terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Vetusto Cubatão

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
O Vetusto Cubatão
Bairro do Cubatão nos idos de 1902, retratado da Avenida dos Biris, no Parque Municipal, no ano de sua inauguração.
Nessa foto, pode-se contar o pequeno número de casas ali construídas, além do caminho para alcançar o alto do Morro Macumbê. Mais ao fundo, divisamos um ramo da Cordilheira da Mantiqueira – notando-se o Pelado, em Monte Sião; o morro da Forquilha, logo na entrada de Jacutinga, ambas cidades pertencentes ao sul do Estado de Minas Gerais.
Mais abaixo, na foto, aparece um dos meandros do Ribeirão da Penha, que atualmente ainda abastece com suas águas a nossa Itapira, desde sua fundação em 1820.
Interessante ainda notar um caminho a partir do pequeno núcleo de casas, que era percorrido pelos pedestres que se dirigiam à cidade, ou, vice-versa, atravessando a famosa pinguela que unia as duas margens do ribeirão. Essa pinguela também servia de trampolim àqueles que arriscavam mergulhar de uma altura aproximada de 4 metros, principalmente durante as cheias, para praticar uma natação perigosa.
Nessa época o Ribeirão da Penha era muito piscoso, alegrando os pescadores que conseguiam fisgar o dourado, curimbatá, piracanjuba, chapara, bagre, mandi e outras espécies atualmente desaparecidas de suas águas poluídas, o que é uma pena.
Bairro do Cubatão em 2008, visto do mesmo ângulo da foto acima – 112 anos depois.

As ilações ficam por conta do leitor.

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