terça-feira, 29 de abril de 2014

O sofrido Ribeirão da Penha

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O sofrido Ribeirão da Penha
Na foto acima, uma vista parcial desse verdadeiro herói de nossa terra nos idos de 1920, vendo-se a antiga represa que conseguia a duras penas segurar a fúria da correnteza – principalmente na época das chuvas.
- O que seria do nosso município, desde os tempos mais remotos, se esse ribeirão não existisse?
Mas ele continua firme, embora ostentando seus meandros cansados e ainda judiados por aqueles que arremessam costumeiramente em suas águas, toda espécie de detritos, fazendo de seu leito uma imensa lata de lixo!
Agora pergunto:
- E os responsáveis por esse crime ecológico, por essa barbárie, onde estão? Será que não há nada a fazer para coibir tais desmandos?
    Só para registrar: Itapira em 1920 contava apenas com algumas indústrias, dentre elas a Indústrias Reunidas Francisco vieira, a Fábrica de Chapéus “Sarkis João Filho & Quiriolli; a Fábrica de Tecidos e Algodão de Vieira e Cintra, além de outras menores, como 5 de massas alimentícias, 12 de aguardente e açúcar, 9 moinhos de cereais, 7 de cerveja, 3 de móveis e decorações, 4 olarias, além de outras menos expressivas.
Nessa época (1920) a população de Itapira era estimada em torno de 6.500 habitantes. Atualmente, após o ultimo recenseamento feito em 2013, o nosso município registrou perto de 80.000 habitantes, o que surpreendeu os mais otimistas.
Partindo dessa premissa verifica-se que a população cresceu, o parque industrial aumentou de forma notável, e o nosso Ribeirão da Penha continua com aquela mesma “represinha” eivada de reformas paliativas.
Diante desses fatos evidentes, não está mais do que na hora dos administradores do município tirarem do papel e agirem mais rápidos na construção de outra represa ou uma barragem mais ampla a fim de evitar surpresas desagradáveis e perigosas num futuro bem próximo?


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