- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio
Magalhães da Cunha
Compare as fotos: 1902 e 2008
Bairro do Cubatão nos idos de 1902,
retratado da Avenida dos Biris, no Parque Municipal, no ano de sua inauguração.
Nessa foto, pode-se contar o pequeno
número de casas ali construídas, além do caminho para alcançar o alto do Morro
Macumbê. Mais ao fundo, divisamos um ramo da Cordilheira da Mantiqueira –
notando-se o Pelado, em Monte Sião; o morro da Forquilha, logo na entrada de
Jacutinga, ambas cidades pertencentes ao sul do Estado de Minas Gerais.
Mais abaixo, na foto, aparece um dos
meandros do Ribeirão da Penha, que atualmente ainda abastece com suas águas a
nossa Itapira, desde sua fundação em 1820.
Interessante ainda notar um caminho a
partir do pequeno núcleo de casas, que era percorrido pelos pedestres que se
dirigiam à cidade, ou, vice-versa, atravessando a famosa pinguela que unia as
duas margens do ribeirão. Essa pinguela também servia de trampolim àqueles que
arriscavam mergulhar de uma altura aproximada de 4 metros, principalmente
durante as cheias, para praticar uma natação perigosa.
Nessa época o Ribeirão da Penha era
muito piscoso, alegrando os pescadores que conseguiam fisgar o dourado,
curimbatá, piracanjuba, chapara, bagre, mandi e outras espécies atualmente
desaparecidas de suas águas poluídas, o que é uma pena.
Bairro do Cubatão em 2008, visto do
mesmo ângulo da foto acima. As
ilações ficam por conta do leitor.
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