- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da
Cunha
Tradicionais estirpes
Itapirenses
Eis um grupo de cidadãos itapirenses
que ajudou a construir nosso município desde os tempos remotos.
A foto que ilustra esta matéria foi
obtida por volta de 1870 – há 140 anos – vendo-se da esquerda para a direita,
em pé: 1 – engenheiro Euclides
Vieira, que foi senador da República e também prefeito da cidade de Campinas.
Era irmão de outro político itapirense, Cel. Francisco Vieira (não consta da
foto), mas é importante ressaltar que, Chico Vieira, como era carinhosamente
chamado, foi o primeiro deputado estadual por Itapira de 1934 a 1937, pelo Partido
Constitucionalista. Era farmacêutico, proprietário das Indústrias Reunidas
Francisco Vieira, foi prefeito de Itapira de 1911 a 1923, grande esportista e
um dos fundadores do Sport Club Itapirense. Empresta o seu nome ao Estádio
Municipal da cidade. Participou também ativamente da grande causa de São Paulo
na Revolução Constitucionalista de 1932. 2
– fazendeiro Virgílio Pereira da Silva; 3 – fazendeiro Bento Pereira da Silva (Bentico Pereira); 4 – fazendeiro João Batista Pereira
(Joãozinho Bento) que construiu sua residência na confluência das ruas Regente
Feijó e Comendador João Cintra, hoje de propriedade da família do saudoso
médico dr. José Alberto de Melo Sartori; 5
– fazendeiro Américo Augusto Pereira, que construiu sua bela residência na
confluência das ruas Regente Feijó e Campos Salles.
Sentados e na mesma ordem: 1 – engenheiro Abreu Guimarães; 2 – professor João Nicanor Pereira; 3 – Jacintho Franklin Alvarenga da
Cunha (meu avô paterno), era Distribuidor, Contador e Partidor da Comarca de
Itapira, conforme ato do Presidente do Estado de São Paulo, Jorge Tibiriçá, de
14 de setembro de 1904. Foi o terceiro prefeito de Itapira, de 1902 a 1905.
Construiu o Parque Municipal, inaugurado a 29 de dezembro de 1902. Implantou em
Itapira a iluminação pública por energia elétrica (a iluminação das ruas ainda
era feita através de lampiões). Essa melhoria foi inaugurada a 14 de maio de
1905. Implantou o Cruzeiro no Parque municipal (Símbolo de fé) inaugurado em
1902 e fez realizar a primeira Festa da Árvore em Itapira, a 3 de maio de 1903,
que contou com a auspiciosa presença do poeta campineiro Coelho Neto, que
plantou no jardim que existia ao lado do Grupo Escolar “dr. Júlio Mesquita”, um
exemplar de Pau Brasil, que mais tarde, infelizmente, foi erradicado por algum
“urbanista” de plantão. A guisa de informação, a festa da árvore em Itapira foi
a terceira realizada no Estado de São Paulo, pois a primeira foi na cidade de
Araras, e a segunda em Pirassununga. 4 –
fazendeiro Cel. Joaquim Ignácio de Alvarenga Cunha, avô da saudosa dona Dedé da
Cunha Bicudo Pereira da Cruz; 5 –
fazendeiro Francisco Manoel Pereira da Silva, pai da emérita professora Maria
Suzana Rocha Pereira da Silva, de saudosa memória.
Esses impolutos cidadãos de nossa
terra, deixaram seus nomes vincados na história de Itapira.
Há ocasião que sentimos o tempo recuar
em nosso pensamento, relembrando de personagens que nasceram e morreram
atraídos para um fim desconhecido.
É a vida que passa deixando-nos apenas
saudosas lembranças que o tempo jamais conseguirá apagar.
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