quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Indústrias Reunidas Francisco Vieira


- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Indústrias Reunidas Francisco Vieira
Foram as indústrias mais notáveis da Itapira antiga. Fundadas em 1914 pelo Cel. Francisco Vieira, com um capital inicial de rs.100:000$000 (cem contos de réis). As fábricas e depósitos ocupavam vasta área situada às margens do Ribeirão da Penha, tais como: uma grande serraria e carpintaria; fábrica de móveis; olaria, que fabricava tijolos, mosaicos e telhas; ferraria com oficina mecânica; fábrica de manteiga e outra de gelo.
Anexos às indústrias, existiam um amplo depósito de material para construção e um outro de lenha picada, que era comercializada na cidade através de carroças.
Somente para se ter uma idéia, uma avaliação da produção da serraria, no ano de 1921 foram serrados 2100 metros cúbicos da madeira. Em 1922 este número subiu para 2300 metros cúbicos.
Os demais produtos produzidos nas Indústrias Reunidas Francisco Vieira eram consumidos, na sua maior parte no município, como também eram comercializados em diversas cidades da região, inclusive em municípios do Estado de São Paulo e no sul de Minas Gerais.
Devido à excelente aceitação da produção, as vendas em 1922 excederam à importância de rs.300:000$000 (trezentos contos de réis)
Nas indústria reunidas – naquela época – trabalhavam 56 operários, todos do sexo masculino, além de 2 menores.
Os salários variavam de acordo com o setor em que exerciam suas atividades: os serradores e carpinteiros recebiam rs. 3.500 a rs. 8.000 diários por 8  horas de serviço; os mecânicos, rs. 5.000 a 10.000.
Toda maquinaria usada era movida por dois motores elétricos, de 20 cavalos de força cada um.
O escritório estava situado no centro da cidade, junto à Praça da Matriz (Bernardino de Campos), e nele trabalhavam o gerente e o guarda-livros. No local das indústrias também existia um outro escritório, onde ficava o subgerente.
A foto mostra o interior da serraria e o seu proprietário, Cel. Francisco Vieira (de estatura mais baixa), em companhia de seu amigo e parente, o fazendeiro João Batista Pereira da Silva, conhecido por Joãozinho Bento.

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