- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da
Cunha
O sofrido Ribeirão da
Penha
Na foto acima, uma vista parcial desse
verdadeiro herói de nossa terra nos idos de 1920, vendo-se a antiga represa que
conseguia a duras penas segurar a fúria da correnteza – principalmente na época
das chuvas.
- O que seria do nosso município,
desde os tempos mais remotos, se esse ribeirão não existisse?
Mas ele continua firme, embora
ostentando seus meandros cansados e ainda judiados por aqueles que arremessam
costumeiramente em suas águas, toda espécie de detritos, fazendo de seu leito
uma imensa lata de lixo!
Agora pergunto:
- E os responsáveis por esse crime
ecológico, por essa barbárie, onde estão? Será que não há nada a fazer para
coibir tais desmandos?
Só para registrar: Itapira em 1920 contava apenas com algumas
indústrias, dentre elas a Indústrias Reunidas Francisco vieira, a Fábrica de
Chapéus “Sarkis João Filho & Quiriolli; a Fábrica de Tecidos e Algodão de
Vieira e Cintra, além de outras menores, como 5 de massas alimentícias, 12 de
aguardente e açúcar, 9 moinhos de cereais, 7 de cerveja, 3 de móveis e
decorações, 4 olarias, além de outras menos expressivas.
Nessa época (1920) a população de
Itapira era estimada em torno de 6.500 habitantes. Atualmente, após o ultimo
recenseamento feito em 2013, o nosso município registrou perto de 80.000
habitantes, o que surpreendeu os mais otimistas.
Partindo dessa premissa verifica-se
que a população cresceu, o parque industrial aumentou de forma notável, e o
nosso Ribeirão da Penha continua com aquela mesma “represinha” eivada de
reformas paliativas.
Diante desses fatos evidentes, não
está mais do que na hora dos administradores do município tirarem do papel e
agirem mais rápidos na construção de outra represa ou uma barragem mais ampla a
fim de evitar surpresas desagradáveis e perigosas num futuro bem próximo?
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