- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio
Magalhães da Cunha
Fábrica
de Chapéus Sarkis & Quiriolli
Foi fundada pelo sr. Ângelo Quiriolli,
em junho de 1922, com um capital inicial de rs.45:000$000 (Quarenta e cinco
contos de réis). A sua montagem foi lenta, mas muito cuidadosa, sendo escolhida
a maquinaria mais moderna daquela época, destinada à fabricação de chapéus.
Eram 18 máquinas ao todo, inclusive as
necessárias para o tratamento do pêlo utilizado para a confecção do produto.
Nessa indústria nascente trabalhavam
20 operários, dirigidos pelo próprio Quiriolli que era auxiliado por três
contra-mestres contratados na cidade de São Paulo.
A produção inicial girava em torno de
quatro dúzias diárias de chapéus.
Interessante dizer que, toda a
maquinaria funcionava interligada por correias e acionada por uma máquina a
vapor, cuja potência era estimada em 8 cavalos de força (HP).
Em fevereiro de 1923, desejando
ampliar e aperfeiçoar sua indústria, Quiriolli recebeu como sócio o sr. Sarkis
João, elevando, assim, o capital inicial da indústria para rs.1000:000$000 (cem
contos de réis).
Com essa sociedade, a fábrica entrou
em franco progresso. Foram adquiridas novas máquinas – acionadas por um motor
elétrico de 24 cavalos – o que fez elevar a produção diária para dezesseis
dúzias de chapéus de fino pêlo e castor, este último era material importado.
O número de operários também aumentou
para 40, dos quais 23 eram do sexo masculino e 17 feminino.
Provisoriamente essa fábrica
funcionava num prédio alugado, situado logo no início da rua José Bonifácio.
Mais tarde, os proprietários Quiriolli
e Sarkis iniciaram a construção de um prédio próprio, numa área doada pela
Câmara Municipal.
O projeto de construção do novo prédio
foi orçado em rs.100:000$000 (cem contos de réis).
Nessa nova instalação da fábrica,
aumentou o número de operários, e, logicamente, também a produção de chapéus.
Mais tarde, com a retirada de
Quiriolli da sociedade, a indústria passou a ser apenas de Sarkis João.
Com a mudança da razão social, a
Fábrica de Chapéus Sarkis experimentou um desenvolvimento formidável – ficando
conhecida em todo o Brasil e no exterior através de seus famosos produtos de
primeira linha.
Seção de fulas ou máquinas usadas para
o feitio da armação (copa ou cone) dos chapéus de lã ou de pêlos.
Setor para a fabricação de caixas de
papelão, com a estampa do logotipo da indústria, para acondicionar os chapéus
prontos e destinados à comercialização.
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