quinta-feira, 24 de maio de 2012

Fábrica de Chapéus Sarkis & Quiriolli

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Fábrica de Chapéus Sarkis & Quiriolli
Foi fundada pelo sr. Ângelo Quiriolli, em junho de 1922, com um capital inicial de rs.45:000$000 (Quarenta e cinco contos de réis). A sua montagem foi lenta, mas muito cuidadosa, sendo escolhida a maquinaria mais moderna daquela época, destinada à fabricação de chapéus.
Eram 18 máquinas ao todo, inclusive as necessárias para o tratamento do pêlo utilizado para a confecção do produto.
Nessa indústria nascente trabalhavam 20 operários, dirigidos pelo próprio Quiriolli que era auxiliado por três contra-mestres contratados na cidade de São Paulo.
A produção inicial girava em torno de quatro dúzias diárias de chapéus.
Interessante dizer que, toda a maquinaria funcionava interligada por correias e acionada por uma máquina a vapor, cuja potência era estimada em 8 cavalos de força (HP).
Em fevereiro de 1923, desejando ampliar e aperfeiçoar sua indústria, Quiriolli recebeu como sócio o sr. Sarkis João, elevando, assim, o capital inicial da indústria para rs.1000:000$000 (cem contos de réis).
Com essa sociedade, a fábrica entrou em franco progresso. Foram adquiridas novas máquinas – acionadas por um motor elétrico de 24 cavalos – o que fez elevar a produção diária para dezesseis dúzias de chapéus de fino pêlo e castor, este último era material importado.
O número de operários também aumentou para 40, dos quais 23 eram do sexo masculino e 17 feminino.
Provisoriamente essa fábrica funcionava num prédio alugado, situado logo no início da rua José Bonifácio.
Mais tarde, os proprietários Quiriolli e Sarkis iniciaram a construção de um prédio próprio, numa área doada pela Câmara Municipal.
O projeto de construção do novo prédio foi orçado em rs.100:000$000 (cem contos de réis).
Nessa nova instalação da fábrica, aumentou o número de operários, e, logicamente, também a produção de chapéus.
Mais tarde, com a retirada de Quiriolli da sociedade, a indústria passou a ser apenas de Sarkis João.
Com a mudança da razão social, a Fábrica de Chapéus Sarkis experimentou um desenvolvimento formidável – ficando conhecida em todo o Brasil e no exterior através de seus famosos produtos de primeira linha.

Vista geral do prédio onde funcionava a Fábrica de Chapéus Sarkis até ser desativada.

Seção de fulas ou máquinas usadas para o feitio da armação (copa ou cone) dos chapéus de lã ou de pêlos.

Setor para a fabricação de caixas de papelão, com a estampa do logotipo da indústria, para acondicionar os chapéus prontos e destinados à comercialização.

2 comentários:

  1. Oi Sr Plínio, o Sr tem as fotos das mulheres que trabalhavam na fábrica de chapéu Sarkis? Estou procurando da Júlia Fernandes.

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  2. Oi Sr Plínio,estou procurando uma foto da minha tia que trabalho na fábrica de chapéu Sarkis
    Nome Sebastiana Luiz Netto(empregada móvel)
    Há tempo atrás saiu na tribuna
    Se tiver o Sr pode me mandar agradeço

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