- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha
Em 1952, uma comitiva composta de alunos da Escola Normal “Elvira Santos de Oliveira”, foi a São Paulo, na Secretaria da Educação, a fim de fazer um honroso convite ao então secretário daquela pasta, prof. Juvenal Lino de Mattos, a fim de convidá-lo para ser paraninfo da turma de formandos daquele ano.
Na oportunidade, as normalistas estavam acompanhadas das professoras Dulce Petrelli e da vice-diretora da escola, Maria Francisca Pires Penteado, ocasião em que foram carinhosamente recebidas pelo ilustre secretário em seu gabinete.
Falando em nome de todos os formandos, usou a palavra a normalista Maria Yolanda Lopes, que formalizou o convite àquela alta autoridade do ensino de São Paulo, o que foi prontamente aceito pelo Secretário da Educação, professor Lino de Mattos, que diga-se de passagem, trouxe inúmeros benefícios para Itapira, atendendo às reivindicações de seu particular amigo e líder político itapirense, o saudoso Comendador Virgolino de Oliveira.
Na foto em tela, vê-se da esquerda para a direita os componentes da comitiva: Maria Yolanda Lopes (usando a palavra); Edna Passarella; Joaquim Bento de Souza Ferreira; Jacyr Brandão; Luiz Edésio Cavenaghi; professora Dulce Petrelli e Maria Francisca Pires Penteado (vice-diretora da escola) e o Secretário – professor Juvenal Lino de Mattos, quando era saudado e ouvia atento o honroso convite.
A guisa de curiosidade, nota-se na parede do gabinete do Secretário da Educação, uma tela pintada a óleo, que retrata o antigo Pátio do Colégio, mostrando o casarão em estilo colonial (mais tarde ocupado pela Secretaria da Educação) e a capelinha de pau-a-pique, construções erigidas no mesmo local em que o padre jesuíta José de Anchieta, celebrou a primeira missa em solo da cidade de São Paulo a 25 de janeiro de 1554, data considerada como marco da fundação de São Paulo.
Citei a tela histórica na parede do gabinete do Secretário da Educação, porque ela me trouxe recordações gratificantes, pois o início de minha vida no funcionalismo público estadual – a partir de 15 de fevereiro de 1949 – foi num dos casarões daquele local, que abrigou, provisoriamente, a Secretaria da educação. Mais tarde, houve um remanejamento de funcionários, ocasião em que fui designado para o Departamento do Arquivo do Estado, uma das repartições mais antigas de São Paulo – que até hoje tem a incumbência de guardar, preservar e difundir documentos históricos de São Paulo e do Brasil. Nesse Departamento (onde ocupei o cargo de diretor), permaneci até o ano de 1972, quando fui designado pelo governo de São Paulo para implantar e dirigir o Museu Histórico de Itapira.
Aqui cumpri o meu dever, minha responsabilidade funcional, quando a 24 de outubro de 1972, data do aniversário da fundação de Itapira, o Museu Histórico foi inaugurado com o nome de Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, numa justa homenagem a um benemérito, a um grande itapirense que soube amar e dignificar a sua querida Itapira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário