- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da
Cunha
Desfilando
Lembranças.
Carta
que me emociona.
“Meu
caro Plínio Magalhães da Cunha.
Fiquei sabendo de seu notável trabalho
no museu, e que é parente do saudoso Caetano Álvares. Permita-me que o
cumprimente, e deseje-lhe felicidades. Todos os fatos nos aproximam...
Do,
12/4/81 J. Quadros.”
Caetano da Rocha Álvares é itapirense
e meu parente do lado materno. Era engenheiro e foi Secretário da Viação e
Obras Públicas de São Paulo, durante o governo de Jânio da Silva Quadros.
Nessa época (1955 a 1959) eu já era
funcionário de Departamento do Arquivo do Estado (por concurso). Esse
Departamento foi fundado em 1721 – um dos mais antigos de São Paulo – pelo
Secretário do Governo da Província, Manoel Leite Rebelo, primeiro no Brasil em
arquivo histórico. Ainda é o local onde o passado revive. Foi freqüentado
assiduamente por consulentes e historiadores de renomes nacionais, como Afonso
de Taunay, Sérgio Buarque de Hollanda (pai do cantor Chico Buarque), Alfredo
Ellis Júnior e tantos outros que ali buscavam através de pesquisas, subsídios
para seus trabalhos de história.
Quando fui convidado em 1972 pelo
governo de São Paulo para implantar e dirigir o Museu Histórico e Pedagógico
“Comendador Virgolino de Oliveira”, sem pestanejar, vim com a família para
Itapira, pois se tratava do Museu Histórico de minha querida terra natal e de
meus ancestrais.
Lembro-me perfeitamente, com saudade,
quando foi diretor do Conselho Estadual de Cultura o meu estimado amigo,
pertencente à velha estirpe paulistana, o escritor e poeta Paulo Bomfim, pessoa
excepcional com quem até hoje continuo mantendo um bom relacionamento de
amizade.
Hoje, estou aqui aposentado, engolfado
em minhas reminiscências dos “Tempos Saudosos”, ciente de ter cumprido com o
meu dever.
Terminando, transcrevo aqui um dos
Minutos de Paulo Bomfim, de seu livro “O Colecionador de Minutos”, em que diz:
“As rosas murcham como a vida do homem. Guardo nesta página a pétala de uma
emoção”.
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