quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Rua Conselheiro Dantas

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Rua Conselheiro Dantas
A foto mostra uma vista parcial da Rua Conselheiro Dantas nos idos de 1935, considerada uma das mais antigas de Itapira.
Essa rua tem início na praça central, a Bernardino de Campos, até alcançar a atual praça denominada Antenor Rodrigues, em homenagem ao estimado artista itapirense que também era conhecido por “Tenente Pintor”.
Antes da construção dessa pequena praça – diga-se de passagem – ali existia apenas um imenso “barrocão”, servido por uma escadaria bem rústica, de terra batida e com muito mato. Qualquer pessoa que por ali transitasse notava aquela aberração, menos o poder público, que fazia de conta que não via o que toda a população enxergava.
Após muitos anos, o local foi urbanizado, mas assim mesmo, a obra deixou muito a desejar.
Na atual administração municipal, graças ao descortino administrativo do ex-Secretário Alberto Mendes, dos Serviços Públicos, aquele logradouro recebeu um novo visual, inclusive a famosa escada que serve de ligação do centro da cidade com o Bairro do Cubatão, ou vice-versa.
 Na foto pode-se notar ainda que, algumas casas conservam o mesmo estilo de uma época remota.
A primeira delas, assobradada, onde funcionou por muitos anos o Itapira Bar – Sorveteria e Restaurante. Mais adiante, a de nº7, era a Padaria e Confeitaria Minerva. No final da foto aparece um casarão em estilo colonial, construído pelo fazendeiro Luiz Manoel Pereira da Silva, nascido em 1834 e falecido em 1898. Luiz Manoel era filho de Manoel Pereira da Silva, considerado um dos fundadores de Itapira.
Nessa casa também residiu o casal Jacintho Franklin da Cunha (prefeito de Itapira de 1902 a 1905) e Francisca Pereira da Cunha, filha de Luiz Manoel. Ai nasceu o filho primogênito do casal – dr. João Pereira da Cunha, o dr. Cunha, a 17 de junho de 1897, que clinicou por mais de cinquenta anos em Itapira, e, atualmente, empresta seu nome ao PPA-Central e a uma rua de nossa cidade.
Hoje, vê-se que a Conselheiro Dantas ainda conserva resquícios das construções do século XIX, pois algumas delas foram demolidas, dando lugar ao prédio da Agência do Banco do Brasil e ao Edifício Lucienne.  

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