quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Praça Bernardino de Campos - 1917

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
Praça Bernardino de Campos
Vista parcial da velha Praça da Matriz de N.S. d Penha em 1917, focalizando os canteiros bem cuidados, os passeios públicos conservados e a via carroçável, muito embora ainda com seu leito de terra batida, apresentava um ótimo aspecto visual.
Os paralelepípedos somente foram assentados na gestão do prefeito Cel. Francisco Vieira (1911 a 1923), e o asfaltamento veio bem mais tarde, em 1962, na gestão do prefeito Palmiro Raymonti (1962 e 1963).
Nota-se ainda na foto dois casarões e um sobrado. O primeiro foi residência do advogado e jornalista dr. Mário da Fonseca, onde mais tarde também residiu o médico dr. Diaulas de Souza Leite.
O segundo casarão foi construído pelo fazendeiro Major José David Pereira da Silva, pai de dona Aida, que ali também residiu por muitos anos. Lembro-me perfeitamente que, defronte essa residência existia um banco de madeira torneada, onde dona Aida reunia-se aos domingos à noite com seus familiares e amigos, para apreciarem o movimento da praça e as retretas da Banda Lira Itapirense. Dentre as freqüentadoras assíduas do local, lembro-me de minha avó dona Francisca Pereira da Cunha e também de minha primeira professora no Grupo Escolar “dr. Júlio Mesquita”, dona Sebastiana Pereira da Silva Job.

A terceira construção é o sobrado onde residiu o cel. Francisco Vieira, que apesar da ação funesta do tempo, ainda lá permanece de pé como se fosse uma sentinela avançada daquela praça central de Itapira, praça que me traz muitas recordações desde os tempos de menino. São lembranças que me fazem concluir que, não é a vida que passa, somos nós que passamos por ela como viajantes apressados rumo ao destino desconhecido.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

1948 – Ginásio do Estado

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

1948 – Ginásio do Estado.
Alunas que cursaram a 4ª série ginasial em 1948, quando aquela escola ainda funcionava no prédio hoje ocupado pela Prefeitura Municipal, à rua João de Moraes.
Na foto, todas sorridentes posaram para a posteridade, vendo-se ao centro o estimado professor de Latim – José Paulino da Costa Neto.
Na primeira fila, da esquerda para a direita: Maria Aparecida Barretto – Maria Terezinha Pupo Cintra – Terezinha Cavenaghi – Ivone Cavenaghi – Diva Clemente – Maria Clara Serra e Maria Terezinha Avancini.
Na segunda fila, em pé e na mesma ordem: Neuza Pereira – Silvia Aguiar – Anny de Castro – Maria Yolanda Lopes – Edna Passarella – Maria Helena Trani Plumari – Terezinha Oliveira e Silva – Áurea Siqueira – Maria Lúcia da Cunha – Carolina Calil – Mirian Cruz e Ivone Lang.


Indústrias Reunidas Francisco Vieira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

 
Indústrias Reunidas Francisco Vieira
                Foram as mais notáveis de Itapira antiga, fundadas em 1914 pelo Cel. Francisco Vieira, com um capital inicial de Rs.100.000$00 ( cem contos de réis). As fábricas e depósitos ocupavam vasta área situada às margens do Ribeirão da Penha, tais como: uma grande serraria e carpintaria (foto); fábrica de móveis; uma olaria para fabricação de tijolos, mosaicos e telhas; uma ferraria com oficina mecânica; uma fábrica de manteiga e outra de gelo. Anexos às indústrias existiam ainda um amplo depósito de materiais para construção, e um outro de lenha picada, cujos produtos eram comercializados na cidade, sendo transportados através de carroças.  Somente para se ter uma idéia, a produção da serraria no ano de 1921 girou em torno de 2.100 metros cúbicos de madeira serrada. Em 1922, essa produção subiu para 2.300 metros cúbicos. Os produtos das Indústrias Reunidas Francisco Vieira eram consumidos não só em Itapira, mas também nos municípios da região e do sul de Minas Gerais. Devido a excelente aceitação pelo comércio, as vendas em 1922 excederam à importância de Rs300:000$000 (trezentos contos de réis), uma renda bastante expressiva para aquela época. Nessa indústria trabalhavam 56 operários, cujos salários variavam de acordo com o setor em que exerciam suas atividades, como por exemplo: os oleiros e carpinteiros recebiam Rs3.500 a Rs8.000 diários por 8 horas de serviço; os mecânicos – de Rs5.000 a Rs10.000 pelo mesmo número de horas. Toda a maquinaria das indústrias era movida por dois motores elétricos, de 20 Hp cada um. O escritório estava situado no centro da cidade, na praça da Matriz (Praça Bernardino de Campos), onde permaneciam o gerente e o guarda-livros. Na foto da serraria, vê-se no seu interior o proprietário Cel. Francisco Vieira e o fazendeiro João Batista Pereira da Silva (o mais alto), conhecido como Joãozinho Bento, que construiu sua residência na esquina das ruas Regente Feijó e Comendador João Cintra, onde residem atualmente familiares do saudoso médico dr. José Alberto de Mello Sartori.

Matriz Nossa Senhora da Penha

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Plínio Magalhães da Cunha

Vista parcial do antigo interior da Matriz Nossa Senhora da Penha, vendo-se o altar mor encimado pelo emblema do Divino Espírito Santo e, logo abaixo, a imagem verdadeira e histórica de Nossa Senhora da Penha, padroeira de Itapira. Essa imagem trazida de Portugal por um dos fundadores de nossa terra – João Gonçalves de Moraes – foi furtada por algum herege ou comerciante de antigüidades, o que foi muito pesaroso para a população católica. Ela media dois palmos e cinco dedos de altura, ostentando em sua cabeça uma coroa trabalhada em prata. Mais abaixo aparece a imagem de Cristo Crucificado. Esse altar mor era realmente uma relíquia, uma obra de arte. À esquerda do templo aparece o púlpito, onde o celebrante da missa pregava o Evangelho de Cristo. Nota-se a riqueza artística dessa peça histórica, encimada por figuras de anjos, esculpidas em mármore de Carrara. Sua cúpula era trabalhada com franjas douradas.
Do lado direito, vê-se o portal de entrada para a Capela do Santíssimo. O piso desse templo era todo de mosaicos decorados, e os lustres de cristal da Bohemia.
Na parede, nota-se apenas duas peças reportando a Via Sacra.
Tudo isso foi demolido em 1955, para dar lugar a uma igreja mais ampla.
Tive a oportunidade de constatar pessoalmente, em Campinas, no Museu de Arte Sacra da Cúria, algumas dessas peças históricas doadas pela Paróquia de Itapira, peças que marcaram profundamente a vida católica do nosso povo, tais como: o Púlpito, a Pia Batismal (onde milhares de itapirenses receberam o sacramento do batismo), além da belíssima imagem de Nossa Senhora das Dores, com seu manto azul, e a da Ressurreição de Cristo.
Toda essa beleza só nos deixa saudade, uma profunda recordação da nossa querida Itapira, de um passado distante, dos tempos de nossos pais, dos nossos avós.



sábado, 17 de agosto de 2013

O futebol de Itapira em 1908

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

O futebol de Itapira em 1908
Esta foto centenária de meu acervo é uma verdadeira relíquia, pois retrata o esquadrão do Sport Club Itapirense como era em 1908, isto é, há 105 anos.
Interessante notar que, todos os craques daquela época trajavam uniformes impecáveis, inclusive usando camisa de gola fechada (tipo colarinho) e gravata. As chuteiras eram as chamadas botinas, parecidas com os sapatões de hoje.
O Sport Club Itapirense tinha até o luxo de possuir dois uniformes: o primeiro, camisa preta e gravata, com o calção branco e meias pretas.
O segundo uniforme era camisa branca, gravata, calção branco e meias pretas.
Conseguimos identificar apenas alguns jogadores do clube: sentados, o segundo da primeira fila, da esquerda para a direita, é João Batista Cintra, o conhecido Joanico Cintra – um verdadeiro craque do passado – pai da professora Terezinha Pupo Cintra; o quarto, na mesma ordem, de uniforme branco, com um pé sobre a bola, é meu tio Aristides Vieira de Magalhães; logo atrás de Aristides, outro tio, Mário Vieira de Magalhães, e atrás do Mário, está outro parente, Francisco Vieira (cel. Chico Vieira) grande esportista da época e um dos fundadores do Sport Club Itapirense, que empresta o seu nome ao Estádio Municipal de nossa terra, tendo ao seu lado esquerdo, de bigode (mas sem o seu famoso cavanhaque), o advogado Mário da Fonseca, fundador do jornal “Cidade de Itapira” em 1907 – tio-avô do Toy e do Betuska Fonseca.

NOTA: Infelizmente não conseguimos identificar outros jogadores, inclusive o cidadão de chapéu-côco, terno escuro e colete, apoiado elegantemente em sua bengala.

Homenagem e Gratidão

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Plínio Magalhães da Cunha

 
Homenagem e Gratidão
Inauguração bastante concorrida da herma do Coronel Francisco Vieira, acontecida em 13 de agosto de 1947 (dia de seu aniversário natalício), na então belíssima e ampla Praça Bernardino de Campos. Na placa inaugural lê-se: “CHICO VIEIRA – HOMENAGEM E GRATIDÃO DE SUA ITAPIRA – 13/08/1947”.
Chico Vieira administrou Itapira por quase 20 anos. Foi o primeiro itapirense a ser eleito deputado estadual (1935 a 1937) pelo Partido Constitucionalista, quando ocupava o Governo de São Paulo o eminente Armando de Salles Oliveira. Era pai de Francisco Vieira Filho (Titico Vieira), que também ocupou uma cadeira na Assembléia Legislativa de São Paulo. Chico Vieira era irmão de outro itapirense ilustre, o engenheiro Euclides Vieira, que foi eleito o senador mais votado da República, e também ocupou o cargo de prefeito da cidade de Campinas.
Como combatente da Revolução Constitucionalista de 1932, o Cel. Francisco Vieira comandou um batalhão de voluntários de Itapira, passando por Eleutério até a divisa de minas Gerais (Sapucaí). Tomou parte ativa nos acirrados combates contra as forças ditatoriais de Getúlio Vargas no Morro do Gravi, onde muitos itapirenses e mogimirianos derramaram seu sangue precioso em holocausto à causa de São Paulo, mostrando ao Brasil, os seus nobres ideais revolucionários em defesa do respeito ao direito e às liberdades democráticas.
O Cel. Francisco Vieira empresta o seu nome ao Estádio Municipal de sua terra e ao Núcleo M. M. D. C de Itapira, da Sociedade Veteranos de 1932.

A Velha Política Brasileira

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Plínio Magalhães da Cunha

A Velha Política Brasileira
Aqueles que não conheceram ou não se lembram dos velhos tempos da política brasileira e de algumas personagens que fizeram história, eis aqui uma foto bastante sugestiva – dos idos de 1950 – quando Lucas nogueira Garcez e Erlindo Salzano foram ao Rio Grande do Sul, mais precisamente a São Borja, onde residia Getúlio Vargas.
A razão precípua dessa visita da dobradinha paulista àquela cidade gaúcha foi para buscar o apoio político do ex-presidente Vargas, que apesar dos pesares, ainda era considerado um grande líder nacional, e que iria disputar em 1950 a presidência da república pelo PTB, enquanto que, em São Paulo, Garcez e Salzano disputariam o governo do Estado pelo PSP (Partido Social Progressista).
O acordo vingou, tanto foi verdade que, logo surgiu em São Paulo o famoso “jingle”: presidente Getúlio / e Adhemar Senador / e Lucas Garcez / para Governador / é PTB é PSP / em três de outubro / nós vamos vencer... e venceram mesmo! menos Adhemar de Barros que retirou sua candidatura para o senado.
Na foto acima, vê-se da esquerda para a direita: de óculos e terno claro, Benedito Sartini, meu amigo e colega da Secretaria do Governo. Sartini tinha um parente em Itapira, Adagamus Sartini, que foi proprietário do Hotel Sartini. Continuando, de braços cruzados, o médico Erlindo Salzano – candidato a vice-governador de Garcez. A seguir aparecem três pessoas que não consegui identificar. Trajando paletó branco e cachecol, o anfitrião e candidato pelo PTB a Presidente da República – Getúlio Vargas. Entrevistando Getúlio, aparece o conhecido repórter paulista, “Tico-Tico”. Por último – atento à entrevista – o candidato a governador, o engenheiro Lucas Nogueira Garcez, professor da Escola Politécnica de São Paulo, foi eleito para o período de janeiro de 1951 a janeiro de 1955. 

Visita de Adhemar de Barros a Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Visita de Adhemar de Barros a Itapira
Em abril de 1949, o candidato ao governo do Estado de São Paulo – pelo Partido Social Progressista (PSP) – Adhemar Pereira de Barros, visitou Itapira, a convite de seu amigo e líder político local, o saudoso Comendador Virgolino de Oliveira, cujo aniversário natalício é comemorado no dia 15 de março.
Adhemar e sua comitiva foram recepcionados pelas autoridades e correligionários no diretório central do PSP, situado à Praça Bernardino de Campos, ao lado da igreja matriz de N. S. da Penha.
O ilustre visitante cumpriu um extenso programa durante sua permanência em Itapira, visitando diversos pontos, dentre eles, algumas indústrias.
Na foto acima, o candidato Adhemar de Barros quando era recepcionado no comitê central, vendo-se da esquerda para a direita: Flávio Thomaz de Aquino; vereador Antonio Caio; vice-prefeito dr. Aquiles Galdi; prefeito Virgolino de Oliveira (1949 e 1950); senador Euclides Vieira, irmão de outro político itapirense, o Coronel Francisco Vieira; o candidato Adhemar de Barros; o professor Miguel Realli; o deputado estadual André Nunes Júnior, presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo; vereador Marcelo Avancini (de perfil) e alguns membros da comitiva ademarista.

Outro “flash” da visita de Adhemar de Barros e sua comitiva à fábrica de chapéus Sarkis, onde foi recebido pelo diretor-presidente Sebastião Jader Sarkis e funcionários, dentre eles o conhecido esportista de nossa terra, Benedito Leitão Sobrinho, o estimado e saudoso Joca Leitão, que aparece todo sorridente cumprimentando o ilustre visitante. Vê-se ainda, José Galli, o vereador Antonio Caio e o industrial Comendador Virgolino de Oliveira, anfitrião do candidato populista a Itapira.

Alunos da Escola Estadual “Elvira Santos de Oliveira”, nos idos de 1958.

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Alunos da Escola Estadual “Elvira Santos de Oliveira”, nos idos de 1958, quando assistiam a uma aula prática de história natural, ministrada pela professora Wilma de Toledo Barros Munhoz, no laboratório daquele tradicional estabelecimento de ensino de Itapira.
Na foto nota-se os jovens estudantes compenetrados nos ensinamentos da saudosa mestra, vendo-se da esquerda para direita: Geraldo José Gatolini; Adolfo Carvalho; Benedito Gomes da Costa; Luís Carlos Torres; Francisco Galli; professora dona Wilma Barros Munhoz; Manoel Carlos Boretti Ornellas; Antônio Bento J. Pereira; Tetê Finazzi; (?); José Carlos Avancini; Nelson Pereira da Silva, e o último que também não foi reconhecido.

A identificação dos jovens – com exceção de dois deles – somente foi possível graças ao valioso auxílio do prezado amigo e também ginasiano naquela época, o dr. João Carlos de Oliveira, grande incentivador para que se realize anualmente no aniversário da escola – 29 de novembro – uma reunião festiva dos ex-alunos, a fim de comemorarem o evento.

Homenagens aos ex-combatentes de 1932

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Homenagens aos ex-combatentes de 1932
Quando da inauguração da Avenida Jacareí no dia 9 de julho de 1974, na gestão do prefeito Alcides de Oliveira, o popular Alemão, esteve presente como convidado especial, o seu colega – Prefeito Antonio Nunes de Moraes Junior – da cidade de Jacareí, que se fazia acompanhar de uma comitiva composta de ex-combatentes da Revolução Constitucionalista daquele município.
Após a inauguração da via pública, os visitantes compareceram às solenidades programadas no Morro do Graví – palco de uma das batalhas mais acirradas dos soldados paulistas contra o exército ditatorial de Vargas – precisamente no local onde está erigido o monumento em homenagem àqueles que derramaram o seu sangue para que o Brasil voltasse a ter a sua Constituição.
Terminada a visita ao Graví, todos os presentes se dirigiram ao Mausoléu do Soldado Constitucionalista no cemitério da Saudade, onde foi depositada uma coroa de flores sob o toque de silêncio.
Após cumprirem as solenidades cívicas, as autoridades e visitantes compareceram ao Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” ocasião em que foram recepcionados pelo diretor e implantador daquele órgão, Plínio Magalhães da Cunha e funcionários, que os acompanharam pelos salões de exposição, fazendo uma pausa demorada defronte ao copioso acervo de uma das exposições que fazia alusão a efeméride da Revolução Paulista de 1932.
Antes de deixar o Museu, o prefeito Nunes, após assinar o livro de “visitantes ilustres”, usou a palavra no Salão Nobre, defronte ao retrato do patrono do Museu, “Comendador Virgolino de Oliveira”, para agradecer as homenagens prestadas ao povo de Jacareí, e, a seguir, teceu elogios à organização do acervo museológico exposto ao público visitante naquele importante Instituto Cultural – “que guarda, preserva e difunde a história de Itapira e de sua gente laboriosa”, finalizou.
- RUA ITAPIRA -
A guisa de informação, Itapira também foi homenageada em Sessão Solene na Câmara Municipal de Jacareí, que aprovou por unanimidade a denominação de RUA ITAPIRA a uma das vias públicas daquele município.
Na ocasião, em nome do prefeito Alcides de Oliveira, que descerrou a placa denominativa, discursou o advogado Ariovaldo Risolla, que agradeceu as homenagens prestadas a nossa querida Itapira.

        Combatentes Constitucionalistas no museu, ladeando uma das funcionárias, a museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha.

             No Salão Nobre do Museu, ocasião em que o prefeito Antonio Nunes de Moraes Junior deixava as impressões de sua visita a Itapira, gravada pelos funcionários Maria Carmelita Cunha e Plínio Cunha.

TV Globo no Museu

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

TV Globo no Museu
Itapira sempre cultuou com civismos o movimento revolucionário do povo paulista contra a ditadura de Getúlio Vargas, haja vista que até hoje relembra com respeito duas datas importantes: a de 23 de maio de 32, dia do Soldado Constitucionalista, e a de 9 de julho de 1932, dia que marcou o início da revolução, quando o povo de São Paulo pegou em armas dizendo um basta aos desmandos de Vargas.
Como Itapira foi palco de acirrados combates, o nosso Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, guarda e preserva com carinho em seu rico acervo histórico, um manancial de importantes peças e documentos que falam de perto da Epopéia Paulista de 1932.
Tendo conhecimento dessa peculiaridade do Museu Histórico local, em julho de 1992, a TV Globo enviou a Itapira uma equipe de profissionais daquela conceituada rede de televisão, a fim de colher subsídios para a elaboração de um documentário sobre o acontecimento histórico, e o sacrifício dos nossos antepassados que deram a vida em holocausto à liberdade, fato que jamais poderá ser esquecido, porque esse destemor do povo de São Paulo serviu de inspiração aos ideais do povo deste Brasil gigante.
O documentário da Globo foi realmente um sucesso, deixando vincado na memória de quem o assistiu, o heroísmo e a bravura do povo paulista, para que o Brasil voltasse a ter a sua Constituição. 

                A museóloga Maria Carmelita La Farina da Cunha, quando mostrava à equipe da TV Globo, parte do acervo histórico do Museu.

              O saudoso prefeito Alcides de Oliveira, que também foi ex-combatente de 32, quando concedia entrevista ao jornalista da Globo, Raul Dias Filho, ladeado pelo diretor do Museu – Plínio Cunha e da museóloga Maria Carmelita da Cunha.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Nossa velha Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Nossa velha Itapira
Vista parcial de Itapira em 1917, obtida do pátio da Santa Casa pelo exímio fotógrafo da época – Bartholomeo Serracino. Nesse panorama da cidade, nota-se a partir da esquerda para a direita: a Matriz de Nossa Senhora da Penha, na praça dr. Bernardino de Campos, encimada por duas torres. Mais à direita, aparece a torre da Igreja Presbiteriana, situada à rua Campos Salles, e, logo a seguir, o belíssimo prédio do tradicional Grupo Escolar “dr. Júlio de Mesquita”, e, mais acima a famosa caixa d’água do Parque Municipal “João Pessoa”, hoje “Juca Mulato”, ostentando seu belo arvoredo. Por último, lá no alto da arborizada Rua Ruy Barbosa, o vetusto prédio da Cadeia, hoje ocupado pela Casa da Cultura “João Torrecillas Filho”, numa justa homenagem ao saudoso músico, historiador e memorialista de nossa terra, que sabia muito bem enfeitar e colorir aos domingos as páginas do jornal “Cidade de Itapira”, com sua inigualável coluna intitulada “NO TEMPO DA VOVÓZINHA” assinada com o pseudônimo de “JOÃO DO NORTE”.

Outra foto parcial de Itapira obtida do prédio da Estação da Companhia Mogiana de estrada de Ferro, mostrando em primeiro plano, a porteira usada para dar vazão às cargas provindas de diversas cidades com destino ao nosso município, através dos enormes vagões, puxados com aquele som característico da saudosa “Maria Fumaça”. Essas composições ferroviárias atravessavam algumas ruas de nossa cidade, e por essa razão, o maquinista jamais se esquecia de fazer soar o estridente apito a cada passagem de nível, alertando aos transeuntes mais desavisados para olharem a famosa tabuleta com os dizeres: “Pare, Olhe e Escute”. 

Ainda no alto da foto, a começar da esquerda para a direita, vê-se a cobertura do prédio do Grupo escolar “dr. Júlio de Mesquita”, a caixa d’água do Parque Municipal e o prédio da cadeia.

Itapira nos idos de 1920

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Itapira nos idos de 1920
Essa belíssima foto parcial de Itapira antiga traz recordações a muitos itapirenses que conheceram nossa cidade naquela época, ou então mostrando aos mais jovens como ela cresceu e modificou-se até chegar aos dias atuais.
Esse “flash” foi obtido da velha torre da igreja matriz de N. S. da Penha, abrangendo apenas a parte oeste da cidade.
Logo no primeiro plano reconhecemos as obras para a construção da casa de propriedade do sr. João Batista Pereira (Joãozinho Bento), na confluência das ruas Comendador João Cintra com a Regente Feijó. Hoje essa residência pertence à família do médico dr. José A. de Mello Sartori. Mais adiante, vê-se outra construção na esquina das ruas Regente Feijó com a Campos Salles, que seria a residência do cidadão Américo Augusto Pereira. Ainda na esquina do lado oposto está o velho casarão que foi de propriedade do primeiro prefeito de Itapira (1902), sr. Bento Ignácio de Alvarenga Cunha, onde hoje está a loja Agrocentro. Naquele imóvel, num passado remoto, também funcionou por muitos anos o Centro Telefônico de Itapira.
Prosseguindo, mais abaixo, na esquina da Regente Feijó com a João de Moraes, vê-se a casa que pertenceu ao médico dr. João Pereira da Cunha, onde hoje funciona o laboratório “Fórmula Mil”.
Ainda nessa foto também estão delineadas as ruas Quinze de Novembro e Francisco de Paula Moreira Barbosa, até alcançarem o topo da colina com apenas algumas construções.

Reconheço outros locais que estão nítidos, mas deixo para serem identificados pelo leitor, como por exemplo, a casa do professor Silvano Andrade, que após sofrer modificações, hoje é residência do advogado dr. Ariovaldo Risolla.

Auspiciosa Visita a Itapira

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Auspiciosa Visita a Itapira
Em 1980, uma comitiva de rotarianos compareceu na entrada da cidade, precisamente onde está erigido o monumento em homenagem ao Rotary Club de Itapira, a fim de recepcionar o então Governador do distrito 459, Orley Camargo Schimidt e esposa.
Esta foto, obtida há 33 anos e pertencente ao meu acervo, hoje publico em minha coluna numa justa homenagem aos 60 anos de existência desse dinâmico clube de serviços de nossa terra, graças à dedicação de seus membros através de um trabalho edificante em prol da humanidade.
Parabéns aos atuais membros que compõe esse importante clube de serviços da nossa Itapira.

Na foto, em primeiro plano da esquerda para a direita: José Casimiro Rodrigues; Funabashi Yoshio; Waldemar Schimidt; José Francisco Pereira Job; Plínio Magalhães da Cunha. Em segundo plano: José Benedito Coloço Neto; Ricardo Baldassin; Antonio Carlos Martins e sua esposa Elvira Salgado Martins; Quinha Schimidt; o casal de visitantes, governador Orley e esposa; Juracy Job e Dácio Amorim.

sábado, 8 de junho de 2013

A Caixa d’água do Parque

- TEMPOS SAUDOSO -
Plínio Magalhães da Cunha


A Caixa d’água do Parque
Até hoje funciona como reservatório de água localizado no centro do parque “Juca Mulato”, ao lado do prédio do Museu Histórico “Comendador Virgolino de Oliveira”. A data de sua construção ainda pode ser vista no seu frontispício: setembro de 1897.
Essa caixa distribuía diariamente à cidade perto de 1.500.000 litros de água, com capacidade para abastecer cerca de 900 prédios.
A água ali capitada, provinha de quatro mananciais: o de Águas Claras, do Arrozal, da Mata (na fazenda Santa Adélia) e dos Macucos.
A beleza desse reservatório estava na sua parte superior, isto é, a que cobria toda a extensão com cimento armado para suportar o peso de um jardim – conhecido naquela época como “Jardim Suspenso” – onde ostentava uma enorme quantidade de plantas ornamentais, cultivadas com esmero pelos jardineiros João e Afonso. Lembro-me muito bem deles e desse jardim.
As plantas ali cultivadas também serviam para a ornamentação de todos os canteiros do parque, que após serem replantadas, apresentavam um agradável visual muito admirado pelos visitantes daquele logradouro.

Na foto em tela, vê-se ainda a saudosa “Avenida dos Birís”, cujas árvores na primavera ficavam revestidas de flores amarelas. Suas pétalas quando sopradas pelo vento, cobriam toda a extensão de seu leito, de onde descortinava no horizonte o azul da velha Mantiqueira.

I Exposição de Artes Plásticas de Itapira - 1973

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

I Exposição de Artes Plásticas de Itapira.
Às 20:00 horas do glorioso dia 7 de setembro de 1973, nos salões do Centro Comércio e Indústria, aconteceu solenemente a inauguração da primeira Exposição de Artes Plásticas de Itapira, sob os auspícios do Conselho Municipal de Turismo, órgão dirigido pelo vereador Sebastião (Dinho) Pompeu.
Nessa ocasião foram revelados inúmeros artistas itapirenses, que com muito brilhantismo souberam despertar a arte e a cultura de nossa terra.

Esse importante evento cultural alcançou naquela noite de gala um verdadeiro sucesso, prestigiado por um numeroso público que aplaudiu com entusiasmo o acontecimento, não só pelo excelente trabalho de seus organizadores, como também porque revelou uma plêiade de artistas de nossa terra.

              Abertura da 1ª Exposição de Artes Plásticas de Itapira. Com muita pompa, com direito a fita inaugural e um coquetel de arrancar elogios dos presentes, os artistas anônimos de Itapira contribuíram mostrando uma explosão de cores e toques de mãos artísticas que se revelaram na noite do Grito. Na foto, o prefeito Alcides de Oliveira e Elenir Boretti Ferreira Nobre descerrando a fita. Vemos ainda Melita Cunha; Plínio Magalhães da Cunha diretor do Museu Histórico “Com. Virgolino de Oliveira” e Cecília Camargo.

Da esquerda para a direita: Sebastião (Dinho) Pompeu; Elenir Boretti Ferreira Nobre; Maria José (Dedé) Bicudo Cruz; Zaira de Almeida Peres e Peres; Melitinha La Farina da Cunha; prefeito Alcides de Oliveira; Divanira Salles Rocha; Dinah Salles Rocha; Flávio Silveira de Camargo; Fábio Vergueiro; Luiz Guardia Neto (Mogi Mirim) e Hélio Gardinalli.

Intervenção em Prédios Públicos

- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha
Intervenção em Prédios Públicos
Hoje iniciamos esta coluna parabenizando o prefeito de nossa terra, José Natalino Paganini, que houve por bem, através do decreto nº 64, de 18 de abril deste ano, proibir qualquer intervenção em Prédios Públicos no Município, sem antes passar pelo crivo de uma comissão constituída pelos responsáveis das áreas de Cultura e Turismo, a de Planejamento e Administração da Prefeitura Municipal.
Essa medida saneadora é bastante salutar e de grande importância para o Município, porque visa a preservação – do que ainda resta – de alguns prédios públicos considerados históricos, os quais sejam: Paço Municipal “Capitão Adolfo de Araújo Cintra; Casa da Cultura “João Torrecillas Filho”; Edifício Pastor “João Orcini” – (antiga Estação da velha Cia. Mogiana) e a “Passarela” que liga a Rua Fleming à Avenida Rio Branco, construção que há pouco tempo deu margem a polêmicas entre populares.
O importante é que o decreto já está em vigor combatendo a ação nefasta dos pseudos renovadores, progressistas e reformadores de plantão – por sinal, de muito mau gosto – que a serviço de um falso pressuposto de renovação estética, mutilam e destroem o patrimônio histórico de uma cidade, esquecendo-se de que, um povo sem memória não existe, nada representa em ralação ao seu passado de lutas e de trabalho.

Na foto vemos o prédio que foi ocupado como residência, Casa de Saúde, onde também funcionou o primeiro Ginásio do Estado de Itapira – de 1940 a 1952 – e que atualmente aloja o Paço Municipal.

sábado, 18 de maio de 2013

Festa do Peão Boiadeiro em Barretos por vota de 1975


- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha

Festa do Peão Boiadeiro em Barretos
Uma caravana itapirense, por volta de 1975, que se fez presente no município de Barretos, a fim de assistir a uma das festas mais famosas no gênero, acontecida no interior do Estado, ou talvez até no Brasil, a qual seja, A Festa do Peão Boiadeiro.
Naquela oportunidade, os participantes de nossa terra fretaram um ônibus especial, para levá-los àquela conhecida cidade do interior paulista, que se tornou famosa pelos espetáculos apresentados.
Na ocasião, os componentes da caravana puderam apreciar com detalhes todo o desenrolar das apresentações – algumas até emocionantes – ficando também surpresos com a organização daquele evento.
Na foto em tela vê-se os participantes: em pé, da esquerda para a direita – Antonio Capeletto Júnior – Chu Monezzi – (?) – Dorival Scarpioni – (?) – Dimas Cipola – (?) – Francisco Miranda – Duzzo – Osvaldo Joaquim de Freitas – (?) – Colocinho – (?) – Paulo Sérgio Porcelli.
Agachados, na mesma ordem: Heraldo Stringuetti – Paulo Eduardo Sartori – Wladislav (Wladis) Siqueira – Male Sartori – Fran Miranda – Nego Botellho – Berto Venturini e atrás, Wilson Teixeira.
Nota: Alguns participantes não foram identificados, ficando essa incumbência por conta dos nossos leitores.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Festa das Nações – 1920 - Barraca Hespanhola


- TEMPOS SAUDOSOS -
Plínio Magalhães da Cunha



Festa das Nações – 1920
Em tempos idos, acontecia todos os anos no Parque Municipal de Itapira – dentro de um calendário pré-estabelecido pelos organizadores – uma interessante festa de congraçamento entre os habitantes de nossa terra, principalmente àqueles que possuíam profundas raízes vincadas nos mais diversos paises do globo.
Naquele local, adredemente preparado para servir de palco, erguiam-se sugestivas e ornamentadas barracas, cada uma delas mostrando os diferentes costumes de sua gente, de seu país de origem, desde o vestuário até a culinária.
Na verdade era um evento alegre e até mesmo romântico.
Essa festa das nações atraia um numeroso público que ali comparecia a fim de assistir aos “shows” apresentados, saboreando iguarias apetitosas, cujas receitas foram trazidas dos paises de origem, e servidas por jovens vestidas à caráter.
Para ilustrar parte desse evento realizado em 1920, aqui em Itapira, eis uma foto sugestiva da “BARRACA HESPANHOLA”, tendo à frente seus responsáveis, sendo a maioria descendente de famílias da velha Espanha.
À frente da barraca, sentadas: 1 – Astrogilda Peres, 2 – Esmeralda Peres, 3 – Maria Sanches, (?) e Paulina F. de Almeida. Em pé 1 – 2 – 3 não identificadas, 4 – Isabel Sanches, 5 – (?), 6 – Manoel Rocha, 7 – Custodio Peres, 8 – Arlindo Solha Peres, 9 – Norberto Solha Peres, 10 – Uvalsina Peres, 11 – Maria José de Almeida Peres, 12 – Maria Madalena de Almeida e as irmãs – 13 – Ana e 14 – Benedita. Na primeira janela à esquerda (não identificados), e na outra janela a menina Irene Peres.

Itapira Reverencia São Benedito


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Plínio Magalhães da Cunha

Itapira Reverencia São Benedito
Logo no início do mês de maio começa a tradicional e sempre esperada festa em louvor ao Santo Padroeiro – SÃO BENEDITO, popularmente conhecida em Itapira e região, como a “Festa do 13”.
Essa comemoração religiosa e folclórica acontece também em quase todas cidades brasileiras, mudando apenas o calendário, e muitas vezes, o santo padroeiro.como por exemplo, citamos: festa de São Sebastião em Lindóia (no mês de janeiro); festa de N. Sra. do Rosário em Serra Negra (no mês de outubro); festa de N. Sra. do Belém em Itatiba (mês de setembro), e assim por diante. Mas as dedicadas a N. Sra. do Rosário e a São Benedito, constituem uma denominação comum na maioria das cidades brasileiras.
Na parte folclórica, Itapira também apresenta a famosa Congada (veja fotos obtidas em 1961), cujos componentes levam os mais variados instrumentos que emitem sons característicos, fazendo um belo conjunto harmonioso, dando ênfase ao aspecto guerreiro, representando as lutas entre mouros e cristãos, como também teatralizam as lutas entre um Rei Congo e uma Rainha Ginga.
Em todas essas configurações os congadeiros mostram através de bailados de espadas e bastões, entremeados de diálogos e coros, seqüências que recebem o nome de “Embaixada”.
Em geral, as festas de caráter religioso, subordinadas a um calendário rígido – como a de Itapira – traduzem uma motivação interna que leva o nosso grupo de dança a se apresentar reverenciando o Santo Padroeiro, o qual seja – São Benedito, cuja efígie está estampada na bandeira.



As fotos mostram a apresentação da Congada de Itapira na tradicional festa em louvor a São Benedito, no dia 13 de maio de 1961. Nessas fotos, vê-se os congadeiros portando seus instrumentos: bumbo, pandeiro, adufo, caixeta, caixa, rabeca, sanfona e violão.
Nota-se ainda as crianças que também desempenham papel de transcendental importância na transmissão do folguedo.


Visita oficial ao Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, em março de 1987


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Plínio Magalhães da Cunha


Visita oficial ao Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, em março de 1987, da Secretária Bete Mendes, da Secretaria Estadual da Cultura, pois, nessa época, o Museu ainda não havia sido municipalizado, e pertencia à rede de museus do governo do Estado.
Quando da chegada da ilustre visitante àquele Instituto Cultural de Itapira, foi recebida pelas autoridades locais, contando, ainda, com presença do público e da tradicional Congada itapirense, que na oportunidade homenageou Bete Mendes. Foi uma recepção carinhosa defronte àquele órgão, quando a nossa Congada procedeu evoluções acompanhadas de cânticos ao som dos instrumentos característicos dos congadeiros.
Essa apresentação emocionou a Secretária Bete Mendes, ocasião em que agradeceu a homenagem carinhosa a ela prestada, elogiando o desempenho da nossa Congada.
Bete Mendes sempre atuou no meio artístico, principalmente em muitas novelas conhecidas do público brasileiro.

Museu Histórico de Itapira


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Plínio Magalhães da Cunha

Museu Histórico de Itapira
Em 21 de abril de 1974 (hoje faz aniversário), foi inaugurado o novo prédio do Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira" – há 39 anos.
Esse importante instituto cultural de nossa terra, que guarda, preserva e difunde a história do Brasil, de São Paulo e da nossa querida Itapira, ocupou inicialmente uma casa alugada pelo então prefeito Hélio Pegorari, na confluência das ruas João de Moraes e XV de Novembro, onde hoje funciona parte da Câmara Municipal. Ali permaneceu por quase dois anos – de 24 de outubro de 1972 até 21 de abril de 1974 – ocasião em que foi transferido para ocupar um prédio inteiramente reformado no parque municipal “Juca Mulato”, na gestão do então prefeito Alcides de Oliveira (vide foto).
Esse órgão foi criado pelo governador Laudo Natel através do decreto 1015, de 02, publicado no DOE de 03 de fevereiro de 1972, ficando incorporado à rede de Museus do Estado, pertencente à Secretaria de Estado da Cultura, na gestão do secretário Pedro de Magalhães Padilha.
Para implantar e dirigir o nosso Museu Histórico, o governo de São Paulo designou o funcionário estadual Plínio Magalhães da Cunha, museólogo da Secretaria da Cultura, a fim de executar a tarefa, incumbência  feita com bastante carinho, pois tratava-se do Museu de sua terra natal.
A denominação de Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, foi dada por decreto do governador de São Paulo Laudo Natel, numa justa homenagem a um grande itapirense, a quem o Brasil, São Paulo e a sua querida Itapira muito devem.
O museu foi municipalizado por decreto estadual nº 44.735, de 3 de março de 2000.

Prédio do Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira” – no Parque Municipal “Juca Mulato” – no dia da inauguração: 21 de abril de 1974.


Descerramento da fita inaugural do novo prédio do Museu, feito por dona Carmen Ruete de Oliveira, esposa do patrono daquele órgão, “Comendador Virgolino de Oliveira”, e pelo Secretário da Cultura do Estado, Pedro de Magalhães Padilha, que naquele ato também representou o governador Laudo Natel. Vê-se ainda mais atrás, o vice-presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, deputado Januário Mantelli Netto, o Desembargador Márcio Martins Ferreira, o Prefeito Alcides de Oliveira e o Presidente da Câmara Municipal de Itapira, vereador Antonio Celidonio Ruete.



Fábrica de Chapéus Sarkis & Quiriolli


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Plínio Magalhães da Cunha

Fábrica de Chapéus Sarkis & Quiriolli 
Foi fundada pelo sr. Ângelo Quiriolli, em junho de 1922, com um capital inicial de rs.45:000$000 (Quarenta e cinco contos de réis). A sua montagem foi lenta, mas muito cuidadosa, sendo escolhida a maquinaria mais moderna daquela época, destinada à fabricação de chapéus.
Eram 18 máquinas ao todo, inclusive as necessárias para o tratamento do pêlo utilizado para a confecção do produto.
Nessa indústria nascente trabalhavam 20 operários, dirigidos pelo próprio Quiriolli que era auxiliado por três contra-mestres contratados na cidade de São Paulo.
A produção inicial girava em torno de quatro dúzias diárias de chapéus.
Interessante dizer que, toda a maquinaria funcionava interligada por correias e acionada por uma máquina a vapor, cuja potência era estimada em 8 cavalos de força (HP).
Em fevereiro de 1923, desejando ampliar e aperfeiçoar sua indústria, Quiriolli recebeu como sócio o sr. Sarkis João, elevando, assim, o capital inicial da indústria para rs.1000:000$000 (cem contos de réis).
Com essa sociedade, a fábrica entrou em franco progresso. Foram adquiridas novas máquinas – acionadas por um motor elétrico de 24 cavalos – o que fez elevar a produção diária para dezesseis dúzias de chapéus de fino pêlo e castor, este último era material importado.
O número de operários também aumentou para 40, dos quais 23 eram do sexo masculino e 17 feminino.
Provisoriamente essa fábrica funcionava num prédio alugado, situado logo no início da rua José Bonifácio.
Mais tarde, os proprietários Quiriolli e Sarkis iniciaram a construção de um prédio próprio, numa área doada pela Câmara Municipal.
O projeto de construção do novo prédio foi orçado em rs.100:000$000 (cem contos de réis).
Nessa nova instalação da fábrica, aumentou o número de operários, e, logicamente, também a produção de chapéus.
Mais tarde, com a retirada de Quiriolli da sociedade, a indústria passou a ser apenas de Sarkis João.
Com a mudança da razão social, a Fábrica de Chapéus Sarkis experimentou um desenvolvimento formidável – ficando conhecida em todo o Brasil e no exterior através de seus famosos produtos de primeira linha.

Vista geral do prédio onde funcionava a Fábrica de Chapéus Sarkis até ser desativada.


              Seção de fulas ou máquinas usadas para o feitio da armação (copa ou cone) dos chapéus de lã ou de pêlos

Setor para a fabricação de caixas de papelão, com a estampa do logotipo da indústria, para acondicionar os chapéus prontos e destinados à comercialização.


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Caravana de Itapira ao Centro Cultural da Fundação Bradesco - 1982


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Plínio Magalhães da Cunha

               Visita de uma caravana de Itapira ao Centro Cultural da Fundação Bradesco, em São Paulo – Osasco, em 30 de março de 1982. Da esquerda para a direita: Wlade Siqueira, Dimas Salles Rocha, Numan Sabbag, Benedito Leite de Moraes, Paulo Nogueira, Antero Mixtro, Heraldo Peres, Hermes Osório, Secretária do Amador Aguiar, Ariovaldo Maniezo, Iverso Valverde, Geraldo Toledo de Oliveira (Ito Teté), Plínio Magalhães da Cunha, Cláudio Silvestrin, Albano Pegorari, Carlos de Freitas, José Marcatti, Dirlando ( Gerente da Agência Bradesco de Itapira ), José Carlos Serra, João Moisés e Funabashi Yoshio.
              Após visitarem todas as instalações do Centro Cultural, inclusive uma moderna e bem montada oficina gráfica, os visitantes foram recepcionados com um almoço oferecido pela diretoria do Bradesco, tendo à frente o seu presidente Amador Aguiar.

Santa Casa de Misericórdia - 1922


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Plínio Magalhães da Cunha

Santa Casa de Misericórdia - 1922
Na belíssima foto acima de meu acervo, nota-se o prédio principal, assobradado, ligado às demais dependências por três corredores iluminados durante o dia pela luz solar, através de vitrais coloridos. No pavimento térreo situavam-se a sala de exames clínicos, a farmácia, sala de cirurgia, sala para consultas e um laboratório.
No pavimento superior localizavam-se a capela, sala da diretoria e a de reunião dos mesários. Atrás desse prédio central, ligados por um terraço coberto, existiam ainda mais dois pavilhões, que abrigavam duas enfermarias destinadas aos pacientes, com capacidade para 16 leitos em cada uma delas.
As dependências sanitárias estavam instaladas nos fundos do conjunto, onde também existiam dois quartos reservados, além de uma saleta para curativos de emergência.
O serviço interno da Santa Casa era executado por dois enfermeiros e por três irmãs de caridade.
O corpo clínico era constituído por todos os médicos da cidade, que prestavam gratuitamente os seus serviços profissionais, revezando-se todos os meses – “o médico do mês”, através de uma escala pré-organizada.
Naquela época em Itapira existiam apenas dois hospitais: a Santa Casa e o Hospital de Isolamento (mais modesto).
A Santa Casa já prestava relevantes serviços ao município, como bem se pode observar pela leitura de uma estatística, quando atendia um número considerável de necessitados. De 14 de novembro de 1908 a 22 de junho de 1922, por ali passaram cerca de 3.018 enfermos.
A sua manutenção era feita graças aos donativos particulares – os benfeitores – e com auxílio de uma subvenção estadual da ordem de rs.6:000.000 (seis contos de réis) por ano.
Interessante notar que, na Santa Casa em 1922 foram internados 276 pacientes, sendo: 152 do sexo masculino e 124 do feminino; 115 solteiros, 98 casados e 63 viúvos; 191 brancos, 58 negros e 27 mulatos; 238 brasileiros, 18 italianos, 10 espanhóis, 8 portugueses, 1 grego e 1 sírio. As moléstias mais freqüentes durante aquele ano foram: Ancilostomíase – 32, Gripe –14, Paludismo – 12, Pneumonia – 12, Febre Tifóide – 9, Sífilis – 8, Tétano – 7, Esclerose Cardio – Vascular – 7 e Desinteria Amébica – 6.
Eis aqui um pequeno histórico da nossa Santa Casa de 91 anos atrás.

Cinema em Itapira - 1927


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Plínio Magalhães da Cunha

 
Cinema em Itapira - 1927
A foto mostra o Cine Paratodos com sua platéia literalmente tomada pelo público, a fim de assistir ao filme “A Marca do Zorro”, exibido a 25 de março de 1927 pela então empresa cinematográfica Pereira & Cia. Essa empresa passou mais tarde a pertencer a Lopes & Moraes.
Na parte lateral da platéia, do lado direito, pode-se notar anúncios de alguns filmes que seriam exibidos em outras oportunidades.
Atrás, bem no alto, nota-se a cabina de projeção e a arquibancada, que na época era chamada de “poleiro”, local em que as entradas eram bem mais baratas. Logo abaixo do “poleiro”, situavam-se os reservados para as autoridades e imprensa.
Nessa foto conseguimos identificar dois meninos: do lado esquerdo de quem olha para a platéia, numa das cadeiras da frente, de boné e terno branco, o saudoso Luiz Norberto da Fonseca ex-proprietário do prédio onde hoje funciona a farmácia 24 horas.
Do lado direito, vestindo uma roupa de marinheiro e de boné escuro, o garoto Carlos Eduardo Magalhães de Ornellas, o querido professor Carlito Ornellas, também de saudosa memória. Na terceira fileira, do lado esquerdo, bem no centro e usando um chapéu preto, o conhecido e estimado estafeta do correio local, Benedito Vieira, chamado carinhosamente de Dito Carteiro.
Bons tempos àqueles quando o cinema era uma boa opção de divertimento e lazer, hoje fora de moda.