- TEMPOS
SAUDOSOS -
Plínio
Magalhães da Cunha
1903 – Ano da Primeira Festa da Árvore em Itapira
Em tempos em que não se falava em
ecologia e preservação ambiental, Itapira saía à frente, no dia 3 de maio
daquele ano, com o ineditismo da Festa da Árvore. Era o começo do século, 1903, que essa festa do verde ganhou espaços solenes no
recém-inaugurado Parque Municipal, hoje Juca Mulato, sob os auspícios
promocionais do então prefeito Jacintho Franklyn Alvarenga da Cunha.
Franklyn da Cunha cuidou com carinho
dessa festa, que o nosso Museu Histórico “Comendador Virgolino de Oliveira”
registra como acontecimento histórico, exemplo e lição de uma iniciativa
engrandecedora para as gerações futuras.
CONVIDADO ILUSTRE
O prefeito Franklyn da Cunha
emprestou grandiosidade à Festa da Árvore, trazendo a Itapira o poeta e
escritor Coelho Neto, que residia em Campinas e cuja inspiração e profundidade
revelavam a versão colorida da natureza. Ele plantou um exemplar de pau-brasil
defronte ao parque, mais tarde erradicado por paisagistas de plantão que
reformularam a área. O prefeito foi mais feliz; plantou uma essência de
“grevillea robustas”, espécime de origem australiana, que até hoje permanece a
poucos metros do Museu. É bom lembrar que Coelho Neto redigiu de próprio punho
a ata da festa, grafando num livro especial sua caligrafia impecável e ao
estilo poético de sua lavra, cujo documento original, hoje faz parte integrante
do rico acervo do nosso Museu Histórico.
A árvore continua frondosa, pródiga
em sombreamento e beleza. Um símbolo testemunhal e secular de uma iniciativa
ecológica e remanescente de um passado que confere a Itapira certo pioneirismo
na preservação ambiental. Já se ensinava naquela época a amar a natureza, como
queria meu avô, o prefeito Jacintho Franklyn Alvarenga da Cunha, de saudosa
memória.
Foto da árvore
“grevillea robustas”, de origem australiana, plantada no dia 3 de maio de 1903
pelo prefeito Jacintho Franklyn Alvarenga da Cunha (prefeito de 1902 a 1905).
Esta árvore centenária está plantada no início da Avenida dos Birís, ao lado do
Museu Histórico.
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