quinta-feira, 25 de junho de 2015

Comemoração de aniversário – 1933

- TEMPOS SAUDOSOS - 
Plínio Magalhães da Cunha

 
Comemoração de aniversário – 1933
Festa do aniversário natalício do garoto José Carlos da Cunha Rocha, acontecida a 31 de março de 1933. Após o “parabéns a você”, cantado pelos presentes, e o corte do tradicional bolo regado com limonada, refresco de groselha, refrigerantes e outras guloseimas, os convidados “tiraram retrato” para a posteridade, no quintal da casa do anfitrião. Na foto (Santiago), não faltou nem a Tica, uma cadelinha de estimação que também fez a sua pose.
Da esquerda para a direita, eis a petizada: Plínio Magalhães da Cunha; José Serra Neto (Zinho); Ipê Artur Ferreira Alves; José Carlos (o aniversariante); Artur José Pereira Neto; Antônio de Almeida Serra e Ainee Pereira da Silva.
Sentadas, quatro garotas, das quais, infelizmente, só pude identificar minha irmã – Leda Magalhães da Cunha – a segunda da esquerda para a direita.
Bons tempos!


Cinema em Itapira - 1927

- TEMPOS SAUDOSOS - 
Plínio Magalhães da Cunha

Cinema em Itapira - 1927
Cine Paratodos com sua platéia literalmente tomada pelo público, a fim de assistir ao filme “A Marca do Zorro”, exibido a 25 de março de 1927 pela então empresa cinematográfica Pereira & Cia. Essa empresa passou mais tarde a pertencer a Lopes & Moraes.
Na parte lateral da platéia, do lado direito, pode-se notar anúncios de outros filmes que seriam exibidos em outras oportunidades.
Atrás, bem no alto, nota-se a cabina de projeção e a arquibancada, que na época era chamada de “poleiro”, local em que as entradas eram bem mais baratas. Logo abaixo do “poleiro”, situavam-se os reservados para as autoridades e à imprensa.
Nessa foto conseguimos identificar dois meninos: do lado esquerdo de quem olha para a platéia, numa das cadeiras da frente, de boné e terno branco, o saudoso Luiz Norberto da Fonseca (ex-proprietário do prédio em que hoje funciona a farmácia 24 horas).
Do lado direito, vestindo uma roupa de marinheiro, de boné escuro, o garoto Carlos Eduardo Magalhães de Ornellas, o querido professor Carlito Ornellas, também de saudosa memória. Na terceira fileira, do lado esquerdo, bem no centro, usando um chapéu preto, o conhecido e estimado estafeta do correio local, Benedito Vieira, chamado carinhosamente de Dito Carteiro.
Bons tempos aqueles, quando o cinema era uma boa opção de divertimento e de lazer, mas atualmente, com o surgimento da TV, do vídeo e da Internet já está fora de moda, o que é uma pena.
A vida não passa, somos nós que passamos por ela, enquanto uns colecionam moedas e selos, eu coleciono memórias dos Tempos Saudosos.




Discípulos de Dona Bena

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Plínio Magalhães da Cunha

Discípulos de Dona Bena
Alunos da escola particular dirigida pela professora Sebastiana de Souza Ferreira (dona Bena), por volta de 1917.
Essa mestra dedicada era filha do Cel. José de Souza Ferreira, conhecido político itapirense a quem Itapira muito deve.
Na foto, não conseguimos identificar todos seus alunos, com exceção de um deles, o mais alto, que está atrás de dona Bena. Trata-se do saudoso itapirense Francisco Vieira Filho (Titico Vieira), que ocupou uma cadeira na Assembléia Legislativa de São Paulo, a exemplo de seu pai, ex-prefeito de Itapira, por 13 anos (de 1911 a 1923), e o primeiro deputado estadual de nossa terra, por volta de 1935 a 1937.
Chico Vieira era irmão de outro político conhecido naquela época, o engenheiro Euclides Vieira, eleito senador por São Paulo, sendo o mais votado da república.
O senador Euclides Vieira foi prefeito de Campinas, e era casado com uma sobrinha neta de Ruy Barbosa, o “Águia de Haia”.

Lembranças...

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Plínio Magalhães da Cunha

Lembranças...
Vista parcial da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha – Padroeira de Itapira – situada na Praça da Matriz ou Bernardino de Campos, construída no início do século XIX e, demolida em 1955, para dar lugar ao novo templo.
Nessa época, o adro da igreja ostentava um jardim muito bem cuidado, florido; os bancos de granito traziam os nomes dos doadores; os postes de iluminação eram artisticamente trabalhados e entrelaçados pelas alamandas com suas flores amarelas.
Esse jardim estendia-se até alcançar a frente do Clube XV de Novembro.
Volteando todo o local, existia uma passarela, onde, aos domingos após a missa das 10:00Hs, ou então, à noite, depois do término da sessão cinematográfica do Cine Paratodos, as moças circulavam alegres e descontraídas, enquanto que os rapazes faziam o trajeto em sentido contrário – mas fora da calçada – trocando olhares com as garotas.
Isso tudo acontecia infalivelmente sempre aos domingos. A mocidade itapirense esperava ansiosa o próximo passeio na praça, aguardando esperançosa para rever sua namorada ou namorado.
Alegrando todo o ambiente, não faltava a nossa querida Banda Lira Itapirense executando seus dobrados, suas partituras bem ensaiadas, no belíssimo coreto da praça.
Era realmente um tempo ditoso, repleto de sonhos e esperanças de uma juventude sadia e alegre.

Itapira Reverencia São Benedito

- TEMPOS SAUDOSOS - 
Plínio Magalhães da Cunha

Itapira Reverencia São Benedito
Logo no início do mês de maio começa a tradicional e sempre esperada festa em louvor ao Santo Padroeiro – SÃO BENEDITO, popularmente conhecida em Itapira e região, como a “Festa do 13”.
Essa comemoração religiosa e folclórica acontece também em quase todas cidades brasileiras, mudando apenas o calendário, e muitas vezes, o santo padroeiro.como por exemplo, citamos: festa de São Sebastião em Lindóia (no mês de janeiro); festa de N. Sra. do Rosário em Serra Negra (no mês de outubro); festa de N. Sra. do Belém em Itatiba (mês de setembro), e assim por diante. Mas as dedicadas a N. Sra. do Rosário e a São Benedito, constituem uma denominação comum na maioria das cidades brasileiras.
Na parte folclórica, Itapira também apresenta a famosa Congada (veja fotos obtidas em 1961), cujos componentes levam os mais variados instrumentos que emitem sons característicos, fazendo um belo conjunto harmonioso, dando ênfase ao aspecto guerreiro, representando as lutas entre mouros e cristãos, como também teatralizam as lutas entre um Rei Congo e uma Rainha Ginga.
Em todas essas configurações os congadeiros mostram através de bailados de espadas e bastões, entremeados de diálogos e coros, seqüências que recebem o nome de “Embaixada”.
Em geral, as festas de caráter religioso, subordinadas a um calendário rígido – como a de Itapira – traduzem uma motivação interna que leva o nosso grupo de dança a se apresentar reverenciando o Santo Padroeiro, o qual seja – São Benedito, cuja efígie está estampada na bandeira.
As fotos mostram a apresentação da Congada de Itapira na tradicional festa em louvor a São Benedito, no dia 13 de maio de 1961. Nessas fotos, vê-se os congadeiros portando seus instrumentos: bumbo, pandeiro, adufo, caixeta, caixa, rabeca, sanfona e violão.
Nota-se ainda as crianças que também desempenham papel de transcendental importância na transmissão do folguedo.




1903 – Ano da Primeira Festa da Árvore em Itapira

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Plínio Magalhães da Cunha

1903 – Ano da Primeira Festa da Árvore em Itapira
            Em tempos em que não se falava em ecologia e preservação ambiental, Itapira saía à frente, no dia 3 de maio daquele ano, com o ineditismo da Festa da Árvore. Era o começo do século, 1903, que essa festa do verde ganhou espaços solenes no recém-inaugurado Parque Municipal, hoje Juca Mulato, sob os auspícios promocionais do então prefeito Jacintho Franklyn Alvarenga da Cunha.
            Franklyn da Cunha cuidou com carinho dessa festa, que o nosso Museu Histórico “Comendador Virgolino de Oliveira” registra como acontecimento histórico, exemplo e lição de uma iniciativa engrandecedora para as gerações futuras.

CONVIDADO ILUSTRE 

       O prefeito Franklyn da Cunha emprestou grandiosidade à Festa da Árvore, trazendo a Itapira o poeta e escritor Coelho Neto, que residia em Campinas e cuja inspiração e profundidade revelavam a versão colorida da natureza. Ele plantou um exemplar de pau-brasil defronte ao parque, mais tarde erradicado por paisagistas de plantão que reformularam a área. O prefeito foi mais feliz; plantou uma essência de “grevillea robustas”, espécime de origem australiana, que até hoje permanece a poucos metros do Museu. É bom lembrar que Coelho Neto redigiu de próprio punho a ata da festa, grafando num livro especial sua caligrafia impecável e ao estilo poético de sua lavra, cujo documento original, hoje faz parte integrante do rico acervo do nosso Museu Histórico.
       A árvore continua frondosa, pródiga em sombreamento e beleza. Um símbolo testemunhal e secular de uma iniciativa ecológica e remanescente de um passado que confere a Itapira certo pioneirismo na preservação ambiental. Já se ensinava naquela época a amar a natureza, como queria meu avô, o prefeito Jacintho Franklyn Alvarenga da Cunha, de saudosa memória.

       Foto da árvore “grevillea robustas”, de origem australiana, plantada no dia 3 de maio de 1903 pelo prefeito Jacintho Franklyn Alvarenga da Cunha (prefeito de 1902 a 1905). Esta árvore centenária está plantada no início da Avenida dos Birís, ao lado do Museu Histórico.

Um momento dos Anos 60

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Plínio Magalhães da Cunha

Um momento dos Anos 60
Grupo de jovens itapirenses dos anos 60 – todos alegres e sorridentes – posando para a posteridade durante uma reunião festiva acontecida em Itapira.
Dentre eles, identificamos, da esquerda para a direita: sentadas – Suzana Pereira da Silva; Giselda Rodrigues de Oliveira; Maria Lúcia Ferreira Nobre; Maria Estela Ferreira Nobre e Maria Helena Davoli.
Em pé, na mesma ordem: José Carlos Pereira da Silva; Djalma Machado (Ninho); Geraldo Rodrigues de Oliveira; Sérgio Araújo; Olavo Job Filho; Antonio Octávio da Fonseca Caio e Gilmeri Ricciluca.
O tempo não existe, o que existe somos nós, assim como a beleza de um momento, também está em nós.

Homenagem à Pátria

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Plínio Magalhães da Cunha

Homenagem à Pátria
Fanfarra do Instituto de Educação Elvira Santos de Oliveira em 1960, desfilando no dia 24 de outubro, quando Itapira completava 140 anos de fundação.   
Na foto – obtida da rua José Bonifácio e começo da Praça Bernardino de Campos – vê-se os garbosos componentes marchando sob a cadência dos seus instrumentos, quando cada um dos jovens ginasianos executava o som característico do surdo, da caixa, de repique do bombo, dos estridentes clarins, dos pífaros, da corneta que puxava os dobrados, da tuba, etc... era uma alegria contagiante.
Dentre alguns participantes dessa fanfarra muito bem ensaiada, conseguimos identificar apenas alguns ex-alunos, como José Roberto Menezes (Betô); Anibal Victor dos Santos (Nibinha); Edson de Freitas; Fernando Tonini; Natálio Bianchesi; Chico Frassetto e Edson Brasil Boretti.
Os demais integrantes poderão ser reconhecidos pelo caro leitor, ou mesmo pelo próprio ex-aluno.

Pioneirismo Industrial

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Plínio Magalhães da Cunha


Pioneirismo Industrial
Uma das indústrias mais antigas de nossa cidade foi fundada em 1894, há 121 anos!
Essa empresa, pertencia ao seu fundador, Adelelmo Boretti – membro do principal tronco da família Boretti de Itapira – e destinava-se à fabricação exclusiva de cerveja. Mais tarde, o seu proprietário deu origem à Indústria Adelelmo Boretti & Cia. e ao mesmo tempo, alargou as atividades da empresa, passando também a produzir outras bebidas, com ou sem álcool, dentre elas destacamos o Rhum Extra; Amargo Felsina; Vinho Quinado; Vermout; Fernet; Cognhac; Licor de Cacau; Licor Garibalde; as famosas Laranjinhas especiais, alegria da petizada da época; Palestra e a Água de Soda.
Esse estabelecimento fabril de nossa terra, ocupava um prédio próprio, muito bem instalado, obedecendo todos os requisitos necessários para um bom funcionamento. Estava situado na Ladeira do Cubatão, nº3 – à margem esquerda do Ribeirão da Penha.
Interessante destacar que, na Adelelmo Boretti & Cia. trabalhavam, além do Proprietário, mais três pessoas. A produção mensal das bebidas girava em torno de 100 dúzias.
Com o passar do tempo todos seus produtos eram considerados de primeira linha, tendo uma aceitação excelente não só em nossa cidade, mas também na região.

Interior da Velha Matriz

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Plínio Magalhães da Cunha

Interior da Velha Matriz
Vista parcial do interior da Matriz Nossa Senhora da Penha, vendo-se o altar mor encimado pelo emblema do Divino Espírito Santo e, logo abaixo, a imagem verdadeira e histórica de Nossa Senhora da Penha, padroeira de Itapira. Essa imagem trazida de Portugal por um dos fundadores de nossa terra – João Gonçalves de Moraes – foi furtada por algum herege ou comerciante de antigüidades, o que foi muito triste para a população católica. Ela media dois palmos e cinco dedos de altura, ostentando em sua cabeça uma coroa trabalhada em prata. Mais abaixo, aparece a imagem de Cristo Crucificado. Esse altar mor era realmente uma relíquia, uma obra de arte. À esquerda do templo aparece o púlpito onde o celebrante da missa pregava o Evangelho de Cristo. Nota-se a riqueza artística dessa peça histórica, encimada por figuras de anjos, esculpidas em mármore de Carrara. Sua cúpula era trabalhada com franjas douradas.
Do lado direito, vê-se o portal de entrada para a Capela do Santíssimo. O piso desse templo era todo de mosaicos decorados, e os lustres de cristal da Bohemia.
Na parede, nota-se apenas duas peças reportando a Via Sacra.
Tudo isso foi demolido em 1955, para dar lugar a uma igreja mais ampla.
Tive a oportunidade de constatar pessoalmente em Campinas, no Museu de Arte Sacra da Cúria, algumas dessas peças históricas doadas pela Paróquia de Itapira, peças essas que marcaram profundamente a vida católica do nosso povo, tais como: o Púlpito, a Pia Batismal onde milhares de itapirenses receberam o sacramento do batismo, além da belíssima imagem de Nossa Senhora das Dores, com seu manto azul, e a da Ressurreição de Cristo.
Toda essa beleza só nos deixa saudade, uma profunda recordação da nossa querida Itapira de um passado distante, dos tempos de nossos pais, dos nossos avós.
Diante dessa triste realidade, caminho tentando me adaptar ao mundo atual e ao ser humano, falando uma linguagem que não é a minha, esboçando um sorriso emprestado.

Entrega do pão em Itapira

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Plínio Magalhães da Cunha

Entrega do pão em Itapira
Em nossa cidade, no início do século XX, a entrega do pão para a clientela era feita de maneira bem rústica, isto é, através de carrocinhas puxadas por tração animal.
Naquela época nossa cidade contava com onze padarias, sendo que três situavam-se na cidade, e oito nos arrabaldes. As mais conhecidas e que possuíam maior freguesia eram; Padaria Minerva, Padaria das Famílias e a Padaria Toscana. Essa última funcionava num casarão situado na praça da Igreja Matriz, onde hoje está um edifício de dois andares, ocupado pelo Cartório de Títulos. A Padaria Minerva localizava-se na esquina da confluência das ruas Rui Barbosa e XV de novembro, e pertencia à tradicional família Peres.
A massa do pão era sovada manualmente, isto é, no “muque” dos padeiros, e os fornos à lenha eram construídos com tijolos e barro, de onde os pães saiam quentinhos para serem entregues em domicílio através das famosas carrocinhas (vide foto), ou então vendidos nos balcões das padarias juntamente com o pão doce, roscas, broinhas, biscoitos de polvilho e outras guloseimas que alegravam a criançada.
Interessante notar que, cada pãozinho de 50gr. era vendido a Rs. 100 (cem réis) ou 1 tostão, e a clientela achava um abuso!
A guiza de curiosidade, eram três qualidades de pães mais vendidos em nossa velha Itapira: o pão d’água, o pão de fermento de batata e o pão de fermento de cerveja.
Mais tarde surgiu uma padaria mais incrementada, da estimada família Donatti, cujos produtos eram também entregues em domicílio pela famosa carrocinha do saudoso Tico Donatti, dentre eles os inigualáveis pão de ovos, de lingüiça, de queijo, além das tortilhas de banana cobertas com canela e açúcar, que promoviam a alegria da criançada... e dos adultos também!


A Velha Carrocinha do Leite

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Plínio Magalhães da Cunha

A Velha Carrocinha do Leite
                   O calendário girava pelos anos 20, depois da primeira grande guerra e da misteriosa gripe espanhola. Em Itapira, a distribuição de leite transcorria naquele processo empírico, manual e caseiro, como em todo o Brasil. Nenhum estabelecimento ousava comercializar o leite, nem distribuí-lo. A tarefa se concentrava nas carrocinhas românticas, rodas de ferro, que ainda por cima executavam o murmúrio rítmico  das engrenagens ressequidas. O leite vinha, portanto, em garrafas de cores variadas, arrolhadas com palha de milho. Latões abastecidos tinham uma torneirinha adaptada, no terminal da carroça, para facilitar o serviço do entregador. A cada parada, a torneirinha era aberta, ficando a rua de chão batido com os respingos da sobra. Na foto de hoje, uma dessas carrocinhas estacionada em frente ao prédio do Coronel Francisco Vieira mostrando o gradil daquela residência. À esquerda, mais ao fundo, a mansão do Capitão Adolpho de Araújo Cintra, que ainda lá permanece como sentinela avançada do início da Rua Regente Feijó. E, do lado direito, as obras para a construção da casa do fazendeiro João Baptista Pereira, hoje residência da família do saudoso  médico José Alberto de Mello Sartori, ali na confluência com a Comendador João Cintra.
                     Esta carrocinha fala a linguagem de minha alma, soando nos meus ouvidos velhas lembranças de um passado distante na rua João de Moraes nº 4, hoje 331. Repentinamente volto à realidade e noto que minha infância ficou de cabelos brancos! É a vida...

Pastifício Boretti - 1917

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Plínio Magalhães da Cunha

Pastifício Boretti - 1917
Vista interna da Fábrica de Massas Alimentícias de Clodomiro Boretti & Cia. Foi fundada por volta de 1917, por Clodomiro Boretti, com um capital inicial de R4.000$000 (quatro contos de réis). Estava situada à Rua Rui Barbosa, num prédio adequado, cujos cômodos eram ladrilhados com mosaicos.
Todo o mecanismo para fabricação de massas era movido por energia elétrica e dava serviço diário a dois empregados. A produção mensal girava em torno de 80 a 100 sacos de macarrão. Naquela época ainda existia em Itapira outra fábrica do gênero, porém mais modesta. Seu proprietário era Matheus Schiratto, cuja produção mensal era de 70 sacos do produto.

Escola particular - 1942


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Plínio Magalhães da Cunha

Escola particular - 1942
Alunos da Escola Particular Nossa Senhora da Penha – preparatório para o ginásio nos idos de 1942, dirigida pela emérita professora Diva Magalhães Raymonti, mestre que soube dar o melhor de si em prol do ensino em nossa cidade. Também lecionou por mais de três décadas no Grupo Escolar “Dr. Júlio Mesquita”.

Na foto, dona Diva, como era carinhosamente chamada, ladeada pelas alunas do curso preparatório. Na primeira fila, da esquerda para a direita: Yolanda Roque, Diva Clemente, Leila Ferreira Alves, Renée Azevedo, Therezinha Pupo Cintra, Eunice Ferraz de Campos, Diva Queluz e Gilda Ulhoa Cintra Pereira.
Na segunda fila, da esquerda para a direita: Terezinha Bonatelli Pinto, Ordália Stolf, Conceição Lorene Guinezi, Sophia Sarkis, Ruth Crosgnac, Maria Aparecida dos Reis, Ruth Gomes Pereira, Hilda Westin Cerqueira Leite, Gilza de Ulhoa Cintra Pereira e uma aluna que não conseguimos identificar.


Outro grupo de alunos ladeando dona Diva, disposto na seguinte ordem, a partir da esquerda para a direita: SENTADOS – José Carlos Serra; Gilberto (Leto) Pereira Job; José Rocha Clemente; Fausto Finasi e Mariowaldo Avancini. EM PÉ, na mesma ordem (segunda fila): José Guerreiro; José Trani; Ulises Monezzi; Sebastião Breda; João Batista Risolla; José B. Alvarenga; José Ferreira Alves; Wilson Ricciluca; Weimar M. Moraes; Leone Torres; Firmino Gonçalves (Formiga); Paulo Almeida Serra; Paulo Fernandes: ?; Ranzatto e Marthos Fernandes. Na terceira fila: ?; Francisco (Anquinho) Siqueira; J. Avancini; Hortêncio Breda; Benedito Soares; Antônio Soares; Quinú; José Miguel Bittar e Euclides Avancini.

Reivindicações de Itapira

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Plínio Magalhães da Cunha

Reivindicações de Itapira
Comitiva de Itapira em visita ao Governador de Estado, Orestes Quércia, em 1988, no Palácio dos Bandeirantes, na Capital paulista.
Naquela oportunidade estavam presentes, da esquerda para a direita, os vereadores José Guilherme da Rocha Franco; Glauco Aylton Ceragioli (também Presidente do PMDB local); Governador Orestes Quércia; vereador José Casimiro Rodrigues e o ex-vereador Antônio Carlos Sette. Na segunda fila, na mesma ordem: o professor Carlão; vereador Noé Massari e o diretor do Museu Histórico Plínio M. Cunha, que registrou o acontecimento.
Na ocasião foram apresentadas algumas reivindicações de grande importância para nossa cidade, as quais receberam total apoio governamental.

domingo, 3 de maio de 2015

1º Ginásio de Esporte Coberto

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Plínio Magalhães da Cunha

1º Ginásio de Esporte Coberto
Localização da área para construção do Ginásio de Esportes “Prefeito Benedito Alves Lima” – ITAPIRÃO – ao lado do Estádio Municipal “Cel. Chico Vieira”. Essa área foi doada em 1974 à Secretaria de Estado da Cultura, Esportes e Turismo, a fim de ser construído, ás expensas do Governo do Estado, o primeiro Ginásio de Esportes (coberto) de Itapira, na gestão do então prefeito Alcides de Oliveira e construído através do deputado Januário Mantelli Neto.
Na foto, da esquerda para a direita: Carmona, Antônio Carlos Pereira de Moraes (Gordo Moraes), João Ângelo Bonfá (Janjo), Kali, Ana Maria de Oliveira, prefeito Alcides de Oliveira, Secretário de Estado da Cultura, Esportes e Turismo – Pedro de Magalhães Padilha, Rita Marella, Melitinha Cunha, vereador Benedito Ézio Levatti, deputado Mantelli Neto – Presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, vereador Francisco Vieira, Quico Rovaris, vereador João Moisés Andare, Maria Carmelita La Farina da Cunha, Plínio Magalhães da Cunha, diretor do Museu Histórico de Itapira, vereador Manoel (Neco) de Freitas Filho e vereador Antônio Celidônio Ruete, Presidente da Câmara Municipal, o jornalista J. Enoque – do jornal A Comarca de Mogi Mirim. Mais atrás: Professor Luiz Emke e o vereador Antônio Carlos Martins.

O reinado de Momo - 1960

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Plínio Magalhães da Cunha

 
O reinado de Momo - 1960
O Carnaval ainda é uma das festas populares mais concorridas, desde os desfiles de rua, até os bailes nos clubes. Realmente é uma festa que só o brasileiro sabe fazer, com aquela alegria contagiante, repleta de surpresas, tudo sob a cadência do samba.
Retrocedendo no tempo para os anos 60, relembrando com saudade, os bailes dos clubes, no tempo em que o lança-perfume jorrava em profusão das mãos dos foliões, como também o confete e a serpentina faziam parte integrante das brincadeiras das festividades momísticas.
As marchinhas carnavalescas eram compostas com muito bom gosto pelos seus autores, cujos temas ou letras o tempo não conseguiu apagar. Até hoje as orquestras executam um repertório do passado, como: A Jardineira, Máscara Negra, Colombina, O Pierrô Apaixonado, O Pirata da Perna de Pau, e tantas outras que marcaram os carnavais passados.
         Na foto acima, eis um “flash” de um grupo de foliões no ano de 1960: no centro, em primeiro plano, da esquerda para a direita, as senhoras Lígia Toledo Serra; Elenir Boretti Nobre; Lorita Amaral Galdi. Atrás estão: David Moro e dona Josefina Galdi Pereira da Silva. Agachados: Antônio Serra e Natanael Ferreira Nobre.


Relembrando Carnavais

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Plínio Magalhães da Cunha

Relembrando Carnavais
Na foto vê-se um grupo de casais aqui da nossa Itapira, cujos figurantes formavam um bloco carnavalesco trajando fantasias de índios e de índias de muito bom gosto e bem sugestivas. Na primeira fila, da esquerda para a direita: Marisa Longhi Pegorari – Marlene Avancini Barricatti – Gelda Guimarães Serra – Gilma de Souza Ferreira – Maria Clara Serra de Souza Ferreira e Ivonilde Lopes Breda.
Na segunda fila, mesma ordem: Maria Nadalete Job Serra – Hercy Vieira Caio – Dalila Terezinha Galdi Serra – Lourdes Soares – Ignez Aparecida Serra Sequeira – Ana Maria Finhani Banzatto e Maria Zoraide Simões da Fonseca.
Na terceira fila, na mesma ordem: Paulo de Almeida Serra – Fernando Serra – Domingos Caio – Dalmir Pegorari – José Gimenez Soares – Gilberto Barricatti – Luiz Norberto da Fonseca (atrás) – Francisco de Souza Ferreira – José Serra Netto – José Breda Filho – Hildebrando Banzatto – José Bueno Sequeira e Joaquim Bento de Souza Ferreira.

Nesta foto de 1936 mostra que a garotada da nossa velha Itapira sabia também participar dos blocos carnavalescos, fazendo sucesso com suas fantasias nas matinês dos clubes. Sim, nas matinês, porque à noite tinha que se contentar apenas em assistir ao carnaval de rua, isto é, o corso com seus famosos carros alegóricos as escolas de samba, e os blocos dos bichos, assim mesmo até as 22 horas!
Na primeira fila, vê-se da esquerda para a direita: Geraldo Ferreira Cintra – Osvaldo Fonseca Souza Leite – Artur José Pereira Netto – Sérgio Fonseca de Souza Leite – José Serra Netto (Zinho) – Francisco Olegário Pereira Job.
Na mesma ordem, na segunda fila: Plínio Magalhães da Cunha – Sebastião Jader Sarkis – José Benedito Mari – (?) – Geraldo Pereira Job – Antonio de Almeida Serra.





Carnavais de outrora

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Carnavais de outrora
Itapira sempre foi considerada como a cidade dos melhores carnavais da região.
Nos anos 40, lembro-me perfeitamente que, o tríduo momistico era aqui festejado com muita animação, com uma alegria contagiante que superava as expectativas mais otimistas.
Isso acontecia naquela época porque o itapirense sempre foi alegre, criativo e bem humorado.
O carnaval de rua apresentava uma alegria sem rival – fazia o povo vibrar – desde o desfile do bloco dos bichos, idealizado pelo insuperável José Nozari, o popular Zé Candóia. Os carros alegóricos ricamente ornamentados com muito bom gosto, arrancavam aplausos do povão postado à rua José Bonifácio e praça Bernardino de Campos.
Nos salões do Clube XV, do Centrão e da Operária, a animação era total sob a batuta das orquestras que davam o “seu recado” através dos sucessos musicais da época, dentre eles: “Ó jardineira” – “O palhaço está na rua” – “Mamãe eu quero mamar” – “Sou o pirata da perna de pau” – “Você já viu um barrigudo dançar?” e tantos outros sucessos que até hoje são relembrados com saudade.
Para ilustrar este lampejo dos carnavais de antigamente, escolhi esta foto de 1960, mostrando alguns foliões caracterizados de índio.

Em pé, da esquerda para a direita: Gilberto Barricatti; Domingos Caio; Dalmir Pegorari; Francisco de Souza Ferreira; José Gimenes Soares; José Serra Neto (Zinho); Luiz Norberto da Fonseca e Hildebrando Banzatto.
Ajoelhados, na mesma ordem: Joaquim Bento e Souza Ferreira; Fernando Serra; José Breda Filho e Paulo de Almeida Serra. Sentado, o cacique do grupo, José Bueno Siqueira – com a cara de mau.



Ministro da Justiça Visitou o Museu

- TEMPOS SUADOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Ministro da Justiça Visitou o Museu
Em 29 de junho de 1989, o Ministro da Justiça Oscar Dias Corrêa visitou o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”.
Na oportunidade, fazia-se acompanhar do desembargador Raphael Orícchio, que naquela visita também representou o Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Nereu César de Moraes; do juiz de direito de nossa Comarca, Pedro Aurélio Pires Maríngolo e do Vice-Prefeito de Itapira, Comendador Wlademir Siqueira.
Na ocasião, as autoridades foram recepcionadas pelo diretor do Museu Histórico, Plínio Magalhães da Cunha, que os acompanhou por todos os salões de exposição daquele Instituto Cultural de nossa cidade, mostrando o rico acervo histórico ali existente. (vide fotos da visita).

O Ministro da Justiça Corrêa Dias; o juiz de direito da comarca, Pedro Maríngolo; desembargador Raphael Orícchio e o vice-prefeito de Itapira, Wlademir Siqueira, quando eram recebidos pelo diretor do Museu Plínio Cunha.


Os ilustres visitantes quando percorriam os salões de exposição do acervo do Museu.

Ministro Corrêa Dias deixou no livro de visitas a seguinte mensagem: “Registro com emoção, o amor da nobre gente de Itapira à sua história. Esse culto ao passado garante-lhe o futuro, honrando o presente. Em 29 de junho de 1989. Oscar Corrêa – Ministro da Justiça”.






Velhos casarões do Passado

- Tempos Saudosos -
Plínio Magalhães da Cunha

Velhos casarões do Passado
          Foto da Itapira antiga obtida da torre da matriz de N. S. da Penha, por volta de 1920. Nela, o leitor do TRIBUNA poderá apreciar o cruzamento das ruas XV de novembro com a Comendador João Cintra; parte da antiga residência do capitão Adolfo de Araújo Cintra; os casarões – hoje demolidos – da residência do ex-prefeito Anacleto Magalhães Pereira, como também a que deu lugar à residência do dr. Oswaldo Cerqueira Dias recentemente demolida. Mais adiante, a torre da Igreja Presbiteriana; parte da casa paroquial, defronte ao Grupo Escolar “dr. Júlio de Mesquita”; o cerrado arvoredo do Parque Municipal e, mais para a direita da foto, o prédio da cadeia, que alojava no andar superior o Fórum, hoje Casa da Cultura “João Torrecilas Filho”.
          Realmente tudo passa, tudo acaba porque é a lei da vida, que por sua vez também é efêmera. Nossa casa, nosso mundo também um dia bailarão no cosmos como poeira!

A Caixa d’água do Parque

- TEMPOS SAUDOSO -
Plínio Magalhães da Cunha


A Caixa d’água do Parque
Até hoje funciona como reservatório de água localizado no centro do parque “Juca Mulato”, ao lado do prédio do Museu Histórico “Comendador Virgolino de Oliveira”. A data de sua construção ainda pode ser vista no seu frontispício: setembro de 1897.
Essa caixa distribuía diariamente à cidade perto de 1.500.000 litros de água, com capacidade para abastecer cerca de 900 prédios.
A água ali capitada, provinha de quatro mananciais: o de Águas Claras, do Arrozal, da Mata (na fazenda Santa Adélia) e dos Macucos.
A beleza desse reservatório estava na sua parte superior, isto é, a que cobria toda a extensão com cimento armado para suportar o peso de um jardim – conhecido naquela época como “Jardim Suspenso” – onde ostentava uma enorme quantidade de plantas ornamentais, cultivadas com esmero pelos jardineiros João e Afonso. Lembro-me muito bem deles e desse jardim.
As plantas ali cultivadas também serviam para a ornamentação de todos os canteiros do parque, que após serem replantadas, apresentavam um agradável visual muito admirado pelos visitantes daquele logradouro.
Na foto em tela, vê-se ainda a saudosa “Avenida dos Birís”, cujas árvores na primavera ficavam revestidas de flores amarelas. Suas pétalas quando sopradas pelo vento, cobriam toda a extensão de seu leito, de onde descortinava no horizonte o azul da velha Mantiqueira.

Vista parcial do interior da velha Igreja Matriz de N. S. da Penha

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


 
Vista parcial do interior da velha Igreja Matriz de N. S. da Penha, demolida em 1955 para dar lugar ao novo templo.
Era uma verdadeira relíquia, cuja beleza nos traz muitas lembranças de um passado bem distante, dos tempos de nossos avós.

Obra Beneficente

- Tempos Saudosos - 
Plínio Magalhães da Cunha

Obra Beneficente
Construção do Pavilhão de Assistência à Criança Pobres e Enferma na Santa Casa de Misericórdia de Itapira, uma das muitas doações do Comendador Virgolino de Oliveira à nossa terra. Esse Pavilhão foi festivamente inaugurado em setembro de 1957.
            Na foto, logo no início das obras, vê-se da esquerda para para a direita: José Serra; (?); Francisco Rosário; Comendador Virgolino de Oliveira; José de Souza; David Moro; diretor clínico da Santa Casa, o médico Hélio Sebastião Amâncio de Camargo; Marcelo Avancini; Domingos Caio; Wilson Victor dos Santos; Luiz Hermínio Simões Galdi e Paulo de Almeida Serra. Mais atrás – Antônio Serra e Antônio de Almeida Serra.

Caravana de Itapira a Osasco - 1982

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Caravana de Itapira a Osasco - 1982
           Visita de uma caravana de Itapira ao Centro Cultural da Fundação Bradesco, em São Paulo – Osasco, em 30 de março de 1982. Da esquerda para a direita: Wlade Siqueira, Dimas Salles Rocha, Numan Sabbag, Benedito Leite de Moraes, Paulo Nogueira, Antero Mixtro, Heraldo Peres, Hermes Osório, Secretária do Amador Aguiar, Ariovaldo Maniezo, Iverso Valverde, Geraldo Toledo de Oliveira (Ito Teté), Plínio Magalhães da Cunha, Cláudio Silvestrin, Albano Pegorari, Carlos de Freitas, José Marcatti, Dirlando ( Gerente da Agência Bradesco de Itapira ), José Carlos Serra, João Moisés e Funabashi Yoshio.
           Após visitarem todas as instalações do Centro Cultural, inclusive uma moderna e bem montada oficina gráfica, os visitantes foram recepcionados com um almoço oferecido pela diretoria do Bradesco, tendo à frente o seu presidente Amador Aguiar.

Cônego Henrique – CIDADÃO EMÉRITO

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Plínio Magalhães da Cunha

Cônego Henrique – CIDADÃO EMÉRITO
Na Sessão Solene da Câmara Municipal de Itapira, realizada em 1979 no salão de festa do Centro Comércio e Indústria – presidida pelo vereador José Ludovino Andrade – foi outorgado o honroso e merecido título de CIDADÃO EMÉRITO ao Cônego Henrique de Moraes Mattos, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade Itapirense.
Padre Henrique, como era carinhosamente chamado pela população local, era um sacerdote íntegro, inteligente, prestativo e muito estimado em nossa cidade, pois sabia muito bem cativar seus paroquianos, orientando-os quando necessário dentro dos ensinamentos cristãos.
Nasceu em 3 de maio de 1905 na cidade de Piracicaba, filho do casal Alcebíades Monteiro de Mattos e de dona Benvinda de Moraes Mattos.
Em 03 de dezembro de 1934, com 29 anos de idade, foi designado Pároco da igreja Matriz de N. S. Penha, onde permaneceu até 1982, quando faleceu, deixando uma imensa lacuna no seio da população.
Padre Henrique foi o grande responsável pela construção da nova Igreja Matriz de N. S. da Penha, que ocupou o lugar da anterior que se achava muito desgastada pela ação do tempo, cuja demolição teve início em 1955. A nova Matriz só ficou pronta em 1967 – doze anos após o início das obras, tendo sempre à frente o estimado sarcedote.
Padre Henrique também foi um assíduo colaborador do jornal “Cidade de Itapira”, sendo seus escritos muito apreciados pelos leitores, porque versavam sobre assuntos de grande alcance social. Todos os artigos eram assinados com o pseudônimo – Euzebius Ignotus.
No que se refere à parte histórica de Itapira, dirimia com muita propriedade as dúvidas sobre as datas e acontecimentos importantes, desde os primórdios da velha Penha do Rio do Peixe.
Poucos itapirenses sabem que Padre Henrique deixou também por escrito um interessante trabalho, no qual catalogou 52 capelas existentes no município, quase todas erigidas na zona rural (fazendas) descrevendo minuciosamente o local de cada uma delas, destacando o nome de santo padroeiro, o estado de conservação e as mais bonitas.
É realmente um trabalho digno de ser mostrado através de uma publicação “ipsis litiris”, para fazer parte integrante do Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, onde já existe um rico acervo da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha.
Nota: Se Padre Henrique ainda fosse vivo, estaria completando no dia 3 de dezembro p/passado, 79 anos de paroquiato.

           Sessão solene da Câmara Municipal de Itapira, realizada em 1979 no salão do Centro Comércio e Indústria, para a entrega do título de Cidadão Itapirense ao Cônego Henrique de Moraes Mattos. Na foto, o ilustre homenageado quando agradecia a importante láurea recebida, o presidente da Câmara, vereador José Ludovino Andrade, o prefeito José Antonio Barros Munhoz, o vice-prefeito Luiz Arnaldo Alves Lima, o ex-prefeito Hélio Pegorari e o presidente do CCI, Alair Cavalaro. Ainda na foto, parte dos integrantes do Coral “Cidade de Itapira” que abrilhantou aquele importante avento.

                  A nave da matriz expõe a placa de bronze.

               Lápide do túmulo na cripta da igreja.