domingo, 4 de setembro de 2016

Desfilando Lembranças - Carta que me emociona.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha


Desfilando Lembranças.
Carta que me emociona.
“Meu caro Plínio Magalhães da Cunha.
Fiquei sabendo de seu notável trabalho no museu, e que é parente do saudoso Caetano Álvares. Permita-me que o cumprimente, e deseje-lhe felicidades. Todos os fatos nos aproximam...
                                                                       Do,
12/4/81                                                              J. Quadros.”

Caetano da Rocha Álvares é itapirense e meu parente do lado materno. Era engenheiro e foi Secretário da Viação e Obras Públicas de São Paulo, durante o governo de Jânio da Silva Quadros.
Nessa época (1955 a 1959) eu já era funcionário de Departamento do Arquivo do Estado (por concurso). Esse Departamento foi fundado em 1721 – um dos mais antigos de São Paulo – pelo Secretário do Governo da Província, Manoel Leite Rebelo, primeiro no Brasil em arquivo histórico. Ainda é o local onde o passado revive. Foi freqüentado assiduamente por consulentes e historiadores de renomes nacionais, como Afonso de Taunay, Sérgio Buarque de Hollanda (pai do cantor Chico Buarque), Alfredo Ellis Júnior e tantos outros que ali buscavam através de pesquisas, subsídios para seus trabalhos de história.
Quando fui convidado em 1972 pelo governo de São Paulo para implantar e dirigir o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, sem pestanejar, vim com a família para Itapira, pois se tratava do Museu Histórico de minha querida terra natal e de meus ancestrais.
Lembro-me perfeitamente, com saudade, quando foi diretor do Conselho Estadual de Cultura o meu estimado amigo, pertencente à velha estirpe paulistana, o escritor e poeta Paulo Bomfim, pessoa excepcional com quem até hoje continuo mantendo um bom relacionamento de amizade.
Hoje, estou aqui aposentado, engolfado em minhas reminiscências dos “Tempos Saudosos”, ciente de ter cumprido com o meu dever.
Terminando, transcrevo aqui um dos Minutos de Paulo Bomfim, de seu livro “O Colecionador de Minutos”, em que diz: “As rosas murcham como a vida do homem. Guardo nesta página a pétala de uma emoção”.

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