quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Alfaiataria Portuguesa



- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Alfaiataria Portuguesa, que estava situada à Rua José Bonifácio (antiga Rua da Estação), por volta de 1920.
Em pé, defronte sua mesa de trabalho, está o proprietário do estabelecimento, Silvino Castilho Seixas, onde aplicava sua arte e habilidade para cortar o tecido, a fim de confeccionar com esmero os ternos e outros vestuários da época.
Sentados às máquinas de costura vê-se dois auxiliares. Aquele que aparece em primeiro plano da foto é o conhecido e saudoso profissional da tesoura, o itapirense Izaltino Pereira, o Tininho, como era carinhosamente chamado. Tininho também manteve por muitos anos sua própria alfaiataria, no mesmo prédio onde foi também sua residência, ao lado da casa de calçados “Diva”, na Rua José Bonifácio.
Nessa época, existiam em Itapira outros profissionais do ramo, dentre eles, citamos o historiador e músico João Torrecillas Filho, que hoje empresta o seu nome à Casa da Cultura; Benedito Amâncio de Camargo, o saudoso Lico Amâncio, proprietário da Lider da Praça; o alfaiate Gino Brunialti, com sua alfaiataria onde hoje funciona a loja Secolin & Sartorelli.
Atualmente, esse ramo de comércio está quase que praticamente extinto, pois as roupas são confeccionadas em fábricas, o que é uma pena.

O Museu Histórico de Itapira


- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
O Museu Histórico de Itapira
Atualmente com 41 anos de serviços prestados a Itapira, o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, vem cumprindo sua finalidade precípua, a qual seja, a sua função cívica e cultural de aviventador da memória de Itapira, de São Paulo e do nosso Brasil. Ele permite, ao mesmo tempo, o ensino com a visualização em três dimensões: fotos, peças e documentos. Seu poder didático, por esse motivo, é sem rival.
Felizmente, uma nova era se vai abrindo para os museus históricos e pedagógicos, pois as cidades começam a perceber e reivindicar a formação dessas admiráveis unidades museológicas em suas comunas, visualizando um dos futuros mais promissores para os tempos culturais do Brasil, porque os museus são organismos vivos onde nossos jovens encontram respostas às consultas que precisam fazer para aprimorar seus conhecimentos. Estamos convencidos de que, restituindo aos museus o comando técnico da museologia histórica na área de sua atuação, certamente irá solucionar a estrutura definitiva do patrimônio cultural do país. Por essa razão, sempre defendemos a política que se orienta pela implantação de museus históricos e pedagógicos em todos os municípios brasileiros, porque cada município deste país reúne, no seu documentário da vida social, econômica, administrativa e política locais, os elementos que vão alimentar os estudos históricos com a linfa preciosa das fontes primárias, fontes indispensáveis à identificação exata de nossas raízes.
Aqueles que, numa crítica apressada condenam os nossos pequenos museus do interior, em relação à pobreza do material de seu acervo, esquecem-se de que os grandes museus também nasceram modestos e humildes.
Para encerrar, lembro-me de uma sábia definição de museu que me foi dada por um prezado amigo, o poeta e escritor Paulo Bomfim, da Academia Paulista e Brasileira de Letras: - “MUSEU É A MEMÓRIA DE UM POVO... NELE O PASSADO É ETERNO!”

Relembrando Carnavais


- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Relembrando Carnavais
Como neste domingo já estamos em pleno festejos de Momo, quando as atenções estão voltadas para o tradicional carnaval da nossa Itapira, relembramos através desta edição de “TEMPOS SAUDOSOS”, mostrando um sugestivo bloco carnavalesco formado por índios e índias que, certamente, alegraram nossos salões de baile daquela época.

Na foto, na primeira fila, da esquerda para a direita: Marisa Longhi Pegorari – Marlene Avancini Barricatti – Gelda Guimarães Serra – Gilma de Souza Ferreira – Maria Clara Serra de Souza Ferreira e Ivonilde Lopes Breda.
Na segunda fila, mesma ordem: Maria Nadalete Job Serra – Hercy Vieira Caio – Dalila Terezinha Galdi Serra – Lourdes Soares – Ignez Aparecida Serra Sequeira – Ana Maria Finhani Banzatto e Maria Zoraide Simões da Fonseca.
Na terceira fila, na mesma ordem: Paulo de Almeida Serra – Fernando Serra – Domingos Caio – Dalmir Pegorari – José Gimenez Soares – Gilberto Barricatti – Luiz Norberto da Fonseca (atrás) – Francisco de Souza Ferreira – José Serra Netto – José Breda Filho – Hildebrando Banzatto – José Bueno Sequeira e Joaquim Bento de Souza Ferreira.

Indústrias Reunidas Francisco Vieira


- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Indústrias Reunidas Francisco Vieira
Foram as indústrias mais notáveis da Itapira antiga. Fundadas em 1914 pelo Cel. Francisco Vieira, com um capital inicial de rs.100:000$000 (cem contos de réis). As fábricas e depósitos ocupavam vasta área situada às margens do Ribeirão da Penha, tais como: uma grande serraria e carpintaria; fábrica de móveis; olaria, que fabricava tijolos, mosaicos e telhas; ferraria com oficina mecânica; fábrica de manteiga e outra de gelo.
Anexos às indústrias, existiam um amplo depósito de material para construção e um outro de lenha picada, que era comercializada na cidade através de carroças.
Somente para se ter uma idéia, uma avaliação da produção da serraria, no ano de 1921 foram serrados 2100 metros cúbicos da madeira. Em 1922 este número subiu para 2300 metros cúbicos.
Os demais produtos produzidos nas Indústrias Reunidas Francisco Vieira eram consumidos, na sua maior parte no município, como também eram comercializados em diversas cidades da região, inclusive em municípios do Estado de São Paulo e no sul de Minas Gerais.
Devido à excelente aceitação da produção, as vendas em 1922 excederam à importância de rs.300:000$000 (trezentos contos de réis)
Nas indústria reunidas – naquela época – trabalhavam 56 operários, todos do sexo masculino, além de 2 menores.
Os salários variavam de acordo com o setor em que exerciam suas atividades: os serradores e carpinteiros recebiam rs. 3.500 a rs. 8.000 diários por 8  horas de serviço; os mecânicos, rs. 5.000 a 10.000.
Toda maquinaria usada era movida por dois motores elétricos, de 20 cavalos de força cada um.
O escritório estava situado no centro da cidade, junto à Praça da Matriz (Bernardino de Campos), e nele trabalhavam o gerente e o guarda-livros. No local das indústrias também existia um outro escritório, onde ficava o subgerente.
A foto mostra o interior da serraria e o seu proprietário, Cel. Francisco Vieira (de estatura mais baixa), em companhia de seu amigo e parente, o fazendeiro João Batista Pereira da Silva, conhecido por Joãozinho Bento.

Ginasianos de 1956.


TEMPOS SAUDOSOS
Plínio Magalhães da Cunha

 
Ginasianos de 1956.
A foto mostra um grupo de alunos do Colégio Estadual “Elvira Santos de Oliveira”, quando assistia a uma aula da cadeira de Ciências Naturais, ministrada pela saudosa professora dona Wilma de Toledo Barros Munhoz, no laboratório daquele modelar estabelecimento de ensino de nossa cidade.
Esse “flash” ainda registra para a posteridade, os estudantes trajando uniforme de cor caqui, como era usado desde 1940 – ano em que entrou em funcionamento o Ginásio do Estado de Itapira – traje que mais tarde foi abolido pela direção da escola.
Nota-se que, no semblante de cada um desses jovens ginasianos há o mais vivo interesse em captar os ensinamentos de dona Wilma, como era carinhosamente chamada pelos seus inúmeros discípulos, dos quais também fui um deles, mas da turma de 1940.
Da esquerda para a direita vê-se: 1- Adolfo Carvalho; 2- Manoel Carlos Boretti Ornellas; 3- Luís Fernando Ferreira Cintra; 4- Luis Gustavo Cunha; 5- (?); 6- Atílio Finazi Junior; 7- (?); 8- Benedito Gomes de Oliveira e 9- Nelson Pereira da Silva Júnior.

Inauguração da Avenida Jacareí.


- TEMPOS SAUDOSOS- 
Plínio Magalhães da Cunha

Quando da inauguração da Avenida Jacareí no dia 9 de julho de 1974, na gestão do prefeito Alcides de Oliveira, o popular Alemão, esteve presente como convidado especial, o seu colega – Prefeito Antonio Nunes de Moraes Junior – da cidade de Jacareí, que se fazia acompanhar de uma comitiva composta de ex-combatentes da Revolução Constitucionalista daquele município.
Após a inauguração da via pública, os visitantes compareceram às solenidades programadas no Morro do Graví – palco de uma das batalhas mais acirradas dos soldados paulistas contra o exército ditatorial de Vargas – precisamente no local onde está erigido o monumento em homenagem àqueles que derramaram o seu sangue para que o Brasil voltasse a ter a sua Constituição.
Terminada a visita ao Graví, todos os presentes se dirigiram ao Mausoléu do Soldado Constitucionalista no cemitério da Saudade, onde foi depositada uma coroa de flores sob o toque de silêncio.
Após cumprirem as solenidades cívicas, as autoridades e visitantes compareceram ao Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” ocasião em que foram recepcionados pelo diretor e implantador daquele órgão, Plínio Magalhães da Cunha e funcionários, que os acompanharam pelos salões de exposição, fazendo uma pausa demorada defronte ao copioso acervo de uma das exposições que fazia alusão a efeméride da Revolução Paulista de 1932.
Antes de deixar o Museu, o prefeito Nunes, após assinar o livro de “visitantes ilustres”, usou a palavra no Salão Nobre, defronte ao retrato do patrono do Museu, “Comendador Virgolino de Oliveira”, para agradecer as homenagens prestadas ao povo de Jacareí, e, a seguir, teceu elogios à organização do acervo museológico exposto ao público visitante naquele importante Instituto Cultural – “que guarda, preserva e difunde a história de Itapira e de sua gente laboriosa”, finalizou.
- RUA ITAPIRA -
A guisa de informação, Itapira também foi homenageada em Sessão Solene na Câmara Municipal de Jacareí, que aprovou por unanimidade a denominação de RUA ITAPIRA a uma das vias públicas daquele município.
Na ocasião, em nome do prefeito Alcides de Oliveira, que descerrou a placa denominativa, discursou o advogado Ariovaldo Risolla, que agradeceu as homenagens prestadas a nossa querida Itapira.

              Combatentes Constitucionalistas no museu, ladeando uma das funcionárias, a museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha.

             No Salão Nobre do Museu, ocasião em que o prefeito Antonio Nunes de Moraes Junior deixava as impressões de sua visita a Itapira, gravada pelos funcionários Maria Carmelita Cunha e Plínio Cunha.