- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha
O “Tiro de Guerra” – 282
Antigamente os jovens quando completavam 18 anos de idade, eram obrigados a servir o exército através do famoso “Tiro de Guerra”, quando aprendiam os exercícios militares, o manejo do fuzil, da baioneta e de outros armamentos próprios das forças armadas. Hoje está extinto.
Como um assunto puxa outro, lembro-me perfeitamente que, em nosso tempo de Ginásio do Estado, ali na rua João de Moraes, onde atualmente funciona a Prefeitura, também fazia parte do currículo escolar a chamada “Instrução Pré Militar”, cujo certificado era fornecido após os exames realizados no final do ano letivo.
O meu certificado de conclusão desse curso, que eu guardo com muito carinho, traz o nº10 – CIP. 2-34, de 27 de novembro de 1943, assinado por mim (aluno), pelo Instrutor prof. Carlos Eduardo Ornellas, pelo diretor do Ginásio, prof. Affonso Ribeiro Persicano, e também assinado pelo chefe da 5ª CR de Ribeirão Preto, Cel. Paulo Mendes de Vasconcellos. (anexo fac-símile).
A foto mostra os reservistas itapirenses e mogimirianos, obtida em 1931 na praça Bernardino de Campos, defronte ao antigo casarão onde residiu um dos beneméritos de nossa terra – Comendador João Cintra. Essa residência foi por muito tempo ocupada pela Câmara e Prefeitura, que após a sua demolição hoje deu lugar ao edifício “Wanderley Zázera”.
Infelizmente será impossível identificar os jovens – principalmente usando quepes – mas somente as pessoas que estão sentadas, a partir da esquerda para a direita: Caio Pereira da Silva, que foi Secretário da Câmara e que também ocupou o cargo de Prefeito (de 1935 a 1938), substituindo o prefeito Anacleto Magalhães Pereira, que faleceu no cargo em 1934. O pároco da Igreja Matriz de N. S. da Penha, padre Lázaro Sampaio de Mattos (1925 a 1934), um oficial do Tiro de Guerra, e logo a seguir o Prefeito João Ribeiro Pereira da Cruz (1931) que se fazia acompanhar de uma de suas filhas. A seguir o Cel. Francisco Vieira, chefe político local e Prefeito de 1911 a 1923 (por 13 anos). Por coincidência, “Chico Vieira nasceu a 13 de agosto de um ano bissexto e ainda numa sexta-feira, mas teve muita sorte em sua vida”, como disse o nosso saudoso amigo e companheiro de imprensa João Torrecillas Filho, o popular João do Norte, numa de suas inigualáveis narrações sobre Itapira antiga, intituladas – “No Tempo da Vovozinha”, que até hoje são relembradas com saudade. A seguir; Jácomo Nabor Secchi, empresário e irmão do ilustre médico de nossa terra, dr. José Secchi
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