sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Museu - 100.000 visitantes

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Museu – 100.000 visitantes
Em 31 de julho de 1980, o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” – há menos de oito anos de funcionamento – comemorou festivamente a importante marca de 100.000 visitantes. Esse feito espelha muito bem como a semente lançada germinou e frutificou, mostrando o quanto representa para Itapira a existência daquele instituto cultural em nossa terra, pois o museu é realmente o único instrumento que dispomos para a preservação de bens culturais. É o único instrumento que permite, ao mesmo tempo, o ensino com a visualização do fato, peças e documentos. Somente o museu constitui instrumento adequado a um trabalho dessa natureza, além de servir também para o trabalho didático e educativo junto às escolas. Cada município brasileiro reúne no seu documentário da vida social, econômica, administrativa e política locais, um manancial de elementos que vai alimentar os estudos históricos das fontes primárias, necessárias à identificação exata de nossas raízes.
Para encerrar, deixo aqui um belíssimo e oportuno pensamento de meu dileto amigo – o poeta Paulo Bomfim – quando definiu que: “O Museu é a memória de um povo... nele o passado é eterno”.

Na sala dos prefeitos, o diretor do Museu Plínio Magalhães da Cunha, quando falava aos presentes sobre a importância daquele auspicioso evento, vendo-se da direita para a esquerda: Maria Carmelita La Farina da Cunha – técnica de museus; a benemérita Carmen Ruete de Oliveira, esposa do Comendador Virgolino de Oliveira – Patrono do Museu, que prestigiou aquele acontecimento histórico; o assessor de imprensa da Câmara Municipal, José Antonio Pires de Souza (Tuia); e o vereador César Bianchi.

Momento em que a visitante Elizabeth Francisco Menezes assinava o livro de visitas no dia 31 de outubro de 1980, completando a marca de 100.000 visitantes ao Museu, na presença da funcionária Maria Carmelita La Farina da Cunha.

O diretor do Museu Plínio Magalhães da Cunha quando cumprimentava a visitante de número 100.000.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Um Pouco da História do Ginásio do Estado de Itapira - IEESO.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O Ginásio do Estado de Itapira

Esta foto é do primeiro prédio ocupado pelo Ginásio do Estado, situado à rua João de Moraes 490, onde hoje está alojada a Prefeitura Municipal. Foi o primeiro estabelecimento oficial de ensino secundário de nossa terra, criado por decreto estadual nº 10.709, de 21 de novembro de 1939, graças aos ingentes esforços e dedicação do prefeito Caetano Munhoz e do benemérito itapirense Comendador Virgolino de Oliveira. O início das aulas do nosso Ginásio do Estado foi a partir de 16 de fevereiro de 1940, logicamente após a realização dos exames de admissão ao Ginásio em janeiro do mesmo ano. Esses exames aconteceram no prédio do Grupo Escolar “dr. “Júlio Mesquita”, em razão de que o da Rua João de Moraes ainda estar em reforma para receber o nosso Ginásio no início do ano letivo, sob a direção do professor Péricles Galvão, seu primeiro diretor. Lembro-me também do meu primeiro dia de aula em 16 de fevereiro de 1940, quando eu contava apenas 13 anos de idade. Se eu pudesse anotar tudo o que senti naquele dia, daria para preencher o único caderno que eu levava, pois seria um mundo de indagações e de novidades.

A partir de 1952, o Ginásio do Estado deixou de funcionar no prédio da Rua João de Moraes, para ocupar em definitivo um próprio estadual recém construído na Praça Mogi Mirim. Por decreto de 04 de setembro de 1952, o Ginásio do Estado recebeu o nome de Colégio Estadual e Escola Normal “Elvira Santos de Oliveira”, numa homenagem póstuma à esposa do benemérito itapirense, Comendador Virgolino de Oliveira. Mais tarde, a 06 de setembro de 1958, recebeu a denominação de Instituto de Educação “Elvira Santos de Oliveira” (IEESO) e, finalmente – Escola Estadual do 1º e 2º graus “Elvira Santos de Oliveira”. Quantas gerações de itapirenses já passaram por aquele tradicional estabelecimento de ensino de nossa terra, que irá completar a 21 de novembro deste ano, 71 anos de existência. Não é a vida que passa, porque somos nós que passamos por ela com destino ao desconhecido.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Estradas de Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Estradas de Itapira
As estradas vicinais de Itapira eram consideradas regulares em relação às existentes na região. Somente a partir de agosto de 1904, é que a Câmara de Vereadores – que garantia os serviços de conservas – sentiu a necessidade de fomentar o escoamento das riquezas do município, aprovando um adendo à lei em vigor, passando a conservação permanente das estradas para a administração direta da Prefeitura Municipal. Diante desse novo expediente, todas as estradas que compunham a malha viária do município foram mensuradas e divididas em setores, e a conservação de cada setor foi posta em concorrência pública por meio de editais. Os concorrentes com preços mais vantajosos foram os escolhidos. Com essa medida adotada, os serviços passaram a ser executados permanentemente pelos empreiteiros ou “conservas”, conseguindo assim o efeito desejado. Diante do aumento do volume de serviços executados, houve necessidade da Prefeitura adquirir um caminhão, e mais tarde um trator da marca Ford, melhorando sensivelmente o andamento das obras a serem executadas. Na verdade as nossas estradas não eram consideradas de “primeira classe” como as mantidas pelo Governo do Estado, mas suficientes para manter um livre trânsito dos 54 automóveis registrados na Prefeitura Municipal.
Em 1917, as estradas mais conservadas eram: a de Itapira a Lindóia e Monte Sião; de Itapira a Eleutério e Sapucaí de Minas, com 23 quilômetros de extensão; a de Itapira ao Salto, com 18 quilômetros; de Itapira ao bairro do Rio do Peixe; de Itapira a Mogi Mirim, cujo trajeto de 12 quilômetros era percorrido em 25 minutos; a de Itapira a Amparo, além de outras estradas menores, mas de grande utilidade.

                   Trecho da estrada ligando Itapira a Lindóia.

 Trecho da estrada ligando Itapira a Eleutério, vendo-se ao fundo como era nossa cidade em 1917.

Quanto às vias férreas, aproveito este “gancho” para lembrar que nossa cidade estava ligada à Viação Geral da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, pelo ramal de Itapira, inaugurado a 30 de julho de 1882. Esse ramal partia de Mogi Mirim, atravessava de oeste para leste todo o nosso município, até alcançar a Estação de Sapucaí de Minas, onde fazia junção com a Estrada de Ferro da Rede Sul Mineira. Eram 49 quilômetros percorridos diariamente por quatro composições ferroviárias, com baldeação nas estações de Itapira, de Barão Ataliba Nogueira, de Eleutério e Sapucaí de Minas.Os trens que percorriam o nosso ramal, dois eram mistos (carga e passageiros) e os outros dois somente para passageiros. É uma pena que tudo isso só ficou na história, enquanto algumas cidades do interior paulista preservam com carinho os trilhos e a “Maria Fumaça” fazendo sucesso no turismo.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Usina Hidrelétrica de Itapira - 1902

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Usina Hidrelétrica de Itapira
Por volta de 1902, Itapira foi dotada dos serviços de uma Usina hidrelétrica, de acordo com um contrato firmado entre a Câmara de Vereadores e a Usina Valentin & Borelli. Naquela época era difícil e mesmo extraordinário para uma cidade do porte de Itapira manter esse tipo de investimento, pois o poder público teria que assumir pesados ônus, o que iria refletir sensivelmente na população do município. Com o passar dos anos, diante das dificuldades surgidas e das constantes reclamações feitas pelos usuários, a Câmara de Vereadores resolveu sanar os problemas existentes adquirindo todo o acervo da Usina Valentin & Borelli pela soma de Rs.166:000$000 (cento e sessenta e seis contos de réis), importância julgada na época como razoável para o município. Essa usina hidrelétrica funcionou por muitos anos na Ponte Nova – aproveitando a fortíssima queda d’água do Rio do Peixe – e era dotada de uma turbina com apenas um gerador que produzia uma força motriz de 155HP para atender à demanda dos usuários. Assim mesmo, logo após os primeiros anos de funcionamento, ela deu lucro. No ano de 1916 havia um saldo positivo de Rs 127:897$920 a favor da municipalidade. Mais tarde, diante das novas dificuldades surgidas, apesar das várias modificações e reparos feitos por técnicos provindos de São Paulo e do Rio de Janeiro, a situação agravou-se ainda mais em relação a outros problemas, dentre eles: falta de peças para substituírem as existentes; falhas nos serviços de iluminação e no fornecimento da força motriz às indústrias, além de outros fatores que trouxeram sérios aborrecimentos e reclamações dos munícipes. Diante desses imprevistos a Câmara de Vereadores resolveu sanar de vez os problemas existentes, colocando à venda a Usina Valentin & Borelli, o que foi feito através da lei nº 03 de 18 de abril de 1917, sendo a vencedora da concorrência pública a firma The Southern Brazil Eletric Company Limited. A escritura de compra e venda foi registrada em cartório no dia 08 de julho de 1917, mediante o pagamento à Câmara municipal da importância de Rs 350:000$000 (trezentos e cinqüenta contos de réis). Naquela ocasião, a transação foi considerada vantajosa, tendo em vista que a nova proprietária elevou bastante a capacidade energética da usina itapirense, em virtude de funcionar em conjunto com a usina existente na cidade de Espírito Santo do Pinhal, considerada naquela época uma das melhores em funcionamento no interior do Estado de São Paulo. Somente para se ter uma idéia, em 1920 nossa cidade era dotada de 18 motores elétricos, cuja capacidade girava em torno de 15 a 25 HP por unidade. Diante desse fato, a iluminação pública de Itapira melhorou sensivelmente; o bairro de Eleutério também recebeu energia elétrica, sendo colocados 12 postes de madeira com lâmpadas de 50 velas em cada um, e outros melhoramentos importantes fazendo com que Itapira pudesse caminhar a passos largos rumo ao progresso nessa nova fase de vida.


As fotos mostram uma vista geral da represa que existia no bairro da Ponte Nova, medindo 77 metros de extensão, e era dotada de 4 registros para descarga.  Naquele local ainda há remanescentes da construção da Usina Valentin & Borelli.

sábado, 8 de outubro de 2011

A Velha Praça de Esportes nos idos de 1920

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

A Velha Praça de Esportes
Vista geral da praça do Sport Club Itapirense obtida nos idos de 1920, do alto do Cruzeiro do Parque Municipal “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”. Nessa foto pode-se notar a quadra de tênis – na qual identificamos três cidadãos do lado esquerdo: dr. Mário da Fonseca e o dr. Norberto da Fonseca (de chapéu). Mais atrás, o influente político e esportista de nossa terra, Cel. Francisco Vieira, que também foi prefeito por doze anos consecutivos (de 1911 a 1923), além de ter sido o primeiro deputado estadual itapirense (de 1935 a 1937). Em segundo plano vê-se o famoso campo de futebol do Sport Club Itapirense, com sua arquibancada coberta e inteiramente confeccionada em madeira de lei. Esse campo também serviu durante muitos anos, como local para as aulas da cadeira de Educação Física ministradas aos alunos do recém criado Ginásio do Estado de Itapira, desde 1940 até 1952. Lá no fundo da foto aparece o vestuto prédio que alojou por muito tempo a Cadeia Pública e o Fórum, que apesar de ser uma construção centenária (1909 a 2011) ainda permanece preservado. Nesse prédio funciona atualmente a Casa da Cultura “João Torrecillas Filho”, cujo nome foi dado numa justa homenagem a um cidadão itapirense, considerado o maior memorialista e historiógrafo de seu tempo, que durante quase meio século veiculou nas páginas do jornal “Cidade de Itapira”, a sua famosa coluna domingueira, intitulada “NO TEMPO DA VOVÓZINHA”, até hoje relembrada com saudades pela população de nossa terra.
Infelizmente, esse prédio que aparece isolado lá no fundo é o que restou dessa foto. A quadra de tênis e o velho campo de futebol foram simplesmente arrasados em épocas passadas por máquinas, políticos e engenheiros de plantão. O terreno foi loteado e vendido a particulares para a construção de residências. Ainda bem que uma grande parcela da população de Itapira resolveu “gritar” para que as administrações atuais e futuras preservem o que ainda resta do nosso patrimônio histórico, mesmo porque há legislação específica para que isso ocorra. Finalizando, lembro que o grande mal da maioria dos mandatários é querer impingir ao povo a miopia de seus pontos de vista.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Avenidas do Parque e do Cruzeiro em 1917

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Avenidas do Parque e do Cruzeiro
Fotos obtidas em 1917, mostrando como se apresentavam as duas belíssimas avenidas de nossa Itapira antiga, ambas situadas no interior do Parque “João Pessôa” hoje “Juca Mulato”.  A primeira foto é da célebre Avenida dos Birís, cantada em prosa e verso pelos itapirenses que a conheceram desde a inauguração do parque em 1902. Mais tarde, em 1921, essa avenida recebeu a auspiciosa visita do presidente Washington Luiz Pereira de Souza, quando naquele local – diante da visão panorâmica que ali descortina – proferiu a famosa frase: “ITAPIRA, A LINDA”, que até hoje ecoa no coração do povo de nossa terra, como também ao longe, no velho espigão azul da Mantiqueira.
A outra avenida, a do Cruzeiro, era margeada de ambos os lados por viçosos ciprestes, e com o seu leito central artisticamente decorado com cascalhos brancos e negros, formando arabescos de grande efeito visual. Hoje, em nome de um progresso canhestro, sem nenhum senso de responsabilidade, simplesmente desapareceu, nada restou, deixando apenas lá no alto, isolado do parque e num local taciturno, aquele importante monumento histórico erigido em 1902, na passagem do século, como o símbolo da fé do povo de nossa querida Itapira.
Finalizando, lembro que, um povo sem história não existe, e uma cidade que não procura preservar o seu passado, perde o pé no presente e não deixa acontecer o futuro.



sábado, 24 de setembro de 2011

Praça Bernardino de Campos nos idos de 1940

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Praça Bernardino de Campos
Essa praça também conhecida como Praça da Matriz ou Largo da Matriz, era considerada como um dos pontos mais aprazíveis da nossa Itapira antiga, logicamente depois do saudoso Parque “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”. Esses logradouros eram considerados como sendo os “cartões de visitas” de nossa cidade, não só pela beleza, como também pelo trato acurado que recebiam das administrações municipais. Eram dois pontos turísticos de nossa terra e orgulho dos itapirenses que não cansavam de mostrá-los aos visitantes, como também onde passavam algumas horas de lazer em companhia de familiares e amigos. Na foto, vê-se a velha Praça da Matriz nos idos de 1940, mostrando em todo seu esplendor o tradicional prédio do Clube XV de Novembro. Nota-se que não existia o edifício “Wanderley Zázera”, o que deixava aquela área mais arejada em razão de uma lei municipal que proibia as construções de edifícios com mais de dois andares. Nota-se ainda que as calçadas e os canteiros eram bem cuidados. Os postes de iluminação entrelaçados com alamandas floridas alegrando todo o ambiente.
Nesse local – sempre aos domingos após a missa das 10:00 horas na Igreja Matriz – as jovens da nossa terra davam o ar de sua graça volteando o jardim, alegres e comunicativas. Eram momentos felizes que o tempo deixou para trás.
Na foto já amarelada pelo tempo, tento decifrar os pensamentos dessas jovens, talvez algumas delas já desaparecidas, deixando apenas saudades.
De vez em quando vou àquela praça, quando revejo alguns amigos e companheiros dos anos 40, da época em que o Cine Paratodos exibia os famosos seriados de “faroeste”; do Tarzan o rei da selva, e tantos outros do agrado da garotada e também dos adultos.
Repentinamente volto à realidade e me vejo pensativo olhando a nossa praça. Sinto um vazio!
Sinto que no passado estão nossas raízes, mas no presente tudo pertence aos nossos olhos.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Praça Bernardino de Campos por volta de 1920

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O Coreto da Praça
Lateral da Praça Bernardino de Campos por volta de 1920, ostentando em primeiro plano o artístico coreto da praça, local que serviu por muitos anos de palco para a apresentação da nossa querida e centenária Banda Lyra Itapirense, que ali realizava aos domingos e feriados suas retretas, compostas de um excelente repertório que embevecia à população de nossa terra. Era uma festa nas noites de verão ouvir a nossa Lyra executar suas partituras muito bem ensaiadas pelos mestres Alfredinho Ceragioli ao trombone, ao bombardino e também ao sax-harmonia; o regente Paulo de Castro; os pistonistas Flamínio Simões e Benício de Campos Brito; o inigualável maestro Antonio Rodrigues Gomes (Niquinho), que também foi um mestre no saxofone; Celestino Corrêa no bombardino; Alberto Lang, Rodolfo Tolentino e José Lang em suas clarinetas, e tantos outros que deixaram saudades, tais como: o Luiz Paranhos, ao trombone; Manoel Cabral e José Borges (Bepim) caixas; Augusto Borges com seu legítimo par de pratos turcos; Rudgero Long ao bombo, além de outros de saudosa memória que seguiram as pegadas dos exímios fundadores da nossa Lyra.
Mas, infelizmente tudo isso é passado, inclusive o nosso histórico coreto da Praça da Matriz – que acabou sendo “arrancado” do seu pedestal de glória e relegado ao ostracismo!
É triste!
É por isso que acredito: tanto o passado como o futuro são apenas perspectivas de quem os observa ou imagina do presente.
É o ciclo da vida.


sábado, 10 de setembro de 2011

Praça Bernardino de Campos nos idos de 1917

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Praça Bernardino de Campos
Parte baixa da Praça Bernardino de Campos nos idos de 1917, focalizada da antiga torre da Igreja Matriz de N. S. da Penha. Nessa foto aparece o velho casarão construído no inicio do século XIX, pelo Coronel Joaquim Ignácio de Alvarenga Cunha, onde também residiu por muitos anos o seu genro, o médico dr. Névio Bicudo, que ali sempre manteve o seu consultório. Nessa residência também morou uma de suas filhas, d. Maria José da Cunha Bicudo Cruz, que fora casada com o sr. Ariovaldo Pereira da Cruz.
Após a demolição desse histórico casarão em estilo colonial – o que foi muito lastimado naquela época pelos conservadores da memória da cidade – foi construído um prédio hoje ocupado por uma agência bancária do HSBC.
Na outra esquina fronteiriça, vê-se outro casarão também em estilo colonial, que pertenceu ao renomado promotor de justiça, dr. Raul Octavio da Fonseca. Nessa residência também morou por muitos anos a família do saudoso prefeito Antonio Caio (1952 a 1955 e de 1960 a 1962). Essa antiga construção também foi demolida para dar lugar ao prédio onde hoje funciona a Loja Cybelar.
A casa menor, na outra esquina da praça, foi ocupada pela Padaria Toscana (1917). Após a sua demolição, ali também foi construído um edifício de dois andares, onde atualmente funciona um Cartório.
Essa praça era muito bem cuidada, podendo-se notar na foto, o bom gosto através das árvores bem podadas, dos arbustos e dos canteiros cuidados com esmêro. Nota-se também o saudoso coreto da nossa querida e centenária Banda Lyra Itapirense embelezando todo o conjunto.
É uma pena que tudo isso seja passado. Muitas vezes procuro explicar aquilo que não tem explicação...

domingo, 4 de setembro de 2011

Praça Bernardino de Campos em 1917

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Praça Bernardino de Campos
Vista parcial da velha Praça da Matriz de N.S. d Penha em 1917, focalizando os canteiros bem cuidados, os passeios públicos conservados e a via carroçável, muito embora ainda com seu leito de terra batida, apresentava um ótimo aspecto visual.
Os paralelepípedos somente foram assentados na gestão do prefeito Cel. Francisco Vieira (1911 a 1923), e o asfaltamento veio bem mais tarde, em 1962, na gestão do prefeito Palmiro Raymonti (1962 e 1963).
Nota-se ainda na foto dois casarões e um sobrado. O primeiro foi residência do advogado e jornalista dr. Mário da Fonseca, onde mais tarde também residiu o médico dr. Diaulas de Souza Leite.
O segundo casarão foi construído pelo fazendeiro Major José David Pereira da Silva, pai de dona Aida, que ali também residiu por muitos anos. Lembro-me perfeitamente que, defronte essa residência existia um banco de madeira torneada, onde dona Aida reunia-se aos domingos à noite com seus familiares e amigos, para apreciarem o movimento da praça e as retretas da Banda Lira Itapirense. Dentre as freqüentadoras assíduas do local, lembro-me de minha avó dona Francisca Pereira da Cunha e também de minha primeira professora no Grupo Escolar “dr. Júlio Mesquita”, dona Sebastiana Pereira da Silva Job.
A terceira construção é o sobrado onde residiu o cel. Francisco Vieira, que apesar da ação funesta do tempo, ainda lá permanece de pé como se fosse uma sentinela avançada daquela praça central de Itapira, praça que me traz muitas recordações desde os tempos de menino. São lembranças que me fazem concluir que, não é a vida que passa, somos nós que passamos por ela como viajantes apressados rumo ao destino desconhecido.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Peça Histórica do Banco do Brasil.

-TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Peça Histórica do Banco do Brasil.
Em 11 de março de 1992, o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, recebeu como doação da Agência do Banco do Brasil local, uma interessante e engenhosa peça histórica, que pertenceu àquela autarquia desde 12 de março de 1942 – data de sua instalação em Itapira.
Trata-se de uma Prensa Copiadora de Balancetes Diários, pesando cerca de 200 quilos, a qual foi desativada para dar lugar a um novo sistema mais ágil e moderno.
A entrega dessa peça à diretora do Museu Histórico, Maria Carmelita La Farina da Cunha, foi feita pelo gerente geral da agência, o itapirense Ângelo João Bonfá, que naquele ato se fazia acompanhar dos funcionários Hélio Citrângulo, Valdir Zani, Idalo Olivo Paschoal e do ex-gerente da agência, Vitório Visnardi.
Na ocasião, a diretora fez um agradecimento, dizendo que: “esta peça histórica irá fazer parte integrante do museu, que guarda, preserva e difunde o seu valioso acervo”. Ainda naquela oportunidade congratulou-se com as comemorações dos 50 anos da Agência do Banco do Brasil em nossa cidade.


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Entrega de pão e leite em Itapira, no início do século XX

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Entrega do pão e leite em Itapira
Em nossa cidade, no início do século XX, a entrega do pão e do leite para a clientela era feita de maneira bem rústica, isto é, através de carrocinhas puxadas por tração animal.
Naquela época nossa cidade contava com onze padarias, sendo que três situavam-se na cidade, e oito nos arrabaldes. As mais conhecidas e que possuíam maior freguesia eram; Padaria Minerva, Padaria das Famílias e a Padaria Toscana. Essa última funcionava num casarão situado na praça da Igreja Matriz, onde hoje está um edifício de dois andares, ocupado pelo Cartório de Títulos. A Padaria Minerva localizava-se na esquina da confluência das ruas Rui Barbosa e XV de novembro, e pertencia à tradicional família Peres.
A massa do pão d’água era sovada manualmente, isto é, no “muque” dos padeiros, e os fornos à lenha eram construídos com tijolos e barro, de onde os pães saiam quentinhos para serem entregues em domicílio através das famosas carrocinhas (vide fotos), ou então vendidos nos balcões das padarias juntamente com o pão doce, roscas, broinhas, biscoitos de polvilho e outras guloseimas que alegravam a criançada.
Interessante notar que, cada pãozinho de 50gr. era vendido a Rs. 100 (cem réis) ou 1 tostão, e a clientela achava um abuso!
Quanto à venda de leite “in natura” não havia nenhum estabelecimento para esse mister. Provinha das chácaras, sítios e fazendas e a distribuição à clientela era feita, na grande maioria, em garrafas brancas e obturadas com “rolhas” de papelão branco. Alguns “leiteiros” também transportavam o produto em garrafas de cores variadas e arrolhadas com palha de milho. Outros, ainda faziam a entrega do leite a granel, isto é, através de grandes latões de alumínio, tendo na base uma torneirinha (foto).
Além desses tipos de transporte, alguns “leiteiros” ainda faziam a distribuição em garrafas acondicionadas em “picuás”, presos no dorso do animal (como na foto obtida ao lado da Igreja Matriz).
Naquela época também não existia em Itapira o leite pasteurizado, por esse motivo era aconselhado pelo Instituto de Higiene, que o produto fosse bem fervido antes de ser consumido.




sexta-feira, 22 de julho de 2011

Um Grande Lider - Virgolino de Oliveira.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Um Grande Líder.
A Usina N. S. Aparecida, fundada pelo itapirense Comendador Virgolino de Oliveira, desde os primórdios de sua existência recepcionava figuras ilustres pertencentes aos mais elevados escalões da política nacional, dentre eles governadores, ministros, deputados federais e estaduais, como também prefeitos e vereadores de Itapira e região. Ali era considerado o ponto  de encontro de altas autoridades quando visitavam Itapira, ocasião em que, os nossos vereadores, prefeitos e empresários eram convidados pelo anfitrião a fim de reivindicarem importantes benefícios para a nossa gente.
Virgolino foi um grande líder, um verdadeiro idealista que se fazia sempre presente nas mais legítimas aspirações do povo itapirense, haja vista que, se não fosse sua têmpera de homem público, de seu bairrismo e dedicação a Itapira, nossa cidade não teria conseguido o primeiro Ginásio do Estado (em 1939), a criação da Escola Normal “Elvira Santos de Oliveira”, a construção da nova Igreja Matriz de N. S. da Penha, o novo Reservatório de Água, além de outros importantes benefícios.
Para ilustrar a sua liderança na política local, veiculamos nesta edição de Tempos Saudosos do Jornal Tribuna de Itapira, duas fotos, nas quais Virgolino de Oliveira está em sua residência na Usina, recebendo em 1951 políticos e autoridades itapirenses a fim de participarem de uma reunião com o Secretário da Educação do Estado, professor Juvenal Lino de Mattos, que também era deputado estadual e seu grande amigo.
Virgolino sempre seguiu o velho e famoso ditado popular de que – “A união faz a força”, porque sem a união de esforços torna-se tudo mais difícil.

Da direita para a esquerda: o Secretário da Educação – professor Juvenal Lino de Mattos; o cartorário Noé de Oliveira  Rocha; o anfitrião Virgolino de Oliveira; o assessor de gabinete do Secretário; (?) e Anízio Simões. Atrás: jornalista Benedito Martins; vereador Benedito Serra; Américo Boretti; Ariovaldo Pereira da Cruz e vereador Olívio Cintra de Andrade.

Na mesma ordem: vereador Nillo Boretti; vereador João Moro; professor Juvenal Lino de Mattos; João Batista Rossi e seu filho vereador Hildebrando José Rossi; vereadores  Olavo Job; Marcello Avancini e o anfitrião Virgolino de Oliveira.


domingo, 17 de julho de 2011

TV Globo no Museu

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

TV Globo no Museu
Itapira sempre cultuou com civismos o movimento revolucionário do povo paulista contra a ditadura de Getúlio Vargas, haja vista que até hoje relembra com respeito duas datas importantes: a de 23 de maio de 32, dia do Soldado Constitucionalista, e a de 9 de julho de 1932, dia que marcou o início da revolução, quando o povo de São Paulo pegou em armas dizendo um basta aos desmandos de Vargas.
Como Itapira foi palco de acirrados combates, o nosso Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, guarda e preserva com carinho em seu rico acervo histórico, um manancial de importantes peças e documentos que falam de perto da Epopéia Paulista de 1932.
Tendo conhecimento dessa peculiaridade do Museu Histórico local, em julho de 1992, a TV Globo enviou a Itapira uma equipe de profissionais daquela conceituada rede de televisão, a fim de colher subsídios para a elaboração de um documentário sobre o acontecimento histórico, e o sacrifício dos nossos antepassados que deram a vida em holocausto à liberdade, fato que jamais poderá ser esquecido, porque esse destemor do povo de São Paulo serviu de inspiração aos ideais do povo deste Brasil gigante.
O documentário da Globo foi realmente um sucesso, deixando vincado na memória de quem o assistiu, o heroísmo e a bravura do povo paulista, para que o Brasil voltasse a ter a sua Constituição.

            A museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha, quando mostrava à equipe da TV Globo, parte do acervo histórico do Museu.

           O saudoso prefeito Alcides de Oliveira, que também foi ex-combatente de 32, quando concedia entrevista ao jornalista da Globo, Raul Dias Filho, ladeado pelo diretor do Museu – Plínio Cunha e da museóloga Maria Carmelita da Cunha.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ginasianos de 1956.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Ginasianos de 1956.
A foto mostra um grupo de alunos do Colégio Estadual “Elvira Santos de Oliveira”, quando assistia a uma aula da cadeira de Ciências Naturais, ministrada pela saudosa professora dona Wilma de Toledo Barros Munhoz, no laboratório daquele modelar estabelecimento de ensino de nossa cidade.
Esse “flash” ainda registra para a posteridade, os estudantes trajando uniforme de cor caqui, como era usado desde 1940 – ano em que entrou em funcionamento o Ginásio do Estado de Itapira – traje que mais tarde foi abolido pela direção da escola.
Nota-se também que, no semblante de cada um desses jovens ginasianos há o mais vivo interesse em captar os ensinamentos de dona Wilma, como era carinhosamente chamada pelos seus inúmeros discípulos.
Da esquerda para a direita vê-se: 1- Adolfo Carvalho; 2- Manoel Carlos Boretti Ornellas; 3- Luís Fernando Ferreira Cintra; 4- Luis Gustavo Cunha; 5- (?); 6- Atílio Finazi Junior; 7- (?); 8- Benedito Gomes de Oliveira e 9- Nelson Pereira da Silva Júnior.

domingo, 3 de julho de 2011

Ministro da Justiça Visitou o Museu.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Ministro da Justiça Visitou o Museu
Em 29 de junho de 1989, o Ministro da Justiça Oscar Dias Corrêa visitou o Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”.
Na oportunidade, fazia-se acompanhar do desembargador Raphael Orícchio, que naquela visita também representou o Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Nereu César de Moraes; do juiz de direito de nossa Comarca, Pedro Aurélio Pires Maríngolo e do Vice-Prefeito de Itapira, Comendador Wlademir Siqueira.
Na ocasião, as autoridades foram recepcionadas pelo diretor do Museu Histórico, Plínio Magalhães da Cunha, que os acompanhou por todos os salões de exposição daquele Instituto Cultural de nossa cidade, mostrando o rico acervo histórico ali existente. (vide fotos da visita).

O Ministro da Justiça Corrêa Dias; o juiz de direito da comarca, Pedro Maríngolo; desembargador Raphael Orícchio e o vice-prefeito de Itapira, Wlademir Siqueira, quando eram recebidos pelo diretor do Museu Plínio Cunha.

Os ilustres visitantes quando percorriam os salões de exposição do acervo do Museu.

Ministro Corrêa Dias deixou no livro de visitas a seguinte mensagem: “Registro com emoção, o amor da nobre gente de Itapira à sua história. Esse culto ao passado garante-lhe o futuro, honrando o presente. Em 29 de junho de 1989. Oscar Corrêa – Ministro da Justiça”.

sábado, 25 de junho de 2011

Planta de Itapira - 1920.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Planta de Itapira de 1920
Como curiosidade, mostramos aos nossos leitores na edição deste domingo, um mapa quase centenário do nosso município, no qual poderão ser localizadas as Vilas, Bairros, Fazendas, Estradas, caminhos e a parte hidrográfica.
Itapira está situada a leste do Estado de São Paulo, e suas divisas foram demarcadas através de Leis Provinciais, dentre elas citamos a de número 02, de 15 de fevereiro de 1822, que confina: ao norte, com os municípios de São João da Boa Vista e Espírito Santo do Pinhal; a leste com o de Jacutinga (Estado de Minas Gerais), do qual é separado pelo Rio Eleutério ou das pedras; ao sul com os municípios de Serra negra e Amparo; a oeste com o de Mogi – Mirim – passando a divisa pelo Morro do Gravi – e a noroeste faz divisa com o município de Mogi Guaçú, separada pelo Rio Mogi – Guaçú (vide Leis Provinciais de 04 de março de 1864; 04 março e 02 de abril de 1871; de 06 de abril de 1872; 13 de março de 1873; 13 de março e 16 de abril de 874 e a de 04 de junho de 1877).
A área do município de Itapira é de 588,7 quilômetros quadrados, e sua população foi estimada pelo recenseamento federal de 1920, em 26.594 habitantes, o que dá a média de 44,2 habitantes por quilômetro quadrado.
Esse resultado comparado com o ultimo recenseamento realizado pelo IBGE em 2010, quando a população do nosso município foi estimada em 68.638 habitantes, nota-se que houve um aumento em relação com a do ano de 1920 (90 anos depois) – de 42.044 habitantes.

sábado, 18 de junho de 2011

Itapira nos idos de 1920.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Itapira nos idos de 1920
Essa belíssima foto parcial de Itapira antiga traz recordações a muitos itapirenses que conheceram nossa cidade naquela época, ou então mostrando aos mais jovens como ela cresceu e modificou-se até chegar aos dias atuais.
Esse “flash” foi obtido da velha torre da igreja matriz de N. S. da penha, abrangendo apenas a parte oeste da cidade.
Logo no primeiro plano reconhecemos as obras para a construção da casa de propriedade do sr. João Batista Pereira (Joãozinho Bento), na confluência das ruas Comendador João Cintra com a Regente Feijó. Hoje essa residência pertence à família do médico dr. José A. de Mello Sartori. Mais adiante, vê-se outra construção na esquina das ruas Regente Feijó com a Campos Salles, que seria a residência do cidadão Américo Augusto Pereira. Ainda na esquina do lado oposto está o velho casarão que foi de propriedade do primeiro prefeito de Itapira (1902), sr. Bento Ignácio de Alvarenga Cunha, onde hoje está a loja Agrocentro. Naquele imóvel, num passado remoto, também funcionou por muitos anos o Centro Telefônico de Itapira.
Prosseguindo, mais abaixo, na esquina da Regente Feijó com a João de Moraes, vê-se a casa que pertenceu ao médico dr. João Pereira da Cunha, onde hoje funciona o laboratório “Fórmula Mil”.
Ainda nessa foto também estão delineadas as ruas Quinze de Novembro e Francisco de Paula Moreira Barbosa, até alcançarem o topo da colina com apenas algumas construções.
Reconheço outros locais que estão nítidos, mas deixo para serem identificados pelo leitor, como por exemplo, a casa do professor Silvano Andrade, que após sofrer modificações, hoje é residência do advogado dr. Ariovaldo Risolla.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

CARETA - Uma Revista.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

CARETA – UMA REVISTA
A guisa de curiosidade mostra na edição deste domingo, a capa de uma revista intitulada CARETA, editada em 18 de setembro de 1926, cuja redação e oficina situavam-se no Rio de Janeiro.
Interessante notar que, o preço de cada número era de 500 RÉIS, conforme poderá ser visto ao lado esquerdo do rodapé.
Ainda na capa dessa edição – tomando todo o espaço – aparece uma charge referente à política republicana da época.
O conteúdo dessa publicação é de 44 páginas, versando sobre diversos assuntos, dentre eles: sociais, políticos, contos, interessantes anúcios comerciais e, principalmente, muitas charges envolvendo personagens daqueles tempos. Ao lado, um diálogo entre dois famosos bonecos, criação do célebre Belmonte: Juquinha e Juca Pato.
As ilações ficam por conta do leitor.



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Praça da Matriz - 1940

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Praça da Matriz – 1940
A foto em tela mostra uma vista parcial da Praça dr. Bernardino de Campos, obtida da torre da velha igreja matriz de N. S. da Penha, nos idos de 1940.
No primeiro plano, à esquerda da foto, vê-se o sempre lembrado e histórico “coreto da praça”, como era conhecido. Ali, nas noites domingueiras e nos dias festivos era ocupado pela nossa querida e centenária Banda Lira Itapirense, ocasiões em que executava suas retretas alegrando com seu belo repertório todo o ambiente.
Esse coreto serviu por muitos anos como palco para receber visitantes ilustres, ocasião em que eram saudados pelas autoridades e aplaudidos pelo povo itapirense postado ao longo da praça.
Ao fundo nota-se perfeitamente a bela fachada do prédio ocupado pelo Clube XV de Novembro, hoje sede do Circulo Italiano de Itapira, tendo ao lado um terreno ainda vazio que fora ocupado por outra construção antiga, mas demolida a fim de dar lugar ao futuro prédio da Caixa Econômica Estadual, pois tanto é verdade que, nesse local foi até assentada solenemente a pedra fundamental para a construção daquela autarquia.
A solenidade contou com a presença do Interventor Federal de São Paulo, dr. Fernando Costa, que veio a Itapira a convite do Prefeito dr. Hortêncio Pereira da Silva (1942 a 1945) para prestigiar o evento (estive presente).
Mais tarde – coisas da política – ali foi construído o Edifício Wanderley Zázera, ficando o atual prédio da Caixa Econômica, hoje pertencente ao Banco do Brasil, localizado à Rua Francisco Glicério, onde funciona até hoje com suas acomodações que deixam muito a desejar.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

I Exposição de Artes Plásticas - 1973

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

I Exposição de Artes Plásticas
Diante do sucesso alcançado pela primeira Exposição de Artes Plásticas de Itapira, realizada no período de 07 a 16 de setembro de 1973, mais dois “flashes” daquele acontecimento histórico e cultural de nossa terra, quando ali compareceu um numeroso público a fim de aplaudir e prestigiar o evento.
Participaram da Exposição, sob os auspícios da Prefeitura através do Conselho Municipal de Turismo, os seguintes expositores: Antonio de Lima Horta; Fábio Vergueiro; Isaias de Mello; Luiz Guardia Neto (de Mogi-Mirim); Hélio Gardinalli; João Carlos P. Cintra; Nelo Marconi; Fernando Sabag Law; Nelson de Barros; Flávio Silveira Camargo; Jácomo Mandatto; Maria José Bicudo P. Cruz; Zaira de Almeida P. Peres; Elenir B. F. Nobre; Maria Carmelita La Farina da Cunha; Genny P. da Silva; Ângela Beatriz P. Cintra; Dinah Salles Rocha e Divanira Salles Rocha.
O quadro pintado pelo professor Antonio de Lima Horta, retratando o fundo do Mercado Municipal, faz parte do acervo da família do saudoso professor Pedro Ferreira Cintra.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

I Exposição de Artes Plásticas de Itapira - 1973

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

I Exposição de Artes Plásticas de Itapira.
Às 20:00 horas do glorioso dia 7 de setembro de 1973, nos salões do Centro Comércio e Indústria, aconteceu solenemente a inauguração da primeira Exposição de Artes Plásticas de Itapira, sob os auspícios do Conselho Municipal de Turismo, órgão dirigido pelo vereador Sebastião (Dinho) Pompeu.
Nessa ocasião foram revelados inúmeros artistas itapirenses, que com muito brilhantismo souberam despertar a arte e a cultura de nossa terra.
Esse importante evento cultural alcançou naquela noite de gala um verdadeiro sucesso, prestigiado por um numeroso público que aplaudiu com entusiasmo o acontecimento, não só pelo excelente trabalho de seus organizadores, como também porque revelou uma plêiade de artistas de nossa terra.

Abertura da 1ª Exposição de Artes Plásticas de Itapira. Com muita pompa, com direito a fita inaugural e um coquetel de arrancar elogios dos presentes, os artistas anônimos de Itapira contribuíram mostrando uma explosão de cores e toques de mãos artísticas que se revelaram na noite do Grito. Na foto, o prefeito Alcides de Oliveira e Elenir Boretti Ferreira Nobre descerrando a fita. Vemos ainda Melita Cunha; Plínio Magalhães da Cunha e Cecília Camargo.
Da esquerda para a direita: Sebastião (Dinho) Pompeu; Elenir Boretti Ferreira Nobre; Maria José (Dedé) Bicudo Cruz; Zaira de Almeida Peres e Peres; Melitinha La Farina da Cunha; prefeito Alcides de Oliveira; Divanira Salles Rocha; Dinah Salles Rocha; Flávio Silveira de Camargo; Fábio Vergueiro; Luiz Guardia Neto (Mogi Mirim) e Hélio Gardinalli.

domingo, 17 de abril de 2011

Vereadores Constituintes

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Vereadores Constituintes
Diplomação dos 17 vereadores para comporem a Câmara Municipal de Itapira, eleitos no pleito de 15 de novembro de 1988, em solenidade realizada às 20:00 horas do dia 23 de dezembro, no salão do Fórum local, presidida pelo juiz eleitoral da comarca, dr. Pedro Aurélio Pires Maríngolo.
Os edis diplomados assumiram seus mandatos a partir de 1º de janeiro, para o quadriênio de 1989 a 1992, sendo os responsáveis diretos pela elaboração da Lei Orgânica do nosso município, razão pela qual eram chamados de “Vereadores Constituintes”.
Essa Lei Orgânica está em vigor até hoje, mas já sofreu algumas alterações em seus artigos através de emendas da Mesa da Câmara Municipal, logicamente com a anuência do colendo plenário daquela Casa de Leis.

Os 17 vereadores constituintes para o quadriênio de 1989 a 1992: da esquerda para direita – Sebastião Manoel; Dimas Salles Rocha; Glauco Aylton Ceragiolli; Anísio Becusi; Noé Massari; Nelson Caporalli e Dirceu de Oliveira. Atrás, na mesma ordem: Manoel Marcello Cezare Filho; Eliel Corazza; Décio da Rocha Carvalho; Emídio Alberto Mendes; José Carlos Vieira; Orlando Dini; Fernando Venturini; Antônio Orcini; Luiz Martinho Stringuetti e Dionísio Coradi Filho.

Reunião dos vereadores constituintes, responsáveis pela elaboração da Lei Orgânica do município, quando tomavam ciência das sugestões dos munícipes depositadas nas urnas distribuídas em diversos pontos da cidade.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Diretas Já.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

BRASIL – “DIRETAS JÁ”
Quando em 25 de janeiro de 1984 a cidade de São Paulo completava 430 anos de fundação, cerca de 20 mil pessoas participaram de um grande comício na Praça da Sé – defronte a Catedral Metropolitana – a fim de protestar contra o regime militar que se instalou no Brasil desde 15 de abril de 1964. Foi um verdadeiro grito de protesto em prol das eleições diretas, visando a volta do regime democrático em nosso país.
Esse importante e corajoso gesto de São Paulo tornou-se um movimento histórico que tomou corpo e se repetiu na noite de 16 de abril de 1984, ocasião em que, mais de um milhão de pessoas ocuparam literalmente o Vale do Anhangabaú, na Capital paulista, exigindo a volta da democracia e as “DIRETAS JÀ”.
Esse legítimo movimento popular ecoou por todos os rincões deste gigante Brasil, acompanhando atentamente o desenrolar dos acontecimentos políticos.
Assim, aos poucos, apesar de muitos tropeços de percurso, o povo brasileiro conseguiu finalmente livrar-se do odioso regime antidemocrático, e assistir a vitória de seus lídimos ideais, vendo surgir a sétima Constituição brasileira, promulgada em 5 de outubro de 1988 -29 anos após o fatídico golpe militar de 1964.

Eis um “flash” bastante sugestivo do comício pelas “DIRETAS JÁ”, realizado na Praça da Sé, em São Paulo, defronte a Catedral Metropolitana. Da direita para a esquerda vê-se – de mãos dadas – o deputado federal Ulisses Guimarães, Tancredo de Almeida Neves, o Governador de São Paulo, Franco Montoro e sua esposa Lucy Franco Montoro.