sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Relembrando Carnavais - 1936

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Relembrando Carnavais – 1936.
Na edição desta coluna domingueira no Tribuna de Itapira, mostro aos leitores mais um “flash” do Carnaval itapirense, comemorando efusivamente a maior festa popular brasileira.
Naquela época, a garotada também participava dos blocos carnavalescos, atraindo a atenção do público assistente, através das alegorias e de fantasias que caracterizavam personagens folclóricas e do mundo artístico.
Essa turminha ora enfocada há 75 anos atrás – na qual eu também me incluo – vê-se estampado em seus semblantes, a alegria e o prazer de participar do tríduo momístico, toda caracterizada de palhaço.
A fantasia foi confeccionada pelas exímias costureiras, dona Romilda Delamura e dona Liberata Viviani. Era toda feita com retalhos de lamê em cores vermelha, preta e branca.
Fez sucesso, chegando mesmo a ser premiada pelo júri nas matinês do Clube XV. Sim, nas matinês, porque à noite a garotada tinha apenas que se contentar em assistir ao carnaval de rua – o corso e as escolas de samba – assim mesmo, até às 21 horas no máximo!
A letra da música cantada pelo bloco, ainda me lembro perfeitamente:

“O palhaço está na rua e vem anunciar,
que o rei Momo já chegou e é hora de brincar.
Neste ano vamos ter variedade.
Vai ser um barulho na cidade.

Hoje tem marmelada?
- Tem sim senhor.
Hoje tem goiabada?
- Tem sim senhor.
E o palhaço quem é?
- É ladrão de mulher. “

E assim, acompanhando a música e cantando ao som da orquestra, lá íamos nós com alegria rodopiando pelo salão com muito samba no pé.
Lembrando desse tempo, faço um minuto de silêncio às ilusões que morrem. É a vida!

Da esquerda para a direita, na primeira fila: Geraldo Ferreira Cintra – Osvaldo Fonseca Souza Leite – Artur José Pereira Netto – Sérgio Fonseca de Souza Leite – José Serra Netto (Zinho) – Francisco Olegário Pereira Job.
Na mesma ordem, na segunda fila: Plínio Magalhães da Cunha – Sebastião Jader Sarkis – José Benedito Mari – (?) – Geraldo Pereira Job – (?).

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Relembrando Carnavais

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Relembrando Carnavais
Como está se aproximando mais uma festa de Momo, e as atenções já estão voltadas para o carnaval deste ano, irei encaixar nas próximas edições desta coluna, algumas fotos dos tempos saudosos, quando os figurantes dos blocos carnavalescos se apresentavam trajando fantasias interessantes e bem sugestivas.
Na foto, vê-se um grupo de índias e índios pronto para entrar no samba até o Sol raiar!

Na primeira fila, da esquerda para a direita: Marisa Longhi Pegorari – Marlene Avancini Barricatti – Gelda Guimarães Serra – Gilma de Souza Ferreira – Maria Clara Serra de Souza Ferreira e Ivonilde Lopes Breda.
Na segunda fila, mesma ordem: Maria Nadalete Job Serra – Hercy Vieira Caio – Dalila Terezinha Galdi Serra – Lourdes Soares – Ignez Aparecida Serra Sequeira – Ana Maria Finhani Banzatto e Maria Zoraide Simões da Fonseca.
Na terceira fila, na mesma ordem: Paulo de Almeida Serra – Fernando Serra – Domingos Caio – Dalmir Pegorari – José Gimenez Soares – Gilberto Barricatti – Luiz Norberto da Fonseca (atrás) – Francisco de Souza Ferreira – José Serra Netto – José Breda Filho – Hildebrando Banzatto – José Bueno Sequeira e Joaquim Bento de Souza Ferreira.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Carnavais de outrora

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Carnavais de outrora
Itapira sempre foi considerada como a cidade dos melhores carnavais da região.
Nos anos 40, lembro-me perfeitamente que, o tríduo momistico era aqui festejado com muita animação, com uma alegria contagiante que superava as expectativas mais otimistas.
Isso acontecia naquela época porque o itapirense sempre foi alegre, criativo e bem humorado.
O carnaval de rua apresentava uma alegria sem rival – fazia o povo vibrar – desde o desfile do bloco dos bichos, idealizado pelo insuperável José Nozari, o popular Zé Candóia. Os carros alegóricos ricamente ornamentados com muito bom gosto, arrancavam aplausos do povão postado à rua José Bonifácio e praça Bernardino de Campos.
Nos salões do Clube XV, do Centrão e da Operária, a animação era total sob a batuta das orquestras que davam o “seu recado” através dos sucessos musicais da época, dentre eles: “Ó jardineira” – “O palhaço está na rua” – “Mamãe eu quero mamar” – “Sou o pirata da perna de pau” – “Você já viu um barrigudo dançar?” e tantos outros sucessos que até hoje são relembrados com saudade.
Para ilustrar este lampejo dos carnavais de antigamente, escolhi esta foto de 1960, mostrando alguns foliões caracterizados de índio.

Em pé, da esquerda para a direita: Gilberto Barricatti; Domingos Caio; Dalmir Pegorari; Francisco de Souza Ferreira; José Gimenes Soares; José Serra Neto (Zinho); Luiz Norberto da Fonseca e Hildebrando Banzatto.
Ajoelhados, na mesma ordem: Joaquim Bento e Souza Ferreira; Fernando Serra; José Breda Filho e Paulo de Almeida Serra. Sentado, o cacique do grupo, José Bueno Siqueira – com a cara de mau.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Rua Conselheiro Dantas

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Rua Conselheiro Dantas
A foto mostra uma vista parcial da Rua Conselheiro Dantas nos idos de 1935, considerada uma das mais antigas de Itapira.
Essa rua tem início na praça central, a Bernardino de Campos, até alcançar a atual praça denominada Antenor Rodrigues, em homenagem ao estimado artista itapirense que também era conhecido por “Tenente Pintor”.
Antes da construção dessa pequena praça – diga-se de passagem – ali existia apenas um imenso “barrocão”, servido por uma escadaria bem rústica, de terra batida e com muito mato. Qualquer pessoa que por ali transitasse notava aquela aberração, menos o poder público, que fazia de conta que não via o que toda a população enxergava.
Após muitos anos, o local foi urbanizado, mas assim mesmo, a obra deixou muito a desejar.
Na atual administração municipal, graças ao descortino administrativo do ex-Secretário Alberto Mendes, dos Serviços Públicos, aquele logradouro recebeu um novo visual, inclusive a famosa escada que serve de ligação do centro da cidade com o Bairro do Cubatão, ou vice-versa.
 Na foto pode-se notar ainda que, algumas casas conservam o mesmo estilo de uma época remota.
A primeira delas, assobradada, onde funcionou por muitos anos o Itapira Bar – Sorveteria e Restaurante. Mais adiante, a de nº7, era a Padaria e Confeitaria Minerva. No final da foto aparece um casarão em estilo colonial, construído pelo fazendeiro Luiz Manoel Pereira da Silva, nascido em 1834 e falecido em 1898. Luiz Manoel era filho de Manoel Pereira da Silva, considerado um dos fundadores de Itapira.
Nessa casa também residiu o casal Jacintho Franklin da Cunha (prefeito de Itapira de 1902 a 1905) e Francisca Pereira da Cunha, filha de Luiz Manoel. Ai nasceu o filho primogênito do casal – dr. João Pereira da Cunha, o dr. Cunha, a 17 de junho de 1897, que clinicou por mais de cinquenta anos em Itapira, e, atualmente, empresta seu nome ao PPA-Central e a uma rua de nossa cidade.
Hoje, vê-se que a Conselheiro Dantas ainda conserva resquícios das construções do século XIX, pois algumas delas foram demolidas, dando lugar ao prédio da Agência do Banco do Brasil e ao Edifício Lucienne.