domingo, 3 de maio de 2015

Tradicionais estirpes Itapirenses

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Tradicionais estirpes Itapirenses
Eis um grupo de cidadãos itapirenses que ajudou a construir nosso município desde os tempos remotos.
A foto que ilustra esta matéria foi obtida por volta de 1870 – há 140 anos – vendo-se da esquerda para a direita, em pé: 1 – engenheiro Euclides Vieira, que foi senador da República e também prefeito da cidade de Campinas. Era irmão de outro político itapirense, Cel. Francisco Vieira (não consta da foto), mas é importante ressaltar que, Chico Vieira, como era carinhosamente chamado, foi o primeiro deputado estadual por Itapira de 1934 a 1937, pelo Partido Constitucionalista. Era farmacêutico, proprietário das Indústrias Reunidas Francisco Vieira, foi prefeito de Itapira de 1911 a 1923, grande esportista e um dos fundadores do Sport Club Itapirense. Empresta o seu nome ao Estádio Municipal da cidade. Participou também ativamente da grande causa de São Paulo na Revolução Constitucionalista de 1932. 2 – fazendeiro Virgílio Pereira da Silva; 3 – fazendeiro Bento Pereira da Silva (Bentico Pereira); 4 – fazendeiro João Batista Pereira (Joãozinho Bento) que construiu sua residência na confluência das ruas Regente Feijó e Comendador João Cintra, hoje de propriedade da família do saudoso médico dr. José Alberto de Melo Sartori; 5 – fazendeiro Américo Augusto Pereira, que construiu sua bela residência na confluência das ruas Regente Feijó e Campos Salles.
Sentados e na mesma ordem: 1 – engenheiro Abreu Guimarães; 2 – professor João Nicanor Pereira; 3 – Jacintho Franklin Alvarenga da Cunha (meu avô paterno), era Distribuidor, Contador e Partidor da Comarca de Itapira, conforme ato do Presidente do Estado de São Paulo, Jorge Tibiriçá, de 14 de setembro de 1904. Foi o terceiro prefeito de Itapira, de 1902 a 1905. Construiu o Parque Municipal, inaugurado a 29 de dezembro de 1902. Implantou em Itapira a iluminação pública por energia elétrica (a iluminação das ruas ainda era feita através de lampiões). Essa melhoria foi inaugurada a 14 de maio de 1905. Implantou o Cruzeiro no Parque municipal (Símbolo de fé) inaugurado em 1902 e fez realizar a primeira Festa da Árvore em Itapira, a 3 de maio de 1903, que contou com a auspiciosa presença do poeta campineiro Coelho Neto, que plantou no jardim que existia ao lado do Grupo Escolar “dr. Júlio Mesquita”, um exemplar de Pau Brasil, que mais tarde, infelizmente, foi erradicado por algum “urbanista” de plantão. A guisa de informação, a festa da árvore em Itapira foi a terceira realizada no Estado de São Paulo, pois a primeira foi na cidade de Araras, e a segunda em Pirassununga. 4 – fazendeiro Cel. Joaquim Ignácio de Alvarenga Cunha, avô da saudosa dona Dedé da Cunha Bicudo Pereira da Cruz; 5 – fazendeiro Francisco Manoel Pereira da Silva, pai da emérita professora Maria Suzana Rocha Pereira da Silva, de saudosa memória.
Esses impolutos cidadãos de nossa terra, deixaram seus nomes vincados na história de Itapira.
Há ocasião que sentimos o tempo recuar em nosso pensamento, relembrando de personagens que nasceram e morreram atraídos para um fim desconhecido.
É a vida que passa deixando-nos apenas saudosas lembranças que o tempo jamais conseguirá apagar.

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