- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha
Carnavais de outrora
Itapira sempre foi considerada como a cidade dos melhores carnavais da região.
Nos anos 40, lembro-me perfeitamente que, o tríduo momistico era aqui festejado com muita animação, com uma alegria contagiante que superava as expectativas mais otimistas.
Isso acontecia naquela época porque o itapirense sempre foi alegre, criativo e bem humorado.
O carnaval de rua apresentava uma alegria sem rival – fazia o povo vibrar – desde o desfile do bloco dos bichos, idealizado pelo insuperável José Nozari, o popular Zé Candóia. Os carros alegóricos ricamente ornamentados com muito bom gosto, arrancavam aplausos do povão postado à rua José Bonifácio e praça Bernardino de Campos.
Nos salões do Clube XV, do Centrão e da Operária, a animação era total sob a batuta das orquestras que davam o “seu recado” através dos sucessos musicais da época, dentre eles: “Ó jardineira” – “O palhaço está na rua” – “Mamãe eu quero mamar” – “Sou o pirata da perna de pau” – “Você já viu um barrigudo dançar?” e tantos outros sucessos que até hoje são relembrados com saudade.
Para ilustrar este lampejo dos carnavais de antigamente, escolhi esta foto de 1960, mostrando alguns foliões caracterizados de índio.
Em pé, da esquerda para a direita: Gilberto Barricatti; Domingos Caio; Dalmir Pegorari; Francisco de Souza Ferreira; José Gimenes Soares; José Serra Neto (Zinho); Luiz Norberto da Fonseca e Hildebrando Banzatto.
Ajoelhados, na mesma ordem: Joaquim Bento e Souza Ferreira; Fernando Serra; José Breda Filho e Paulo de Almeida Serra. Sentado, o cacique do grupo, José Bueno Siqueira – com a cara de mau.
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