quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A velha gare da Mogiana

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

A velha gare da Mogiana
Lembro-me perfeitamente da Estação da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, e dos trens que por ali transitavam diariamente, provocando um alarido característico, principalmente ao cruzarem algumas ruas da cidade. Lembro-me da chegada e partida da “Maria Fumaça” puxando seus pesados vagões.
Para a garotada daquele tempo, também me incluo, era uma alegria contagiante, e, ao mesmo tempo, uma das distrações assistir à chegada dos comboios na estação da cidade.
Recordo-me ainda que, ao ouvir às 14 horas, dentro do horário, o estridente apito acionado pelo maquinista anunciando que o trem estava chegando nas adjacências do pontilhão do largo São Benedito, provindo de Mogi Mirim – com destino a Barão Ataliba Nogueira, Eleutério e Sapucaí de Minas – e a garotada apressando os passos rumo à estação a fim de assistir ao desembarque dos passageiros, dentre eles, alguns conhecidos ou parentes.
Após o desembarque, cessava o corre-corre na plataforma. Aqueles que iriam continuar a viagem permaneciam na expectativa aguardando o momento aprazado.
Após a partida do comboio, cessava completamente o borborinho na estação.
Muitas vezes eu ali permanecia observando o manuseio do telegrafo pelo exímio telegrafista Abel Barbanti, enviando através daquele aparelho de comunicação, as mensagens pelo Código Morse.
Naquele tempo os telefones de Itapira ainda eram acionados através de manivelas para chamar a telefonista, que ao atender o sinal, solicitava o número do aparelho desejado para completar a ligação. As chamadas interurbanas eram uma verdadeira odisséia para se conseguir!
Realmente tudo era difícil, mas assim mesmo relembro com emoção e saudade os dias felizes de minha infância, correndo para ver o trem passar... e hoje, continuo correndo no labirinto da vida, lembrando daqueles tempos que não voltam jamais!

A velha Estação da Mogiana com vagões defronte ao pátio. Ao fundo vê-se uma vista parcial de Itapira nos idos de 1920.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um Anúncio – 1923

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
Um Anúncio – 1923
Quando pesquisava alguns jornais do ”Cidade de Itapira” no Museu Histórico, referentes ao ano de 1923, qual não foi minha surpresa ao deparar com anúncios de uma Clinica Médico – Cirúrgica, que me deixou bastante curioso, pois eu ainda não era nascido. Esse anúncio traz o nome de dois médicos recém formados em 1922 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, que por serem colegas e muito amigos, resolveram exercer a nobre profissão em Itapira.
Trata-se dos drs. Dante Pazzanese e João Pereira da Cunha (o dr. Cunha), meu saudoso pai.
Após quatro anos de clínica, o dr. Dante Pazzanese deixou nossa terra para instalar outra clínica similar em São Paulo, tendo, inclusive, insistido com o dr. Cunha para trabalharem juntos na Capital Paulista. Esse convite não vingou por razões óbvias, porque o dr. Cunha optou para continuar exercendo a medicina em sua terra natal, sua querida Itapira.
Instalou seu consultório e residência numa casa da rua João de Moraes nº 04 (atualmente 331) onde viveu por toda sua vida com seus familiares, exercendo ali de forma ininterrupta os 50 anos de clínica médica, sempre à disposição de seus amigos, clientes e da Santa Casa de Misericórdia.
O dr. João Pereira da Cunha foi homenageado emprestando o seu nome ao PPA – Central sito á rua Bentico Pereira, e também a uma rua no bairro denominado Penha do Rio do Peixe.

Solenidade Cívica

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Solenidade Cívica
A 19 de novembro de 1975 – DIA DA BANDEIRA – houve solenidade na Praça Bernardino de Campos, no monumento à bandeira, ali erigido pelo Rotary Club local.
Após os hasteamentos das bandeiras do Brasil, de São Paulo e de Itapira, pelo juiz de direito da comarca, dr. Júlio dos Santos, pelo prefeito municipal Alcides de Oliveira e por José Grossi, presidente do Sindicato dos Papeleiros de Itapira, ocupou a tribuna o vereador João Moisés Andare, que em nome da Câmara Municipal, tendo ao seu lado o vereador José Ludovino Andrade, falou sobre o importante evento cívico.
Ainda entre os presentes, nota-se na foto, da esquerda para a direita: vereadores César Bianchi; Manoel (Neco) de Freitas Filho; diretor do Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, Plínio Magalhães da Cunha; tenente Onofre Mangini Marques; vereador José Guilherme da Rocha franco e Antonio Carlos Risola.
Para recordar:
SALVE LINDO PENDÃO DA ESPERANÇA!
SALVE, SÍMBOLO AUGUSTO DA PAZ
TUA NOBRE PRESENÇA, À LEMBRANÇA
A GRANDEZA DAPÁTRIA NOS TRAZ...
Esta é a primeira estrofe do nosso hino à Bandeira, escrito por Olavo Bilac, e música do maestro Francisco Braga.

Uma visita ilustre - 1987

- TEMPOS SAUDOSOS -

Plínio Magalhães de Cunha

 

Uma visita ilustre - 1987
Quando da auspiciosa visita em 1987, da deputada federal e Secretária da Cultura do Estado de São Paulo, Bete Mendes, ao Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, aquela autoridade percorreu com o mais vivo interesse, todos os salões das exposições permanentes do acervo histórico daquele Instituto Cultural de nossa terra.
Na foto em tela, vê-se Bete Mendes questionando o diretor e implantador do Museu, Plínio Magalhães da Cunha, sobre o funcionamento de uma das peças ali exposta, a qual seja, uma antiga impressora manual, de procedência alemã, com mais de cem anos de existência.
Mais ao fundo, nota-se um antigo aparelho de raio-x, o primeiro a ser usado em Itapira, e que pertenceu ao saudoso dentista itapirense, dr. Donizette Moraes.
Durante quase nove anos, Bete Mendes interrompeu a sua vitoriosa carreira artística para se dedicar à política. Por duas vezes foi eleita deputada federal e também ocupou o alto cargo de Secretária da Cultura do Estado de São Paulo, quando aquela importante pasta cultural experimentou um desenvolvimento formidável durante sua gestão.
Atualmente Bete Mendes voltou às suas atividades artísticas, participando de novelas da TV Globo.

Nossa Velha Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Nossa Velha Itapira
Aspecto da Rua Comendador João Cintra nos idos de 1915. Esta foto foi obtida da altura do antigo palacete do sr. Domingos Anastácio, defronte aos fundos da residência do médico dr. Norberto da Fonseca, avô do nosso amigo Luiz Antônio da Fonseca, o popular Toy da Rádio Clube. Do lado esquerdo dessa rua histórica, bem na esquina da Rua da Estação, hoje José Bonifácio, vê-se o prédio da Farmácia Ítalo-Brasileira, posteriormente Farmácia Brasileira, que pertenceu ao médico e farmacêutico dr. Aquiles Galdi, de saudosa memória. Essa farmácia, mais tarde também pertenceu aos farmacêuticos Guerino Franchi e por ultimo a Francisco Galdi, irmão do dr. Achiles. Nota-se logo abaixo, no cruzamento das ruas Comendador João Cintra com José Bonifácio, bem na esquina do lado esquerdo de quem desce, o antigo sobradão de dois andares que pertenceu ao comerciante João Baptista Rossi, e na esquina fronteiriça, um outro terreno apenas murado, que mais tarde deu lugar ao prédio de dois andares, ocupado por muitos anos pelo Banco Comercial do Estado de São Paulo, que após também ser demolido, lá funciona atualmente a agência do Itaú.
Bem no alto dessa foto, aparece ao longe a centenária igreja construída em louvor a São Benedito, em cujo adro até hoje é realizada uma festa religiosa e folclórica mais tradicional de Itapira e região, a qual seja, a famosa “Festa do treze” que continua acolhendo um numeroso público durante os treze primeiros dias do mês de maio.

A Velha e Pacata Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

A Velha e Pacata Itapira
Vista geral da Praça de Esportes nos idos de 1920, existente ao lado do Parque Municipal João Pessoa, hoje Juca Mulato. Em primeiro plano aparecem a quadra de tênis e quatro disputantes daquele esporte, sendo que, os dois à esquerda da foto, foram identificados como sendo o advogado dr. Mário da Fonseca, e, mais ao fundo, de chapéu, o seu irmão, o médico dr. Norberto da Fonseca, pai do saudoso Luiz Norberto da Fonseca, ex-diretor da Rádio Clube local.
Mais à esquerda, em pé de terno e chapéu, o empresário, esportista e habilidoso político itapirense, Coronel Francisco Vieira.
Em segundo plano, eis o campo de futebol do Sport Clube Itapirense, com a arquibancada coberta destinada ao público que lotava aquela dependência, principalmente aos domingos e dias festivos, a fim de assistir às competições futebolísticas.
Bem ao fundo do campo de futebol, cercado por altos muros, vê-se o prédio da Cadeia, construído em 1909, onde funciona atualmente a Casa da Cultura João Torrecillas Filho. Na parte térrea desse prédio estavam localizados a carceragem, o alojamento dos soldados e as celas. Na parte superior, funcionava o Fórum de Itapira, com o seu amplo salão de júri.

IEESO Comanda o Desfile

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

IEESO Comanda o Desfile
Fanfarra do Instituto de Educação Elvira Santos de Oliveira em 1960, desfilando no dia 24 de outubro, quando Itapira completava 140 anos de fundação.   
Na foto – obtida da rua José Bonifácio e começo da Praça Bernardino de Campos – vê-se os garbosos componentes marchando sob a cadência dos seus instrumentos, quando cada um dos jovens ginasianos executava o som característico do surdo, da caixa, de repique do bombo, dos estridentes clarins, dos pífaros, da corneta que puxava os dobrados, da tuba, etc... era uma alegria contagiante.
Dentre alguns participantes dessa fanfarra muito bem ensaiada, conseguimos identificar apenas alguns ex-alunos, como José Roberto Menezes (Betô); Anibal Victor dos Santos (Nibinha); Edson de Freitas; Fernando Tonini; Natálio Bianchesi; Chico Frassetto e Edson Brasil Boretti.
Os demais integrantes poderão ser reconhecidos pelo caro leitor, ou mesmo pelo próprio ex-aluno.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nossa velha Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Nossa velha Itapira
Vista parcial de Itapira em 1917, obtida do pátio da Santa Casa pelo exímio fotógrafo da época – Bartholomeo Serracino. Nesse panorama da cidade, nota-se a partir da esquerda para a direita: a Matriz de Nossa Senhora da Penha, na praça dr. Bernardino de Campos, encimada por duas torres. Mais à direita, aparece a torre da Igreja Presbiteriana, situada à rua Campos Salles, e, logo a seguir, o belíssimo prédio do tradicional Grupo Escolar “dr. Júlio de Mesquita”, e, mais acima a famosa caixa d’água do Parque Municipal “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”, ostentando seu belo arvoredo. Por último, lá no alto da arborizada Rua Ruy Barbosa, o vetusto prédio da Cadeia, hoje ocupado pela Casa da Cultura “João Torrecillas Filho”, numa justa homenagem ao saudoso músico, historiador e memorialista de nossa terra, que sabia muito bem enfeitar e colorir aos domingos as páginas do jornal “Cidade de Itapira”, com sua inigualável coluna intitulada “NO TEMPO DA VOVÓZINHA” assinada com o pseudônimo de “JOÃO DO NORTE”.

Outra foto parcial de Itapira obtida do prédio da Estação da Companhia Mogiana de estrada de Ferro, mostrando em primeiro plano, a porteira usada para dar vazão às cargas provindas de diversas cidades com destino ao nosso município, através dos enormes vagões, puxados com aquele som característico da saudosa “Maria Fumaça”. Essas composições ferroviárias atravessavam algumas ruas de nossa cidade, e por essa razão, o maquinista jamais se esquecia de fazer soar o estridente apito a cada passagem de nível, alertando aos transeuntes mais desavisados para olharem a famosa tabuleta com os dizeres: “Pare, Olhe e Escute”. 
Ainda no alto da foto, a começar da esquerda para a direita, vê-se a cobertura do prédio do Grupo escolar “dr. Júlio de Mesquita”, a caixa d’água do Parque Municipal e o prédio da cadeia.

A Pinguela do Ribeirão da Penha

- Tempos Saudosos -
Plínio Magalhães da Cunha

A Pinguela do Ribeirão da Penha
Construída no início do século passado, por volta de 1917, serviu por muitos anos como um importante meio de ligação entre o centro da cidade com o bairro do Cubatão e adjacências.
Essa pequena ponte que unia as duas margens do ribeirão – construída com madeira de lei – servia para sustentar o vai e vem daqueles que necessitavam utilizá-la rumo ao centro da cidade e vice-versa.
Era considerada de grande utilidade, pois, realmente, encurtava bastante o percurso do usuário para chegar rapidamente ao local desejado, principalmente os trabalhadores que se dirigiam às fábricas, ao comércio, ou mesmo aos jovens estudantes em busca do saber nas poucas escolas existentes na época em nosso município.
Os caminhos mais fáceis àqueles que precisavam alcançar a pinguela, provindos do centro da cidade, era através da ladeira São João, onde está até hoje desafiando a ação do tempo o famoso escadão; ou através do final da Rua Conselheiro Dantas, outra “barroqueira”. Podia-se ainda utilizar a ladeira do Cubatão, hoje com o nome de Rua Adelelmo Boretti, em homenagem ao fundador da indústria de bebidas “alcoólicas e espumantes”, ali localizada.

A foto acima mostra em toda sua amplitude, a famosa pinguela, volteada de terrenos bastante íngremes, formando um imenso vale. Pode-se ainda ver o saudoso prefeito Caetano Munhoz dirigindo pessoalmente seus auxiliares na reforma da pequena ponte.
Caetano Munhoz governou Itapira no período de 1938 a 1942, e de 1956 a 1959.
Diariamente era visto percorrendo à pé, ou em seu carro particular, vistoriando e fiscalizando as obras em andamento no município, a fim de evitar transtornos, ou mesmo prejuízos para os cofres públicos.
Com aquela sua lhaneza que lhe era peculiar, atendia com respeito e presteza as legítimas aspirações dos munícipes.
Caetano Munhoz deixou muitas obras importantes em nosso município, dentre elas citamos a criação do nosso querido Ginásio de Estado, o primeiro estabelecimento de ensino secundário de Itapira – no ano de 1939.
Para o êxito dessa preciosa conquista à população estudantil de nossa terra, destacamos com justiça o valioso auxílio e o empenho junto às autoridades estaduais, do benemérito itapirense, o saudoso  Comendador Virgolino de Oliveira, que sempre se fez presente nas justas causas de seu povo e de sua querida Itapira.

Barbearia de Itapira - 1920

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Barbearia de Itapira - 1920
Salão de barbeiro pertencente ao sr. Almintare Gilberti, instalado na antiga rua da Estação, hoje José Bonifácio. Esse salão era um dos melhores e mais bem montados da cidade.
As duas cadeiras eram estofadas em couro, a fim de oferecer um melhor visual e conforto à sua exigente clientela.
Nessa época existiam apenas dois salões no centro da cidade; o da foto em tela e outro do sr. Amadeu Bucci.
O leitor poderá notar à frente, ao lado de uma das cadeiras, o proprietário do salão, Almintare Gilberti, e, mais atrás, o seu auxiliar.
Os armários que guarneciam o ambiente eram impecáveis e luxuosos, adornados de espelhos de cristal com acabamentos em mármore, inclusive o da pia, cuja torneira era niquelada.
Nas prateleiras dos armários, estavam bem visíveis aos clientes, vidros de loções, sabonetes, perfumes e outros artigos inerentes ao ramo de barbearia.
Nota-se ainda, chamando a atenção por causa do seu tamanho, uma lâmpada incandescente, e, ao seu lado, um lampião a querosene preso ao teto por correntes, pronto para ser usado na falta de energia elétrica.
Nota: à guisa de curiosidade, informamos que, a luz elétrica pública em Itapira foi inaugurada em 14 de maio de 1905, com muita festa, precisamente às 18:30 horas, contando com a presença das autoridades locais, de convidados especiais e do público que também prestigiou o evento.

O sofrido Ribeirão da Penha

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O sofrido Ribeirão da Penha
Na foto acima, uma vista parcial desse verdadeiro herói de nossa terra nos idos de 1920, vendo-se a antiga represa que conseguia a duras penas segurar a fúria da correnteza – principalmente na época das chuvas.
- O que seria do nosso município, desde os tempos mais remotos, se esse ribeirão não existisse?
Mas ele continua firme, embora ostentando seus meandros cansados e ainda judiados por aqueles que arremessam costumeiramente em suas águas, toda espécie de detritos, fazendo de seu leito uma imensa lata de lixo!
Agora pergunto:
- E os responsáveis por esse crime ecológico, por essa barbárie, onde estão? Será que não há nada a fazer para coibir tais desmandos?
    Uma sugestão: que as autoridades competentes determinem uma fiscalização mais rígida – multando os infratores, inclusive determinando a lavratura de boletim de ocorrência e também divulgando os nomes dos irresponsáveis ou dos mandantes através da imprensa.

O futebol de Itapira em 1908

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha 

O Futebol de Itapira em 1908
Esta foto centenária de meu acervo é uma verdadeira relíquia, pois retrata o esquadrão do Sport Club Itapirense como era em 1908.
Interessante notar que, todos os craques daquela época trajavam uniformes impecáveis, inclusive usando camisa de gola fechada (tipo colarinho) e gravata. As chuteiras eram as chamadas botinas, parecidas com os sapatões de hoje.
O Sport Club Itapirense tinha até o luxo de possuir dois uniformes: o primeiro, camisa preta e gravata, com o calção branco e meias pretas.
O segundo uniforme era camisa branca, gravata, calção branco e meias pretas.
Conseguimos identificar apenas alguns jogadores do clube: sentados, o segundo da primeira fila, da esquerda para a direita, é João Batista Cintra, o conhecido Joanico Cintra – um verdadeiro craque do passado – pai da professora Terezinha Pupo Cintra; o quarto, na mesma ordem, de uniforme branco, com um pé sobre a bola, é meu tio Aristides Vieira de Magalhães; logo atrás de Aristides, outro tio, Mário Vieira de Magalhães, e atrás do Mário, está outro parente, Francisco Vieira (cel. Chico Vieira) grande esportista da época e um dos fundadores do Sport Club Itapirense, que empresta o seu nome ao Estádio Municipal de nossa terra, tendo ao seu lado esquerdo, de bigode (mas sem o seu famoso cavanhaque), o advogado Mário da Fonseca, fundador do jornal “Cidade de Itapira” em 1907 – tio-avô do Toy e do Betuska Fonseca.
NOTA: Infelizmente não conseguimos identificar outros jogadores, inclusive o cidadão de chapéu-côco, terno escuro e colete, apoiado elegantemente em sua bengala.

A carrocinha do Leite

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

A carrocinha do Leite
O calendário girava pelos anos 20, depois da primeira grande guerra e da misteriosa gripe espanhola. Em Itapira, a distribuição de leite transcorria naquele processo empírico, manual e caseiro, como em todo o Brasil. Nenhum estabelecimento ousava comercializar o leite, nem distribuí-lo. A tarefa se concentrava nas carrocinhas românticas, rodas de ferro, que ainda por cima executavam o murmúrio rítmico  das engrenagens ressequidas. O leite vinha, portanto, em garrafas de cores variadas, arrolhadas com palha de milho. Latões abastecidos tinham uma torneirinha adaptada, no terminal da carroça, para facilitar o serviço do entregador. A cada parada, a torneirinha era aberta, ficando a rua de chão batido com os respingos da sobra. Na foto de hoje, uma dessas carrocinhas estacionada em frente ao prédio do Coronel Francisco Vieira mostrando o gradil daquela residência. À esquerda, mais ao fundo, a mansão do Capitão Adolpho de Araújo Cintra, que ainda lá permanece como sentinela avançada do início da Rua Regente Feijó. E, do lado direito, as obras para a construção da casa do fazendeiro João Baptista Pereira, hoje residência da família do saudoso  médico José Alberto de Mello Sartori, ali na confluência com a Comendador João Cintra.
Finalizando, lembro aos saudosistas que, este conto é de um passado remoto – dos meus tempos de menino – transformado num quadro vivo em forma de pensamentos. De uma época entrelaçada ao futuro, mas despertada pelo presente no enigma do tempo. É a vida!

Avenidas do Parque e do Cruzeiro

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


 
Avenidas do Parque e do Cruzeiro
Fotos obtidas em 1917, mostrando como se apresentavam as duas belíssimas avenidas de nossa Itapira antiga, ambas situadas no interior do Parque “João Pessôa” hoje “Juca Mulato”.  A primeira foto é da célebre Avenida dos Birís, cantada em prosa e verso pelos itapirenses que a conheceram desde a inauguração do parque em 1902. Mais tarde, em 1921, essa avenida recebeu a auspiciosa visita do presidente Washington Luiz Pereira de Souza, quando naquele local – diante da visão panorâmica que ali descortina – proferiu a famosa frase: “ITAPIRA, A LINDA”, que até hoje ecoa no coração do povo de nossa terra, como também ao longe, no velho espigão azul da Mantiqueira.
A outra avenida, a do Cruzeiro, era margeada de ambos os lados por viçosos ciprestes, e com o seu leito central artisticamente decorado com cascalhos brancos e negros, formando arabescos de grande efeito visual. Hoje, em nome de um progresso canhestro, sem nenhum senso de responsabilidade, simplesmente desapareceu, nada restou, deixando apenas lá no alto, isolado do parque e num local taciturno, aquele importante monumento histórico erigido em 1902, na passagem do século, como o símbolo da fé do povo de nossa querida Itapira.
Finalizando, lembro que, um povo sem história não existe, e uma cidade que não procura preservar o seu passado, perde o pé no presente e não deixa acontecer o futuro.

Semana da Pátria e o 7 de Setembro.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Semana da Pátria e o 7 de Setembro
O Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” – em 1984 – comemorando festivamente a Semana da Pátria e a magna data nacional, o 7 de setembro.
Na oportunidade, como acontecia todos os anos, era montada no salão nobre daquele órgão – quando ainda estadual – uma exposição temporária alusiva ao evento, ocasião em que era visitada por estudantes e pelo público em geral.
Essas exposições eram também apresentadas nas principais datas históricas, quando os alunos dos estabelecimentos de ensino compareciam acompanhados de seus professores, em visitas programadas entre o museu e a escola.
O motivo primordial dessas exposições era a de permitir a visualização do fato histórico em três dimensões, encerrando, assim, um poder didático sem rival. Isso acontece porque os museus são instrumentos insubstituíveis no campo histórico, tanto para o trabalho didático e educativo, como também à divulgação do passado, preservando os elementos – fatos, peças e documentos – que irão facultar ao instituto a sua função cívica e cultural, de aviventador da memória nacional.
Nas fotos acima, dois aspectos do Museu Histórico e Pedagógico, que tem como patrono o benemérito itapirense Comendador Virgolino de Oliveira.
Na primeira, vê-se uma exposição temporária de peças, documentos e uma panóplia com as treze bandeiras históricas que tremularam em solo de nossa pátria; a outra foto – em continuação do salão nobre – a sala em homenagem aos prefeitos que administraram Itapira desde 1892 até o último, além de documentos importantes sobre nossa terra.
De certa feita, conversando com um velho amigo e colega da Secretaria de Estado da Cultura, nos anos 70, o poeta e escritor Paulo Bomfin, membro da Academia Paulista e Brasileira de Letras, perguntei-lhe: como você definiria de uma forma bem sucinta um museu?
Ele então, sem pestanejar disse-me: “MUSEU É A MEMÓRIA DE UM POVO... NELE O PASSADO É ETERNO”.
Em poucas palavras disse tudo!

1989 - Dupla Efeméride.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
Dupla Efeméride - 1989
Quando Itapira comemorou em 1989, 169 anos de fundação, o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, também festejou o seus 15 anos de existência.
Para relembrar o duplo acontecimento, o nosso museu Histórico participou ativamente das festividades programadas, dentre elas, fez uma sugestiva exposição de documentos e fotos de ITAPIRA DE TODOS OS TEMPOS, ocasião em que recebeu um numeroso público inclusive autoridades e a classe estudantil.
Na foto em tela, obtida no salão nobre daquele modelar Instituto Cultural de nossa terra, eis um “flash” de vereadores da Câmara Municipal de Itapira que ali se fizeram presentes. Da direita para a esquerda: professor Orlando Dini, que estava acompanhado de sua irmã Laura Dini Tonini – do suplente de vereador Oswaldo Custódio – vereadores Nelson Caporalli – Antonio Orcini (Presidente da Câmara) – Dimas Salles Rocha – Sebastião Manoel – Dirceu de Oliveira – ex-vereador Antonio Cescon e o diretor Plínio Magalhães da Cunha, que recebeu os ilustres visitantes às 9:00 horas do dia 24 de outubro de 1989 – após o hasteamento das bandeiras ao som do Hino Nacional, defronte ao prédio daquele órgão cultural, que guarda, preserva e difunde o seu rico acervo histórico.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

1903 - Ano da Primeira Festa da Árvore em Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

1903 – Ano da Primeira Festa da Árvore em Itapira
            Em tempos em que não se falava em ecologia e preservação ambiental, Itapira saía à frente, no dia 3 de maio daquele ano, com o ineditismo da Festa da Árvore. Era o começo do século, 1903, portanto há 109 anos, que essa festa do verde ganhou espaços solenes no recém-inaugurado Parque Municipal, hoje Juca Mulato, sob os auspícios promocionais do então prefeito Jacintho Franklyn Alvarenga da Cunha.
            Franklyn da Cunha cuidou com carinho dessa festa, que o nosso Museu Histórico “Comendador Virgolino de Oliveira” registra como acontecimento histórico, exemplo e lição de uma iniciativa engrandecedora para as gerações futuras.

CONVIDADO ILUSTRE

            O prefeito Franklyn da Cunha emprestou grandiosidade à Festa da Árvore, trazendo a Itapira o poeta e escritor Coelho Neto, que residia em Campinas e cuja inspiração e profundidade revelavam a versão colorida da natureza. Ele plantou um exemplar de pau-brasil defronte ao parque, mais tarde erradicado por paisagistas de plantão que reformularam a área. O prefeito foi mais feliz; plantou uma essência de “grevillea robustas”, espécime de origem australiana, que até hoje permanece a poucos metros do Museu. É bom lembrar que Coelho Neto redigiu de próprio punho a ata da festa, grafando num livro especial sua caligrafia impecável e ao estilo poético de sua lavra, cujo documento original, hoje faz parte integrante do rico acervo do nosso Museu Histórico.
            A árvore continua frondosa, pródiga em sombreamento e beleza. Um símbolo testemunhal e secular de uma iniciativa ecológica e remanescente de um passado que confere a Itapira certo pioneirismo na preservação ambiental. Já se ensinava naquela época, a amar a natureza, como queria o prefeito Jacintho Franklyn Alvarenga da Cunha, de saudosa memória.

Foto da árvore “grevillea robustas”, de origem australiana, plantada no dia 3 de maio de 1903 pelo prefeito Jacintho Franklyn Alvarenga da Cunha (prefeito de 1902 a 1905). Esta árvore está plantada no início da Avenida dos Birís, ao lado do Museu Histórico.

A Caixa d'água do Parque

- TEMPOS SAUDOSO -
Plínio Magalhães da Cunha

A Caixa d’água do Parque
Até hoje funciona como reservatório de água localizado no centro do parque “Juca Mulato”, ao lado do prédio do Museu Histórico “Comendador Virgolino de Oliveira”. A data de sua construção ainda pode ser vista no seu frontispício: setembro de 1897.
Essa caixa distribuía diariamente à cidade perto de 1.500.000 litros de água, com capacidade para abastecer cerca de 900 prédios.
A água ali capitada, provinha de quatro mananciais: o de Águas Claras, do Arrozal, da Mata (na fazenda Santa Adélia) e dos Macucos.
A beleza desse reservatório estava na sua parte superior, isto é, a que cobria toda a extensão com cimento armado para suportar o peso de um jardim – conhecido naquela época como “Jardim Suspenso” – onde ostentava uma enorme quantidade de plantas ornamentais, cultivadas com esmero pelos jardineiros João e Afonso. Lembro-me muito bem deles e desse jardim.
As plantas ali cultivadas também serviam para a ornamentação de todos os canteiros do parque, que após serem replantadas, apresentavam um agradável visual muito admirado pelos visitantes daquele logradouro.

Na foto em tela, vê-se ainda a saudosa “Avenida dos Birís”, cujas árvores na primavera ficavam revestidas de flores amarelas. Suas pétalas quando sopradas pelo vento, cobriam toda a extensão de seu leito, de onde descortinava no horizonte o azul da velha Mantiqueira.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Vista Parcial do Parque Municipal

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Vista Parcial do Parque Municipal
Centro do Parque Municipal “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”, nos idos de 1920. Nota-se o Coreto, onde a banda Lira Itapirense executava os seus dobrados; o Ford “bigode”, tendo ao lado o seu proprietário Coronel Francisco Vieira e, em pé, perto do Coreto, o médico itapirense dr. Joaquim Vieira Filho (Quinzote), irmão de Francisco Vieira. Ao fundo da foto aparece parte da caixa d’água, cuja cobertura ostentava o famoso “jardim suspenso”, onde as plantas ornamentais eram cuidadas com esmero pelos saudosos jardineiros João e Afonso.
Esse jardim foi destruído, sendo substituído por uma pista de patinação e, logo mais tarde, por uma lanchonete que acabou tendo o mesmo fim.
Hoje, ali está apenas uma carcaça de cimento armado – diga-se de passagem, horrível – aguardando um “estalo de Vieira” ou de algum responsável por aquele logradouro, que por muito tempo foi conhecido como o “cartão de visita” da nossa Itapira, orgulho dos itapirenses.

Visita de Adhemar de Barros a Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Visita de Adhemar de Barros a Itapira
Em abril de 1949, o candidato ao governo do Estado de São Paulo – pelo Partido Social Progressista (PSP) – Adhemar Pereira de Barros, visitou Itapira, a convite de seu amigo e líder político local, o saudoso Comendador Virgolino de Oliveira, cujo aniversário natalício é comemorado no dia 15 de março.
Adhemar e sua comitiva foram recepcionados pelas autoridades e correligionários no diretório central do PSP, situado à Praça Bernardino de Campos, ao lado da igreja matriz de N. S. da Penha.
O ilustre visitante cumpriu um extenso programa durante sua permanência em Itapira, visitando diversos pontos, dentre eles, algumas indústrias.

Na foto acima, o candidato Adhemar de Barros quando era recepcionado no comitê central, vendo-se da esquerda para a direita: Flávio Thomaz de Aquino; vereador Antonio Caio; vice-prefeito dr. Aquiles Galdi; prefeito Virgolino de Oliveira (1949 e 1950); senador Euclides Vieira, irmão de outro político itapirense, o Coronel Francisco Vieira; o candidato Adhemar de Barros; o professor Miguel Realli; o deputado estadual André Nunes Júnior, presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo; vereador Marcelo Avancini (de perfil) e alguns membros da comitiva ademarista.

Outro “flash” da visita de Adhemar de Barros e sua comitiva à fábrica de chapéus Sarkis, onde foi recebido pelo diretor-presidente Sebastião Jader Sarkis e funcionários, dentre eles o conhecido esportista de nossa terra, Benedito Leitão Sobrinho, o estimado e saudoso Joca Leitão, que aparece todo sorridente cumprimentando o ilustre visitante. Vê-se ainda, José Galli, o vereador Antonio Caio e o industrial Comendador Virgolino de Oliveira, anfitrião do candidato populista a Itapira.

Visita de Washington Luiz a Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Visita de Washington Luiz a Itapira
A Praça dr. Bernardino de Campos toda engalanada em 1921, para receber a auspiciosa visita do dr. Washington Luiz Pereira de Souza, 11º Presidente Republicano e também governador de São Paulo de 1º de maio de 1920 a 1º de maio de 1924. O ilustre visitante foi recebido calorosamente pela população local e pelo prefeito da época, Coronel Francisco Vieira, conceituado político itapirense. Chico Vieira foi o primeiro deputado estadual de nossa terra a ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa do Estado, no período de 1936 a 1937.
Naquela oportunidade, o governador de São Paulo foi festivamente saudado pelas autoridades locais, Banda de Música e com um magnífico coral dos alunos do recém criado Grupo Escolar “dr. Júlio de Mesquita”, do qual fazia parte a aluna e hoje saudosa professora Maria Suzana Pereira da Silva.
Durante sua estada em Itapira, o governador Washington Luiz percorreu a cidade ficando encantado com os pontos turísticos, principalmente com o Parque Municipal “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”, e o Cruzeiro – símbolo de fé do povo itapirense – implantado em 1902, locais considerados aprazíveis, de onde descortina uma vista privilegiada pela natureza. Diante da beleza do local, aquela autoridade do nosso Estado, cognominou nossa terra de “ITAPIRA, A LINDA”, palavras que ficaram gravadas nos corações dos itapirenses, palavras que até hoje são lembradas e cantadas em prosa e verso. Na foto que ilustra esta matéria, nota-se o Coreto, todos os postes de iluminação da praça decorados com folhagens entrelaçadas, muitas bandeirolas paulistas e brasileiras, e um obelisco construído em madeira, onde se lê na parte superior: “SALVE WASHINGTON LUIZ”. Ao fundo, a antiga residência do Cel. Joaquim Ignácio de Alvarenga Cunha, posteriormente do casal dr. Névio Bicudo e da pianista e compositora Maria Amélia da Cunha Bicudo, pais da saudosa dona Dedé Bicudo Cruz. Esse vetusto casarão, atualmente deu lugar ao prédio ocupado pelo HSBC. Ainda à direita da foto, vê-se outro prédio, tendo no seu frontispício a inscrição: ”MANSÃO CLUBE PENHA”.
OBS: na foto, alguns dos detalhes mencionados somente foram vistos graças ao auxílio do computador.
Finalizando, faço uma pergunta: - Se o governador Washington Luiz viesse hoje a Itapira, ficaria embevecido com os pontos visitados em 1921, e proferia novamente as mesmas palavras: - “ITAPIRA, A LINDA”? As ilações ficam por conta do leitor.

Escolas Particulares

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Escolas Particulares
Itapira sempre contou com enumeras escolas particulares, algumas delas, antes mesmo de nossa cidade ser dotada do centenário e querido Grupo escolar “dr. Júlio Mesquita”.
Dentre as mais antigas – as que me recordo – a do professor Miguel Cardim, da professora dona Bena de Souza Ferreira, da professora dona Maria Luiza Vieira, das professoras dona Diva Magalhães Raymonti, dona Iracema Costa Martinez (dona Zita), dona Clarice Aguiar, e tantas outras que também prestaram relevantes serviços a Itapira na importante área educacional.


A foto acima mostra uma classe mista da professora dona Clarice Aguiar, que aparece bem ao centro, contornada por uma plêiade de alunos posando para a posteridade.
Foi-me impossível identificar todos, mas para facilitar nossos leitores, irei numerar alguns que foram reconhecidos: na primeira fila (sentados no chão) 3 – Paulo Guerra; 7 – Décio Queluz. Na segunda fila: 1 – Maria Terezinha Avancini; 2 – Suzana Rodrigues da Silva; 5 – Madalena Rodrigues da Silva e a professora dona Clarice Aguiar. Na terceira fila: 4 – José Walfredo Riboldi; 6 – Benedito Passarella e 7 – Jair Amaral. Na quarta fila (em pé): 5 – Maria de Lourdes Rocha Oliveira; 6 – Maria Ondina Marella; 7 – Maria Clara Serra.
Nota: Soube que nesta foto também estão os alunos: Dolly Modonezzi; Claudete Avancini e Ayrton Rogatto – que não foram identificados. Quanto aos demais poderão ser reconhecidos pelos leitores.

domingo, 8 de julho de 2012

80 anos da Epopéia Paulista - 1932 - 2012

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha
80 anos da Epopéia Paulista
1932 – 2012
Nossa singela homenagem, mas com muito respeito, àqueles que souberam lutar com destemor e bravura para redimir nossa Pátria escravizada pela ditadura de Getúlio Vargas. São Paulo venceu a luta, pois assistiu de pé a vitória de seus ideais revolucionários, com a volta do respeito ao direito e à liberdade democrática deste gigante Brasil.
Aproveitamos da oportunidade para parabenizar o fecundo trabalho da diretoria e membros do Núcleo MMDC de Itapira, pela criação dessa entidade que irá, certamente, tornar sempre viva na memória de nossa gente, o que representa para o Brasil a Epopéia Paulista de 1932.

Brasão de armas de São Paulo criado por decreto nº 5656 de 29 de agosto de 1932, pelo governador Pedro Manuel deToledo.






Batalhão do Cel. Francisco Vieira, - em Itapira, na Estação de Barão Ataliba Nogueira – pronto para entrar em ação na linha de frente.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Escola Particular de dona Diva Magalhães Raymonti - 1942

- TEMPOS SAUDOSOS -

Plínio Magalhães da Cunha


Escola Particular - 1942
Alunos da Escola Particular Nossa Senhora da Penha – preparatório para o ginásio nos idos de 1942, dirigida pela emérita professora Diva Magalhães Raymonti, mestre que soube dar o melhor de si em prol do ensino em nossa cidade. Também lecionou por mais de três décadas no Grupo Escolar “Dr. Júlio Mesquita”.

Na foto, dona Diva, como era carinhosamente chamada, ladeada pelas alunas do curso preparatório. Na primeira fila, da esquerda para a direita: Yolanda Roque, Diva Clemente, Leila Ferreira Alves, Renée Azevedo, Therezinha Pupo Cintra, Eunice Ferraz de Campos, Diva Queluz e Gilda Ulhoa Cintra Pereira.
Na segunda fila, da esquerda para a direita: Terezinha Bonatelli Pinto, Ordália Stolf, Conceição Lorene Guinezi, Sophia Sarkis, Ruth Crosgnac, Maria Aparecida dos Reis, Ruth Gomes Pereira, Hilda Westin Cerqueira Leite, Gilza de Ulhoa Cintra Pereira e uma aluna que não conseguimos identificar.

Outro grupo de alunos ladeando dona Diva, disposto na seguinte ordem, a partir da esquerda para a direita: SENTADOS – José Carlos Serra; Gilberto (Leto) Pereira Job; José Rocha Clemente; Fausto Finasi e Mariowaldo Avancini. EM PÉ, na mesma ordem (segunda fila): José Guerreiro; José Trani; Ulises Monezzi; Sebastião Breda; João Batista Risolla; José B. Alvarenga; José Ferreira Alves; Wilson Ricciluca; Weimar M. Moraes; Leone Torres; Firmino Gonçalves (Formiga); Paulo Almeida Serra; Paulo Fernandes: ?; Ranzatto e Marthos Fernandes. Na terceira fila: ?; Francisco (Anquinho) Siqueira; J. Avancini; Hortêncio Breda; Benedito Soares; Antônio Soares; Quinú; José Miguel Bittar e Euclides Avancini.