segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O Preço do Progresso

- TEMPOS SAUDOSOS - 
Plínio Magalhães da Cunha

O Preço do Progresso
Na foto acima vê-se a oficina mecânica, ocasião em que os seus técnicos davam assistência ao Ford “bigode” de propriedade de Chico Vieira, que está ao lado do seu “possante”.
Naquela época não existia elevador para erguer os carros dos clientes, o que era feito no “muque” para assentá-los aos cavaletes, onde os mecânicos verificavam os defeitos apresentados.
Em 1920, de acordo com a estatística, existiam em Itapira apenas 7 automóveis, cujos proprietários eram: Cel. Francisco Vieira – Ford; João Baptista Pereira da Silva (Joãozinho Bento) – Ford; Joaquim de Assis Vieira – Buick; Américo Augusto Pereira da Silva – Buick; o médico Norberto da Fonseca – Ford; a senhorita Celita Vieira Magalhães da Cunha – Aucland e a senhora Malvina Rocha – Ford.
Naquele tempo não existia semáforo e nem mão-de-direção, mas uma coisa havia de sobra: a poeira vermelha levantada do leito carroçável das ruas de terra “batida”. Ah! também as roucas buzinas que anunciavam a novidade, quando a dona de casa saia à janela, deixando até queimar o feijão no fogo, a fim de ver admirada, não a banda... mas o automóvel passar!
Era o progresso chegando... era o automóvel que iria transformar aos poucos a vida do homem do futuro, do homem moderno. Hoje é considerado um dos meios de transporte mais atuante. Com ele vieram os escapamentos poluidores do ar que respiramos, juntamente com o som dos motores “envenenados” que fazem trepidar não só as ruas, mas também nossas moradias.
Enfim, o que seria do homem sem o automóvel, pois, os trens foram sumindo dos trilhos e o transporte – de passageiros e cargas – é feito em maior número através das estradas de rodagem, por sinal, muito mais caro. A poluição continua aumentando cada vez mais. A camada de ozônio assusta a humanidade, tendo em vista as constantes intempéries que afetam sensivelmente todo o nosso planeta, causando efeitos catastróficos e danos incalculáveis aos locais onde atingem, conforme noticiários divulgados pelos meios de comunicação.
É o preço do progresso desenfreado.

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