segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Cônego Henrique – Cidadão Emérito

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Cônego Henrique – Cidadão Emérito
Na Sessão Solene da Câmara Municipal de Itapira, realizada em 1979 no salão de festa do Centro Comércio e Indústria – presidida pelo vereador José Ludovino Andrade – foi outorgado o honroso e merecido título de CIDADÃO EMÉRITO ao Cônego Henrique de Moraes Mattos, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade Itapirense.
Padre Henrique, como era carinhosamente chamado pela população local, era um sacerdote íntegro, inteligente, prestativo e muito estimado em nossa cidade, pois sabia muito bem cativar seus paroquianos, orientando-os quando necessário dentro dos ensinamentos cristãos.
Nasceu em 3 de maio de 1905 na cidade de Piracicaba, filho do casal Alcebíades Monteiro de Mattos e de dona Benvinda de Moraes Mattos.
Em 03 de dezembro de 1934, com 29 anos de idade, foi designado Pároco da igreja Matriz de N. S. Penha, onde permaneceu até 1982, quando faleceu, deixando uma imensa lacuna no seio da população.
Padre Henrique foi o grande responsável pela construção da nova Igreja Matriz de N. S. da Penha, que ocupou o lugar da anterior que se achava muito desgastada pela ação do tempo, cuja demolição teve início em 1955. A nova Matriz só ficou pronta em 1967 – doze anos após o início das obras, tendo sempre à frente o estimado sarcedote.
Padre Henrique também foi um assíduo colaborador do jornal “Cidade de Itapira”, sendo seus escritos muito apreciados pelos leitores, porque versavam sobre assuntos de grande alcance social. Todos os artigos eram assinados com o pseudônimo – Euzebius Ignotus.
No que se refere à parte histórica de Itapira, dirimia com muita propriedade as dúvidas sobre as datas e acontecimentos importantes, desde os primórdios da velha Penha do Rio do Peixe.
Poucos itapirenses sabem que Padre Henrique deixou também por escrito um interessante trabalho, no qual catalogou 52 capelas existentes no município, quase todas erigidas na zona rural (fazendas) descrevendo minuciosamente o local de cada uma delas, destacando o nome de santo padroeiro, o estado de conservação e as mais bonitas.
É realmente um trabalho digno de ser mostrado através de uma publicação “ipsis litiris”, para fazer parte integrante do Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, onde já existe um rico acervo da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha.

          Momento em que o homenageado agradecia às autoridades e ao povo de Itapira a láurea que lhe fora outorgada.

            A nave da matriz expõe a placa de bronze.

             Lápide do túmulo na cripta da igreja.

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