por estudantes e pelo público em geral.
Essas exposições eram também apresentadas nas principais datas históricas, quando os alunos dos estabelecimentos de ensino compareciam acompanhados de seus professores, em visitas programadas entre o museu e a escola.
O motivo primordial dessas exposições era a de permitir a visualização do fato histórico em três dimensões, encerrando, assim, um poder didático sem rival. Isso acontece porque os museus são instrumentos insubstituíveis no campo histórico, tanto para o trabalho didático e educativo, como também à divulgação do passado, preservando os elementos – fatos, peças e documentos – que irão facultar ao instituto a sua função cívica e cultural, de aviventador da memória nacional.
Nas fotos acima, dois aspectos do Museu Histórico e Pedagógico, que tem como patrono o benemérito itapirense Comendador Virgolino de Oliveira.
Na primeira, vê-se uma exposição temporária de peças, documentos e uma panóplia com as treze bandeiras históricas que tremularam em solo de nossa pátria; a outra foto – em continuação do salão nobre – a sala em homenagem aos prefeitos que administraram Itapira desde 1892 até o último, além de documentos importantes sobre nossa terra.
De certa feita, conversando com um velho amigo e colega da Secretaria de Estado da Cultura, nos anos 70, o poeta e escritor Paulo Bomfin, membro da Academia Paulista e Brasileira de Letras, perguntei-lhe: como você definiria de uma forma bem sucinta um museu?
Ele então, sem pestanejar disse-me: “MUSEU É A MEMÓRIA DE UM POVO... NELE O PASSADO É ETERNO”.
Em poucas palavras disse tudo!

Esposa do governador de São Paulo, Lila B. Martins, visitando o Museu de Itapira.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Amanhã, 21 de abril de 2008, o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, estará completando 34 anos de instalação no atual prédio existente no Parque Municipal “Juca Mulato”.
Antigamente naquele local funcionava o serviço de tratamento de água de Itapira – decantação, filtragem, fluoretação e cloração – prédio que foi inteiramente reformado e adaptado pelo prefeito Alcides de Oliveira para alojar o museu.
Nas fotos ora publicadas, mostram dois aspectos da visita do governador do estado, Paulo Egydio Martins e sua comitiva ao museu: a primeira, quando o ilustre visitante, acompanhado do diretor e implantador daquele Instituto Cultural, o museólogo Plínio Magalhães da Cunha, percorria os salões de exposição do rico acervo histórico ali existente.
Na outra foto, quando a saudosa museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha, homenageou a esposa do governador de São Paulo, dona Lila B. Martins, com um ramalhete de flores, agradecendo a visita ao Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”.

O futebol de Itapira em 1908.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O futebol de Itapira em 1908

Esta foto é uma verdadeira relíquia, pois retrata o esquadrão do Sport Club como era em 1908.
Interessante notar que, todos os craques daquela época trajavam uniformes impecáveis, inclusive usando camisa de gola fechada (tipo colarinho) e gravata. As chuteiras eram as chamadas botinas, parecidas com os sapatões de hoje.
O Sport Club Itapirense tinha até o luxo de possuir dois uniformes: o primeiro, camisa preta e gravata, com o calção branco e meias pretas.
O segundo uniforme era camisa branca, gravata, calção branco e meias pretas.
Conseguimos identificar apenas alguns jogadores do clube: sentados, o segundo da primeira fila, da esquerda para a direita, é João Batista Cintra, o conhecido Joanico Cintra – um verdadeiro craque do passado – pai da professora Terezinha Pupo Cintra; o quarto, na mesma ordem, de uniforme branco, com um pé sobre a bola, é meu tio Aristides Vieira de Magalhães; logo atrás de Aristides, outro tio, Mário Vieira de Magalhães, e atrás do Mário, está Francisco Vieira (cel. Chico Vieira) que empresta o seu nome ao Estádio Municipal, tendo, ao seu lado esquerdo, de bigode (mas que ainda não tinha cavanhaque) o advogado Mário da Fonseca – tio avô do Toy e do Betuska Fonseca.
NOTA: Infelizmente não consegui identificar outros jogadores, inclusive o cidadão de chapéu côco, terno escuro e colete, apoiado elegantemente em sua bengala.

Getúlio Dornelles Vargas.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Foto inédita do ex-presidente Getúlio Dornelles Vargas, quando concedia entrevista à imprensa no Rio Grande do Sul, em São Borja, ocasião em que era interpelado sobre sua possível candidatura à presidência da República.
Naquela época, por volta de 1950, também estava presente a famosa “dobradinha” paulista – candidatos ao governo de São Paulo, Lucas Nogueira Garcez e seu vice, Erlindo Salzano – em busca do apoio de Getúlio.
A eleição aconteceu, e os três (Getúlio, Garcez e Salzano) foram eleitos com grande votação.
No “flash” acima nota-se um dos entrevistadores, que talvez tivesse feito alguma pergunta capciosa a Getúlio, o que provocou risos de todos, inclusive de um jornalista de São Paulo, o conhecido “Tico-Tico”, que aparece entre os dois, como também dos candidatos Garcez e Salzano.
É realmente um lance histórico da política brasileira, apesar do frio reinante no sul do país.

Visita do governador Adhemar Pereira de Barros a Itapira - 1949.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Quando da visita do governador Adhemar Pereira de Barros a Itapira, em 1949, o ilustre visitante foi recebido festivamente pelas autoridades locais e simpatizantes.
Na ocasião, Adhemar percorreu diversos pontos de nossa cidade, inclusive as fábricas de chapéus Sarkis e a fábrica de chapéus Ulpebra, que poucos itapirenses conheceram ou ainda não se lembram de sua existência.
Essa indústria pertencia ao saudoso Paulo Ulbricht Júnior, e funcionava à Rua Francisco Glicério, cujo prédio se estendia até alcançar a Rua Pedro de Toledo.
          A foto acima mostra o governador de São Paulo, juntamente com seu amigo e prefeito Comendador Virgolino de Oliveira; o anfitrião Paulo Ulbricht e o vice-prefeito dr. Achilles Galdi – todos observando a confecção de um exemplar do chapéu Ulpebra.
A guisa de curiosidade, o nome “ULPEBRA” é composto das primeiras letras de ULbricht, PEreira (da esposa) e BRÁulio, sócio daquela indústria.

"Dobradinha Paulista" - Lucas Nogueira Garcez e Erlindo Salzano.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Aqueles que não conheceram ou não se lembram dos velhos tempos da política brasileira e de algumas personagens que fizeram história, eis aqui uma foto bastante sugestiva, quando Lucas Nogueira Garcez e Erlindo Salzano foram ao Rio Grande do Sul, mais precisamente a São Borjas, onde Getúlio Dornelles Vargas residia numa fazenda.
A razão precípua dessa visita da “dobradinha” paulista foi para buscar apoio político do ex-presidente Vargas, que apesar dos pesares, ainda era um grande líder nacional, e que iria disputar a presidência da república pelo PTB, enquanto que, em São Paulo, Garcez e Salzano disputariam o governo do estado pelo P.S.P. (Partido Social Progressista).
O acordo vingou, tanto foi verdade que, logo surgiu o famoso “jingle” cantado em São Paulo: "presidente Getúlio / Adhemar Senador / e Lucas Garcez / para Governador / é PTB é PSP / a três de outubro / nós vamos vencer".
E venceram mesmo! menos Adhemar que retirou sua candidatura para senador.
Na foto acima, da esquerda para direita: de óculos e terno claro, o meu amigo e colega de serviço na Secretaria do Governo – Benedito Sartini, que na ocasião ocupava a função de redator. Sartini era parente de Adagamus Sartini, ex-proprietário de um hotel aqui em Itapira, que levava o seu nome (Hotel Sartini); de braços cruzados – o médico Erlindo Salzano (candidato a vice de Garcez); de perfil, atrás de Salzano, outro colega da Secretaria do Governo, Edmundo Soares de Souza, irmão do ex-secretário da Fazenda do Estado – José Soares de Souza (com quem trabalhei mais de 20 anos), que, por sinal, esteve presente em Itapira, na inauguração do Museu Histórico “Comendador Virgolino de Oliveira”, a 21 de abril de 1974; outras três pessoas, não consegui identificar; a seguir, o anfitrião – Getúlio Vargas; logo após o conhecido repórter Tico-Tico; por último, o candidato ao governo do estado, o engenheiro hidráulico Lucas Nogueira Garcez, professor da escola politécnica de São Paulo – eleito governador.
A guisa de curiosidade estava tudo certo de que o candidato do PSP a governador seria Miguel Reale (professor da cadeira de filosofia do direito do Largo São Francisco); mas isso não aconteceu, ficando Garcez como candidato vencedor na convenção partidária.
Acompanhei de perto essas marchas e contra-marchas que causaram muitas celeumas políticas naquela ocasião.

1949 - Adhemar Pereira de Barros em itapira.

-TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Durante visita a Itapira o candidato ao governo paulista em 1949, Adhemar Pereira de Barros, percorreu alguns pontos de nossa cidade.
Na ocasião, acompanhado de seu amigo e líder político local – Comendador Virgolino de Oliveira e outras autoridades, Adhemar visitou a fábrica de chapéus Sarkis, onde foi recebido pelo diretor-presidente, Sebastião Jader Sarkis e funcionários.
A foto acima mostra o exato momento em que Adhemar de Barros cumprimentou, sorridente, um dos chefes de setor daquela modelar indústria, o saudoso Benedito Leitão Sobrinho, carinhosamente conhecido como Joca Leitão, diga-se de passagem, um grande esportista daquela época em nossa terra, a quem Itapira muito deve pelo desenvolvimento do esporte local.
Nota-se ainda, não só a satisfação e o sorriso do funcionário, mas também do Jader Sarkis.
Vemos também na foto, José Galli, vereador Antonio Caio e o industrial Comendador Virgolino de Oliveira, que foi, como sempre, o anfitrião do candidato populista a Itapira.

1949 - Adhemar Pereira de Barros em Itapita

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Em abril de 1949, o candidato ao governo do Estado de São Paulo – pelo Partido Social Progressista (PSP) – Adhemar Pereira de Barros, visitou Itapira, a convite de seu amigo e líder político local, o saudoso Comendador Virgolino de Oliveira, cujo aniversário natalício é comemorado no dia 15 de março.
Adhemar e sua comitiva foram recepcionados pelas autoridades e correligionários no diretório central do PSP, situado à Praça Bernardino de Campos, ao lado da igreja matriz de N. S. da Penha.
O ilustre visitante cumpriu um extenso programa durante sua permanência em Itapira, visitando diversos pontos, dentre eles, algumas indústrias.
Na foto acima, o candidato Adhemar de Barros quando era recepcionado no comitê central, vendo-se da esquerda para a direita: Flávio Thomaz de Aquino; vereador Antonio Caio; vice-prefeito dr. Achilles Galdi; Comendador Virgolino de Oliveira; o itapirense Euclides Vieira – senador da república; Adhemar de Barros; prof. Miguel Reali; deputado André Nunes Júnior – presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo; Marcelo Avancini (de perfil) e alguns membros da comitiva ademarista.

1952 - Comitiva de alunos de itapira na Secretaria da Educação em São Paulo.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Em 1952, uma comitiva composta de alunos da Escola Normal “Elvira Santos de Oliveira”, foi a São Paulo, na Secretaria da Educação, a fim de fazer um honroso convite ao então secretário daquela pasta, prof. Juvenal Lino de Mattos, a fim de convidá-lo para ser paraninfo da turma de formandos daquele ano.
Na oportunidade, as normalistas estavam acompanhadas das professoras Dulce Petrelli e da vice-diretora da escola, Maria Francisca Pires Penteado, ocasião em que foram carinhosamente recebidas pelo ilustre secretário em seu gabinete.
Falando em nome de todos os formandos, usou a palavra a normalista Maria Yolanda Lopes, que formalizou o convite àquela alta autoridade do ensino de São Paulo, o que foi prontamente aceito pelo Secretário da Educação, professor Lino de Mattos, que diga-se de passagem, trouxe inúmeros benefícios para Itapira, atendendo às reivindicações de seu particular amigo e líder político itapirense, o saudoso Comendador Virgolino de Oliveira.
Na foto em tela, vê-se da esquerda para a direita os componentes da comitiva: Maria Yolanda Lopes (usando a palavra); Edna Passarella; Joaquim Bento de Souza Ferreira; Jacyr Brandão; Luiz Edésio Cavenaghi; professora Dulce Petrelli e Maria Francisca Pires Penteado (vice-diretora da escola) e o Secretário – professor Juvenal Lino de Mattos, quando era saudado e ouvia atento o honroso convite.
A guisa de curiosidade, nota-se na parede do gabinete do Secretário da Educação, uma tela pintada a óleo, que retrata o antigo Pátio do Colégio, mostrando o casarão em estilo colonial (mais tarde ocupado pela Secretaria da Educação) e a capelinha de pau-a-pique, construções erigidas no mesmo local em que o padre jesuíta José de Anchieta, celebrou a primeira missa em solo da cidade de São Paulo a 25 de janeiro de 1554, data considerada como marco da fundação de São Paulo.
Citei a tela histórica na parede do gabinete do Secretário da Educação, porque ela me trouxe recordações gratificantes, pois o início de minha vida no funcionalismo público estadual – a partir de 15 de fevereiro de 1949 – foi num dos casarões daquele local, que abrigou, provisoriamente, a Secretaria da educação. Mais tarde, houve um remanejamento de funcionários, ocasião em que fui designado para o Departamento do Arquivo do Estado, uma das repartições mais antigas de São Paulo – que até hoje tem a incumbência de guardar, preservar e difundir documentos históricos de São Paulo e do Brasil. Nesse Departamento (onde ocupei o cargo de diretor), permaneci até o ano de 1972, quando fui designado pelo governo de São Paulo para implantar e dirigir o Museu Histórico de Itapira.
Aqui cumpri o meu dever, minha responsabilidade funcional, quando a 24 de outubro de 1972, data do aniversário da fundação de Itapira, o Museu Histórico foi inaugurado com o nome de Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, numa justa homenagem a um benemérito, a um grande itapirense que soube amar e dignificar a sua querida Itapira.

1940 - Praça Bernardino de Campos

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Praça Bernardino de Campos por volta de 1940, vendo-se em todo seu esplendor, o tradicional prédio do Clube XV de Novembro. Nessa época ainda não existia o edifício Wanderley Zázera.
A foto em tela foi obtida num domingo de manhã – após a missa das 10 horas – ocasião em que, costumeiramente, as jovens passeavam alegres, volteando o Largo da Matriz de Nossa Senhora da Penha.
Note-se o jardim florido e bem  tratado, os postes de iluminação entrelaçados por alamandas amarelas (eu vi).