- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da
Cunha
Entrega do pão em
Itapira
Em nossa cidade, no início do século
XX, a entrega do pão para a clientela era feita de maneira bem rústica, isto é,
através de carrocinhas puxadas por tração animal.
Naquela época nossa cidade contava com
onze padarias, sendo que três situavam-se na cidade, e oito nos arrabaldes. As
mais conhecidas e que possuíam maior freguesia eram; Padaria Minerva, Padaria
das Famílias e a Padaria Toscana. Essa última funcionava num casarão situado na
praça da Igreja Matriz, onde hoje está um edifício de dois andares, ocupado
pelo Cartório de Títulos. A Padaria Minerva localizava-se na esquina da
confluência das ruas Rui Barbosa e XV de novembro, e pertencia à tradicional
família Peres.
A massa do pão era sovada manualmente,
isto é, no “muque” dos padeiros, e os fornos à lenha eram construídos com
tijolos e barro, de onde os pães saiam quentinhos para serem entregues em
domicílio através das famosas carrocinhas (vide foto), ou então vendidos nos
balcões das padarias juntamente com o pão doce, roscas, broinhas, biscoitos de
polvilho e outras guloseimas que alegravam a criançada.
Interessante notar que, cada pãozinho
de 50gr. era vendido a Rs. 100 (cem réis) ou 1 tostão, e a clientela achava um
abuso!
A guiza de curiosidade, eram três
qualidades de pães mais vendidos em nossa velha Itapira: o pão d’água, o pão de
fermento de batata e o pão de fermento de cerveja.
Mais tarde surgiu uma padaria mais
incrementada, da estimada família Donatti, cujos produtos eram também entregues
em domicílio pela famosa carrocinha do saudoso Tico Donatti, dentre eles os
inigualáveis pão de ovos, de lingüiça, de queijo, além das tortilhas de banana
cobertas com canela e açúcar, que promoviam a alegria da criançada... e dos adultos
também!
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